CEP – Controle Estatístico do Processo
Prof. Ms. Leandro Ferreira Gomes
Email:
[email protected]O CEP
O CEP é uma técnica estatística para controle do
processo, durante a produção. Tem por objetivo principal,
controlar e melhorar a qualidade do produto.
Controle Estatístico do Processo
Ideia
incorporar o uso de variáveis aleatórias independentes e identicamente distribuídas
Princípio geral
determinar quando o processo se afasta do estado de controle e as ações corretivas que
devem ser tomadas
Variação excessiva = maior inimiga da qualidade
Controle Estatístico do Processo
Em 1924, o matemático Walter Shewhart introduziu o Controle Estatístico de Processo
(CEP).
Variações do Processo
Deming
“...não se melhora a qualidade através da inspeção. Ela já vem com o produto quando este
deixa a máquina antes de inspecioná-lo...”
Pode-se então conceituar as causas das variações nos processos.
Variações do Processo
Variações do Processo
Localização Forma Dispersão
Variações do Processo
Causas de Variação
Causas Comuns ou Aleatórias:
Variações inerentes ao processo
Podem ser “eliminadas” somente através de melhorias no Sistema
Ações Gerenciais: 85% das necessidades
Causas Especiais :
Indicam problemas no processo Variações devidas a problemas identificáveis
Podem ser eliminadas por Ação Local do operador: 15% das necessidades
Variações do Processo
Causas Comuns
Variações Inerentes
Origem Sistêmica
Engenheiro/Gerente
Solução a Longo Prazo
Capacidade
Atender à Faixa do Cliente
Causas Especiais
Variações Atípicas
Origem Local
Operador/Supervisor
Solução a Curto Prazo
Estabilidade Previsibilidade
Variações do Processo
lor
Va lvo
lor A
Va lvo
A
Controle Estatístico do Processo
O Controle Estatístico de Processos, ou simplesmente CEP, é considerado uma das 7
ferramentas da qualidade, e é um método de coleta e verificação de amostra de resultados
de um processo, a fim de controlar seu funcionamento e diminuir as falhas decorrentes da
sua execução.
O CEP é um método de identificar saídas não conformes. O objetivo do monitoramento de
saídas não conformes é reprovar as saídas que não atendem as especificações e não devem
ser usadas, ou seja, identificar erros e corrigi-los pontualmente.
O CEP procura identificar o que
aconteceu de errado no processo e
resultou uma saída não conforme, para
que a causa raiz seja eliminada e o
processo seja estabilizado, impedindo
que ocorra mais variações.
Controle Estatístico do Processo
A ferramenta usada para a identificação das variações do processo é o gráfico de
controle ou carta de controle.
Ele foi desenvolvido por Walter Shewhart, ao estudar a variação das primeiras linhas
telefônicas. Mas foi Deming que popularizou o uso da técnica, introduzindo-a na indústria
japonesa após a Segunda Guerra Mundial.
Controle Estatístico do Processo
O gráfico de controle é uma representação de uma
amostragem do processo, que considera o LSC:
limite superior de controle e o LIC: limite inferior
de controle, que são os limites permitidos de
variação nos resultados do processo.
Entre os dois limites, é traçada a LM: linha média,
que indica o resultado realizado do processo.
As variações que ocorrem no processo podem ser
controladas ou descontroladas, e podem ter duas
causas: as comuns e as especiais.
Controle Estatístico do Processo
Causas comuns de variação
As causas comuns são variações características do processo e controladas, pois a
variabilidade que causará no processo permanece dentro dos limites superior e inferior.
Essas causas podem ser, por exemplo:
Falta de padronização das operações.
Controle Estatístico do Processo
Causas especiais de variação
São variações descontroladas, que provocam deslocamento além dos limites superior e
inferior, necessitando de ação corretiva.
Essas causas podem ser:
Lote de matéria-prima com problema, falha humana, desregularem do equipamento.
Portanto, quando a linha média apresenta variações além dos
limites, significa que o processo está fora do controle
estatístico, e ações deverão ser tomadas, usando outras
ferramentas da qualidade como Diagrama de Ishikawa e 5
porquês para auxiliar no processo.
Mas é importante verificar também se as variações dentro dos
limites seguem alguma tendência.
