0% acharam este documento útil (0 voto)
3 visualizações23 páginas

Apresentação Ambiental

O documento aborda a poluição da água causada por efluentes industriais e urbanos, destacando a composição e os impactos desses efluentes nos corpos d'água. Também discute a importância da medição da demanda bioquímica (BOD) e da demanda química de oxigênio (COD) para avaliar a qualidade da água. Além disso, menciona a formação do petróleo e suas aplicações, ressaltando a necessidade de tratamento adequado para evitar a degradação ambiental.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PPTX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
3 visualizações23 páginas

Apresentação Ambiental

O documento aborda a poluição da água causada por efluentes industriais e urbanos, destacando a composição e os impactos desses efluentes nos corpos d'água. Também discute a importância da medição da demanda bioquímica (BOD) e da demanda química de oxigênio (COD) para avaliar a qualidade da água. Além disso, menciona a formação do petróleo e suas aplicações, ressaltando a necessidade de tratamento adequado para evitar a degradação ambiental.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PPTX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 23

Poluição da água

Efluentes industriais e urbanos


Petróleo

• Biuty Chiconela
• Caronilde Inguane
• Pércia Nhabanga
Enfluentes
Industriais
e
Urbanos
Introdução
Efluentes urbanos - é a água que após ter sido utilizada não está em condições próprias para consumo,
juntamente com qualquer outra água que entra na rede de esgotos. Está água pode ter sido sujeita a uma
grande variedade de alterações, tanto qualitativas como quantitativas.
Os efluentes urbanos são fundamentalmente de natureza orgânica e estão sujeitos a decomposição
bacteriana e incluem a seguinte variedade de substâncias proveniente de diversas fontes:
• Esgotos urbanos;
• Resíduos agrícolas;
• Resíduos da indústria de processamento e congelação de alimentos, fábricas de açúcar, etc;
• efluentes de cervejarias e destilarias;
• efluentes de fábricas de papel (contêm uma elevada quantidade de
• fibras celulósicas da madeira);
• efluentes das indústrias químicas, incluindo uma variedade de moléculas grandes que são relativamente
instáveis e que podem ser rapidamente decompostas ;
• petróleo.
Efluentes Urbanos
Os efluentes urbanos também podem conter elevadas concentrações de sedimentos que, ao atingirem
o corpo de água receptor, causam uma diminuição na transparência da água e alterações no substrato
bentónico. São designadas por águas estéticas ou lênticas águas dos lagos e das lagoas.
Caracterizadas por não terem um fluxo que passe por dentro delas, ou, se o têm, é apenas em
pequena extensão. Formam-se assim sistemas fechados com uma dinâmica interna muito própria à
qual estão associados, e por elas são controlados, a transformação de materiais.
Aqui os sólidos sedimentáveis, dos quais os esgotos municipais contêm em média 200g / m3,
depositam-se no fundo e são decompostos aerobicamente ou anaerobicamente na camada de
sedimentos.
Se os sólidos sedimentáveis forem retidos na estação de tratamento de esgotos apenas parcialmente,
pode vir a verificar-se um stress na provisão de oxigénio na camada profunda desse corpo de água o
que poderá ter consequências prejudiciais, particularmente na vizinhança do ponto de entrada.
Cont.
As águas correntes ou lóticas são águas dos rios e dos ribeiros. Podem ser vistas como sistemas
abertos relativamente aos anteriores.
Nestes sistemas a água é constantemente misturada no fluxo turbulento, de forma que o oxigénio
atmosférico pode ser facilmente dissolvido nela dependendo da velocidade da corrente e da
profundidade do sistema.
• A descarga de substâncias consumidoras de oxigénio pode originar situações de depleção de O2,
