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Aula 03 5

O documento aborda os direitos fundamentais, dividindo-os em três gerações: direitos civis e políticos, direitos econômicos e sociais, e direitos transindividuais. Também discute conceitos essenciais como Estado, soberania, povo e território, além de apresentar diferentes formas de Estado e governo, como monarquia e república, e sistemas de governo, incluindo presidencialismo e parlamentarismo. Por fim, analisa regimes políticos, destacando a democracia e suas variantes, como a democracia semidireta.

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O documento aborda os direitos fundamentais, dividindo-os em três gerações: direitos civis e políticos, direitos econômicos e sociais, e direitos transindividuais. Também discute conceitos essenciais como Estado, soberania, povo e território, além de apresentar diferentes formas de Estado e governo, como monarquia e república, e sistemas de governo, incluindo presidencialismo e parlamentarismo. Por fim, analisa regimes políticos, destacando a democracia e suas variantes, como a democracia semidireta.

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Direitos

Fundamentais e
Diversidade

Prof. Biló
AS DIMENSÕES DOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS
DIMITRI (2007, p. 54) conceitua os
direitos fundamentais como os
direitos público-subjetivos de
pessoas (físicas ou jurídicas),
contidos em dispositivos
constitucionais e, portanto, que
encerram caráter normativo
supremo dentro do Estado, tendo
como finalidade limitar o exercício
do poder estatal em face da
liberdade individual.

A teorização sobre os direitos


fundamentais das pessoas está
intimamente ligada ao movimento
constitucionalista.
A colocação histórica deu-se em
três blocos distintos (gerações).

a) A primeira geração dos direitos


fundamentais pertenceria ao bloco
dos direitos civis e políticos e com
fundamentação na liberdade
historicamente oriundos das
revoluções burguesas;
b) A segunda geração trata-se da
inserção dos direitos econômicos,
sociais e culturais, onde se busca
diminuir as desigualdes sociais que
surgiram com o liberalismo
extremo. Como vimos, nasce no
início do Século XX;
A partir daí surge a segunda
geração (dimensão) dos direitos
com predominância de proteção
aos direitos sociais.
São exemplos a Constituição do
México de 1917 e a de Weimar de
1919 (Alemanha) e a Constituição
brasileira de 1934 (Estado Social de
Direito).
c) A terceira geração refere-se aos
chamados direitos transindividuais,
difusos e coletivos, ou seja, cujos
titulares são indeterminados.
Busca-se um desenvolvimento
global, da paz, do meio ambiente,
etc..
CONCEITOS FUDAMENTAIS
Antes de entrarmos nos estudos de
Direito Constitucional propriamente
ditos, torna-se necessário
analisarmos, ainda que
brevemente, alguns conceitos
fundamentais, que serão melhor
estudados na Teoria Geral do
Estado.
ESTADO
O Estado na verdade é uma
sociedade política que possui
características peculiares, ou seja,
elementos essenciais para a sua
existência: Soberania; território; e
povo.
SOBERANIA
Nas lições do saudoso Professor
Dalmo de Abreu Dallari a
“soberania estatal” possui duplo
sentido.
A) Político:
é o “poder incontrastável de querer
coercitivamente e fixar
competências”;
B) Jurídico,

Soberania é “o poder de decidir em


última instância”.
Assim, pode-se dizer que a
soberania exprime este poder e
supremacia jurídica na ordem
interna e independência na ordem
externa.
POVO
É a parte humana de um Estado. É a
finalidade precípua deste. Trata-se
do conjunto de pessoas que
possuem um vínculo jurídico-
político com o Estado. Abrangem
tanto os nacionais como os
estrangeiros que se encontraram
sob a proteção legal do Estado.
Está aqui o elemento diferenciador
e principal do Estado. A proteção de
seus súditos, que possuem a
dignidade de pessoas humanas.