Controle Estatístico do Processo
Por exemplo, numa amostra de 50 dados, se as primeiras 40 amostras apresentarem pouca
variação (perto da linha média), e as últimas apresentarem variação perto dos limites, pode
significar um problema que precisará de tratamento.
LSC
LM
LIC
Controle Estatístico do Processo
Quando usar um Controle Estatístico do Processo (CEP)?
O CEP e o gráfico de controle são usados para a identificação de variações inusitadas nos
resultados do processo, servindo como base para a elaboração de ações que ataquem a
causa raiz e eliminem a condição fora do padrão. Você poderá utilizá-lo para:
Controlar os processos em curso, localizando e corrigindo os problemas
à medida que ocorrem.
Prever o intervalo esperado de resultados de um processo.
Determinar se um processo é estável (no controle estatístico).
Analisar os padrões de variação do processo de causas especiais
(eventos não rotineiros) ou causas comuns (incorporadas ao processo).
Determinar se o seu projeto de melhoria da qualidade deve ter como
objetivo evitar problemas específicos ou fazer mudanças fundamentais no
processo.
Controle Estatístico do Processo
Como fazer?
1. Determinar a ferramenta para coleta de dados: como o CEP envolve a análise de dados, é
preciso escolher uma ferramenta para que os resultados do processo sejam coletados. Uma
das ferramentas indicadas é a folha de verificação.
2.Coletar a amostragem: definir a amostra que será analisada, e
coletar os dados.
3.Definir os limites do processo: Analisar a base histórica do processo
para verificar como o processo se comporta e fazer uma média e
desvio padrão dos dados obtidos para determinar o LSC e o LIC, ou
ainda verificar quais são os padrões que é esperado do processo e
definir os limites.
Controle Estatístico do Processo
4.Construir o gráfico: desenhar linha do LSC (limite superior de controle) e do LIC (limite
inferior de controle), e no meio inserir a LM (linha média) com os dados analisados.
5.Identificar as variações: verificar quais se existem dados que ultrapassam as linhas de
limites.
6.Identificar as causas da variação e elaborar planos de ação: usar ferramentas como
Diagrama de Ishikawa para encontrar a causa raiz e o 5H2W para elaborar planos de ação.
7.Melhorar o processo: ainda é possível usar o gráfico
de controle para diminuir cada vez mais a variação do
processo, diminuindo a variação dos limites de
controle e analisando as causas das instabilidades.
Controle Estatístico do Processo
Exemplo:
O líder comercial quis analisar o processo de
aquisição de clientes, para verificar seu
desempenho. O indicador de vendas
apresenta a meta de 40 vendas mensais, com
a tolerância de 20. Então, ele construiu o
gráfico com as informações das vendas
realizadas no 1º semestre de 2024.
Pode perceber que o processo apresentou
instabilidade em duas ocasiões: Janeiro e
Março.
Controle Estatístico do Processo
Janeiro a instabilidade foi positiva, então a causa precisa ser analisada para entender o que
influenciou no aumento, para que ocorra a padronização, e em Março a instabilidade foi
negativa, portanto a causa deve ser analisada para que o problema não volte mais a
acontecer
Controle Estatístico do Processo
Principais benefícios do controle estatístico dos processos
Rapidez na identificação de falhas e instabilidades nos processos produtivos
Redução nos custos de produção
Excelência na qualidade dos produtos e processos
Otimização de tempo e recursos
Redução de erros, perdas e retrabalho
Estabilidade e conhecimento dos fluxos do negócio
Aumento da produtividade
Confiança e valor para os clientes
Controle ágil e eficaz
Cultura de melhoria contínua
Padronização e documentação dos processos
Controle Estatístico do Processo
Quando usar um controle estatístico do processo:
Controlar processos de rotina estratégicos para o resultado
Prever o intervalo esperado de resultados de um processo
Determinar se um processo é estável
Identificar se as rotinas da operação precisam de mudanças
para melhorar sua produtividade
Sobre as Causas de Variação
Quais as causas de variação do processo?
Causas comuns
As causas comuns de variação nos processos são aleatórias e não podem ser evitadas.
São eventos que, apesar de impactarem o processo e o produto, por sua natureza não
permitem ações de contingência, nem podem ser previstos. (Exemplo: greves e mudanças
climáticas).
Quando apenas causas comuns impactam um
processo, suas variáveis se mantêm dentro dos limites
de controle, indicando a estabilidade do processo
analisado.
