FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO & PROTECÇÃO VEGETAL
TEMA: FOTOSSÍNTESE
FACTORES INTERNOS E EXTERNOS QUE INFLUENCIAM NO PROCESSO DA FOTOSSÍNTESE.
Docente
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Eng. José Ngandu. Mcs
OBJECTIVOS
Geral: Descrever os factores internos e externos que
influenciam no processo da fotossíntese.
Específico: Explicar a influência da intensidade da luz;
Explicar: A influência dos fitofármacos no processo da
fotossíntese;
Explicar: A influência e eficiência da hidratação do protoplasma
no processo da fotossíntese.
INTRODUÇÃO
FOTOSSINTESE
Síntese de carboidrato a partir de (H2O) e (CO2)
utilizando como fonte a energia luminosa,
significa etimologicamente síntese pela luz.
Um dos processos biológicos mais importantes
na Terra.
A energia luminosa é convertida em energia
química, armazenada em moléculas como glicose,
contribuindo para o ciclo global do carbono e da
energia (Taiz & Zeiger, 2017). A eficiência desse
mecanismo é influenciada por diversos factores,
dentre os quais destacam-se os factores, como a
intensidade luminosa, o uso de fitofármacos e o
estado hídrico das células vegetais.
DESENVOLVIMENTO
FACTORES LIMITANTES
1. FACTORES EXTERNOS
1.Luz
2. Temperatura
3. Concentração de CO2
4. Disponibilidade de Água
5. Disponibilidade de Nutrientes
6. Salinidade
7. Fitofármacos
2. FACTORES INTERNOS
• 1. Estruturas das folhas
• 2. Estrutura dos cloroplastos
• 3. Teor de pigmentos
• 4. Acúmulo de produtos da fotossíntese no interior do cloroplasto
• 5. Concentração de enzimas
• 6. hidratação do protoplasma
• 7. Presença de nutrientes
• 8. Idade da folha
A LUZ COMO FACTOR INFLUENCIADOR DA
FOTOSSÍNTESE
A luz é o principal substrato energético para a
fotossíntese, pois fornece a energia necessária para as
reações fotoquímicas que ocorrem nas membranas dos
tilacoides (Taub, 2018).
A luz deve ser analisada Segundo três aspectos:
Intensidade da luz;
Qualidade espectral da luz;
Duração do período Luminoso.
1. Intensidade da luz:
•É avaliada pela irradiância, que é o fluxo radiante
interceptado por unidade de área. Na fase linear, a
fotossintese aumenta até que o outro se torna limitante
que não seja a luz. A saturação luminosa de uma folha,
é rápidamente atingida, principalmente nas folhas mais
externas e bem luminadas. A folha satura mais
rapidamente em relação a planta inteira. Pode se
verificar a fotoinibição crónica quando a exposição ao
excesso de luz é alta, com redução na fotossintese
máxima.
2. QUALIDADE ESPECTRAL DA LUZ
As diferentes radiações, 400 a 700 nm, não são igualmente eficientes na
fotossíntese. Geralmente as maiores taxas de fotossíntese são atingidas nas zonas
máximas de absorção de luz das clorofilas e caratenoides as plantas mais altas
absorvem mais luz vermelha e azul, transmitindo a verde com menor qualidade
energética e intensidade, para as plantas inferiores.
3. DURAÇÃO DO PERÍODO LUMINOSO:
De maneira geral as plantas são capazes de
realizar fotossíntese durante longos períodos de luz
sem diclínio aparente. Uma planta fotossintética
absorve mais luz no decorrer de um dia se estiver a
uma luz de intensidade favoravél durante 10 ou 12h.
Fitofármacos e seus efeitos na fotossíntese
Fitofármacos são produtos utilizados para proteger as
plantas de agentes patogênicos e pragas, porém seu uso pode
causar efeitos colaterais indesejados na fisiologia vegetal.
Herbicidas como a atrazina actuam directamente no
fotossistema II, interrompendo o transporte de elétrons e
afectando as reações luminosas da fotossíntese (Duke, 2019).
