Ensaios de Pureza
Prof. Dr. Jorge Ederson Gonçalves Santana
Juazeiro do Norte
2024
Definição
Servem para limitar as quantidades aceitáveis de
impurezas
Impurezas Inorgânicas Impurezas Orgânicas
Definição
Impurezas Inorgânicas:
- São decorrentes do processamento da matéria-prima ou produto;
- Água, íons metálicos, cloretos, sulfatos e outros ânions;
- Água (composto abundante na natureza) enquanto que o cádmio (inerente
potencial tóxico);
- Variedades de contaminantes bem menos que compostos orgânicos.
Definição
Métodos Gerais
- Frequentemente encontrados no controle de qualidade das diversas
matérias-primas;
- Justifica-se a elaboração de procedimentos para a determinação destas
impurezas;
Ensaios Quantitativos
- Teor de Umidade
- Teor de cinzas (sulfatadas e
insolúveis a HCl)
Definição
Ensaios Quantitativos
- Teor de Umidade
- 1- subdividir as partículas da amostra
- Transferir 1 a 2 gramas (Pa) para pesa-filtro de fundo chato previamente
dessecado e tarado (Pu)
- Secar a amostra em estufa (105°C/2 horas);
- Resfria no dessecador;
- Pesar rapidamente com pesa-filtro tampado (Ps)
%Umidade (ou voláteis)= Ps-Pu/Pa x 100
Definição
Ensaios Quantitativos
- Teor de Umidade (Observações)
- Quando a amostra decompõe à < 105°C secar a T menores;
- Quando a amostra funde a < 105°C manter pesa-filtro com amostra 1-2 horas
a uma T de 5-10°C baixo do PF.
Definição
Ensaios Quantitativos
- Teor de Cinzas
- Visa determinar resíduos sólidos inorgânicos metálicos.
- 1- Pesar exatamente 3 g de amostra pulverizada;
- 2- Incinerar a 450°C até peso constante.
Definição
Ensaios Quantitativos
- Teor de Cinzas Sulfatadas
- Visa determinar resíduos sólidos inorgânicos metálicos, e a adição de
ácido sulfúrico confere maior poder oxidante
- 1- Pesar exatamente 1 g de amostra pulverizada;
- 2- Transferir para um cadinho calcinado (platina);
- 3- Adicionar 2 mL do ácido (1.760 g/L);
- 4- Aquecer até a carbonização e despreendimento de vapores;
- 5- Incinerar a 800°C até desaparecer o carvão;
- 6- Resfriar, adicionar 1 ml do ácido, carbonizar e reincinerar;
- 7- Resfriar, adicionar carbonato de amônia e incinerar até peso
constante.
Definição
Ensaios Quantitativos
- Teor de Cinzas Insolúveis e ácido clorídrico
- Visa determinar resíduos sólidos inorgânicos metálicos, e a adição de
ácido sulfúrico confere maior poder oxidante e a adição de ácido
clorídrico elimina interferência de metais como sódio e potássio, cujos
sais de cloreto são solúveis
- 1- Aquecer a ebulição cinza obtida no ensaio anteiror por 5 min em 25
mL de HCl (70 g/L);
- 2- Recolher a substância insolúvel em papel isento de cinzas;
- Lavar com água corrente;
- Incinerar a 500°C até peso constante
%= (Pr/Pa) x 100
Definição
Impurezas Orgânicas
- As impurezas orgânicas em insumos farmacêuticos de correm de variadas
formas de contaminação (intrínsecas e extrínsecas);
- Intrínsecas: são decorrentes de decomposição;
- Extrínsecas: são decorrentes de contaminação ambiental ou em falhas em
processos de purificação;
- Considerando que para cada produto ou matéria-prima tanto as
características químicas e de estabilidade, quanto aos processos de produção
são bastante distintos, então as impurezas orgânicas serão relativamente
particulares para cada insumo farmacêutico, de modo que se torna inviável
a elaboração e disposição dos métodos de forma geral.