Sobre as Causas de Variação
Causas especiais
As causas especiais de variação nos processos são aquelas que podem ser identificadas e
prevenidas através de controles, e ocorrem quando o sistema apresenta falhas nas saídas,
que prejudicam os padrões de qualidade estabelecidos pelo negócio. (Exemplos: falta de
estoque, matéria-prima de baixa qualidade e falhas de equipamento).
Assim, uma vantagem importante do controle estatístico
é o conhecimento dos processos produtivos, buscando
entregas estáveis e previsíveis.
Controle Estatístico do Processo
Quais problemas o controle estatístico de processo resolve?
O primeiro benefício do controle estatístico de processo é a própria identificação do
problema.
Se não existe uma rotina de controle estabelecida, nem parâmetros de qualidade
determinados, as entregas da empresa não são previsíveis e estáveis. E, apenas isso, já
pode representar um risco alto para o negócio.
Quando o controle estatístico é implementado é possível reduzir
desperdício de tempo e de matéria-prima na produção, estabelecer ações
de otimização da operação e garantir a qualidade estabelecida dos
produtos.
Uma empresa que adota o CEP, além de otimizar os processos, resolve
problemas como gastos desnecessários com compras e custo de
excesso de estoque de matéria-prima, insatisfação com a qualidade e
falta de estoque de produtos para o cliente final, por exemplo.
Controle Estatístico do Processo
Custos elevados
O controle estatístico ajuda a reduzir os custos de produção através da contingência rápida
de falhas no processo, da otimização do fluxo de compra de matéria-prima, de uma melhor
distribuição na alocação de recursos, do equilíbrio dos níveis de estoque, da prevenção de
perdas na produção, do aumento na produtividade e muito mais.
A verdade é que o CEP garante ao gestor o
controle eficiente de toda a operação, ajudando a
prevenir desperdícios desnecessários.
Controle Estatístico do Processo
Falhas
O controle das falhas de processo também se beneficia muito com o CEP. A partir da
determinação dos parâmetros ideais, o acompanhamento da operação e a correção de falhas
no processo fica mais ágil.
As ações corretivas, que visam endereçar os
principais problemas identificados nas observações
dos indicadores de qualidade, podem ser executadas
imediatamente, prevenindo riscos futuros.
Para atuar nas falhas apontadas pelo CEP,
geralmente é definido um plano de ação,
determinando responsáveis, prazo e etapas para a
correção do erro ou desvio.
Controle Estatístico do Processo
Baixa produtividade
Com o CEP, o gestor passa a ter uma maior estabilidade no
processo, conhecendo melhor suas etapas e funis de
produtividade, o que simplifica o controle dos níveis de
produção esperados.
Com o suporte de um software, o gestor também pode fazer
esse controle em tempo real, buscando um processo de
melhoria contínua dos indicadores, otimizando tempo e
recursos, e evitando perdas e retrabalho.
Controle Estatístico do Processo
Falta de organização de processos
Com a aplicação do controle estatístico dos processos acontece um mapeamento e uma
padronização das etapas de produção. Esse movimento gera conhecimento, já que os
mecanismos de funcionamento do negócio são mapeados.
Dessa forma, a informação gerada pela
aplicação do CEP é estratégica, e torna o
negócio menos dependente da rotatividade de
seus funcionários.
Controle Estatístico do Processo
Como fazer esse controle?
Uma forma de aplicar o controle estatístico é por meio do PDCA (Planejar, Fazer, Checar e
Agir) - organizando o que será medido, definindo o que pode impactar esse resultado e
quais são os dados mais importantes para o indicador.
É importante adotar um software
amigável para a coleta de dados e
também determinar um profissional
para a análise contínua, seguindo os
passos a seguir.
Controle Estatístico do Processo
1. Escolher os processos
Defina quais processos são importantes para o negócio e que devem ser mapeados. O
processo é a combinação de recursos que participam para a produção de um produto ou
serviço: equipe, máquinas, tecnologias, métodos, fornecedores e matéria-prima.
O objetivo para a implementação do CEP para
acompanhamento de um processo também pode ser
analisar a estabilidade do processo, identificar
funis de produção ou potenciais melhorias de
produtividade.
Controle Estatístico do Processo
2. Coletar dados
Uma vez definidos os processos que serão
controlados, você pode definir a amostragem
a ser analisada, a periodicidade e iniciar a
coleta dos dados necessários.