O Estado é um gestor protetivo. É


pela existência do povo que dá
significado à existência de um
Estado.
TERRITÓRIO
Trata-se do elemento espaço-
material do Estado.
É onde incide a soberania deste
sobre as pessoas e os bens nele
existentes.
Juridicamente o território possui
um conceito mais amplo que o
mero espaço geográfico.
Abrange:
o mar territorial,
o espaço aéreo,
os navios e aeronaves civis em
alto-mar ou sobrevoando espaço
aéreo internacional, e,
os navios e aeronaves militares
onde quer que estejam.
a) Os limites compreendidos pelas
fronteiras nacionais – espaço
geográfico, incluindo a linha
mediana de lagos e rios;

b) O mar territorial brasileiro (faixa


de 12 milhas — art. 1º da Lei n.
8.617/93);
c) Todo o espaço aéreo subjacente
ao nosso território físico e ao mar
territorial nacional (princípio da
absoluta soberania do país
subjacente — Código Brasileiro de
Aeronáutica, art. 11, e Lei n.
8.617/93, art. 2º);
d) Todo o subsolo no território físico
e no mar territorial nacional;

e) Com relação às as aeronaves e


embarcações devemos em primeiro
lugar distinguir entre as públicas e
as privadas para saber se
pertencem ou não ao território do
Estado.
Assim, configura território as
seguintes hipóteses das aeronaves:
Brasileiras privadas em alto mar;
Brasileiras públicas, onde quer que
se encontrem;
Brasileiras privadas a serviço do
Poder Público;
Estrangeiras privadas, no mar
territorial e espaço territorial
brasileiro.
FORMAS DE ESTADO

Diz respeito à estrutura em que se


divide o poder estatal.
Encontraremos duas formas de
Estado:
• Estado Simples e
• Estado Complexo ou Composto.
a) Estado Simples:

Também é chamado de Estado


Unitário.
Nesta forma de Estado existe uma
unidade de poder que está
centralizado num único órgão
político. São os casos de Portugal e
Itália.
Para melhor desempenho do poder
neste tipo de Estado pode ser que
acabe descentralizando a
administração para determinadas
regiões ou províncias, porém, estas
estão sujeitas à vontade política do
Poder Central. Não possuem
autonomia política.
b) Estado Composto:

Também chamado de complexo.


Nesta forma há uma pluralidade de
poderes políticos.
No mundo existem várias espécies
de Estados Complexos.
Vejamos:
b.1) União pessoal:
Somente é viável nos Estados
monárquicos, onde há a união de
dois ou mais Estados, os quais são
governados por um só rei. Um
exemplo antigo foi a união entre
Espanha e Portugal (1580 a 1640).
Rei Felipe II foi o herdeiro das duas
coroas.
b.2) A União real:

Trata-se da união de dois ou mais


Estados sob o governo de um rei só.
Cada Estado possui uma
organização interna independente.
Ex. : Reino Unido de Portugal, Brasil
e Algarves (1815 a 1822).
b.3) Confederação:

União permanente e contratual de


Estados com a finalidade de uma
defesa externa.
Cada Estado confederado conserva
a sua soberania, inclusive, podendo
se desligar da União.
Por causa do elemento soberania
dificilmente perduram por muito
tempo.
Originalmente temos os casos da
Suíça, dos Estados Unidos e da
URSS.
Assim, com o tempo, acabam se
unindo numa federação ou se
separam de uma vez por toda.
b.4) Federação:
Trata-se de uma união de dois ou
mais Estados. Da união resulta um
novo e as unidades conservam
certa autonomia política interna,
entretanto a soberania é transferida
para a União dos Estados. São
exemplos hoje: Estados Unidos,
Brasil, Argentina, México.
FORMAS DE GOVERNO

Aqui estaremos diante da existência


de uma organização política de um
Estado.
Hoje existem duas Formas de
Governo: MONARQUIA E
REPÚBLICA.
a) Monarquia:

