UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA
Curso: Engenharia Eléctrica
Disciplina: PROJECTO DO CURSO
Tema: “SISTEMA FOTOVOLTAICO LIGADO À REDE
ELÉCTRICA NO DISTRITO DE CATEMBE”
Discentes: O Supervisor:
Titosse, Mateus José EngO Manuel Telles
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Maputo, Dezembro de 2014
1. INTRODUÇÃO
A qualidade da energia eléctrica (qee) tornou-se uma
necessidade impreterível em Moçambique e em todo
mundo, o surgimento de equipamentos cada vez mais
sensíveis a distúrbios, por exemplo, aliado a um processo
de produção intransigente a operação incorrecta dos
mesmos acelera a busca pela segurança, eficiência,
qualidade e confiabilidade dos sistemas de energia
eléctrica.
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2. OBJECTIVOS
2.1. Gerais:
Caracterizar os sistemas fotovoltaicos
ligados à rede eléctrica de distribuição,
estudar a situação da tecnologia no cenário
Moçambicano, as barreiras à sua
implementação e as possibilidades de
desenvolvimento sustentável do mercado
solar fotovoltaico nacional.
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2.2. Específicos:
2.2.1. Técnicos
Melhorar a qualidade de energia eléctrica no distrito
de Catembe;
Usar como fonte de energia eléctrica nos momentos
de corte geral nas subestações ou em centrais
eléctricas, em casos de um eventual blackout ou em
caso de uma emergente manutenção correctiva nas
linhas que alimentam o distrito.
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2.2. Específicos (cont.)
2.2.2. Económicos
Minimizar as perdas nas redes de
transmissão, já que a energia é produzida
próximo à carga;
Os investimentos em linhas de transmissão
e distribuição são reduzidos.
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3. ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA
3.1. Sistemas fotovoltaicos
Definição:
Chama-se sistema fotovoltaico a todo conjunto
integrado de módulos fotovoltaicos e outros
componentes, projectado para converter a energia
solar em electricidade.
O princípio físico de funcionamento dos módulos
fotovoltaicos é denominado efeito fotovoltaico (foto= luz;
volt= electricidade).
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3.2. Principais aplicações dos sistemas
fotovoltaicos
Segundo Treble (1991) e Markvart (2000), existem
duas principais categorias de sistemas
fotovoltaicos:
Os sistemas isolados, ou não ligados à rede
eléctrica;
Os sistemas não isolados, ou ligados à rede
eléctrica.
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4. SISTEMAS FOTOVOLTAICOS LIGADOS À REDE
ELÉCTRICA
Os sistemas fotovoltaicos ligados à rede
eléctrica (SFLR), podem ser de grande porte
(as centrais fotovoltaicas) ou de pequeno
porte (descentralizada e instalada em
edificações urbanas).
Grande Centrais;
Produção Distribuída
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4.1. Grandes centrais
Figura 1: Primeiro sistema fotovoltaico centralizado
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4.2. Produção Distribuída
Figura 2: Configuração de um SFLR apartir de um apoio da concessionaria
local
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5. ORIENTAÇÕES PARA A INSTALAÇÃO
DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO
LIGADO À REDE
5.1. Estrutura de suporte
Suportar ventos de até 150 km/h;
Posicionar os módulos a uma altura de no
mínimo 1 (um) metro do solo;
Ser fabricada com matérias não
corrosivos, como o ferro galvanizado e o
alumínio;
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5.2. Cabeamento
Quanto aos cabos que farão a condução de
corrente contínua, é necessário utilizar os
que limitem ao máximo a queda de tensão
e, para uma maior segurança das
instalações, eles devem:
Ser unipolares;
Possuir duplo isolamento;
Estar separados por pólos (positivo e
negativo) e em eléctrodos distinto;
Possuir isolamento que suporte
temperaturas elevadas.
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5.3. Proteção
Trecho em corrente contínua (CC)
Figura 3: Sistema de proteção com chave fusível para cc e conectores.
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Cont.
Trecho em corrente alternada (CA)
Figura 4: Disjuntor termo-magnético
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5.4. Tipos de conexão dos módulos (Painéis)
Os módulos fotovoltaicos podem ser ligados
de duas formas:
Em série;
Em paralelo.
Ligação em série:
…+=
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Ligação em Paralelo
+…+=
===…==
Figura 5: Ligação em paralelo de 2 painéis fotovoltaicos
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6. DESCRIÇÃO DO PT-216T DE 160 KVA
INSTALADO NO CENTRO DO DISTRITO DE
CATEMBE
Tabela 1: Dados do PT-216T
Fp Niv Tensões Tensões Corrente Sn Pn
Mo el Compostas Monofasicas (KV (KW
do de A) )
de esc
con orr
exã eg EV EA VA EN VN AN fE fV fA
o am
do en
tran to
sf. (%
)
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6.1. Seleção dos painéis (módulos)
O sistema fotovoltaico vai operar com uma
potência activa de 150 KW, sendo que o PT-
216T possui uma potência activa de 128 KW.
Os módulos escolhidos foram os SPR-245 do
fabricante SUNPOWER, utilizam o silício
policristalino em suas células e possuem uma
potêcia nominal de 245 Wp cada.
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6.2. Cálculo dos painéis
Dados
=600
Este resultado significa que serão necessários 600 painéis
solares do tipo SPR-245 para produzir 150 KW.
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Módulo SPR- Unit.