HPLC
HPLC
Coluna
cromatográfica
HIGH PERFORMANCE LIQUID
CROMATOGRAPHY
CONCEITOS E FUNDAMENTOS
• “HPLC usa pressões elevadas para
forçar
passagem a solvent através de
do
fechadas e que colunas partículas
capazes contém
proporcion
de separações
muito finas
ar alta resolução)”.Daniel
(com muito C.
efecient
es
Harris.
1
2
O PROCESSO CROMATOGRÁFICO
COLUNA
RECHEAD
A
DETECTO
SINAL
TEMPO
1
3
INSTRUMENTAÇÃO
• Os aparelhos empregados em HPLC são
chamados de cromatógrafos líquido. Estes se
caracterizam por apresentarem a seguinte
configuração instrumental:
1 Reservatório de fase móvel
2Sistema de bombeamento da fase
móvel 3- Sistema de injeção
4- Sistema analítico: coluna
cromatográfica 5- Sistema de
detecção
6- Sistema de controle, aquisição e 1
4
EQUIPAMENTO PARA HPLC
Detector
Sistema de controle,
aquisição,
armazenamento
e tratamento de Descarte
dados
Reservatórios
de fase
móvel
Coletor de
frações
Sistema de Sistema de Coluna
bombeamento injeção forno
5
Adaptado de: http://www.forumsci.co.il/HPLC/system.gif
RESERVATÓRIO DE FASE MÓVEL (RFM)
• Recipiente contendofase móvel que será bombeada
dentro do
sistema analítico.
• As características desejadas em um RFM são:
- O frasco deve ser de vidro (borossilicato) e, às vezes, dependendo
da fase
móvel empregada, poderá ser de teflon ou outro polímero
conveniente.
- Sua tampa deve conter furos para a passagem de tubulações, as
quais servirão de canal de passagem de fase móvel (linha de
solvente). A superfície livre dos furos deve ser a menor possível a
fim de evitar a difusão de solvente para a atmosfera.
- Dependendo da técnica de degaseificação empregada o frasco
poderá estar acoplado a aquecimento agitação ou sistema de
vácuo. 1
6
CARACTERÍSTICAS IDEAIS PARA A FASE MÓVEL
• Ser de alto grau de pureza ou de fácil purificação
• Dissolver a amostra sem decompor os seus
componentes
• Não decompor ou dissolver a fase estacionária
• Ter baixa viscosidade
• Ser compatível com o detector utilizado
• Ter polaridade adequada para permitir uma
1
separação conveniente dos componentes da 7
SISTEMA DE BOMBEAMENTO
• Os aspectos mais importantes para o sistema de bombeamento são:
- pressão máxima de operação na faixa de 600 bar;
- vazão contínua sem pulsos ou se pulsando, com amortecedor
de pulsos;
- intervalo de vazões entre 0,01 e 10 mL/min para; aplicações;
- analíticas e até 100 mL/min para aplicações preparativas;
- reprodutibilidade e constância na vazão de 1%;
- Não ser corroído pelas fases móveis empregadas.Logo,
construídassão
deve com material nobre: sede de safira, esfera
de rubi.
1
8
Adaptado de: CEFET-QUÍMICA, Unidade Rio de Janeiro, ANÁLISE 9
INSTRUMENTAL, CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA RESOLUÇÃO
TIPOS DE ELUIÇÃO
• Isocrática: A composição da fase
móvel (% B) permanece constante
durante toda a análise
cromatográfica. É realizada com um
único solvente ou mistura
constante de solventes.
• Gradiente: Ocorre alterações da
composição da fase móvel (% B)
durante a execução da análise.
