2025_AF_V1
6 o Arte
ANO
O bidimensional e o
tridimensional
3o bimestre Ensino Fundamental:
Aula 1 Anos Finais
Conteúdos Objetivos
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● História da arte; ● Apreciar obras bidimensionais e
tridimensionais;
● Bidimensionalidade;
● Investigar obras bidimensionais e
● Tridimensionalidade. tridimensionais.
Para começar 5 minutos
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COM SUAS PALAVRAS
Quais as diferenças entre uma cadeira e
a fotografia dessa mesma cadeira?
Foco no conteúdo
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Bidimensionalidade
A palavra "bidimensional" vem do latim e é
formada por duas partes: "bi" (que significa
dois) e "dimensional" (que se refere a
dimensões). Algo bidimensional tem apenas
duas dimensões: altura e largura.
Na arte, usamos "bidimensional" para falar
de obras feitas em superfícies planas, como
desenhos e fotografias. Obras que não têm
relevo, que não possuem profundidade.
Alguns artistas conseguem criar a ilusão de
profundidade e volume em suas pinturas,
mesmo sendo bidimensionais. Um exemplo A pintura Betty, de 1977, transmite a sensação de realidade. Quais
características do quadro você acha que dão essa impressão?
disso é o artista alemão Gerhard Richter,
Gerhard Richter, 1977.
que, na década de 1970, destacou-se por
suas pinturas realistas. Reprodução – GERHARD RICHTER, [s.d.]. Disponível em:
https://www.gerhard-richter.com/en/art/paintings/photo-paintings/children-52/betty-6189.
Acesso em: 24 abr. 2025
Foco no conteúdo
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Tridimensionalidade
Algo tridimensional tem três dimensões:
altura, largura e profundidade. Isso
significa que ocupa espaço e pode ser
visto de diferentes ângulos.
Na arte, as obras tridimensionais são
aquelas que não ficam apenas em uma
superfície plana. Elas podem ser
esculturas ou instalações artísticas,
permitindo que as pessoas andem ao
redor ou até dentro delas.
A escultura intitulada Boy, de Ron Mueck, foi criada em 1999. Mesmo O escultor australiano Ron Mueck cria
com 4,5 m de altura, impressiona pelas semelhanças com um menino de
verdade. esculturas hiper-realistas gigantes, que
Aarhus Art Museum, 2001. parecem pessoas de verdade.
Reprodução – RON MUECK/AROS, [s.d.]. Disponível em:
https://www.aros.dk/en/art/the-collection/ron-mueck-boy-1999/. Acesso em: 24 abr. 2025
Foco no conteúdo TODO MUNDO ESCREVE
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10 minutos
Responda às perguntas a seguir em seu caderno, de acordo com o que
leu nos textos de cada estação:
1. O que é bidimensionalidade?
2. Que tipos de obra de arte podem ser consideradas bidimensionais?
3. Quais as características de uma obra tridimensional?
4. Quais obras podem ser consideradas tridimensionais?
Na prática 15 minutos
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É possível transformar um material bidimensional em tridimensional?
Vamos descobrir na prática:
Para esse processo artístico, siga estas etapas de criação:
1. Recorte a folha sulfite em, no máximo, quatro partes. Assim, você terá mais
possibilidades para experimentar!
2. Agora, em cada pedaço de folha que recortou, experimente dobrar em diferentes
direções, colar partes, criando formas múltiplas sem preocupação com o resultado.
Atenção: o objeto precisa ser estável, ou seja, "ficar em pé".
3. Agora que sua folha de papel tem estrutura, escolha uma de suas criações e deixe-a em
cima da mesa.
4. No seu Diário de Bordo, faça um desenho de observação da sua obra com um lápis.
Na prática DE OLHO NO MODELO
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Veja neste exemplo como uma forma bidimensional pode se tornar
tridimensional:
Encerramento 5 minutos
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TODO MUNDO ESCREVE
Responda à seguinte pergunta em seu Diário de Bordo:
Se uma pintura parece ter profundidade, mas está em uma tela plana, ela é
bidimensional ou tridimensional?
Referência
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s
BRODSKY, E. B. Lucio Fontana. Dasartes, 28 set. 2019. Disponível em:
https://dasartes.com.br/materias/lucio-fontana/. Acesso em: 24 abr. 2025.
FERNANDES, C. Escultura. Brasil Escola, [s.d.]. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/artes/escultura.htm. Acesso em: 24 abr. 2025.
LEMOV, D. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Tradução
de Sandra Maria Mallman da Rosa e Daniel Vieira. 3. ed. Porto Alegre: Penso, 2023.
ROSENSHINE, B. Principles of instruction: research-based strategies that all teachers should
know. American Educator, v. 36, n. 1, Washington, 2012. pp. 12-19. Disponível em:
https://www.aft.org/ae/spring2012. Acesso em: 12 ago. 2024.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo Paulista, 2019. Disponível em:
https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-content/uploads/2023/02/Curriculo_Pau
lista-etapas-Educa%C3%A7%C3%A3o-Infantil-e-Ensino-Fundamental-ISBN.pdf
. Acesso em: 24 abr. 2025.
