Identificar As Marcas Linguísticas Que Evidenciam o Locutor e o Interlocutor de Um Texto
Identificar As Marcas Linguísticas Que Evidenciam o Locutor e o Interlocutor de Um Texto
ALBERTO MEDEIROS
DUARTE SOBREIRA
DESCRITORES DO SAEB
LÍNGUA PORTUGUESA
Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade do aluno em identificar quem
fala no texto e a quem ele se destina, essencialmente, por meio da presença de
marcas linguísticas (o tipo de vocabulário, o assunto, etc.), evidenciando, também, a
importância do domínio das variações linguísticas que estão presentes na nossa
sociedade.
Essa habilidade é avaliada em textos nos quais o aluno é solicitado a identificar,
o locutor e o interlocutor do texto nos diversos domínios sociais, como também são
exploradas as possíveis variações da fala: linguagem rural, urbana, formal, informal,
incluindo também as linguagens relacionadas a determinados domínio sociais, como, por
exemplo, cerimônias religiosas, escola, clube, etc.
Leia o
texto:
A) desrespeitosa.
B) desafiadora.
C) informal.
D) regional.
A) desrespeitosa.
B) desafiadora.
C) informal.
D) regional.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: Global, 1988, p. 89.
Na frase “Mamãe, tem um homem dentro da pia.” (ℓ. 9), o verbo empregado representa,
no contexto, uma marca de:
(A) registro oral formal.
(B) registro oral informal.
(C) falar regional.
(D) falar caipira.
Leia o
texto:
O homem que entrou pelo cano
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: Global, 1988, p. 89.
Na frase “Mamãe, tem um homem dentro da pia.” (ℓ. 9), o verbo empregado representa,
no contexto, uma marca de:
(A) registro oral formal.
(B) registro oral informal.
(C) falar regional.
(D) falar caipira.
Leia o texto abaixo:
E.C.T.
Nando Reis, Marisa Monte, Carlinhos Brown
Tava com um cara que carimba postais
Que por descuido abriu uma carta que voltou Levou um susto
que lhe abriu a boca
Esse recado veio pra mim, não pro senhor.
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava na fronteira montada na lambreta, com um
bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o
fiscal perguntou assim pra ela:
– Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse
saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontologista, e respondeu:
– É areia! [...]
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele
maldito saco. [...]
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
– Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com quarenta anos de serviço.
Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
– Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
– Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a
senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
– O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha.
– Juro – respondeu o fiscal.
– É lambreta.
Disponível em: <http://pt.shvoong.com/books/1647797-velha-contrabandista/> Acesso em: 22 out. 2010.
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava na fronteira montada na lambreta, com um
bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o
fiscal perguntou assim pra ela:
– Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse
saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontologista, e respondeu:
– É areia! [...]
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele
maldito saco. [...]
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
– Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com quarenta anos de serviço.
Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
– Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
– Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a
senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
– O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha.
– Juro – respondeu o fiscal.
– É lambreta.
Disponível em: <http://pt.shvoong.com/books/1647797-velha-contrabandista/> Acesso em: 22 out. 2010.
Domingão
Domingo, eu passei o dia todo de bode. Mas, no começo da noite, melhorei e resolvei bater um fio para
o Zeca.
— E ai, cara? Vamos ao cinema?
— Sei lá, Marcos. Estou meio pra baixo....
— Eu também tava, cara. Mas já estou melhor!
E lá fomos nós. O ônibus atrasou, e nós pagamos o maior mico, porque, quando chegamos, o filme já
tinha começado. Teve até um mane que perguntou se a gente tinha chegado para a próxima sessão.
Saímos de lá, comentando:
— Que filme massa!
— Maneiro mesmo!
Mas já era tarde, e nem deu para contar os últimos babados pro Zeca. Afinal, segunda-feira é de trampo
e eu detesto queimar o filme com o patrão. Não vejo a hora de chegar de novo para eu agitar um pouco
mais.
CAVÉQUIA. Márcia Paganini. In: http://ensinocomalegria.blogspot.com
Domingão
Domingo, eu passei o dia todo de bode. Mas, no começo da noite, melhorei e resolvei bater um fio para
o Zeca.
— E ai, cara? Vamos ao cinema?
— Sei lá, Marcos. Estou meio pra baixo....
— Eu também tava, cara. Mas já estou melhor!
E lá fomos nós. O ônibus atrasou, e nós pagamos o maior mico, porque, quando chegamos, o filme já
tinha começado. Teve até um mane que perguntou se a gente tinha chegado para a próxima sessão.
Saímos de lá, comentando:
— Que filme massa!
— Maneiro mesmo!
Mas já era tarde, e nem deu para contar os últimos babados pro Zeca. Afinal, segunda-feira é de trampo
e eu detesto queimar o filme com o patrão. Não vejo a hora de chegar de novo para eu agitar um pouco
mais.
CAVÉQUIA. Márcia Paganini. In: http://ensinocomalegria.blogspot.com
Goiabada tinha cara de goiabada mesmo. Fica difícil explicar o que seja uma cara de goiabada, mas qualquer
pessoa que se defrontava com ele, mesmo que nada dissesse, constataria em foro íntimo que Goiabada tinha cara
de goiabada.
Eu o conheci há tempos, quando jogava pelada nas ruas da Ilha do Governador. Ele se oferecia para a
escalação, mas quase sempre era rejeitado. Ruim de bola, era bom de gênio.
[...]
Perdi-o de vista, o que foi recíproco. Outro dia, parei num posto para abastecer o carro e um senhor idoso me
ofereceu umas flanelas, dessas de limpar para-brisa. Ia recusar, mas alguma coisa me chamou a atenção: dando o
desconto do tempo, o cara tinha cara de goiabada. Fiquei indeciso. Não podia perguntar se ele era o Goiabada,
podia se ofender, não havia motivo para tanta e tamanha intimidade.
[...]
O tanque do carro já estava cheio, e o novo Goiabada, desanimado de me vender uma flanela, ia se retirando
em busca de freguês mais necessitado. Perguntei quantas flanelas ele tinha. Não sabia, devia ter umas 40, não
vendera nenhuma naquele dia. Comprei-lhe todas, ele fez um abatimento razoável. E ficou de mãos vazias,
olhando o estranho que sumia com suas 40 flanelas e nem fizera questão do troco.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1111200803.htm
Ao iniciar o texto com a frase – “Goiabada tinha cara de goiabada mesmo”, o produtor causa no leitor
(A) expectativa para descobrir o que é “cara de goiabada mesmo”.
(B) surpresa pela forma de explicar o que é goiabada.
(C) confusão para entender o significado das palavras.
(D) indignação pela crítica à goiabada.
Leia o
texto: Goiabada
Carlos Heitor Cony
Goiabada tinha cara de goiabada mesmo. Fica difícil explicar o que seja uma cara de goiabada, mas qualquer
pessoa que se defrontava com ele, mesmo que nada dissesse, constataria em foro íntimo que Goiabada tinha cara
de goiabada.
Eu o conheci há tempos, quando jogava pelada nas ruas da Ilha do Governador. Ele se oferecia para a
escalação, mas quase sempre era rejeitado. Ruim de bola, era bom de gênio.
[...]
Perdi-o de vista, o que foi recíproco. Outro dia, parei num posto para abastecer o carro e um senhor idoso me
ofereceu umas flanelas, dessas de limpar para-brisa. Ia recusar, mas alguma coisa me chamou a atenção: dando o
desconto do tempo, o cara tinha cara de goiabada. Fiquei indeciso. Não podia perguntar se ele era o Goiabada,
podia se ofender, não havia motivo para tanta e tamanha intimidade.
[...]
O tanque do carro já estava cheio, e o novo Goiabada, desanimado de me vender uma flanela, ia se retirando
em busca de freguês mais necessitado. Perguntei quantas flanelas ele tinha. Não sabia, devia ter umas 40, não
vendera nenhuma naquele dia. Comprei-lhe todas, ele fez um abatimento razoável. E ficou de mãos vazias,
olhando o estranho que sumia com suas 40 flanelas e nem fizera questão do troco.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1111200803.htm
Ao iniciar o texto com a frase – “Goiabada tinha cara de goiabada mesmo”, o produtor causa no leitor
(A) expectativa para descobrir o que é “cara de goiabada mesmo”.
(B) surpresa pela forma de explicar o que é goiabada.
(C) confusão para entender o significado das palavras.
(D) indignação pela crítica à goiabada.
Leia o
texto:
“Oi, André!
O pessoal aqui em casa até que se vira: meu pai e minha mãe trabalham, meu irmão tá tirando
faculdade, minha irmã mais velha também trabalha, só vejo eles de noite. Mas minha irmã mais
moça nem trabalha nem estuda, então toda hora a gente esbarra uma na outra. Sabe o que é que
ela diz? Que é ela que manda em mim, vê se pode. Não posso trazer nenhuma colega aqui: ela
cisma que criança faz bagunça em casa. Não posso nunca ir na casa de ninguém: ela sai, passa a
chave na porta, diz que vai comprar comida (ela vai é namorar) e eu fico aqui trancada pra atender
telefone e dizer que ela não demora. Bem que eu queria pular a janela, mas nem isso dá pé: sexto
andar.
[...]
Aí eu inventei que o Roberto (um grã-fino que ela quer namorar) tinha falado mal dela.
[...] Não era pra eu ter inventado nada; saiu sem querer. Sai sempre sem querer, o que é que eu
posso fazer? E dá sempre confusão, é tão ruim! Escuta aqui, André, você me faz um favor? Para
com essa mania de telegrama e me diz o que é que eu faço pra não dar mais confusão. POR
FAVOR, sim?
Raquel”
NUNES, Lygia Bojunga. A bolsa amarela. Rio de Janeiro: Agir, 1991.
O trecho que exemplifica o uso da linguagem informal, enfatizando a intimidade entre os
interlocutores é
(A) “...meu pai e minha mãe trabalham...” (B) “Não posso trazer nenhum colega aqui:”
(C) “...mas nem isso dá pé...” (D) “POR FAVOR, sim?”
Leia o
texto:
“Oi, André!
O pessoal aqui em casa até que se vira: meu pai e minha mãe trabalham, meu irmão tá tirando
faculdade, minha irmã mais velha também trabalha, só vejo eles de noite. Mas minha irmã mais
moça nem trabalha nem estuda, então toda hora a gente esbarra uma na outra. Sabe o que é que
ela diz? Que é ela que manda em mim, vê se pode. Não posso trazer nenhuma colega aqui: ela
cisma que criança faz bagunça em casa. Não posso nunca ir na casa de ninguém: ela sai, passa a
chave na porta, diz que vai comprar comida (ela vai é namorar) e eu fico aqui trancada pra atender
telefone e dizer que ela não demora. Bem que eu queria pular a janela, mas nem isso dá pé: sexto
andar.
[...]
Aí eu inventei que o Roberto (um grã-fino que ela quer namorar) tinha falado mal dela.
[...] Não era pra eu ter inventado nada; saiu sem querer. Sai sempre sem querer, o que é que eu
posso fazer? E dá sempre confusão, é tão ruim! Escuta aqui, André, você me faz um favor? Para
com essa mania de telegrama e me diz o que é que eu faço pra não dar mais confusão. POR
FAVOR, sim?
Raquel”
NUNES, Lygia Bojunga. A bolsa amarela. Rio de Janeiro: Agir, 1991.
O trecho que exemplifica o uso da linguagem informal, enfatizando a intimidade entre os
interlocutores é
(A) “...meu pai e minha mãe trabalham...” (B) “Não posso trazer nenhum colega aqui:”
(C) “...mas nem isso dá pé...” (D) “POR FAVOR, sim?”
Leia o
texto:
Nada Tanto Assim
Leoni / Bruno Fortunato
Fonte: http://letras.terra.com.br/claudinho-e-buchecha
Fonte: http://letras.terra.com.br/claudinho-e-buchecha
Morreu uma tia minha. Ela morava sozinha, não tinha filhos. A família toda foi até lá, num final de
semana, separar e dividir as coisas dela para esvaziar a casa. Móvel, roupa de cama, louça, quadro, livro,
tudo espalhado pelo chão, uma tremenda confusão.
Foi quando ouvi meus filhos me chamarem.
– Mãe! Maiê!
– Faaala.
Eles apareceram, esbaforidos.
– Mãe. A gente achou uma coisa incríível. Se ninguém quiser, essa coisa pode ficar para a gente?
Hein?
– Depende. Que é?
Eles falavam juntos, animadíssimos.
– Ééé... uma máquina, mãe.
– É só uma máquina meio velha.
– É, mas funciona, está ótima!
Minha filha interrompeu o irmão mais novo, dando uma explicação melhor.
– Deixa que eu falo: é assim, é uma máquina, tipo um... teclado de computador, sabe só o teclado? Só
o lugar que escreve?
– Sei.
– Então. Essa máquina tem assim, tipo... uma impressora, ligada nesse teclado, mas assim, ligada
direto. Sem fio. Bem, a gente vai, digita, digita...
Ela ia se animando, os olhos brilhando.
– ... e a máquina imprime direto na folha de papel que a gente coloca ali mesmo! É muuuuito legal!
Direto, na mesma hora, eu juro!
Ela jurava? Fiquei muda. Eu que jurava que não sabia o que falar diante dessa explicação de uma
máquina de escrever, dada por uma menina de 12 anos. Ela nem aí comigo. Continuava.
– ... entendeu como é, ô mãe? A gente, zupt, escreve e imprime, até dá para ver a impressão tipo na
hora, e não precisa essa coisa chatérrima de entrar no computador, ligaaar, esperar hoooras, entrar no
Word, de escrever olhando na tela e sóóó depois mandar para a impressora, não tem esse monte de
máquina tuuudo ligada uma na outra, não tem que ter até estabilizador, não precisa comprar cartucho
caro, nada, nada, mãe! É muuuito legal. E nem precisa colocar na tomada funciona sem energia e escreve
direto na folha da impressora.
– Nossa, filha...
(Coleção novo diálogo – Língua Portuguesa – São Paulo – FTD, 2007.)
Técnico do Rio comenta irregularidade da equipe e parabeniza o Osasco Nos cinco últimos anos, o técnico
Bernardinho esteve no alto do pódio da Superliga com a equipe do Rio de Janeiro. No entanto, neste domingo,
em mais um duelo com o Osasco, o treinador se viu um degrau abaixo.
– A derrota acontece, mas é preciso aprender com ela. Buscar saber o que erramos para, da próxima vez, não
pecarmos de novo - explicou o treinador.
Bernardinho comentou que o Rio de Janeiro foi muito irregular na partida.
Segundo ele, a equipe teve a chance do heptacampeonato, mas não soube aproveitar. Antes de deixar o
ginásio do Ibirapuera, o técnico fez questão de ressaltar o esforço adversário.
– O Osasco está de parabéns. Sabíamos que não ia ser fácil, pois é sempre um grande rival. Estão brigando
por este título há anos.
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Volei -19/04/2010
Técnico do Rio comenta irregularidade da equipe e parabeniza o Osasco Nos cinco últimos anos, o técnico
Bernardinho esteve no alto do pódio da Superliga com a equipe do Rio de Janeiro. No entanto, neste domingo,
em mais um duelo com o Osasco, o treinador se viu um degrau abaixo.
– A derrota acontece, mas é preciso aprender com ela. Buscar saber o que erramos para, da próxima vez, não
pecarmos de novo - explicou o treinador.
Bernardinho comentou que o Rio de Janeiro foi muito irregular na partida.
Segundo ele, a equipe teve a chance do heptacampeonato, mas não soube aproveitar. Antes de deixar o
ginásio do Ibirapuera, o técnico fez questão de ressaltar o esforço adversário.
– O Osasco está de parabéns. Sabíamos que não ia ser fácil, pois é sempre um grande rival. Estão brigando
por este título há anos.
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Volei -19/04/2010
Em uma certa manhã acordei entediada. Estava em minhas férias escolares do mês de julho.
Não pudera viajar. Fui ao portão e avistei, três quarteirões ao longe, a movimentação de uma feira
livre.
Não tinha nada para fazer e isso estava me matando de aborrecimento.
Embora soubesse que uma feira livre não constitui exatamente o melhor divertimento do qual um
ser humano pode dispor, fui andando, a passos lentos, em direção àquelas barracas. Não esperava
ver nada de original, ou mesmo interessante. Como é triste o tédio! Logo que me aproximei, vi uma
senhora alta, extremamente gorda, discutindo com um feirante.
O homem, dono da barraca de tomates, tentava em vão acalmar a nervosa senhora. Não sei por
que brigavam, mas sei o que vi: a mulher, imensamente gorda, mais do que gorda (monstruosa),
erguia seus enormes braços e, com os punhos cerrados, gritava contra o feirante. Comecei a me
assustar, com medo de que ela destruísse a barraca (e talvez o próprio homem) devido à sua fúria
incontrolável. Ela ia gritando e se empolgando com sua raiva crescente e ficando cada vez mais
vermelha, assim como os tomates ou até mais.
De repente, no auge de sua ira, avançou contra o homem já atemorizado e,
tropeçando em alguns tomates podres que estavam no chão, caiu, tombou,
mergulhou, esborrachou-se no asfalto, para o divertimento do pequeno público
que, assim como eu, assistiu àquela cena incomum.
http://lportuguesa.malha.net/content/view/27/1/
Terra seca
Ary Barroso Varava estes rios, estas matas, estes campos sem fim
Nêgo era moço, e a vida, um brinquedo prá mim
O nêgo tá, moiado de suó Mas o tempo passou
Essa terra secou ...ô ô
Trabáia, trabáia, nêgo / Trabáia, trabáia nêgo (refrão) A velhice chegou e o brinquedo quebrou ....
Sinhô, nêgo véio tem pena de ter-se acabado
As mãos do nêgo tá que é calo só Sinhô, nêgo véio carrega este corpo cansado
Trabáia, trabáia nêgo cifrantiga3.blogspot.com/2006/05/terra-seca.html
Ai “meu sinhô”nêgo tá véio
Não aguenta essa terra tão dura, tão seca,
poeirenta...
O traço da linguagem informal utilizada pelos
O nêgo pede licença prá falá
escravos está indicado no seguinte trecho:
O nêgo não pode mais trabaiá
Quando o nêgo chegou por aqui (A) “Não aguenta esta terra tão dura, tão seca,
Era mais vivo e ligeiro que o saci poeirenta...”
(B) “O nêgo não pode mais trabaiá.”
(C) “Era mais vivo e ligeiro do que o saci.”
(D) “estes campos sem fim”.
Leia o
texto:
Terra seca
Ary Barroso Varava estes rios, estas matas, estes campos sem fim
Nêgo era moço, e a vida, um brinquedo prá mim
O nêgo tá, moiado de suó Mas o tempo passou
Essa terra secou ...ô ô
Trabáia, trabáia, nêgo / Trabáia, trabáia nêgo (refrão) A velhice chegou e o brinquedo quebrou ....
Sinhô, nêgo véio tem pena de ter-se acabado
As mãos do nêgo tá que é calo só Sinhô, nêgo véio carrega este corpo cansado
Trabáia, trabáia nêgo cifrantiga3.blogspot.com/2006/05/terra-seca.html
Ai “meu sinhô”nêgo tá véio
Não aguenta essa terra tão dura, tão seca,
poeirenta...
O traço da linguagem informal utilizada pelos
O nêgo pede licença prá falá
escravos está indicado no seguinte trecho:
O nêgo não pode mais trabaiá
Quando o nêgo chegou por aqui (A) “Não aguenta esta terra tão dura, tão seca,
Era mais vivo e ligeiro que o saci poeirenta...”
(B) “O nêgo não pode mais trabaiá.”
(C) “Era mais vivo e ligeiro do que o saci.”
(D) “estes campos sem fim”.
Leia o
texto:
Londres, 29 de junho de 1894
Na próxima década, a massa de informação que circula no mundo dobrará de volume a cada
oitenta dias. Pelo menos é o que dizem os especialistas. Reduzir o tempo gasto nessa leitura
toda não é má ideia. Mas seria possível?
“Não conheço estudos que indiquem isso”, afirma o neuroftalmologista Paulo Imamura da
Universidade Federal de São Paulo. Jorge Roberto Pagura, neurocirurgião do hospital paulista
Albert Einsten, discorda.
“Atividades cerebrais podem ser adestradas”, afirma. O fato é que pouco se sabe sobre a
fisiologia da leitura.
Para a diretora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Marlene
Carvalho, a técnica funciona para jornais, relatórios e processos. Mas não para textos literários.
O cineasta americano Woody Allen pensa do mesmo modo. Criou até uma piada sobre o assunto:
“Fiz um curso de leitura dinâmica
e consegui ler o romance Guerra e Paz, de Leon Tolstoi em apenas 15 minutos! É sobre a
Rússia.”
(UM MUNDO de coisas para ler. Revista Superinteressante, v.112, p.64, 1997. CD-ROM. Fragmento)
Na próxima década, a massa de informação que circula no mundo dobrará de volume a cada
oitenta dias. Pelo menos é o que dizem os especialistas. Reduzir o tempo gasto nessa leitura
toda não é má ideia. Mas seria possível?
“Não conheço estudos que indiquem isso”, afirma o neuroftalmologista Paulo Imamura da
Universidade Federal de São Paulo. Jorge Roberto Pagura, neurocirurgião do hospital paulista
Albert Einsten, discorda.
“Atividades cerebrais podem ser adestradas”, afirma. O fato é que pouco se sabe sobre a
fisiologia da leitura.
Para a diretora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Marlene
Carvalho, a técnica funciona para jornais, relatórios e processos. Mas não para textos literários.
O cineasta americano Woody Allen pensa do mesmo modo. Criou até uma piada sobre o assunto:
“Fiz um curso de leitura dinâmica
e consegui ler o romance Guerra e Paz, de Leon Tolstoi em apenas 15 minutos! É sobre a
Rússia.”
(UM MUNDO de coisas para ler. Revista Superinteressante, v.112, p.64, 1997. CD-ROM. Fragmento)
Leia trecho adaptado de um bate-papo pela internet, retirado de uma das salas do UOL.
Com base no diálogo transcrito da sala de bate-papo, é correto afirmar que a linguagem
utilizada
(A) incorre em erros relativos à escrita das palavras, mas mantém um nível de linguagem
elevado, sem gírias.
(B) diverge em alguns aspectos das normas ortográficas, mas é eficiente para a comunicação
dos participantes do bate-papo.
(C) recorre, com muita frequência, à utilização de siglas e abreviações, sem que haja violação
das normas ortográficas.
(D) impossibilita que todas as pessoas consigam estabelecer uma comunicação eficiente e
clara numa sala de bate--papo como essa.
Leia o
texto:
Leia trecho adaptado de um bate-papo pela internet, retirado de uma das salas do UOL.
Com base no diálogo transcrito da sala de bate-papo, é correto afirmar que a linguagem
utilizada
(A) incorre em erros relativos à escrita das palavras, mas mantém um nível de linguagem
elevado, sem gírias.
(B) diverge em alguns aspectos das normas ortográficas, mas é eficiente para a comunicação
dos participantes do bate-papo.
(C) recorre, com muita frequência, à utilização de siglas e abreviações, sem que haja violação
das normas ortográficas.
(D) impossibilita que todas as pessoas consigam estabelecer uma comunicação eficiente e
clara numa sala de bate--papo como essa.
Leia o
texto: O MENINO, O BURRO E O CACHORRO
Um menino foi buscar lenha na floresta com seu burrico e levou junto seu cachorro de estimação Chegando
ao meio da mata, o menino juntou um grande feixe de lenha, olhou para o burro, e exclamou:
-Vou colocar uma carga de lenha de lascar nesse burro! Então, o jumento virou-se para ele e respondeu:
- É claro, não é você quem vai levar!
O menino, muito admirado com o fato de o burro ter falado, correu e foi direto contar tudo ao seu pai. Ao
chegar em casa, quase sem fôlego, disse:
- Pai, eu tava na mata, juntando lenha e, depois de preparar uma carga para trazer, eu disse que ia colocar ela
na garupa do burro. Acredite se quiser, ele se virou pra mim e disse: "É claro, não é você quem vai levar!".
O pai do menino olhou-o de cima para baixo e, meio desconfiado, repreendeu-o:
- Você tá dando pra mentir agora? Onde já se viu tal absurdo? Animais não falam! Nesse momento, o cachorro
que estava ali presente saiu em defesa do garoto e falou:
- É verdade, eu também estava lá e vi tudinho!
Assustado, o pobre camponês, julgando que o animal estivesse endiabrado, pegou um machado que estava
encostado na parede e ergueu-o para ameaçá-lo.
Foi então que aconteceu algo ainda mais curioso. O machado começou a tremer em suas mãos, e, então,
virou-se para ele e disse:
- O senhor tenha cuidado, pois esse cachorro pode me morder!
Fonte: O MENINO, o burro e o cachorro. In: Contos populares ilustrados. Disponível em: <http://www.sitededicas.com.br>.
Acesso em: 24 jan. 2009.
A fala "O senhor tenha cuidado, pois esse cachorro pode me morder!" foi dita pelo
(A) burro. (B) pai. (C) menino. (D) machado.
Leia o
texto: O MENINO, O BURRO E O CACHORRO
Um menino foi buscar lenha na floresta com seu burrico e levou junto seu cachorro de estimação Chegando
ao meio da mata, o menino juntou um grande feixe de lenha, olhou para o burro, e exclamou:
-Vou colocar uma carga de lenha de lascar nesse burro! Então, o jumento virou-se para ele e respondeu:
- É claro, não é você quem vai levar!
O menino, muito admirado com o fato de o burro ter falado, correu e foi direto contar tudo ao seu pai. Ao
chegar em casa, quase sem fôlego, disse:
- Pai, eu tava na mata, juntando lenha e, depois de preparar uma carga para trazer, eu disse que ia colocar ela
na garupa do burro. Acredite se quiser, ele se virou pra mim e disse: "É claro, não é você quem vai levar!".
O pai do menino olhou-o de cima para baixo e, meio desconfiado, repreendeu-o:
- Você tá dando pra mentir agora? Onde já se viu tal absurdo? Animais não falam! Nesse momento, o cachorro
que estava ali presente saiu em defesa do garoto e falou:
- É verdade, eu também estava lá e vi tudinho!
Assustado, o pobre camponês, julgando que o animal estivesse endiabrado, pegou um machado que estava
encostado na parede e ergueu-o para ameaçá-lo.
Foi então que aconteceu algo ainda mais curioso. O machado começou a tremer em suas mãos, e, então,
virou-se para ele e disse:
- O senhor tenha cuidado, pois esse cachorro pode me morder!
Fonte: O MENINO, o burro e o cachorro. In: Contos populares ilustrados. Disponível em: <http://www.sitededicas.com.br>.
Acesso em: 24 jan. 2009.
A fala "O senhor tenha cuidado, pois esse cachorro pode me morder!" foi dita pelo
(A) burro. (B) pai. (C) menino. (D) machado.
sabe que é normal rolar
Leiadiscussão.
o O problema é
texto:
que, quando isso acontece, quem está por perto
acaba tendo que interferir. Você, assim como
qualquer pessoa, não gosta de levar bronca e, por
isso, acaba se sentindo muito injustiçada. Mas é
claro que seus pais amam vocês duas e só querem
que vivam em paz. Então converse com eles e
peça ajuda, dizendo que sua irmã precisa respeitar
as suas coisas. Mais uma dica: não dê tanta
importância às provocações da sua irmãzinha.
Talvez ela mude de comportamento, quando
perceber que não conseguiu mais irritar você.
/Vitch. São Paulo: Abril, ed. 88, 2009.
sabe que é normal rolar
Leiadiscussão.
o O problema é
texto:
que, quando isso acontece, quem está por perto
acaba tendo que interferir. Você, assim como
qualquer pessoa, não gosta de levar bronca e, por
isso, acaba se sentindo muito injustiçada. Mas é
claro que seus pais amam vocês duas e só querem
que vivam em paz. Então converse com eles e
peça ajuda, dizendo que sua irmã precisa respeitar
as suas coisas. Mais uma dica: não dê tanta
importância às provocações da sua irmãzinha.
Talvez ela mude de comportamento, quando
perceber que não conseguiu mais irritar você.
/Vitch. São Paulo: Abril, ed. 88, 2009.
Leia o
texto: O galo que logrou a raposa
Engraçado, de repente eu comecei a ver a tia Zilah com outros olhos. Ela não era só do bem, a tia viúva e
sozinha que tinha ficado cuidando de mim. Ela era legal, uma super-mais-velha!
Nossa, eu deixei ela quase louca! Em vez dos coroas, foi ela quem me contou toda a sua viagem pela
Europa... Eu fazia uma ideia tão errada, diferente: ela contando, ficou tudo tão legal, um barato mesmo.
Só pra dar uma ideia, fiquei vidrado no museu de cera da Madame Tussaud, que era uma francesa que
viveu na época da Revolução. Ela aprendeu a fazer imagens de cera, e se inspirava em personagens
célebres que eram levados para a guilhotina em praça pública. Depois ela mudou para a Inglaterra, e ficou
famosa por lá. E hoje existe em Londres um museu de cera com o seu nome, que tem imagens de
personagens famosos do mundo inteiro em tamanho natural.
Foi tão gozado quando a tia Zilah também contou que, quando ela ia saindo do museu, perguntou pra
uma mulher fardada onde era a saída. E todo mundo caiu na gargalhada, porque tinha perguntado pra uma
figura de cera que era sensacional de tão perfeita, parecia mesmo uma policial.
NICOLELIS, Laporta. Pássaro contra a vidraça. São Paulo: Moderna, 1992.
Nesse texto, palavras como “legal” (ℓ. 9), “barato” (ℓ. 9), “vidrado” (ℓ. 10), “gozado” (ℓ. 20)
evidenciam um falante que também usa
A) expressões de gíria. B) expressões regionais.
C) linguagem culta. D) linguagem técnica.
Leia o
texto:
Pássaro contra a vidraça
Engraçado, de repente eu comecei a ver a tia Zilah com outros olhos. Ela não era só do bem, a tia viúva e
sozinha que tinha ficado cuidando de mim. Ela era legal, uma super-mais-velha!
Nossa, eu deixei ela quase louca! Em vez dos coroas, foi ela quem me contou toda a sua viagem pela
Europa... Eu fazia uma ideia tão errada, diferente: ela contando, ficou tudo tão legal, um barato mesmo.
Só pra dar uma ideia, fiquei vidrado no museu de cera da Madame Tussaud, que era uma francesa que
viveu na época da Revolução. Ela aprendeu a fazer imagens de cera, e se inspirava em personagens
célebres que eram levados para a guilhotina em praça pública. Depois ela mudou para a Inglaterra, e ficou
famosa por lá. E hoje existe em Londres um museu de cera com o seu nome, que tem imagens de
personagens famosos do mundo inteiro em tamanho natural.
Foi tão gozado quando a tia Zilah também contou que, quando ela ia saindo do museu, perguntou pra
uma mulher fardada onde era a saída. E todo mundo caiu na gargalhada, porque tinha perguntado pra uma
figura de cera que era sensacional de tão perfeita, parecia mesmo uma policial.
NICOLELIS, Laporta. Pássaro contra a vidraça. São Paulo: Moderna, 1992.
Nesse texto, palavras como “legal” (ℓ. 9), “barato” (ℓ. 9), “vidrado” (ℓ. 10), “gozado” (ℓ. 20)
evidenciam um falante que também usa
A) expressões de gíria. B) expressões regionais.
C) linguagem culta. D) linguagem técnica.
Leia o
texto:
“Eu ia consegui ficar em pé na minha triquilha tigrada, sair do back side, subir no lip, trabalhar a
espuma, iiiiihhhhaaaaaaaaa!(...)” As expressões destacadas são gírias próprias dos:
A) Professores universitários em palestra.
B) Adolescentes falando sobre surf.
C) Geógrafos analisando a paisagem.
D) Biólogos discutindo sobre a natureza.
Leia o
texto:
A praia de frente pra casa da vó
Eu queria surfar. Então vamo nessa: a praia ideal que eu idealizo no caso
particularizado de minha pessoa, em primeiramente, seria de frente para a casa da vó,
com vista para o meu quarto. Ia ter umas plantaçãozinha de água de coco e, invés de
chão de areia, eu botava uns gramadão presidente. Assim, o Zé, eu e os cara não fica
grudando quando vai dar os rolé de Corcel!
Caderno de Atividades
(...) Então, vamo nessa: na praia dos sonhos que eu falei “É o sooonho!”, teria menos
água salgada! (Menas porque água é feminina) Eu ia consegui ficar em pé na minha
triquilha tigrada, sair do back side, subir no lip, trabalhar a espuma, iiiiihhhhaaaaaaaaa!
(...) Fonte: Peterson Foca . Personagem “cult” de Sobrinhos do Ataíde, programa
veiculado pela Rádio 89,1 FM de São Paulo.
“Eu ia consegui ficar em pé na minha triquilha tigrada, sair do back side, subir no lip, trabalhar a
espuma, iiiiihhhhaaaaaaaaa!(...)” As expressões destacadas são gírias próprias dos:
A) Professores universitários em palestra.
B) Adolescentes falando sobre surf.
C) Geógrafos analisando a paisagem.
D) Biólogos discutindo sobre a natureza.
Leia o
texto:
TÔ AQUI
Já imaginei milhões de maneiras para chamar sua atenção. Já fiz mais de quinhentas
caretas diferentes para que você me notasse. Já chorei rios de lágrimas pensando em você.
Lotei um estádio de futebol de vontade de te ver. Já mandei um caminhão de recados. Breve
vou começar a pensar que você gosta de outro...
FERNANDES, Maria; HAILER, Marco Antônio. Alp novo: Análise, Linguagem e Pensamento. v. 4. São Paulo: FTD, 2000. p.
106.
A expressão “Tô aqui!”, no título desse texto, revela um falante que faz uso de linguagem
A) coloquial.
B) formal.
C) regional.
D) técnica.
Leia o
texto:
TÔ AQUI
Já imaginei milhões de maneiras para chamar sua atenção. Já fiz mais de quinhentas
caretas diferentes para que você me notasse. Já chorei rios de lágrimas pensando em você.
Lotei um estádio de futebol de vontade de te ver. Já mandei um caminhão de recados. Breve
vou começar a pensar que você gosta de outro...
FERNANDES, Maria; HAILER, Marco Antônio. Alp novo: Análise, Linguagem e Pensamento. v. 4. São Paulo: FTD, 2000. p.
106.
A expressão “Tô aqui!”, no título desse texto, revela um falante que faz uso de linguagem
A) coloquial.
B) formal.
C) regional.
D) técnica.
Leia o
texto:
Para onde vão os vaga-lumes?
– Vô, para onde vão os vaga-lumes?
– Boa pergunta, hein?
– Então responde, vô: eles ficam aí piscando quando anoitece, depois desaparecem.
Vão para onde?
– E como é que vou saber? Se eles falassem, eu pegava um e perguntava, mas...
– É que você sabe tanta coisa, né, vô...
Pensei que soubesse pra onde vão os vaga-lumes e por que bem-te-vi canta triste.
– Bem-te-vi canta triste, você acha? Se é verdade, também não sei por quê.
– Então você também não deve saber por que minhoca não tem cabelo, né?
– Isso dá pra presumir, né: como vive debaixo da terra, cabelo pra quê?– Então você tá bem
desprotegido, né? Por falar nisso, vô, por que mulher não fica careca?
– Pela mesma razão que homem não tem seios. Satisfeito?
– Mais ou menos... Mas acho que, se você não sabe pra onde vão os pirililampos, pelo menos deve saber
por que cai estrela cadente. É por cansaço?
PELLEGRINI, Domingos. In: Crônica brasileira contemporânea. São Paulo: Editora Moderna, 2006, p. 48-49, p. 206-207. Fragmento.
No trecho “– Boa pergunta, hein?” (ℓ. 2), a palavra destacada é marca da linguagem
A) coloquial.
B) jornalística.
C) literária.
D) técnica.
Leia o
texto:
Para onde vão os vaga-lumes?
– Vô, para onde vão os vaga-lumes?
– Boa pergunta, hein?
– Então responde, vô: eles ficam aí piscando quando anoitece, depois desaparecem.
Vão para onde?
– E como é que vou saber? Se eles falassem, eu pegava um e perguntava, mas...
– É que você sabe tanta coisa, né, vô...