A principal característica da
monarquia é a vitaliciedade.
O monarca governará o Estado pelo
tempo que viver.
A linha sucessória é por dinastia.
Ao longo das história a monarquia
dividiu-se em absoluta e relativa.
Na primeira (absoluta) todo o
poder se concentra nas mãos de
uma só pessoa, que o exerce sem
limitações.
Na segunda (relativa), também
chamada de monarquia
constitucional, o poder é
delimitado pela existência de uma
Constituição.
b) República:

Palavra de origem Grega significa


“Coisa Pública”. Pertencente a
todos.
Suas principais características são:

Eleições periódicas;
Limite temporal para os
representantes dos Poderes
Executivo e Legislativo;

Responsabilização de pessoas que


ocupam cargos públicos, pois os
representantes devem prestar
contas pela realização de seus
atos.
SISTEMAS DE GOVERNO

Atualmente o poder está dividido


entre três funções essenciais
Pela Teoria da Separação dos
Poderes de Montesquieu o Poder é
um só mas ele é exercido por três
funções: Executiva, Legislativa e
Judicial.
Dependendo do relacionamento
existente entre as funções para com
a administração do poder
encontraremos quatros sistemas de
governo:
a) presidencialismo;
b) parlamentarismo;
c) diretorialismo; e
d) Semipresidencialismo.
a) Presidencialismo:
Neste caso os poderes executivo e
legislativo são independentes,
porém exercem funções diferentes:
Chefia de Estado e Chefia de
Governo são exercidas por uma
única pessoa: O Presidente da
República.
Ex.: Brasil, EUA.
O Presidente da República é eleito
pelo povo direta ou indiretamente.
Exercerá o cargo por um período
determinado e sua destituição não
poderá ser apenas por motivos
políticos.
Também não depende da maioria do
Congresso para exercer o poder, por
isso, para governar, necessita de uma
O Poder Executivo também tem
participação do processo
legislativo (seja por matérias de
iniciativa própria (Ex.: aumento de
despesas); mas, também na
participação do processo originário
do legislativo, pois tem o poder de
sancionar ou vetar leis elaboradas
pelo legislativo.
b) Parlamentarismo:
Neste caso os poderes executivo e
legislativo também são
independentes, porém exercem
funções diferentes:

Chefia de Estado e Chefia de


Governo são exercidas por pessoas
diferentes.
Chefia de Estado:
É exercida pelo Presidente da
República ou pelo rei;

Chefia de Governo: A condução das


políticas do Estado, é efetuada
Primeiro-Ministro (dualismo de
poder), eleito pelo parlamento. Ex.:
Inglaterra, Alemanha.
A Chefia de Governo possui
responsabilidade política. Primeiro
Ministro se mantém no cargo
enquanto tiver maioria no
Congresso, podendo ser destituído.

O Chefe de Estado poderá dissolver


o Congresso, convocando novas
eleições gerais.
c) Sistema diretorial ou
convencional:
Neste sistema a concentração do
poder político do Estado está nas
mãos do Parlamento e a função
executiva é exercida por pessoas
escolhidas pelo Poder Legislativo. A
antiga URSS funcionava desta
forma.
d) Semipresidencialismo
É uma mistura de dois sistemas
anteriores (presidencialismo e
parlamentarismo). Trata-se de um
se do sistema mais moderno
existente.
Neste caso nós encontraremos um
pouco dos dois em sua configuração
total.
Em virtude do uso do clientelismo e
a da formação de coligações
partidárias sem base ideológica na
forma presidencialista, o que
dificulta a boa governança, o
semipresidencialismo tem sido
considerado como uma opção
viável, pois modifica toda a
engenharia política do Estado.
O semipresidencialismo apresenta
dinâmica própria e estabelece
relações peculiares entre o chefe de
Estado, o Governo e o Legislativo.
De um lado, combina traços do
presidencialismo (como o exercício
de algumas atribuições de política
interna pelo presidente e seu poder
de organizar o Governo) e do
parlamentarismo (como a
responsabilidade colegiada do
Governo perante o Parlamento e a
dualidade do Executivo).