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EM RELAÇÃO A ELUIÇÃO POR GRADIENTE
• Gradiente linear
• Gradiente segmentado
• Gradiente formado a baixas pressões
• - Demanda uma única bomba e uma válvula de
diversas vias controlada por um microcomputador
• Gradiente formado a altas pressões
•- Cada solvente é bombeado por uma bomba específica
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SISTEMA DE INJEÇÃO
• Válvula de injeção para HPLC com alça de
amostragem substituível em vários tamanhos de
volume fixo
Adaptado de: CEFET-QUÍMICA, Unidade Rio de Janeiro, ANÁLISE 1
INSTRUMENTAL, CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA RESOLUÇÃO 2
COLUNA CROMATOGRÁFICA
• O equipamento usa colunas de aço de material
polimérico,com um
comprimento de5 a 30 cm e um diâmetro interno de 1 a 5
mm.
• Essas colunas têm custo elevado e se degradam com
facilidade pela ação de poeira ou de partículas sólidas
presentes na amostra e no solvente e pela adsorção
irreversível de impurezas, também provenientes da
amostra ou do solvente.
• A entrada da coluna principal é protegida por uma pequena
pré- coluna contendo a mesma fase estacionária presente
na coluna principal.
• Dispositivo de alocação da coluna termostatisado. 23
FASE ESTACIONÁRIA (FE)
• Os suportes mais comuns são as partículas
porosas, microporosas de sílica ou peliculares,
altamente puras e esféricas, que são permeáveis
ao solvente e possuem uma área superficial de
várias centenas de metros quadrados por grama.
• Pode ser usada a sílica descoberta como fase
estacionária para a cromatografia por adsorção.
• Normalmente a cromatografia líquida por partição
é realizada com uma fase estacionária
quimicamente ligada, unida covalentemente a
superfície da sílica mediante reações específicas.
24
ESTRUTURA ESQUEMÁTICA DA FE
25
TIPOS DE PARTÍCULAS PARA FE
• Porosas ou microporosas:
Consiste de micro partículas porosas com diâmetro
variando de 3 a10m. As partículas podem ser compostas
de sílica, alumina, resina sintética de poliestireno-divinil-
benzeno ou resina de troca iônica
• Pelicular:
Consiste de leitos de polímeros ou vidro não poroso.Um
camada fina e porosa de sílica, alumina resina sintética de
poliestireno- divinil-benzeno ou resina de troca iônica é
depositado sobre a superfície desses leitos.
1
. 6
ESQUEMA DAS PARTÍCULAS DE FE
a) partículas porosas; b) partículas peliculares; c) micropartículas
peliculares17
CLASSIFICAÇÃO CROMATOGRÁFICA
LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO A
FASE ESTACIONÁRIA
• Cromatografia em fase normal:
- Fase estacionária polar,solvente menos polar;
- O solvente mais polar tem força eluente maior
• Cromatografia em fase reversa:
- Fase esatacionária apolar ou fracamente polar,
solvente é mais polar.
- O solvente menos polar tem força eluente menor.
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31
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SISTEMAS DE DETECÇÃO
- ULTRAVILOLETA
- ÍNDICE DE REFRAÇÃO
- EVAPORATIVO COM ESPALHAMENTO DE LUZ
- ELETROQUÍMICO
- FLUORESCÊNCIA
- NITROGÊNIO
- CONDUTIVIDADE
- ESPECTROMETRIA DE MASSA
- INFRAVERMELHO COM TRANSFORMADA DE FOURIER
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ABSORVÂNCIA UV COM CÉLULA EM Z
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COMPRIMENTO DE ONDA FIXO
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UV – VIS COM COMPRIMENTO DE ONDA VARIÁVEL
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PROCESSO DE ELUIÇÃO
• As moléculas do solvente competem com as moléculas do
soluto para se ligarem aos sítios ativos presentes na fase
estacionária. Quanto maior a força eluente do solvente,
mais facilmente ele deslocará o soluto.
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APLICAÇÕES
• Análises qualitativas
- Espectrometria de massa, RMN, infravermelho.
• Análises quantitativas
- Curva de calibração externa
- Curva por adição de padrão
- Curva por padrão interno
- Curva de calibração externa por interpolação
dematriz
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Definição