Pensei que soubesse pra onde vão os vaga-lumes e por que bem-te-vi canta triste.
– Bem-te-vi canta triste, você acha? Se é verdade, também não sei por quê.
– Então você também não deve saber por que minhoca não tem cabelo, né?
– Isso dá pra presumir, né: como vive debaixo da terra, cabelo pra quê?– Então você tá bem
desprotegido, né? Por falar nisso, vô, por que mulher não fica careca?
– Pela mesma razão que homem não tem seios. Satisfeito?
– Mais ou menos... Mas acho que, se você não sabe pra onde vão os pirililampos, pelo menos deve saber
por que cai estrela cadente. É por cansaço?
PELLEGRINI, Domingos. In: Crônica brasileira contemporânea. São Paulo: Editora Moderna, 2006, p. 48-49, p. 206-207. Fragmento.
No trecho “– Boa pergunta, hein?” (ℓ. 2), a palavra destacada é marca da linguagem
A) coloquial.
B) jornalística.
C) literária.
D) técnica.
Leia o
texto:
O alho bento
Mané Frajola não tinha um centavo. Jurou que ia dar jeito na vida. E deu. Catou uma réstia de alho e saiu pro
mundo, apregoando:
– Alho bento! Olha o alho bento!
Parou uma velha.
– Alho bento? Serve prá que?
– Isso aqui tira quebranto, olho gordo, azá de 7 anos. É só mordê, come metade e passá a outra metade em
cima do coração!
A velha levou um dentinho, a peso de ouro. Depois veio um velho.
Repetiu a pergunta, ouviu a mesma resposta. Levou! De crédulo em crédulo, Mané Frajola vendeu a réstia
toda, até o final da manhã. Estava com os cobres. Mas aí veio o Conde Drácula, chegado da Transilvânia e não
gostou da história. Aquela cidade toda cheirava a alho. Resultado:
Mané Frajola foi contratado como copeiro do Conde para ganhar dinheiro e parar de vender alho bento.
Milagre só acontece quando a prosa do contador de causo padece!
http://eptv.globo.com/caipira/
Os versos “Peguemo toda as nossas coisa/ e fumos pro meio da rua/ apreciá a demolição...”, na linguagem formal,
estariam adequados se fossem escritos:
A) “Peguemos toda as nossas coisas e fumos pro meio da rua apreciá a demolição...”.
B) “Peguemos toda as nossas coisa e fumos para o meio da rua apreciá a demolição...”.
C) “Pegamos todas as nossas coisas e fomos para o meio da rua apreciar a demolição...”.
D) “Pegamos toda as nossas coisa e fomos pro meio da rua apreciá a demolição...”.
Leia o
texto: Saudosa maloca
Se o senhô num tá lembrado,
dá licença de contá,
é que onde agora está
esse edifício arto,
era uma casa veia,
um palacete assobradado.
Foi aqui, seu moço,
que eu, Mato Grosso e o Joca
construímo nossa maloca.
Mas um dia, nóis nem pode se alembrá,
veio os home co’ as ferramenta:
o dono mando derrubá.
Peguemo toda as nossas coisas
e fumos pro meio da rua apreciá a demolição...
Que tristeza que nóis sentia,
cada tauba que caía [...] Barbosa, A. Disco Adoniran Barbosa. Odeon, 1974.
Os versos “Peguemo toda as nossas coisa/ e fumos pro meio da rua/ apreciá a demolição...”, na linguagem formal,
estariam adequados se fossem escritos:
A) “Peguemos toda as nossas coisas e fumos pro meio da rua apreciá a demolição...”.
B) “Peguemos toda as nossas coisa e fumos para o meio da rua apreciá a demolição...”.
C) “Pegamos todas as nossas coisas e fomos para o meio da rua apreciar a demolição...”.
D) “Pegamos toda as nossas coisa e fomos pro meio da rua apreciá a demolição...”.
Leia o
texto:
O discutível amigo
O homem é o maior amigo do cão...
Há um pouco de ironia, é claro, nessa verdade. A
coleira que o diga. Poucos animais têm, como o homem o
instinto da propriedade, o sentido de posse. Pelo que eu
observei, ao longo do meu latir pela vida, a frase devia ser
modificada: o homem é o maior amigo do seu cão. Gosta
do que é dele, raramente suporta o dos outros. Mas há
milhões de cães pelo mundo afora com um homem, ou
toda uma família, a seu favor. Às vezes tratados como
cães. Às vezes reconhecidos como gente. Principalmente
quando na família há essa coisa boa que chamam criança.
LESSA,Orígenes Confissões de um vira-lata. Rio de Janeiro. Ediouro.28.09.1972.
O discutível amigo
O homem é o maior amigo do cão...
Há um pouco de ironia, é claro, nessa verdade. A
coleira que o diga. Poucos animais têm, como o homem o
instinto da propriedade, o sentido de posse. Pelo que eu
observei, ao longo do meu latir pela vida, a frase devia ser
modificada: o homem é o maior amigo do seu cão. Gosta
do que é dele, raramente suporta o dos outros. Mas há
milhões de cães pelo mundo afora com um homem, ou
toda uma família, a seu favor. Às vezes tratados como
cães. Às vezes reconhecidos como gente. Principalmente
quando na família há essa coisa boa que chamam criança.
LESSA,Orígenes Confissões de um vira-lata. Rio de Janeiro. Ediouro.28.09.1972.