particularmente críticas durante os períodos de fluxo lento, como os de Verão.
• A descarga de esgotos em águas costeiras é muitas vezes levada a cabo por se pensar que aí a
decomposição da matéria orgânica é rápida, atendendo à situação biológica do local. Porém, além
dos factores biológicos há que ter em conta a salinidade e os movimentos tidais que
desempenham, igualmente, um papel importante.
Se os esgotos (água doce contaminada) são lançados em água salgada, a sua rápida mistura é
retardada devido à diferença de densidades. Muitas vezes, o esgoto é concentrado na forma de lentes
ou plumas que depois andam à deriva sob a influência das marés e correntes, contaminando os
organismos. Num estuário, o fluxo livre da água é alterado pela acção das marés, num movimento
oscilatório, e o esgoto pode ser retido.
Cont.
Num estuário, o fluxo livre da água é alterado pela acção das marés, num movimento oscilatório, e o
esgoto pode ser retidodurante vários ciclos de maré, antes de sair do estuário para o oceano. Além
disso, a biocenose (comunidade bacteriana) da água doce, adaptada à degradação de contaminantes que
estavam originalmente presentes no esgoto, enfraquece pela transferência para a água salgada, pelo que
se deve estabeleceruma nova biocenose, desta vez de água salgada, adaptada aos constituintes
presentes.
• O oxigénio é o elemento mais importante no controle da qualidade da água e a sua presença é
essencial para manter as formas superiores de vida.
• Os compostos orgânicos são, geralmente, instáveis e podem ser oxidados, biológica ou
quimicamente, a produtos finais estáveis e relativamente inertes como o CO2 , NO3 ou H2
. Pode-se obter uma indicação do conteúdo orgânico num efluente medindo a quantidade de oxigénio
que é necessária para a sua estabilização. Como se mede, então, o potencial de consumo de oxigénio
numa amostra de água? Há duas medidas comuns: a demanda bioquímica de oxigénio (BOD) ou
carência bioquímica de oxigénio (CBO) e a demanda quiímica de oxigénio (COD).
• BOD é a quantidade de oxigénio necessária aos microrganismos para metabolizarem a matéria
orgânica.
COD e BOD
COD é a quantidade de oxigénio gasta na oxidação química da matéria orgânica.
• A magnitude dos resultados obtidos é, geralmente, BOD < COD.
Para se medir a BOD utiliza-se um método padrão bastante simples: uma amostra de 300 ml é
incubada numa garrafa fechada no escuro a 20 o C durante cinco dias. Uma vez que a amostra é
incubada no escuro não há a possibilidade de se realizar a fotossíntese com produção de O2. Assim, a
concentração de oxigénio deverá manter-se ou baixar. Uma diminuição na concentração de oxigénio
deverá manter-se ou baixar.
Este método simples de medir a BOD apresenta, no entanto, alguns problemas que devem ser
resolvidos para se obter uma medida correcta do consumo de oxigénio. De facto, o consumo de O2
pode ocorrer sem dificuldade apenas em amostras onde exista uma comunidade bacteriana diversa.
Por outro lado, não deverá haver deficiência de nutrientes inorgânicos essenciais (ex: fósforo,
compostos de nitrogénio).
Isto significa que as amostras a analisar podem ter que ser inoculadas com uma suspensão bacteriana e
enriquecidas com a adição de sais. Se o esgoto apresentar condições inibitórias para os
microrganismos (ex: presença de desinfectantes, valores extremos de pH, metais pesados) elas
deverão ser eliminadas, a fim de não causarem o aparecimento de resultados falsos.
Cont.
• Uma vez que a medição da BOD, embora seja um processo relativamente simples, é demorada, e
porque também é importante incluir a fracção que não é bio-degradável nas medições de consumo
de oxigénio desenvolveram-se métodos químicos, nos quais as substâncias orgânicas, mesmo as
mais refractárias, são oxidadas por agentes químicos oxidantes. Estes métodos medem a COD, dos
quais o mais antigo determina o consumo de permanganato de potássio (PV ou valor de
permanganato). Neste método, as
• substâncias orgânicas de uma amostra que se quisesse analisar, eram oxidadas pelo permanganato
de potássio ( KMnO4 ), numa solução ácida a ferver. A quantidade de permanganato de potássio
utilizada (mg / l KMnO4 ) era amedida da quantidade de poluentes presentes na amostra. A
quantidade deoxigénio pode ser, então, calculada a partir do dado anterior. Este método,contudo,
não se revelou suficientemente eficaz.
• A fim de se poder incluir na análise o maior número possível de poluentes orgânicos foi necessário
adoptar-se um agente oxidante mais poderoso ____ dicromato de potássio( K2Cr2O7 ) numa
solução de ácido sulfúrico a 148 o C. A partir do consumo do cromato pode calcular-se o consumo
de oxigénio, obtendo-se a COD expressa em mg / l O2.
Cont.
Comparando a BOD com a COD fica-se com uma indicação relativa daquatidade de substâncias biologicamente
degradáveis e das substâncias persistentes na água do efluente em estudo. A razão da COD para a BOD pode
variar muito de um tipo de água para outro, já que a composição orgânica das diferentes águas de escoamento
apresenta grandes variações.
• É também necessário ter em conta que ambas as medidas anteriormente explicadas são medidas arbitrárias de
potencial consumo de oxigénio. O valor destes testes reside no facto de, por experiência, se poder estimar o
impacte de um efluente na concentração de oxigénio do corpo de água receptor.
• Quando a água de um sistema natural se encontra saturada de oxigénio ela terá capacidade para oxidar uma
BOD de cerca de 8,0 __ 8,5 mg / l (a velocidade de degradação aeróbica diminui quando a concentração de
oxigénio é menor que cerca de 1,5 mg / l, altura em que se inicia a degradação anaeróbica que, embora sejaum
processo mais lento, se torna então o processo principal de oxidação).
Os efluentes urbanos contêm, de um modo geral, uma BOD de 500 mg / l, o que é um valor muito mais elevado
que a capacidade de oxidação de uma água saturada de oxigénio. É, portanto, necessário diluir o efluente em
questão até se atingir uma BOD de cerca de 8 mg / l. O processo mais usual é o de lançar o efluente num grande
volume de água, de preferência num rio ou no mar, onde o movimento natural das águas irá provocar uma
mistura eficiente,permitindo a diluição necessária.
Efluentes Industriais
Efluentes Industriais são oriundos dos mais diversificados processos de industrialização .
Tem sido, historicamente, um importante fator de degradação ambiental. O despejo de efluentes
industriais, tanto nos corpos d’água quanto na rede de esgoto a ser tratada, sem o devido tratamento
prévio, provoca sérios problemas sanitários e ambientais. Os principais poluentes de origem
industrial são os compostos orgânicos e inorgânicos, especialmente os metais pesados.
• As indústrias contribuem para uma grande percentagem da poluição das águas. Os seus efluentes
são, na maioria das vezes, lançados nas redes de esgotos urbanos, pois a construção de uma rede
de esgotos individual para cada indústria acarretaria um custo demasiado elevado. Casos
há,infelizmente, em que esses efluentes são lançados directamente num curso de água sem
previamente ter havido qualquer tratamento.
• As águas residuais provenientes das operações industriais variam muito, tanto qualitativa
comoquantitativamente, dependendo do tipo de indústria em questão. Contudo,os problemas
causados por estes efluentes são, de um modo geral, devidos auma combinação de diferentes
factores, nomeadamente
Cont.
Contudo,os problemas causados por estes efluentes são, de um modo geral, devidos auma combinação de
diferentes factores, nomeadamente:
1. Elevada BOD;
2. Presença de sólidos suspensos (SS);
3. Presença de produtos tóxicos.