245
Potência máxima ( 245.0 Wp
Tensão de serviço 40.05 V
Corrente de serviço 6.05 A
Corrente de curto-circuito () 6.43 A
C de circuito aberto () 48.8 V
Peso 15.0 Kg
Largura 661.0 mm
Comprimento 1020.0 mm
Área 0.65
Potência -0.38 %/K
Tensão -132.5 mV/K
Coeficientes
de Corrente 3.5 mA/K
Temperatura
NOCT 45+/-2 °C/°C
Figura 6: Painel solar SPR-245 Tabela 2: Catálogo do fabricante Sunpower
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6.3. Seleção dos inversores
Como a instalação tem 600 painéis solares, tendo
cada painel uma capacidade de produção de 245
Wp e a potência nominal a instalar é de 150 KWp,
serão instalados 15 inversores, cada um com
potência nominal de 10 KW.
O inversor escolhido foi o modelo SPR100R, a
razão da escolha deste tipo de inversor é que
eles pertencem ao mesmo fabricante
(SUNPOWER).
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ENTRADA (CC)
recomendada FV 10250 - 10500 Wp
Potência maxima 10100 Wp
Tensão de operação max. 600 Vcc
Faixa de tensão 160 – 600 Vcc
Corrente entrada 315 A
Ripple tensão <10 %
SAIDA (CA)
Potência maxima 10100 Wp
Tensão da rede 218 - 380 Vca
Frequencia da rede 50 - 60 Hz
Corrente de saida 270 A
Desfasamento da fase 0 °
Eficiencia 90 %
Peso, Largura, Altura 40, 680, 720 Kg, mm, mm
Tabela 3: Principais características eléctricas e físicas dos inversores do modelo
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6.4. Seleção e Dimensionamento dos Cabos
Entre os painéis fotovoltaicos: (Cabo para tomada
continua CB 1009)
Tensão Nominal: 500/500V
Dados do Sistema Fv Cálculo da
Fp = 0.8
Tipo de Cabo: VAV 4x 95 + T35
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Dados dos Painéis Fv
Valor da Resistência a 70°C.
Cálculo da Resistividade
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Cálculo da Secção do cabo
Cabos para a saída dos painéis até aos Inversores
(Cabos CT 2008 e CT 2008R)
Estes já aparecem tabelados, de acordo com os
dados dos inversores.
Condutores flexíveis de cobre estanhado
Isolamento de PVC
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Cont.
Osmesmos cabos serão usados a saída do
inversor ate a carga.
Relação entre
==
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6.4. Cálculo de estimativa de energia a ser produzida pelos painéis
Mês Dias/mês (KWp) Ir. Solar /mês (KWh)
(KWh/ (%)
Janeiro 31 150 6.07 90 25402.95
Fevereiro 28 150 5.72 90 21621.6
Março 31 150 5.64 90 23603.4
Abril 30 150 5.33 90 21586.5
Maio 31 150 4.68 90 19585.8
Junho 30 150 5.31 90 21505.5
Julho 31 150 5.12 90 21427.2
Agosto 31 150 5.79 90 24231.15
Setembro 30 150 4.28 90 17334.0
Outubro 31 150 5.78 90 24189.3
Novembro 30 150 6.76 90 27378.0
Dezembro 31 150 6.58 90 27537.3
Total 365 150 5.59 90 27544725.0
Tabela 4: Cálculo mensal da energia produzida 12/12/2014 27
Figura 7: Sistema fotovoltaico em pleno funcionamento usando painéis
seguidores Horizontais
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7. ANÁLISE ECONÓMICA PARA A INSTALAÇÃO
SISTEMA FOTOVOLTAICO
Material Nr Total Valor Unit Valor Total
Material (MT) (MT)
Painéis FV 600 9,100.00 5,460,000.00
Apoios 60 2,500.00 150,000.00
(Alumínio)
Acum. Carga 6 13,999.00 83,994.00
Baterias 150 5,000.00 750,000.00
Inversores 15 84,799.00 1,271,985.00
Outros e HST 150,000.00
Total 7,865,979,00
Tabela 5: Custos referentes a instalação do sistema fotovoltaico de 150 KWh
no distrito de Catembe
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8. CONCLUSÃO
A fonte de energia eléctrica através de um
sistema fotovoltaico, tem sido nos últimos
anos a mais preferida no mundo do
investimento nas energias renováveis, com um
sistema fotovoltaico ligado a rede eléctrica,
pode-se fornecer energia a qualquer carga,
deste que o sistema esteja dimensionado ao
nível da carga, sem nenhum enterropimento
durante a alimentação da carga e em
simultâneo mantendo a boa qualidade de
energia até mesmo nas horas de ponta.
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9. RECOMENDAÇÕES
Fazer a medição da irradiação media de cada
mês e comparar com os valores utilizados neste
trabalho e, se necessário, rever e recalcular os
valores;
E necessário fazer o acompanhamento da
energia eléctrica produzida mensalmente para o
levantamento da influência das variações
climáticas na produção de energia por estacão;
Fazer ao fim de cada ano o cálculo do valor de
retorno em relação ao valor investido;
Realizar a manutenção preventiva do sistema
fotovoltaico de 6 (seis) em 6 meses para
garantir a fiabilidade do sistema.
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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, E., at al. Grid-connected system of Lampião
Restaurant – NE/Brazil. In: X WREC – World Renewable
Energy Congess, 2008. CD-ROM. Glasgow: WREC, 2008.
ASSOCIATION OF ENERGY DISTRIBUTION COMPANIES IN
NETHERLANDS (EnergieNed). Guidelines for the electrical
installation of grid connected photovoltaic (PV) systems.
Arnhen, Netharlands, December 1998;
ITERNATIONAL, ENERGY AGENCY. Photovoltaics
applications: the relevance of non-technical issues. Solar
Energy. New Holland: v. 20, issues 1-3, p.37-55, January –
March 1998.
MATERIAL DIDATICO, DEEL – Departamento de Engenharia
Eletroctécnica da Faculdade de Engenharia da UEM
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OBRIGADO PELA ATENÇÃO!!!!
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