Nesta etapa, o software é mais uma vez um
grande aliado, ele pode ser utilizado para
coleta e análise de dados mais completo,
tornando a análise ainda mais robusta.
Controle Estatístico do Processo
3. Estabelecer as limitações do processo
Os limites de controle do processo podem ser definidos considerando o processo estável, sem
impactos por causas especiais.
A partir disso, basta definir os limites
superiores e inferiores de qualidade do
processo em análise.
Controle Estatístico do Processo
4. Elaborar o gráfico
Antes de definir o modelo de gráfico mais
apropriado, é importante definir as
características críticas do processo, aquelas
que causam variações no resultado, além de
pensar em quem utiliza os controles estatísticos
desses processos.
Com essa informação, basta elaborar o gráfico
com a linha do LSC (limite superior de
controle), a LIC (limite inferior de controle) e a
LM (linha média), a partir dos dados analisados.
Controle Estatístico do Processo
O gráfico de controle dá suporte à redução das variações do processo e à análise das
causas de instabilidade, proporcionando uma melhoria contínua dos processos. Assim, se um
ou mais pontos ultrapassam o LSC ou LIC, as variações ocorreram por causas especiais,
indicando que o gestor precisa dedicar atenção a essa análise.
Controle Estatístico do Processo
5. Monitorar as variáveis
Com os limites definidos, o trabalho do gestor deve ser monitorar as variações, buscando
identificar as causas, definindo ações corretivas e promovendo uma melhoria contínua do
processo.
Mesmo que as variações estejam dentro dos limites, é importante observar se elas seguem
alguma tendência.
Se um processo é geralmente estável - apresentando pouca variação próxima a linha média -
e muda seu comportamento, apresentando variações próximas do limite em uma amostra.
relevante, isso pode representar um problema que precisa
de tratamento ou investigação
Com esse objetivo, o gestor pode aliar outras
ferramentas de gestão da qualidade como o
Diagrama de Ishikawa para encontrar as causas
raízes dos desvios e o 5W2H para elaborar Planos de
Ação.
Cartas de Controle
A Carta de Controle é uma das ferramentas da qualidade utilizada para realizar um
controle estatístico de processos. Ela é essencial para a análise dos resultados de suas
atividades, identificando os erros e o que está fora da linha de controle.
Além disso, ela também mostra, de forma dinâmica, informações relevantes sobre um
processo, levando em conta um padrão de referência estabelecido anteriormente. Isso
contribui para a entrega de resultados mais eficientes em sua empresa.
Medidas podem ser aplicadas para evitar ou
corrigir essas variações indesejadas.
Cartas de Controle
O que é Carta de Controle?
A Carta de Controle é um instrumento utilizado na análise da mudança de dados de um
processo, determinando esses números dentro de um limite definido e aceitável. Ela
também mostra de forma dinâmica informações relevantes a partir de valores de referência.
Essa análise permite a interpretação dos resultados obtidos nos
procedimentos, identificando as suas falhas e como colocar as
melhorias no desenvolvimento dos produtos na prática. Por isso,
ela é imprescindível no controle de qualidade de uma
companhia.
Cartas de Controle
Vale lembrar que essa análise de resultados é feita a longo prazo, encontrando mudanças
relacionadas a um padrão, prevendo a performance dos itens e buscando formas de
solucionar os gargalos. Graças a elas, mais e melhores soluções são entregues durante as
operações continuamente.
Por meio dela, é possível identificar as causas comuns e
as causas especiais. Lembrando que as causas comuns
são aquelas variações específicas do procedimento, que
podem ser reduzidas e as causas especiais estão
relacionadas a mudanças que excedem os limites e
precisam ser eliminadas.
Cartas de Controle
Para que serve a Carta de Controle?
A Carta de Controle é utilizada para controlar a qualidade dos produtos e serviços de sua
empresa, por meio da vistoria de seus processos e suas variações. Com ela, é possível
identificar os desvios dos padrões e como isso pode ser evitado e corrigido.
A identificação de padrões também permite encontrar possíveis causas dos erros nos
processos, beneficiando a busca por soluções nos procedimentos e a previsão de
desempenhos futuros.