Devido à elevada BOD, geralmente presente nos efluentes industriais, tornase, por vezes, impossível lançá-los
directamente na rede pública de esgotos, já que as estações de tratamento de águas urbanas têm uma
capacidade limitada. Isto leva a que muitas indústrias actualmente possuam um sistemade tratamento de
águas residuais primário, e por vezes também secundário,que utilizam antes de descarregarem os seus
efluentes na rede pública.

Defacto, as águas residuais do tecido industrial podem ter uma BOD e umaquantidade de SS dez vezes superior
em relação à quantidade presente nosefluentes urbanos não tratados. Como ficou explicado, a elevada
concentração dos factores atrás referidos levará a uma acentuada depleção de oxigénio e elevada turbidez das
águas receptoras, com graves consequências a nível da fauna e da flora naturais. Por outro lado, a presença de
produtos tóxicos nos efluentes industriais é outro factor que, além de poder ser letal para muitos organismos
pode, em alguns casos, levar à acumulação desses elementos na cadeia alimentar.
Petróleo
Introdução
De uma maneira geral , todos nós conhecemos o petróleo e estamos conscientes da sua utilidade , em
particular como fonte de energia . Na verdade , a sua utilização data dos tempos bíblicos , embora nessa
altura este composto não fosse explorado activamente , pois a tecnologia para tal não existia.
Ele era usado
• Como uma fonte de betume, material utilizado na construção das cidades antigas
• Para impermeabilizar navios ,
• Para embalsamar , para tratar o cabedal e até mesmo na medicina tinha utilidade .
Em meados do século apareceram as refinarias e foi então possível separar vários componentes do
petróleo bruto permitindo , desta forma , o seu emprego em novas utilizações . Durante várias décadas o
petróleo foi usado na iluminação .
• Contudo , isto só foi possível quando se conseguiu separar o queroseno dos outros compostos do crude
. A invenção do motor de combustão interna , já no final do século XIX , e a sua rápida adopção à
maioria dos meios de transporte , tornaram o petróleo indispensável como combustível e , a partir de
então , o seu consumo aumentou de forma constante . Hoje o petróleo é responsável por cerca de 40 %
da produção de energia a nivel mundial ( UN , 1991 ) e , na sua forma refinada , continua a ter bastantes
utilizações , tais como a manufactura de materiais sintéticos , de que os plásticos são um bom
exemplo.Os seus resíduos asfálticos ainda se usam como materiais de construção
Petróleo
Formação do Petróleo
O petróleo é formado a partir de material orgânico que sedimentou no fundo dos mares , milhões de
anos atrás , tendo sido coberto por camadas sedimentares e enterrado a grandes profundidades . O
processo de formação é muitíssimo lento e , embora não se saiba exactamente como se formaram os
depósitos que hoje encontramos sequência de acontecimentos poderá ser aquela seguir se descreve :
1. Sedimentação do material orgânico
2. Metamorfose
3. Migração

1. Sedimentação
Material orgânico diverso que , por algum motivo , não foi decomposto , assenta no fundo dos oceanos
e é incorporado nos sedimentos . Uma das razões por que nem todo o material orgânico é decomposto ,
levando ao início do processo de formação do petróleo , pode ser o facto de , em sistemas altamente
produtivos , a PPL exceder a velocidade de oxidação do carbono , provocando o aumento da velocidade
de sedimentação . Noutros sistemas , onde existam águas profundas estagnadas , podem desenvolver -
se condições anóxicas que retardam bastante a oxidação do carbono dos detritos.
Cont.
2. Metamorfose
Uma vez enterrado nos sedimentos esse carbono orgânico acabará por ser incorporado em rochas sedimentares como
os xistos argilosos , os arenitos ou as rochas carbonatadas . Sob condições de elevadas temperaturas e pressão ,
durante longos períodos de tempo , esse carbono é lentamente transformado . originando uma complexa mistura de
hidrocarbonetos . Deste modo , o petróleo forma - se na ausência de oxigénio , sob a influência de condições físicas
temperaturas e elevada pressão ) e químicas ( é possível que a presença de catalisadores seja importante ) que são
peculiares às rochas sedimentares . enterradas a grandes profundidades .

3. Migração
Pela análise de rochas sedimentares verifica - se que , na sua composição , a concentração de carbono orgânico é
muito baixa . Esta observação levanta alguns problemas quanto ao local da génese de depósitos de petróleo que
apenas pode ser explicada pelo facto do composto não ser formado nos mesmos locais onde é encontrado . Quer isto
dizer que haverá algum mecanismo que leva o petróleo recém - formado a migrar para locais afastados das rochas de
origem , formando depósitos concentrados . Os mecanismos desta migração não são ainda conhecidos , embora se
pense que , uma vez formado o petróleo líquido , ele tenha tendência para subir , atravessando materiais porosos que
formam a crusta terrestre . Esta ascensão terminaria quando o petróleo . encontrasse uma camada rochosa
impermeável , ficando assim aprisionado . O mecanismo de migração parece bastante razoável sendo ainda reforçado
pelo facto de os depósitos de petróleo estarem , muitas vezes , cobertos por bolsas de gás ( menos denso que o
petróleo ) e , invariavelmente , terem por baixo um lençol
Composição do Petróleo
Embora todo o petróleo seja formado da mesma maneira , a partir de material orgânico , a sua
composição pode apresentar grandes variações nas diferentes zonas do mundo onde é encontrado .
Estas variações vão depender , em parte , da idade do petróleo , das condições da sua formação , dos
materiais são naturalmente incorporados , etc.
Os seus componentes podem ocorrer na fase gasosa gás natural ; na forma líquida - crude ou
petróleo em rama ; na forma sólida ou semi - sólida o alcatrão ou pez , muitas vezes associado a
arenitos . No seu conjunto , estes três materiais compreendem centenas de espécies moleculares que
variam em complexidade e peso . O hidrogénio e o carbono são os elementos mais importantes e
prevalentes do petróleo . Os hidrocarbonetos do petróleo agrupam - se em quatro classes distintas :
1. Alcanos ( também designados por parafinas )
São constituídos por um ou mais átomos de carbono em cadeias lineares ou ramificadas . Os átomos
de carbono estão ligados a 4 átomos de hidrogénio ou a outros átomos de carbono . Os alcanos mais
simples são o metano , o etano e , respectivamente , 1,2 e 3 átomos de carbono.
Cont.
2. Cicloalcanos
Estes compostos são parecidos com os alcanos mas a cadeia de carbono vez de ser linear ou ramificada , forma um anel fechado .
A fórmula geral dos cicloalcanos é CH . Não apresentam ligações duplas ou triplas , isto é , são compostos saturados . A sua
designação química deriva da dos alcanos acrescentada do prefixo ciclo). Estes compostos são insolúveis em água , aliás como
todos os hidrocarbonetos , e as suas densidades e pontos de ebulição são ligeiramente mais elevados que as dos correspondentes
alcanos . Devido à forma em anel das moléculas.