Inseticidas e fungicidas, mesmo não sendo direcionadas às
plantas, também podem influenciar negativamente o processo
fotossintético ao afectar a abertura estomática ou a actividade
enzimática do ciclo de Calvin (Santos et al., 2023)
Efeitos negatevos dos fotofármacos.
1.Danos aos cloroplastos
2.Redução da clorofila
3.Alteração da abertura estomática
4.Fitotoxicidade
EFEITOS POSITIVOS DOS FITOFÁRMACOS
Controle de doenças e pragas.
Redução do estresse biótico.
HIDRATAÇÃO DO PROTOPLASMA E SUA INFLUÊNCIA NA FOTOSSÍNTESE
A água é vital para o funcionamento celular e para a
realização da fotossíntese. Além de participar directamente da
fotólise da água, a hidratação adequada do protoplasma celular
assegura a estabilidade das proteínas envolvidas no processo
fotossintético, como a Rubisco (Larcher, 2006). O défici hídrico
compromete a abertura dos estômatos, reduzindo a absorção de
CO₂ e prejudicando a taxa fotossintética.
A manutenção do estado hídrico adequado do protoplasma
é essencial para garantir a estrutura, o funcionamento
enzimático e os processos metabólicos relacionados à
fotossíntese.
COMO A HIDRATAÇÃO DO PROTOPLASMA INFLUENCIA A FOTOSSÍNTESE?
Estabilidade estrutural dos cloroplastos;
Abertura e fechamento dos estômatos;
Actividade enzimática.
Resumo
1. Intensidade da Luz:
A intensidade luminosa influência directamente a fase clara da fotossíntese.
Em baixa luz, a produção de ATP e NADPH é limitada → fotossíntese lenta.
Com o aumento da luz, a fotossíntese aumenta até atingir o ponto de saturação
luminosa.
Luz excessiva pode causar fotoinibição, danificando os cloroplastos.
2. HIDRATAÇÃO DO PROTOPLASMA:
A água mantém a estrutura e a actividade do protoplasma (citoplasma +
organelas).
Boa hidratação → funcionamento adequado dos cloroplastos e enzimas → alta
taxa fotossintética.
Desidratação → fechamento dos estômatos, redução da entrada de CO₂ e
inibição enzimática → queda na fotossíntese.
•Em casos extremos, pode causar colapso celular e morte dos tecidos foliares.
FITOFÁRMACOS:
São produtos químicos usados na agricultura (herbicidas, fungicidas,
inseticidas).Em doses correctas, protegem a planta de doenças e pragas,
indiretamente melhorando a fotossíntese.
Em excesso ou mau uso, podem: Danificar cloroplastos, Inibir enzimas,
provocar clorose (amarelamento foliar); reduzir a eficiência da captação de luz
e fixação de CO₂.
CONCLUSÃO
A fotossíntese é um processo sensível a diferentes factores, entre os quais se
destacam a intensidade luminosa, fitofármacos e hidratação do protoplasma, o uso
de fitofármacos e o estado hídrico das células. A compreensão e o monitoramento
desses factores são fundamentais para o manejo eficiente de culturas agrícolas. Com
base no conhecimento da fisiologia vegetal, é possível desenvolver estratégias que
integrem práticas agrícolas sustentáveis e tecnologias modernas para aumentar a
produtividade e minimizar impactos ambientais. A interdisciplinaridade entre áreas
como ecologia, fisiologia vegetal e agronomia é essencial para o avanço do
conhecimento e aplicação prática desses princípios no campo.
REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS
Taiz, L., Zeiger, E., Møller, I. M., & Murphy, A. (2015). Plant Physiology and Development (6th ed.).
Sinauer Associates.
Larcher, W. (2004). Ecofisiologia Vegetal. Rima Editora.
Nobel, P. S. (2005). Physicochemical and Environmental Plant Physiology (3rd ed.). Academic Press.
Flexas, J. et al. (2004). Stomatal and non-stomatal limitations to photosynthesis under drought. Plant
Science, 165(2), 289–296.
Taiz & Zeiger, 2017
Taub, 2018
Duke, 2019
Santos et al., 2023
(Mittler, 2006).
MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO