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O documento aborda a comunicação alternativa e aumentativa (CAA) como um conjunto de métodos para facilitar a comunicação de pessoas com deficiências ou dificuldades de fala. Destaca diferentes modalidades de comunicação, como comunicação apoiada e não apoiada, e apresenta sistemas alternativos populares, como Blissymbols e PECS. Além disso, enfatiza a importância da personalização dos recursos de comunicação para atender às necessidades individuais dos usuários.
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Caa 1

O documento aborda a comunicação alternativa e aumentativa (CAA) como um conjunto de métodos para facilitar a comunicação de pessoas com deficiências ou dificuldades de fala. Destaca diferentes modalidades de comunicação, como comunicação apoiada e não apoiada, e apresenta sistemas alternativos populares, como Blissymbols e PECS. Além disso, enfatiza a importância da personalização dos recursos de comunicação para atender às necessidades individuais dos usuários.
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COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA COORD.

PEDAGÓGICA – CAPE
E AUMENTATIVA – CAA 2025
MANZINE E DELIBERATO
(2006)
Interesses, concordâncias ou discordâncias, emoções,
sentimentos. A comunicação entre pessoas é
marcada e complementada por vários elementos
comunicativos que permitem compreender o outro e,
também, ser compreendido. (MANZINI; DELIBERATO,
2006, p. 3) O sistema de comunicação humana
consiste em diversos sinais que podem ser gestos,
sons, signos linguísticos que possuem
significados singulares ou universais.
Em educação especial, a expressão comunicação
alternativa e/ou suplementar vem sendo utilizada
para designar um conjunto de procedimentos
técnicos e metodológicos direcionado a pessoas
acometidas por alguma doença, deficiência, ou
alguma outra situação momentânea que impede a
comunicação com as demais pessoas por meio dos
recursos usualmente utilizados, mais especificamente
a fala (MANZINI; DELIBERATO, 2006, p. 4).
“Comunicação alternativa e aumentativa (CAA) é uma
aliada à comunicação: refere -se a qualquer meio de
comunicação que complemente ou substitua os
meios usuais de fala ou escrita.
A comunicação é aumentativa quando o indivíduo utiliza
um outro meio de comunicação para complementar
ou compensar deficiências que a fala apresenta.
Possui alguma comunicação, mas essa não é
suficiente para suas trocas sociais.
A comunicação alternativa ocorre quando o
indivíduo utiliza outro meio para se
comunicar ao invés da fala, pelo fato de estar
impossibilitado de articular ou produzir sons
adequadamente” (SONZA, 2013, p. 255 apud
FERNANDES, 2000)
A COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA (SUPLEMENTAR OU AMPLIADA, COMO TERMOS SINÔNIMOS)
ENFATIZA DIFERENTES MODALIDADES DE COMUNICAÇÃO COM FINALIDADES DEFINIDAS A
PARTIR DA NECESSIDADE DO USUÁRIO, QUE PODEM SER, SEGUNDO DELIBERATO E MANZINI
(2006):
*PROPICIAR UMA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA PARA O USUÁRIO ;
*CRIAR RECURSOS DE MANUTENÇÃO DA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA PARA O
USUÁRIO;
OS AUTORES SUPRACITADOS SUGEREM
AINDA DUAS DIMENSÕES ÀS COMUNICAÇÕES
ALTERNATIVAS:

Comunicação apoiada
Comunicação não apoiada
A comunicação apoiada indica que os recursos para a
comunicação utilizam apoios de expressão linguística
que estejam fora do corpo do usuário e que recebem
ajuda de outra pessoa, assim, “são objetos reais, miniaturas
de objetos, pranchas de comunicação com fotografias,
desenhos e outros símbolos gráficos e, ainda, os sistemas
computadorizados” (MANZINI; DELIBERATO, 2006, p. 5).
A comunicação não
apoiada indica que os
recursos de
comunicação estão na
pessoa, ou, em outras
palavras, o “banco de
comunicação” é dela
mesma, “tais como os
sinais manuais,
expressões faciais, língua
de sinais, movimentos
corporais, gestos, piscar
de olhos para indicar ‘sim’
ou ‘não’” (MANZINI;
DELIBERATO, 2006, p. 5-6).
OS AUTORES DESCREVEM ALGUMAS
DAS PROPRIEDADES QUE DEVEM SER ATENDIDAS
PELO SISTEMA DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA:

O sistema utilizará objetos concretos?


O sistema será composto por fotografias, figuras
ou desenhos?
Terá como base um sistema de símbolos
gráficos (pictográficos, ideográficos ou
aleatórios)?
O sistema será combinado?
Far-se-á uso da ortografia?
O sistema será composto por sistemas gestuais?
PARA AVALIAR O ALUNO E A SITUAÇÃO NA
QUAL O SISTEMA SERÁ UTILIZADO,
DEVEREMOS VERIFICAR:
As habilidades físicas do usuário: acuidade visual e auditiva;
habilidades perceptivas; fatores de fadiga; habilidades motoras tais
como preensão manual, flexão e extensão de membros superiores,
habilidade para virar páginas;
As habilidades cognitivas: compreensão, expressão, nível de
escolaridade, fase de alfabetização;
O local onde o sistema será utilizado: casa, escola, comunidade; com
quem o sistema será utilizado: pais, professores, amigos,
comunidade em geral;
Com qual objetivo o sistema será utilizado: ensino em sala de aula,
comunicação entre amigos.
Dessa forma, é importantíssimo fazer um levantamento
das habilidades já existentes e do potencial do
aluno, uma vez que o recurso alternativo de
comunicação dará possibilidade ao professor de trabalhar
aspectos da compreensão e expressão da linguagem do
aluno. Tendo em mãos os dados dessa avaliação, é
possível preparar o recurso a ser utilizado, ou seja, qual
será a forma desse recurso, por exemplo, se ele deverá
conter um vocabulário específico para a sala de aula ou
para outra situação, se haverá um vocabulário básico
com figuras acoplado com letras, ou mesmo com objetos
(MANZINI; DELIBERATO, 2006, p. 6-7).
COMUNIC
AÇÃO
ALTERNATI
VA
APLICADA
À
EDUCAÇÃ
O
SISTEMAS ALTERNATIVOS DE
COMUNICAÇÃO
Os sistemas alternativos de comunicação são
representados por marcadores como gestos,
alfabeto digital, signos, fotos, figuras e
desenhos.
Os sistemas alternativos mais populares no Brasil
são:
 Blissymbols (Bliss), Picture Communication Symbols (PCS)
 Pictogram Ideogram Communication Symbols (PIC)
Sonza (2013, p. 255) destaca que os sistemas de
comunicação aumentativa e alternativa se referem aos
componentes (símbolos, gestos, recursos, estratégias e
técnicas) utilizados pelos indivíduos para comunicação.
Podem ser manuais ou gráficos, sendo que os primeiros
são aqueles que não requerem ajuda externa, como:

gestos, alfabeto digital e Libras (sem as flexões), além


de outros marcadores gramaticais complexos que
venham a ser utilizados por ouvintes
SISTEMA BLISS
Os símbolos são compostos por um número pequeno de
formas, os elementos simbólicos. Esses são combinados
para representar milhares de significados. Os símbolos
podem ser:
 Pictográficos (desenhos que parecem com aquilo que desejam
simbolizar);
 Arbitrários (desenhos que não possuem relação pictográfica entre
forma e aquilo que desejam simbolizar);
 Ideográficos (desenhos que simbolizam a ideia de algo, criam uma
associação gráfica entre símbolo e o conceito que ele representa)
 Compostos (grupos de símbolos agrupados para representar
objetos e ideias) (SONZA, 2013, p. 256)
Destina-se a crianças com
déficits auditivos, visuais,
mentais, autistas, atrasos
de desenvolvimento de
linguagem, entre outros.
Com o objetivo de que a
criança adquira uma maior
independência, haja um
desenvolvimento da
linguagem, uma interação
sócio familiar melhorada e
exista uma estimulação
intelectual.
https://portefolioedu-
especial.blogspot.com/
2011/12/sistema-bliss-de-
comunicacao.html
SISTEMA PIC PICTOGRAM
IDEOGRAM
COMMUNICATION):
é basicamente pictográfico. Criado para indivíduos com
comprometimento na comunicação oral e que não
compreendem o sistema ideográfico. Segue a mesma
divisão sintática e cores dos Símbolos Bliss (FERNANDES,
2000 apud SONZA, 2013, p. 256).
os “Pictogramas” são um sistema que foi concebido com o
objetivo de possibilitar a comunicação e assim estimular e
desenvolver as capacidades de percepção e conceitualização de
pessoas impossibilitadas de comunicar oralmente. Pode ser usado
por crianças e jovens com atrasos acentuados no
desenvolvimento intelectual, com dificuldades na fala e/ou com
problemas a nível perceptivo. Este método é composto por 400
símbolos que englobam mais de 400 conceitos.
SISTEMA PECS - PICTURE
EXCHANGE
COMMUNICATION SYSTEM
Forma um sistema de comunicação completo e foi
originalmente desenhado para criar, rápida e
economicamente, recursos consistentes de comunicação.
Este é o método de comunicação mais utilizado com
autistas, desde os primeiros anos de vida.
Foi originalmente desenvolvido para crianças do espectro autista
em idade pré escolar, mas atualmente é usado por crianças e
adultos com perturbações do espectro autista e outros
diagnósticos que apresentem dificuldades na fala e na
comunicação. Através deste método, a criança autista consegue
desenvolver a fala, pois tenta responder a todas as necessidades
e desejos, desde os mais básicos aos mais complexos.
Os cartões com fotos de objetos que significam
coisas que a criança necessite, como: “beber água”,
“comer”, “ir ao banheiro” ou “brincar” fazem com que a
criança comunique tudo aquilo que precisar naquele
momento.
O PECS tem como objetivo ir ao encontro daquilo que
atrai as crianças, como alimentos, bebidas, brinquedos,
livros. Depois de se conhecerem as preferências da
criança são feitas imagens desses objetos que,
posteriormente, serão apresentadas e oferecidas a esta.
Lentamente, é retirada a ajuda física para apanhar a
imagem, para que a criança comece a desenvolver a
iniciativa de iniciar a interação, pegando na imagem e
entregando-a ao terapeuta.
Progressivamente, o grau de dificuldade será
aumentado, a ponto de o sistema ensinar a criança a
criar enunciados simples a partir das imagens e de
uma sequência de frases
SISTEMA SPC - SÍMBOLOS
PICTOGRÁFICOS PARA A
COMUNICAÇÃO
É constituído por desenhos a preto que representam substantivos,
verbos e adjetivos. O fundo sobre o qual o símbolo é desenhado pode
ser branco ou de outra cor. É normal o emprego de cores comuns aos
vários gêneros (substantivos, verbos e adjetivos).
O SPC é apropriado para ser utilizado, tanto por pessoas cujas
necessidades comunicativas sejam equivalentes a um nível de
linguagem simples (necessitando de um vocabulário limitado e de
estruturar frases relativamente curtas) como por pessoas com níveis de
linguagem mais elaborados (que necessitam de utilizar uma gama de
vocabulário muito vasta, com possibilidades de estruturar frases de
maior complexidade). Pode assim considerar-se como um sistema
flexível que pode evoluir, ajustando-se às necessidades comunicativas
do seu utilizador.
DICA!
MELO, Amanda Meincke et al. Desafios para a
tecnologia da informação e comunicação em espaço
educacional inclusivo, São Leopoldo/ RS, Publicado no
XXV Congresso da Sociedade Brasileira de
Computação. S/D. Disponível em:
https://tnr.nied.unicamp.br/todosnos/nied/todosnos/ar
tigos-cientificos/arq0002.pdf.1.pdf
ESTRATÉGIAS NOS RECURSOS
PARA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
1. Adaptação do Formato dos Recursos:
Pastas e fichários: tipos, cores e tamanhos variados que atendam às
características físicas e motoras do aluno.
Pranchas com estímulos removíveis: por exemplo, álbuns de fotografias, de
desenhos.
Prancha temática: figuras com tema específico, por exemplo, materiais de
higiene pessoal.
Prancha fixa na parede: o professor pode fixar figuras relacionados ao TEMA
da aula.
Prancha fixa sobre a carteira: para alunos que apresentam movimentos
involuntários.
Pasta frasal: como um cardápio com figuras que representam ações (com
verbos).
Prancha frasal: utilizada para construir textos com aluno
TIPOS
DE
ESTÍMU
LOS E
ESTRAT
ÉGIAS
UTILIZA
DOS
 Podem ser compostos pelo próprio objeto, ou seja, mais próximos
do real, proporcionando melhor manuseio para o aluno
 Objeto concreto e sua representação: por exemplo, laranja,
banana.
 Miniaturas: por exemplo, animais, brinquedos.
 Símbolos gráficos: utilizam-se fotos ou figuras com os nomes dos
objetos representados.
 Figura temática: figuras com identificação dos nomes.
