Título:
8º ANO
• Editorial – Padrões de beleza (8EFP4)
• Descrição:
• Proposta de produção de editorial sobre o tema
“Direitos da infância”. Gênero estudado em: 8º
ano, aulas 9 e 10 de Língua Portuguesa do 2º
bimestre.
N° mínimo de caracteres: 1200
N° máximo de caracteres: 3080
COLETÂNEA
COLETÂNEA
Texto I
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao
pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da
cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras
providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm#:~:text
=Art.%209º%20O%20poder%20público,a%20medida%20privativa%20de%20liberdade. Acesso em: 7 mar. 2025.
Texto II
Os dados de 2023 do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica) mostram que a desigualdade entre escolas públicas que atendem
alunos mais pobres ou mais ricos teve uma leve oscilação ao fim do ensino
fundamental com relação a 2021, ano marcado pela pandemia.
Ainda assim, a desigualdade se mantém: as médias de escolas com alunos
mais pobres, no ano passado, apresentam uma diferença equivalente a
quatro anos de aprendizado na comparação com escolas mais ricas. E essa
é uma distância entre escolas públicas.
As médias escondem desafios particulares de cada escola e rede. Um dos
mais relevantes é o nível socioeconômico dos alunos de cada unidade:
pesquisas já mostram que é muito mais desafiador alcançar melhores
resultados com estudantes de famílias mais pobres.
INTERDISCIPLINARIDADE E EVIDÊNCIAS NO DEBATE EDUCACIONAL (IEDE). Desigualdade entre escolas pobres e ricas é de
Texto III
CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (CONEDU). “Quem concorda com a tirinha do Armandinho?”. [s.l.], 11 out. 2020. Facebook:
@conedu.oficial. Disponível em: https://www.facebook.com/photo.php?fbid
=1715488518628151&id=273039996206351&set=a.1003831829793827&locale=fo_FO. Acesso em: 7 mar. 2025.
ENUNCIADO
A desigualdade social é um grave problema brasileiro, gerando
consequências em diversos setores de nossa sociedade. Imagine que, ao
se deparar com a notícia dos dados mais recentes do IDEB, você, como
editor do jornal da escola, decidiu redigir, com sua equipe de redação, um
editorial sobre o tema “Direitos da infância”, expressando o ponto de vista
do jornal sobre a seguinte questão: por que há tanta desigualdade
educacional no Brasil?
Para isso, utilize as informações apresentadas na coletânea e siga as seguintes
orientações:
a) desenvolva uma introdução que apresente o problema da desigualdade
educacional no país, relacione-o com os direitos da infância e apresente a
tese defendida pelo jornal em relação à questão;
b) desenvolva dois argumentos que ajudem a sustentar o posicionamento
adotado;
c) elabore uma conclusão que retome os principais pontos da análise.
Lembre-se ainda de que:
d) o texto deve ser redigido em modalidade formal da língua
portuguesa;
e) o texto deve utilizar a 1a pessoa do plural;
f) o texto deve ser redigido em quatro parágrafos;
g) os argumentos devem estar pautados em fatos;
h) o texto deve ter um título coerente com a tese defendida.
Relembre o Gênero:
FOCO NO GÊNERO
O que é um editorial?
O editorial é um texto argumentativo que reflete a voz da redação de um
jornal. Seu objetivo é tentar convencer o leitor de um ponto de vista
específico defendido pelo jornal que o publica, por meio de evidências e
fatos. Um editorial pode abordar, por exemplo, temas políticos,
econômicos ou sociais de grande relevância, com o objetivo de influenciar
a opinião pública e estimular o debate.
Como escrever um editorial?
Um editorial é de autoria coletiva, escrito pela redação de um jornal e, por
isso, pode utilizar a 1a pessoa do plural ou fazer referências a si mesmo
na 3ª pessoa (“este jornal”). Além disso, um editorial adota um
posicionamento claro acerca de um assunto, defendendo uma tese
específica. A defesa dessa tese se dá por meio de uma argumentação
sólida, fundamentada em fatos e evidências, como dados e pesquisas.
1) Introdução
Apresente ao leitor o tema do editorial e a tese defendida pela redação.
2) Desenvolvimento
Desenvolva argumentos sólidos que defendam o posicionamento do
jornal. Uma sugestão é focar em apenas um argumento em cada
parágrafo de desenvolvimento, de modo a trabalhar o raciocínio mais
clara e coerentemente.
3) Conclusão
Apresenta uma breve retomada da tese que foi defendida e dos
FOCO NO MODELO
Vamos juntas, Brasil!
Já é Copa na Austrália e Nova Zelândia! O início do torneio demonstrou que o Mundial
feminino será incrível, não só pela qualidade dos jogos e das jogadoras, mas pela
importância simbólica que tem um grande evento como esse. Lugar de mulher é, realmente,
onde ela quiser. E é impressionante como a ocupação do esporte mais popular do mundo
pelas mulheres afeta a masculinidade dos inseguros de plantão.
Na estreia, a equipe do CazéTV, canal que transmite os jogos pelo YouTube, teve que
desativar o chat, após inúmeros comentários machistas, que debochavam das jogadoras e
do futebol feminino. [...]. O motivo talvez seja que, mesmo tendo mais estímulos para jogar
e gostar de futebol, desde a infância, nenhum desses detratores jamais chegou aos pés da
mais humilde jogadora do menor clube brasileiro.
Fato é que o futebol feminino, para além do esporte, representa a conquista de direitos e a
disputa de poder em uma sociedade que ainda privilegia homens brancos, heterossexuais e
ricos. Para esse grupo minoritário, perceber que as mulheres estão tomando espaço é quase
um sacrilégio. Por mais que sejam invisibilizadas e, muitas vezes, mal remuneradas, as
jogadoras dão um show em campo.
De 1941 a 1979, o futebol feminino no Brasil era uma prática ilegal. Isso mesmo, as
mulheres eram proibidas de praticar o esporte! A justificativa, que levou Getúlio Vargas a
assinar o Decreto 3.199, era que o futebol seria incompatível com as condições físicas das
mulheres. [...]
A legalização do futebol feminino só aconteceu em 1983, após 40 anos na clandestinidade.
Ainda assim, somente em 2019 os clubes que disputam a série A do Campeonato Brasileiro
foram obrigados a manter seus times femininos. Para se ter uma ideia, na primeira divisão
do Campeonato Brasileiro feminino, ainda há atletas que não recebem salário, mas só uma
modesta “ajuda de custo”. A situação dos homens é muito mais confortável no esporte.
A passos lentos, porém, vamos conquistando o imaginário social e afirmando para nossas
garotas que ser jogadora de futebol é mais uma das suas várias possibilidades de futuro.
Torcemos pelo futebol feminino, torcemos e lutamos por uma vida mais digna e mais segura
para todas as mulheres.
E que a Seleção Brasileira traga nosso primeiro título do Mundial. Boa sorte, mulheres!
Estamos juntas!
Brasil de Fato, 20 jul. 2023. Edição: Larissa Costa. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/colunista/editorial-bdf
/2023/07/20/vamos-juntas-brasil/. Acesso em: 5 mar. 2025.