Uma outra utilidade é a geração de novas ideias para
aperfeiçoar os processos a partir das análises obtidas. A
observação de pontos fora de suas previsões possibilita a
investigação das causas raízes e, assim, definir como elas
podem ser anuladas.
Cartas de Controle
Vantagens da Carta de Controle
A Carta de Controle viabiliza que você demonstre a estabilidade de um procedimento em
determinado período de tempo, identificando possíveis defeitos em equipamentos ou
processos. Além disso, também é possível diminuir retrabalhos, reduzir desperdícios, otimizar
o orçamento, identificar oportunidades de aperfeiçoamento e garantir a melhoria contínua ao
longo do tempo.
Oferecer uma produção mais uniforme, sem erros e gargalos nos
processos, se aproxima mais da satisfação do cliente em
relação às especificações do produto ou serviço em questão.
Um dos principais objetivos das ferramentas de qualidade
é identificar as causas raízes das irregularidades dos processos
e evitá-las com antecipação. Isso contribui para a melhoria dos
procedimentos internos, alcançando sucesso com o produto ou
serviço final.
Cartas de Controle
Tipos de Carta de Controle
Carta de Controle por Atributos
Essa carta analisa as características do processo de maneira visual,
para aplicar ações corretivas. Por isso, os dados relacionados a
defeitos devem ser definidos e assim identificados.
Assim, esse tipo é utilizado no controle dos processos para identificar
a quantidade ou a porcentagem de itens com defeito no total definido.
Carta P: utilizada quando o atributo de qualidade é representado pela proporção de itens
produzidos com defeito.
Carta C: utilizada na análise do número total de defeitos em uma única peça do produto.
Carta U: utilizada na análise do número total de defeitos em mais peças do produto.
Carta NP: utilizada na análise do número de itens que não estão conformes ao padrão pré-
estabelecido.
Cartas de Controle
Tipos de Carta de Controle
Carta de Controle por Variáveis
Já a Carta de Controle por Variáveis contém medições
analíticas e complexas. Nela, são definidas as características a
serem analisadas (tamanho, peso, extensão, longitude,
densidade…) e criado um gráfico para a média e outro para a
amplitude. Essas Cartas devem ser usadas para metrificar
essas variações e implementar os procedimentos para medir
os produtos, aplicando ações preventivas e identificando as
falhas com maior facilidade.
Carta X-Am: utilizada quando o subgrupo da amostragem é igual a um e é preciso calcular a
amplitude móvel entre os subgrupos.
Carta X-R: utilizada quando o subgrupo da amostragem está entre dois e nove, principalmente
na indústria.
Carta X-S: utilizada quando o subgrupo da amostragem é igual ou maior que dez.
Cartas de Controle
Como criar uma Carta de Controle?
A Carta de Controle é estruturada a partir de três linhas principais de referência: linha inferior,
linha superior e linha média:
Linha Superior de Controle (LSC): Corresponde à média somada a 3 vezes o desvio padrão
dividido pela raiz da amostra (n).
Linha Inferior de Controle: Corresponde à média subtraída 3 vezes o desvio padrão dividido
pela raiz da amostra (n).
Linha Média (LC): Corresponde à média e se encontra exatamente entre o Limite Superior de
Controle e o Limite Inferior de Controle.
Assim, aquelas variações que ocorrerem entre os limites são aquelas de causas comuns,
mesmo que aleatórias. Já aquelas que ocorrerem acima do limite superior ou sob o limite
inferior são transformações de causas especiais.
Cartas de Controle
Caso haja um modelo comum dentre as mudanças, ainda que entre os limites
superior e inferior, demonstra a não padronização do processo e a aparição
de causas especiais. Alguns desses comportamentos são:
Um ou mais pontos fora do limite de controle;
Sete ou mais pontos consecutivos acima ou abaixo da linha central;
Seis pontos consecutivos em linha ascendente ou descendente contínuos;
14 pontos consecutivos alternando para cima e para baixo;
Três pontos consecutivos sendo dois deles do mesmo lado e fora de ⅔ em relação à linha
central;
15 ou mais pontos consecutivos pertencentes a um intervalo de ⅓ em relação à média;
Oito pontos em ambos os lados da região central com nenhum deles entre os limites de ⅓ da
linha média.
Esses gráficos ajudam no entendimento das variações presentes em cada atividade,
impactando em suas realizações e definindo melhorias que podem ser colocadas em prática.
Até a próxima aula.....