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Apresentação IBGEN - Arbitragem

O documento apresenta uma introdução à arbitragem como um método de resolução de conflitos, destacando sua importância em um contexto de crise do Judiciário. Define arbitragem como um mecanismo privado onde um terceiro escolhido pelas partes decide a controvérsia, e discute suas vantagens, desvantagens e a legislação pertinente. Além disso, aborda a arbitrabilidade, os tipos de matérias que podem ser submetidas à arbitragem e a escolha dos árbitros.

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Apresentação IBGEN - Arbitragem

O documento apresenta uma introdução à arbitragem como um método de resolução de conflitos, destacando sua importância em um contexto de crise do Judiciário. Define arbitragem como um mecanismo privado onde um terceiro escolhido pelas partes decide a controvérsia, e discute suas vantagens, desvantagens e a legislação pertinente. Além disso, aborda a arbitrabilidade, os tipos de matérias que podem ser submetidas à arbitragem e a escolha dos árbitros.

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ARBITRAGEM

UMA BREVE INTRODUÇÃO


O Judiciário
• O Judiciário é, sem dúvidas, o principal
protagonista no âmbito da resolução de conflitos;
• A regra é a resolução de conflitos por meio da
jurisdição exercida pelo Estado;
• Ocorre que, hoje, questiona-se com frequência a
eficiência e a qualidade da prestação jurisdicional
A Crise do Judiciário
• Todos esses questionamentos fizeram com que a doutrina
entendesse pela existência da chamada “crise do Poder
Judiciário”, também referida como “tragédia da justiça” atrelada
comumente aos seguintes principais problemas:
• 1) Morosidade dos processos;
• 2) Custo;
• 3) Burocratização;
• 4) Ausência de expertise do julgador (temas muito variados); e
• 5) Ativismo
Métodos Adequados de Resolução
de Conflitos
• Nesse contexto, ganham cada vez maior relevância os
chamados Métodos Adequados de Resolução de Conflitos;
• Anter tratados como “alternativos”, hoje denominados
“adequados” por se entender que pode haver uma forma mais
adequada para a solução de cada controvérsia, considerando
suas próprias características e particularidades.
• Principais exemplos: Negociação, Conciliação, Mediação e
Arbitragem
Arbitragem?

• Futebol?
• Heterocomposição - Terceiro(s) julgará a questão.
• Conceitos
• Segundo Carlos Alberto Carmona (2009), coautor do Anteprojeto da
Lei de Arbitragem Brasileira, instituto é um “mecanismo privado de
solução de litígios, por meio do qual um terceiro, escolhido pelos
litigantes, impõe sua decisão, que deverá ser cumprida”.
• CARMONA, Carlos Alberto. Arbitragem e processo: um comentário à
Lei nº 9.307/1996. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 31.