 Fotos e figuras de atividade sequencial: usadas para comunicar
relato de experiência.
 Símbolos gráficos com fundo diferente: cores contrastantes
facilitam a comunicação.
 Misto: integram mais de um estímulo.
 Gestos: usam-se partes do corpo.
 Expressões faciais: os olhos podem expressar vontades, interesses
QUANTIDADE DE ESTÍMULOS
UTILIZADOS
Planejados para o trabalho com aspectos de
percepção visual, auditiva e sinestésica
Estímulo único: uma figura, um desenho.
Dois estímulos: composição de figuras, fotos,
desenhos.
Vários estímulos: integram mais de um estímulo,
auxiliam na interação professor-aluno. Recursos
para a comunicação alternativa.
PARTICIPAÇÃO DO USUÁRIO
NA CONSTRUÇÃO DO
RECURSO
Para selecionar os objetos, fotos ou figuras
dependendo do usuário.
Seleção dos estímulos.
Confecção do recurso.
Organização do recurso
AMBIENTES E PARCEIROS DE
COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
Facilitam a interação e a participação
entre todos na escola.
Parceiros de comunicação alternativa.
Participação da família.
CONFORME MANZINI E DELIBERATO: A APARÊNCIA DO
RECURSO EM SI PODE
SER MUITO SIMPLES, PORÉM, O SEU PROCESSO DE
IMPLEMENTAÇÃO NECESSITA SER PENSADO,
ELABORADO E TESTADO EM SITUAÇÃO PRÁTICA
UM RECURSO SÓ ADQUIRE FUNCIONALIDADE PARA COMUNICAR MENSAGENS QUANDO
CONSEGUIMOS IDENTIFICAR AS POTENCIALIDADES DE NOSSOS ALUNOS E ADEQUAMOS O
MEIO
PARA QUE ESSAS POTENCIALIDADES POSSAM SER EXPRESSAS. FEITO ISSO, ESTAREMOS
DANDO
VOZ A NOSSOS ALUNOS, QUE É UMA DAS PRIMEIRAS FORMAS PARA A CONSTRUÇÃO DE
UMA
SOCIEDADE INCLUSIVA (MANZINI; DELIBERATO, 2006, P. 42).
A comunicação alternativa disponibiliza ao usuário uma
comunicação eficiente e eficaz, que explora as diversas
possibilidades da linguagem, respeita as diferenças individuais e
a diversidade humana.
Ao interagir com as práticas pedagógicas, identifica-se o estilo de
aprendizagem do aluno e assim elimina-se qualquer barreira que
impede o aprender e o sucesso escolar do aluno, ou seja,
respeita-se o conhecimento prévio do aluno e trabalha-se com
a zona de desenvolvimento proximal.
PROGRAMAS GERADORES DE AUTONOMIA
E AUXILIARES NA COMUNICAÇÃO
ALTERNATIVA
Sistema Plaphoons
 software de comunicação para pessoas com limitações graves. Finalidade: construir
mensagens para que a pessoa possa comunicar suas vontades e interesses. Usado
para leitura e escrita. O programa permite criar pranchas e pode ser utilizado como
editor de pranchas, prancha de comunicação, comunicador.

Sistema Notevox
 da USP laboratório de psicologia. Sistema concebido para servir paralisados
cerebrais alfabetizados e portadores de esclerose lateral amiotrófica. Tem três
versões: Notevox-teclado, Notevox-mouse e Notevox-chave

Sistema Boardmaker
 processo computadorizado no qual as pranchas de comunicação são montadas e
impressas conforme a necessidade do usuário. O sistema é composto por 3 500
símbolos do tipo PCS e possui suporte para a língua de sinais.
DESTE MODO, ALUNOS COM AUTISMO QUE APRESENTAM DIFICULDADES NA
COMUNICAÇÃO ORAL E QUE ESTÃO INCLUÍDOS EM ESCOLAS DE ENSINO
REGULAR, TORNAM
ESTA RELAÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM MUITO DELICADA, PODENDO
PREJUDICAR OU
IMPEDIR PARTE OU TODO O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DESSES
SUJEITOS.
OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E SAÚDE PODEM
OPTAR POR:
 RECURSOS DE BAIXA TECNOLOGIA;
 RECURSOS DE ALTA TECNOLOGIA
Os Recursos de Baixa Tecnologia referem-se a recursos mais
acessíveis que possibilitam a comunicação quando inexiste a
linguagem oral, podendo ser representados através de gestos
manuais, expressões faciais, código Morse e signos gráficos como a
escrita, desenhos, gravuras, fotografias. Podem ser também utilizados
o Sistema de Símbolos Bliss, Pictogram Ideogram Communication
System – PIC, Picture Communication Symbols – PCS. Os símbolos
utilizados nesses sistemas podem ser trabalhados em pranchas,
painéis, carteiras ou outra forma acessível a quem utilize.
Os Recursos de Alta Tecnologia oferecem sistemas de comunicação
mais sofisticados, com utilização do computador. São eles: Bliss-
Comp, PIC-Comp, PCSComp ImagoAnaVox, comunique, dentre outros.
CLASSIFICAÇÃO DOS SÍMBOLOS
A SEREM UTILIZADOS
Podem ser acústicos, gráficos, gestuais, expressões
faciais, movimentos corporais, táteis.
A classificação dos símbolos pode também ser
diferenciada entre comunicação assistida ou não assistida
Para a comunicação não assistida, não são necessários
símbolos na reprodução do pensamento, apenas o corpo
do indivíduo. Já na comunicação assistida, o indivíduo
necessita de materiais como objetos, palavras escritas,
fotografias e outros para se comunicar.
A COMUNICAÇÃO ASSISTIDA É AINDA ENTENDIDA COMO ESTÁTICA E
PERMANENTE. NA COMUNICAÇÃO ESTÁTICA E PERMANENTE PODEM SER USADOS
OBJETOS, CÓDIGO MORSE, FIGURAS DIVERSAS, SÍMBOLOS BLISS, PIC, ALFABETO
ESCRITO, BRAILLE, PODENDO SER EXPLORADOS DE
FORMA DINÂMICA, SEJA POR MEIO DE MÍMICA, VOZ DIGITALIZADA, LÍNGUA DE
SINAIS OU
COMPUTADOR.
ALUNOS QUE NECESSITAM
DE C.A.A
A C.A.A. pode ser utilizada junto à população de
paralisados cerebrais, pessoas com deficiência mental e
autistas. Contudo, a Comunicação Alternativa aqui
apresentada pretende atender a todos as deficiências, já
que o material visual além de subsidiar as questões
linguísticas, pode também contribuir para a aquisição de
conhecimentos de forma geral, pois o educando com
necessidades especiais trabalhado adequadamente pode
compreender o mundo que o cerceia.
ASSIM, A POPULAÇÃO QUE NECESSITA DE FORMAS ALTERNATIVAS DE
COMUNICAÇÃO, DE ACORDO COM NUNES (2002) PODE INTEGRAR
UM DOS SEGUINTES GRUPOS:
I.LINGUAGEM EXPRESSIVA;
II.LINGUAGEM DE APOIO;
III.LINGUAGEM ALTERNATIVA.
O primeiro grupo refere-se aos indivíduos que compreendem a linguagem
oral, tendo dificuldades na fala por apresentarem problemas fono-
articulatórios, devendo recorrer a outras formas de comunicação.
Já no segundo grupo estão os indivíduos com atraso no desenvolvimento da
fala, que apresentam dificuldades, como paralisados cerebrais, portadores
de Síndrome de Down e outros, que pode utilizar-se de recursos alternativos
de comunicação temporariamente, apenas para alcançarem-na.
O grupo da linguagem alternativa engloba indivíduos com grande
defasagem na comunicação, como autistas, pessoas com deficiência mental
severa, surdos. Nesses casos se faz necessária a comunicação alternativa
para subsidiar essa dificuldade.
AVALIANDO O ALUNO
O professor junto à equipe pedagógica, quando houver, deverá
avaliar o aluno e a situação na qual o sistema será utilizado para
determinar o que será mais útil e funcional, verificando aspectos
tais como:
 Competências linguísticas: Verificar a capacidade de
comunicação em diferentes contextos com diferentes pessoas;
 Formas de expressão: Verificar como o aluno se expressa e se
compreende o que os outros expressam. Ex. O aluno entende tudo
o que você fala? Ele puxa pela mão e leva até o objeto/lugar de
interesse, emite sons, usa determinados lugares para expressar
alguma necessidade?