3. Aromáticos
Compostos aromáticos são caracterizados por conterem um ou mais anéis de benzeno ( o composto aromático mais simples ) na
sua estrutura . O benzeno é composto por seis átomos de carbono numa estrutura em anel na qual os átomos de carbono estão
unidos por ligações híbridas . Estes compostos aromáticos são os hidrocarbonetos mais tóxicos do petróleo e estão presentes em ,
virtualmente , todos os petróleos brutos e produtos refinados . Muitos compostos aromáticos apresentam um certo grau de
solubilidade na água , aumentando assim o perigo de intoxicação para os organismos aquáticos . Muitos deles apresentam efeitos
carcinogénicos . São compostos insaturados e os mais simples que se podem encontrar no petróleo são o benzeno , o tolueno e o
naftaleno.

4. Alcenos
São hidrocarbonetos caracterizados por possuírem na sua cadeia carbonada pelo menos uma ligação dupla . Os alcenos têm a
fórmula geral C H sendo gases à temperatura ambiente aqueles que contêm de 2 a 4 átomos de carbono e líquidos quando a sua
cadeia apresenta 5 ou mais átomos de carbono . O primeiro membro desta família é o etileno.
Desgaste do Petróleo
Sempre que há um derrame de petróleo nos ecossistemas aquáticos inicia – se uma série de processos que
modificam a sua composição . Ao conjunto destas alterações dá – se o nome de desgaste . O desgaste do
petróleo ocorre em várias fases :
1. Expansão e deriva
2. Evaporação
3. Dissolução
4. Dispersão
5. Oxidação fotoquímica
6. Emulsificação de água no petróleo
7. Degradação microbiana
8. Adsorção a material particulado em suspensão
9. Ingestão por organismos
10. Sedimentação
Petróleo Refinado
Quando se fala de poluição pelo petróleo inclui – se tanto a poluição causada pelo petróleo bruto como pelos
seus produtos refinados . Por esta razão , é conveniente saber um pouco sobre o processo de refinação e
sobre os compostos daí resultantes .. A técnica básica de refinação apoia - se no conhecimento de que os
diversos componentes do petróleo em rama apresentam pontos de ebulição que lhes
são característicos e , portanto , podem ser separados por destilação . Como , de um modo geral , os
hidrocarbonetos têm pontos de ebulição mais elevados consoante aumenta o seu tamanho molecular , a
destilação permite separar a mistura em fracções de peso molecular semelhante ( destilação fraccionada ) .
Pode dizer - se que o processo é simples . O petróleo bruto é aquecido numa sequência de temperaturas que
aumentam progressivamente e as diversas fracções que se separam são recolhidas . A tabela 5.2 indica as
diferentes fracções que é possível recolher durante a destilação do petróleo , às diferentes temperaturas .
Transporte do petróleo e Adições ao
ambiente
1. Transporte
A exploração das jazidas de petróleo e a sempre crescente necessidade deste composto obrigam ao seu
transporte através dos oceanos , tanto na forma bruta como dos seus derivados , após refinação . Os
acidentes com navios - tanque e em plataformas de perfuração ao largo da costa são eventos imprevisíveis
, mas quase sempre espectaculares pela sua dimensão e quantidade de petróleo derramado .
2. Efluentes industriais e urbanos
As refinarias utilizam grandes quantidades de água na sua actividade e , embora nas mais modemas a
água não entre em contacto com o petróleo durante o craque dos hidrocarbonetos ( craque a vapor ) , os
seus efluentes contêm sempre uma determinada concentração de petróleo . Outras indústrias também