Identidade visual: imagens © Getty Images
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Para professores
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2
Habilidades:
(EF06AR01) Pesquisar, apreciar e analisar dobradura, gravura, lambe-lambe e animação
nas artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e
estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a
ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a
percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
(EF06AR04) Analisar os elementos constitutivos da dobradura, do lambe-lambe e da
animação na apreciação de diferentes produções artísticas. (SÃO PAULO, 2019)
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Dinâmica de condução: inicie a aula apresentando à turma uma cadeira real e, em
seguida, mostre uma fotografia dessa mesma cadeira. Pergunte aos estudantes: "Quais as
diferenças entre a cadeira e a fotografia dela?". Estimule-os a observarem e compararem
características como forma, volume, textura, possibilidade de uso e a maneira como cada
uma ocupa o espaço. Caso necessário, guie a discussão com perguntas como: “Qual delas
podemos tocar e usar?“ e “Qual delas tem profundidade real e qual é apenas uma
imagem?”.
Expectativas de respostas: os estudantes devem comparar os dois objetos com seu
próprio vocabulário. Ao longo da conversa, ajude os estudantes a perceberem que a
cadeira real ocupa espaço e pode ser vista de diferentes ângulos, enquanto a fotografia é
uma representação plana da cadeira, sem profundidade real.
Aprofundamento: caso julgue pertinente, você pode aprofundar o debate com algumas
perguntas como: "Como podemos representar uma cadeira?" e "Se fizermos um desenho
dela, ela será real como a cadeira de verdade?".
Slides 4 a 6
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Dinâmica de condução: imprima os slides 5 e 6 e distribua as folhas em diferentes pontos
da sala, formando estações de leitura. Organize os estudantes em duplas ou trios e peça
que circulem pelas estações, lendo os textos e respondendo em seus cadernos às
perguntas apresentadas no slide. Enquanto os estudantes leem e discutem, observe e
esteja disponível para esclarecer dúvidas.
Aprofundamento: caso queira aprofundar a atividade, você pode sugerir uma pergunta
bônus: “Como um artista pode fazer parecer que uma imagem bidimensional tem volume?”.
Você pode aprofundar o diálogo sobre a linha tênue entre o que é bidimensional e o que é
tridimensional com base na obra Conceito espacial, do artista argentino-italiano Lucio
Fontana, que confere à tela – suporte bidimensional – uma profundidade ao romper sua
estrutura. Ou seja, o artista realizou um corte no centro da obra para tensionar os limites
entre o que é bidimensional e o que é tridimensional. Teria então essa obra deixado de ser
bidimensional, agora que o artista literalmente criou profundidade nela?
Slide 7
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Dinâmica de condução: convide os estudantes para a prática artística. A proposta é
transformar um objeto bidimensional (uma folha sulfite) em um objeto tridimensional que se
mantenha estável sozinho. Ao apresentar o passo a passo, sugira que os estudantes
separem os seguintes materiais: tesoura e cola. Oriente-os a fazerem recortes pontuais no
papel, com cautela, visando à estabilidade da estrutura (o “ficar em pé”). Se a criação
"desmoronar", incentive-os a encontrarem outros caminhos ou formas de agrupá-la. Pode
ser interessante que você faça um exemplo simples ao longo da explicação, para que os
estudantes visualizem o que se espera deles. Ao final, os estudantes devem organizar suas
mesas, recolher possíveis sobras de materiais e realizar um desenho de observação da
criação que mais gostaram.
Expectativas de respostas: alguns estudantes podem sentir que o desafio está além de
suas capacidades, tanto na dobradura quanto no desenho de observação. Cultive na sala a
ideia de que o momento da criação não deve ser o momento da crítica, incentivando um
ambiente respeitoso, sem julgamentos depreciativos.
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Dinâmica de condução: esse slide pretende auxiliar a visualização dessa prática, tanto
para você quanto para os estudantes. Fica a seu critério a utilização ou não dessa
sequência de imagens. Você pode utilizar esse slide apenas para se orientar sobre a
prática e retirá-lo da apresentação, pode exibir aos estudantes durante a explicação ou
também pode imprimir e distribuir para a turma, conforme as necessidades do coletivo.
Slide 9
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Dinâmica de condução: oriente os estudantes a manterem seus Diários de Bordo sobre a
mesa para responderem, individualmente, à pergunta apresentada no slide. Essa questão
convida-os a demonstrarem sua compreensão sobre as definições e os limites entre
bidimensionalidade e tridimensionalidade.
Expectativas de respostas: espera-se que os estudantes respondam que a pintura em
questão é bidimensional, mas contém uma técnica de pintura que parece dar profundidade,
então, representa um objeto tridimensional.
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