FORMAS NÃO VERBAL AUXILIAM NA COMPREENSÃO DA
LINGUAGEM ORAL
 HABILIDADES:
O FÍSICAS: AVALIAR A ACUIDADE AUDITIVA E VISUAL,
HABILIDADES MOTORAS (PREENSÃO MANUAL, FLEXÃO E
EXTENSÃO DOS MEMBROS SUPERIORES), HABILIDADES
PERCEPTIVAS, DENTRE OUTRAS;
O EMOCIONAIS: COM QUEM O SISTEMA SERÁ UTILIZADO?
PAIS, PROFESSORES, AMIGOS;
O COGNITIVAS – LOCAL ONDE O SISTEMA SERÁ
UTILIZADO, VERIFICAR NÍVEL DE ESCOLARIDADE,
COMPREENSÃO, POR PARTE DOS ALUNOS DOS
ACONTECIMENTOS COTIDIANOS;
 COMPETÊNCIAS DE AUTONOMIA PESSOAL;
 NÍVEL GERAL DE CONHECIMENTO;
 PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO.
TANTO A AVALIAÇÃO QUANTO A ESCOLHA DO RECURSO A
SER UTILIZADO, É DE SUMA
IMPORTÂNCIA, POIS EVIDENCIARÁ AS HABILIDADES JÁ
EXISTENTES NO ALUNO BEM COMO SEU POTENCIAL DE
USO.
LISTA DE ALGUMAS
NECESSIDADES:
ALIMENTAÇÃO
FRUTAS
LANCHE
SALA DE AULA
HIGIENE PESSOAL
Cabe ao professor como dito anteriormente, identificar
que imagens são prioritárias ao seu aluno e ir
acrescentando à lista
SISTEMA DE COMUNICAÇÃO DE BAIXA
TECNOLOGIA: CONFECCIONANDO O
CARTÃO PICTOGRÁFICO
Confeccionar um cartão, de 10cmx8cm (sugestão) ou de acordo
com as necessidades motoras apresentadas pelo aluno. Após a
confecção do cartão, o professor deverá colar ao centro a imagem
selecionada referente a uma das necessidades comunicativas do
aluno.
Definindo a cor de fundo do cartão pictográfico:
A cor de fundo do cartão deverá ser definida
pelo professor, de preferência por categorias,
como no exemplo que se segue:
a) Cartão vermelho - substantivos;
b) Cartão verde – verbos;
c) Cartão azul – adjetivos;
d) Cartão branco – artigos;
e) Cartão amarelo – estórias; e assim
sucessivamente
O PASSO A PASSO -
INICIANDO O TRABALHO
Após o levantamento das necessidades comunicativas apresentadas pelo
aluno, o professor deverá trabalhar o reconhecimento das imagens
selecionadas
Reconhecimento – O professor mostra ao aluno dois cartões e solicita uma
imagem específica. O aluno deverá sinalizar qual é essa imagem por meio de
apontamentos com as mãos, com o olhar, com os pés, ou outro recurso de
acessibilidade. Recomenda-se num primeiro momento o uso de dois cartões
para que o aluno dê a resposta, garantindo assim um percentual de 50% de
acerto. Cumpre ressaltar que uma boa parcela dos alunos com alguma
deficiência apresenta um histórico de fracasso e de baixa estima, o que
justifica esse cuidado inicial com a quantidade de cartões dispostos. Esse
reconhecimento de imagens deve ser gradativo e à medida que o aluno se
apropria do conceito expresso no cartão pictográfico, o professor poderá
dispor um número maior. Esse processo de reconhecimento deve ser feito
sempre que se introduz uma nova imagem.
DISPOSIÇÃO DO SISTEMA DE
COMUNICAÇÃO
O artefato onde o professor dispõe o sistema de comunicação é
denominado Prancha de Comunicação. As Pranchas de Comunicação
podem ser construídas com materiais simples, ou seja, cadernos,
álbuns, quadro de pregas, flanelógrafo, painel de alumínio para fixar
cartões com imãs, pastas, coletes, aventais, livros, fichários tipo
pasta-arquivo, cavalete de pintura, cartões fixos em chaveiros, dentre
outros. (JOHNSON, 1998). Nelas é possível expor figuras, números,
símbolos, letras, palavras. As pranchas devem ser personalizadas de
acordo com as possibilidades de ação do aluno, ou seja, sua condição
motora (ALENCAR, 2002).
Os cartões que compõem o sistema de comunicação devem ficar em
local de fácil acesso ao aluno, por exemplo, na carteira, em caixas de
sapato, na mesa do professor, dentre outros.
1. O ENSINO DEVE OCORRER NO CONTEXTO DAS
INTERAÇÕES VERBAIS NORMAIS DA CRIANÇA/JOVEM;
2. AS HABILIDADES DE LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO
SEJAM ENSINADAS NAS
ATIVIDADES ROTINEIRAS DO AMBIENTE NATURAL DA
CRIANÇA/JOVEM;
3. AS TENTATIVAS DE ENSINO ESTEJAM DISPERSAS AO
LONGO DAS INTERAÇÕES DA CRIANÇA/JOVEM COM
SEU AMBIENTE;
4. O INTERESSE E A INTENÇÃO IMEDIATA DA
CRIANÇA/JOVEM DEVEM SER O FIO CONDUTOR DE
TODO O ENSINO; DEVEM SER UTILIZADOS
REFORÇADORES FUNCIONAIS PELA PRÓPRIA
CRIANÇA/JOVEM;
5. O ENSINO DA FORMA E DO CONTEÚDO DA
LINGUAGEM DEVE OCORRER NO CONTEXTO E USO
NORMAL DESTA. (NUNES, 1992 APUD ALENCAR, 2002)
DE ENSINO O PROFESSOR DEVERÁ INTRODUZIR OS
CARTÕES PICTOGRÁFICOS, COMO NAS DEMAIS
FASES, GRADATIVAMENTE. APÓS A FASE DE
RECONHECIMENTO DAS IMAGENS O PROFESSOR
DEVERÁ CRIAR CONDIÇÕES PARA QUE A CRIANÇA
FAÇA USO DO SISTEMA PARA SE COMUNICAR.
ASSIM, AS PRANCHAS DE COMUNICAÇÃO, BEM
COMO O SISTEMA, DEVERÃO ESTAR DISPOSTAS
DE FORMA QUE O ALUNO POSSA TER ACESSO A
ELE SEMPRE QUE DESEJAR COMUNICAR ALGO.
EXEMPLO: SE O ALUNO DESEJA IR AO BANHEIRO, O
MESMO DEVERÁ SINALIZAR (AVISAR O
PROFESSOR) POR MEIO DO SISTEMA (CARTÕES
PICTOGRÁFICOS) SUA NECESSIDADE.
COMUNICAÇÃO SIMPLES – UM PICTOGRAMA - NESSA PRIMEIRA ETAPA DO
TRABALHO O PROFESSOR DEVERÁ INTRODUZIR UM NÚMERO REDUZIDO DE CARTÕES
PICTOGRÁFICOS
QUE COMPÕEM O SISTEMA DE COMUNICAÇÃO. O PRIMEIRO PASSO É O
RECONHECIMENTO DA
IMAGEM IMPRESSA (SÍMBOLO) NO CARTÃO PICTOGRÁFICO. EXEMPLO: O PROFESSOR
APRESENTA
DOIS CARTÕES.
PARA TANTO, DEVERÁ APONTAR/PEGAR O CARTÃO E COLOCÁ-LO NO QUADRO DE
ALUMÍNIO/FRASELÓGRAFO/QUADRO
DE PREGAS. CUMPRE FRISAR QUE O FEEDBACK POSITIVO DADO PELO PROFESSOR É DE
FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA. SÓ APÓS ESSA AÇÃO O PROFESSOR PERMITE QUE O
ALUNO SE RETIRE PARA SATISFAZER SUA NECESSIDADE, GARANTINDO ASSIM QUE O
SISTEMA DE COMUNICAÇÃO
SEJA FUNCIONAL.
ESCREVENDO FRASES SIMPLES - FINDADA ESSA ETAPA, O ALUNO JÁ TERÁ
DOMÍNIO SOBRE O SISTEMA. O PROFESSOR PODERÁ ENTÃO SOLICITAR PARA QUE O
ALUNO ESCREVA
E LEIA FRASES NO QUADRO DE COMUNICAÇÃO. O ALUNO DEVERÁ IR ATÉ O SISTEMA,
ONDE TERÁ
UM NÚMERO SIGNIFICATIVO DE CARTÕES PICTOGRÁFICOS E LOCALIZAR O SOLICITADO.
EM SEGUIDA
DEVERÁ FIXÁ-LO NO QUADRO
O ALUNO IRÁ SELECIONAR O PICTOGRAMA E FIXÁ-LO NO PAINEL. EM SEGUIDA, A
PROFESSORA DEVERÁ SOLICITAR AO MESMO QUE LEIA O QUE ESCREVEU, RESPEITANDO
E
ELOGIANDO SEUS ESFORÇOS DE VERBALIZAÇÃO.
ESSE PROCEDIMENTO IRÁ CONTRIBUIR POSTERIORMENTE NA ELABORAÇÃO DE FRASES
MAIS
COMPLEXAS QUE SERÃO EXEMPLIFICADAS MAIS ADIANTE
O QUE OUTRORA ERA EXPRESSO COM APENAS UM CARTÃO PASSARÁ A SER FEITO COM DOIS.
EXEMPLO: QUANDO O ALUNO QUER EXPRESSAR SEU DESEJO DE BEBER ÁGUA, ELE O FAZ POR
MEIO DO CARTÃO “ÁGUA”. PERCEBE-SE QUE NA MAIORIA DAS SOLICITAÇÕES NÓS PEDIMOS PARA
QUE ALGO SEJA REALIZADO OU SATISFEITO. ASSIM SENDO, O PROFESSOR DEVERÁ DISPOR DE UMA
IMAGEM QUE SIMBOLIZE O DESEJO “QUERO” O QUAL SERÁ SUBENTENDIDO COMO “EU QUERO”
NESSA ETAPA DA INTERVENÇÃO .
NESSA ETAPA O PROFESSOR DEVERÁ INTRODUZIR UMA SEGUNDA
CATEGORIA, AQUI DENOMINADO SUJEITOAÇÃO, PARA QUE O ALUNO
PERCEBA A CONSTRUÇÃO DE SENTENÇAS E COMECE A AMPLIAR SUAS
FUNÇÕES COMUNICATIVAS.
X’
“EU QUERO” FIXO NO QUADRO E
SOLICITAR AO ALUNO
QUE ESCREVA UMA FRASE, COMO POR
EXEMPLO, “EU QUERO COMER BOLO”.
NUM SEGUNDO MOMENTO O PROFESSOR
IRÁ DISPOR ESSE CARTÃO
PICTOGRÁFICO, SUJEITOAÇÃO, JUNTO AO
SISTEMA E REINICIAR AS ATIVIDADES DE
ELABORAÇÃO DE FRASE.
O ALUNO
COMEÇARÁ A PERCEBER QUE PARA
FORMAR A FRASE SOLICITADA ELE
NECESSITARÁ DE DOIS
CARTÕES, NO NOSSO EXEMPLO UM
A FORMA COMO O ALUNO DISPÕE OS
CARTÕES PARA FORMAR A FRASE NÃO
SIGNIFICA QUE
O MESMO NÃO ENTENDEU O SOLICITADO OU
DEU UMA RESPOSTA INADEQUADA. MUITAS
VEZES
A LACUNA REFERE-SE A NOÇÕES DE
LATERALIDADE, A FORMA COMO UMA ESCRITA
CONVENCIONAL,
POR EXEMPLO, SE CONFIGURA, OU SEJA, DA
DIREITA PARA ESQUERDA. A ESTRATÉGIA DE
SOLICITAR
A LEITURA DA ATIVIDADE REALIZADA POR
ELE, INICIADA NA FASE ANTERIOR
“ESCREVENDO FRASES
SIMPLES” TORNA-SE PRIMORDIAL, POIS
POSSIBILITA IDENTIFICAR SE HÁ ERROS DE
INTERPRETAÇÃO OU
DE NOÇÃO DE LATERALIDADE.
CUMPRE FRISAR QUE NO QUE TANGE AS
QUESTÕES DE ALFABETIZAÇÃO O PROFESSOR
PODERÁ REALIZAR ATIVIDADES TAIS COMO:
Pareamentos:
a) Pictograma x pictograma;
b) Pictograma x palavra
c) Pictograma x sílabas
d) Palavra x palavra;
Suporte para exploração de textos;
Instrumento para interpretação de texto;
Oferecer ao aluno um material para encaixar as sílabas;
Retirar estímulo visual escrito e solicitar que escreva a palavra
correspondente ao pictograma apresentado.
OUTRA SUGESTÃO É DEIXAR ESPAÇO NO CARTÃO
PICTOGRÁFICO PARA QUE O ALUNO POSSA
INSERIR A ESCRITA DA IMAGEM. NESSE ESPAÇO DEVERÁ
TER “VELCRO” OU “IMÔ PARA QUE AS
SÍLABAS POSSAM SER FIXADAS.

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