libertam efluentes contendo petróleo que pode ser lançado directamente num corpo de água ou , o mais
corrente , na rede pública de esgotos . Por seu turno , as águas residuais municipais também contribuem
com uma quantidade apreciável de hidrocarbonetos de petróleo ( Tabela 5.4 ) e todos estes efluentes , no
seu conjunto . encontram nos oceanos o seu destino final . A rede pública de esgotos chegam não só os
efluentes de muitas indústrias , como também as águas provenientes de garagens e estações de serviço de
automóveis e grande parte dos materiais arrastados pela água das chuvas "
Precipitação atmosférica
Os maiores contributos para a existência de hidrocarbonetos na atmosfera são dados pela biossíntese destes
compostos e pela combustão incompleta da gasolina ou do gasóleo nos veículos motorizados . É difícil fazer
uma estimativa correcta das entradas de hidrocarbonetos a partir da atmosfera , devido à complexa natureza das
reacções fotoquímicas e também pelo grande número de compostos que devem ser considerados . Por outro lado
, para o estudo de problemas de poluição , é importante distinguir os hidrocarbonetos cuja origem é o petróleo ,
de outro tipo de hidrocarbonetos . De qualquer forma , a principal etapa para a deposição atmosférica envolve a
remoção de material particulado do ar pela chuva . Etapas secundárias envolvem a deposição seca de matéria
particulada da atmosfera , depuração de gases pela precipitação e trocas gasosas directas com os oceanos
( Doerffer , 1992 ) . A combustão da gasolina e de outros produtos derivados do petróleo , introduz na atmosfera
cerca de 68 milhões de toneladas de petróleo por ano ( NAS , 1975 ) dos quais apenas 0,3 milhões de toneladas /
ano entram nos oceanos por precipitação ( NRC , 1985 ) .
Saúde humana
Os seres humanos apresentam uma tolerância muito baixa ao sabor de produtos contaminados com
hidrocarbonetos do petróleo , pelo que o consumo acidental de água ou de peixes contaminados não deve
contribuir significativamente para o aumento destes hidrocarbonetos no nosso organismo . A grande
preocupação em relação à saúde humana , vem do consumo de peixes e mariscos contendo baixas quantidades
de compostos carcinogéneos , como o benzeno e certos hidrocarbonetos polinucleares ( PAH ) . Contudo , não
parece haver evidência de que os hidrocarbonetos do petróleo se acumulem na cadeia alimentar aquática e
qualquer organismo marinho contendo 200 - 300 ppm adquire um sabor característico e repulsivo ( Laws ,
1993 ) . De facto , a principal fonte de exposição humana ao benzeno é por inalação , a partir dos escapes dos
automóveis e do fumo dos cigarros .
Toxicologia do Petróleo
Os efeitos tóxicos do petróleo podem ser divididos em duas categorias :
1 ) efeitos associados com o revestimento dos organismos ;
2 ) efeitos devido às propriedades tóxicas dos hidrocarbonetos .
Os primeiros estão mais directamente relacionados com os hidrocarbonetos de elevado peso
molecular , menos solúveis na água , menos susceptíveis de serem evaporados e que conferem
muitas das propriedades de viscosidade ao petróleo , podendo cobrir o corpo tanto de aves aquáticas
como de organismos intertidais
A segunda categoria de efeitos tóxicos relaciona - se com os hidrocarbonetos aromáticos ( os mais
tóxicos ) , os cicloalcanos e os alcanos que , sendo ingeridos pelos organismos , serão incorporados
nos lípidos e noutros tecidos , perturbando o funcionamento normal das actividades biológicas .

Você também pode gostar