Esportes Investimentos
Arbitragem
• A Arbitragem constitui meio heterocompositivo de
resolução de conflitos;
• As partes delegam a um terceiro (árbitro ou tribunal
arbitral) os poderes para solucionar o mérito do litígio;
• Ao mesmo tempo em que o terceiro passa a possuir os
poderes para decidir, assume, em igual medida, um
dever de decidir, tal qual um juiz.
Arbitragem
• Conceitos técnicos:
• Segundo Carlos Alberto Carmona (2009), coautor do
Anteprojeto da Lei de Arbitragem Brasileira, instituto é
um “mecanismo privado de solução de litígios, por
meio do qual um terceiro, escolhido pelos litigantes,
impõe sua decisão, que deverá ser cumprida”.
• CARMONA, Carlos Alberto. Arbitragem e processo: um comentário
à Lei nº 9.307/1996. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 31.
Arbitragem
• Conceitos técnicos:
• Conforme Francisco José Cahali: “A arbitragem, ao lado da jurisdição
estatal, representa uma fonte heterocompositiva de solução de
conflitos. As partes capazes, de comum acordo, diante de um
litígio, ou por meio de uma convenção, estabelecem que um terceiro,
ou colegiado, terá poderes para solucionar a controvérsia, sem a
intervenção estatal, sendo que a decisão terá a mesma eficácia de
uma sentença judicial”.
• CAHALI, Francisco José. Curso de arbitragem: mediação: conciliação: tribunal
multiportas. 7. ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2018. p. 32.
Arbitragem
• Legislação envolvendo o instituto:
• Lei de Arbitragem Brasileira (LAB): LEI Nº 9.307, DE 23 DE
SETEMBRO DE 1996, Dispõe sobre a arbitragem;
• Única alteração legislativa até então: LEI Nº 13.129, DE 26 DE
MAIO DE 2015, altera a Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996, e a
Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, para ampliar o âmbito de
aplicação da arbitragem e dispor sobre a escolha dos árbitros quando
as partes recorrem a órgão arbitral, a interrupção da prescrição pela
instituição da arbitragem, a concessão de tutelas cautelares e de
urgência nos casos de arbitragem, a carta arbitral e a sentença
arbitral, e revoga dispositivos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de
1996.
Arbitragem
• Legislação envolvendo o instituto:
• No Código de Processo Civil:
Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou
lesão a direito.
§ 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei.
• Embora a LAB seja de 1996, o instituto passou a ser difundido de
maior forma somente a partir de 2011, quando a Lei foi declarada
constitucional pelo Supremo Tribunal Federal
• (Agravo Regimental na Homologação de Sentença Estrangeira n.º
5.206-7. – relatoria Min. Sepúlveda Pertence)
Vantagens
• Como regra, a opção pela via arbitral carrega consigo as
seguintes vantagens:
1) Especialidade dos Árbitros;
2) Celeridade;
3) Confidencialidade;
4) Escolha do Procedimento e Normas Incidentes pelas
Partes.
Desvantagens
• Não raras as vezes o alto custo da arbitragem,
compreendendo tanto taxas de administração, quanto os
próprios honorários do(s) árbitro(s), é colocado como a
grande desvantagem do instituto, ou como o grande fator
de impedimento para que seja mais utilizados;
• Os valores (sempre ligados ao montante envolvido na
disputa), de fato, são altos, mas, ao final do dia, será
sempre uma análise de custo x benefício realizada pelas
partes: custos ex ante podem impedir custos ex post
Arbitrabilidade
• A arbitrabilidade nada mais é do que a “condição essencial para que um
determinado conflito seja submetido à arbitragem” (CAHALI, p. 134) –
evidentemente por alguém.
• Nesse contexto, divide-se o tema em arbitrabilidade subjetiva e objetiva.
• A primeira diz respeito “à pessoa (ratione personae), que, por razão
relacionada com sua função ou natureza, não poderia ser submetida à
solução de litígios pela via arbitral”, enquanto a objetiva refere-se “às
matérias (ratione materiae) sobre as quais o Estado, em razão de sua
vinculação com fundamentos econômicos e sociais essenciais à coletividade,
estima ser detentor do poder exclusivo de solucionar controvérsias”.
• GONÇALVES, Eduardo Damião. Arbitrabilidade objetiva. 2008. Tese (Doutorado em Direito) - Universidade
de São Paulo, São Paulo, 2008. p. 12.
Partes – Arbitrabilidade
Subjetiva
• Quem pode arbitrar? Ou, melhor, quem pode se valer da
arbitragem?
• A resposta está disposta no primeiro artigo da LAB:
• Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da
arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais
disponíveis.
• § 1o A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se
da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos
patrimoniais disponíveis. (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015)
Objeto – Arbitrabilidade Objetiva
• Quais matérias podem ser submetidas à arbitragem?
• A resposta, da mesma forma, está disposta no primeiro artigo da
LAB:
• Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da
arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais
disponíveis.
• Ou seja, nem todos os litígios podem ser levados à arbitragem no
Brasil
• Não há, por exemplo, arbitragem envolvendo Direito Penal.
Matérias mais Comuns

● Os principais temas discutidos em arbitragem hoje são:


● Direito Societário, com grande ênfase em Mercado de Capitais;
● Contratos comerciais, especialmente M&A;
● Contratos de Infraestrutura;
● Contratos Internacionais;
● Propriedade Intelectual
Mercado de Capitais
● Regulamento do Novo Mercado da B3 indica sujeição obrigatória à cláusula compromissória
estatutária:
Art. 39 O estatuto social deve contemplar cláusula compromissória dispondo que a companhia, seus acionistas,
administradores, membros do conselho fiscal, efetivos e suplentes, se houver, obrigam-se a resolver, por meio de
arbitragem, perante a Câmara de Arbitragem do Mercado, na forma de seu regulamento, qualquer controvérsia que
possa surgir entre eles, relacionada com ou oriunda da sua condição de emissor, acionistas, administradores e membros
do conselho fiscal, e em especial, decorrentes das disposições contidas na Lei nº 6.385/76, na Lei nº 6.404/76, no estatuto
social da companhia, nas normas editadas pelo CMN, pelo BCB e pela CVM, bem como nas demais normas aplicáveis ao
funcionamento do mercado de valores mobiliários em geral, além daquelas constantes deste regulamento, dos demais
regulamentos da B3 e do contrato de participação no Novo Mercado.
Art. 40 A posse dos administradores e dos membros do conselho fiscal, efetivos e suplentes, fica condicionada à
assinatura de termo de posse que deve contemplar sua sujeição à cláusula compromissória estatutária acima referida.
Os Árbitros
• Como já referido, as arbitragens podem ser conduzidas
por árbitro único, ou, nos casos mais comuns, por um
Tribunal Arbitral, habitualmente composto por três
árbitros – sendo que um sempre assumirá a presidência;
• O custo da arbitragem é afetado diretamente pela escolha,
porém a qualidade também, considerando que casos de
alta complexidade podem demandar mais atenção.
Os Árbitros
• Uma das maiores vantagens da arbitragem é a possibilidade de
escolha do(s) julgador(es). Seja por conta da expertise sobre a
matéria em debate que pode ser buscada, seja pela própria
diferença entre perfis (exemplo: profissionais mais ou menos
ligados ao meio acadêmico).
• Mas, afinal, quem pode ser árbitro? Eu posso ser árbitro?
• A resposta está no art. 13 da LAB:
• Art. 13. Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a
confiança das partes.
Os Árbitros
• A escolha dos árbitros não possui uma regra específica, mas,
na maioria dos casos, a partir da expressa autorização
concedida pelo §4º, do art. 13 da LAB, utiliza-se as regras de
uma Câmara Arbitral.
• Procedimento clássico:
Requerente indica um árbitro;
Requerida indica um árbitro;
Os árbitros indicados, em conjunto, indicam o presidente.
Os Árbitros
• Embora a autorização ampla para o exercício da função de
árbitro, na grande maioria dos casos são indicados ao
cargo advogados, juristas e professores universitários;
• É o que se constata, inclusive, das Listas de Árbitros
elaboradas pelas instituições – tendo que se levar em
consideração, ainda, que, hoje, não há limitação para o
número de atuações como árbitro.
Os Árbitros

• PODERES DOS ÁRBITROS:


Art. 18. O árbitro é juiz de fato e de direito, e a
sentença que proferir não fica sujeita a recurso ou a
homologação pelo Poder Judiciário.
Cláusula Modelo
I – CLÁUSULA PADRÃO:
“Qualquer litígio originário ou relacionado ao presente
contrato, inclusive quanto à sua interpretação ou execução,
será definitivamente resolvido por arbitragem, administrada
pelo Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de
Comércio Brasil-Canadá (“CAM-CCBC”), de acordo com o
seu Regulamento, constituindo-se o tribunal arbitral de
[um/três] árbitros, indicados na forma do citado
Regulamento.”
Custas e Honorários dos
Árbitros
• Assim como cláusulas modelo, as instituições também costumam
disponibilizar, em seus sites, uma tabela de custas e uma calculadora
para que possam ser estimados os valores da Arbitragem.
• Utilizando a tabela do CAM-CCBC, considerando a hipótese de que o
valor da disputa seja de R$ 1.000.000,00 (hum milhão de reais), os
custos seriam de:
Recomendação

Os “Segredos” da
Arbitragem: para
empresários que não
sabem nada (e para
advogados que sabem
pouco)
de Haroldo Verçosa
MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO

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