Assim, no semipresidencialismo o
Presidente é eleito pelo voto
popular, como ocorre no
presidencialismo.
Ele exerce a função de chefe de
Estado e o Primeiro-Ministro exerce
a função de Chefe de Governo,
como no parlamentarismo. É
nomeado pelo Presidente da
República, que também nomeia os
demais ministros, porém, com base
na indicação do primeiro-ministro.
Diferentemente do
parlamentarismo, o Presidente não
exerce funções simbólicas na
representação do Estado.

Ele também possui poderes, que


são práticos e de muita
importância. Possui o poder de
administração
A implantação do
semipresidencialismo no Brasil seria
capaz de contribuir para a
estabilidade governamental e
melhorar o padrão de diálogo e de
controle entre o Executivo e o
Congresso.
Exemplos de semipresidencialismo a
França, Portugal, Argélia, Rússia, Egito,
Ucrânia e Romênia.
O Presidente possui vários poderes:
a) Dissolver o Parlamento;
b) Nomeia ou demite o Primeiro
Ministro, bem como vários
funcionários;
c) Cuida da Política Externa do País;
d) Chefe das Forças Armadas;
e) Vetar leis,
f) Administração Executiva, etc.;
No parlamentarismo, o parlamento
pode derrubar o primeiro-ministro.
Pode ocorrer também no
semipresidencialismo, só que o
presidente tem o poder de dissolver
o parlamento e convocar eleições
gerais. Tal poder inexiste nos
sistemas presidencialista e
parlamentarista.
REGIMES POLÍTICOS

A vontade e participação do povo é


o que vai ser determinante no
regime político, podendo, portanto,
serem classificados em:

a) democráticos e
b) não democráticos.
Democracia: A palavra possui
estrutura de origem grega e aponta
o seguinte significado: demos –
povo e arché – governo.
Resumindo: Governo do povo.
Todo poder emana do povo e em
seu nome ele deverá ser exercido
(Abraham Lincoln), concluindo, o
regime político democrático.
Existem várias formas do regime
democrático ser exercido.

Forma direta

As decisões são tomadas pelo


próprio povo em assembleias. Ex.:
Grécia antiga.
Por representantes

Também conhecida por democracia


indireta.

As decisões são tomadas por


representantes do povo.
Todo o poder emana do povo, que
o exerce por meio de
representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta
Constituição.
Como exemplos d participação
direta do povo temos o plebiscito,
o referendo e a iniciativa popular
(art. 14, I, II e III, CF).
Nos dois primeiros o povo é
consultado sobre os destinos de
matérias importantes.
No terceiro o povo tem a iniciativa
no processo legislativo.
Não democráticos:

Conhecidos por autoritários,


ditatoriais ou totalitários.

Não possui a participação popular


nas decisões do Estado.
Democracia semidireta
Trata-se de uma combinação das
anteriores. É o modelo adotado
pela nossa Constituição Federal no
art. 1º, § Único: Todo o poder
emana do povo, que o exerce por
meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta
Constituição.
Efetivamente, na democracia
semidireta o povo elege os seus
representantes políticos,
entretanto, poderá intervir
politicamente em várias decisões de
interesse social através de
instrumentos jurídicos, como o
plebiscito, o referendo e a iniciativa
popular, que serão estudados.
No Plebiscito existe uma consulta
prévia ao povo para que se
manifeste sobre uma determinada
medida ou lei. Ex.: Legalizar ou não
o aborto.
Já no Referendo a coletividade se
manifesta sobre uma medida já
tomada pelos governantes. Ex.:
Aceita ou não a lei votada.
Na Iniciativa popular permite-se
que a coletividade apresente
projetos de lei ao Congresso
Nacional.

Todos estes institutos serão


estudados detalhadamente no
semestre que vem na disciplina de
Direito Constitucional.

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