0% acharam este documento útil (0 voto)
8 visualizações40 páginas

Avaliação Personalidadee - Aula 1

O documento explora a evolução e as diferentes abordagens da personalidade na psicologia, desde suas origens etimológicas até as teorias contemporâneas. Destaca as técnicas de avaliação da personalidade, incluindo testes objetivos e projetivos, e menciona a importância do modelo Big Five na compreensão das dimensões da personalidade. Também aborda questões éticas e a aplicação prática dos testes em diversas áreas, como psicologia clínica e recursos humanos.

Enviado por

Elisabete Reis
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PPTX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
8 visualizações40 páginas

Avaliação Personalidadee - Aula 1

O documento explora a evolução e as diferentes abordagens da personalidade na psicologia, desde suas origens etimológicas até as teorias contemporâneas. Destaca as técnicas de avaliação da personalidade, incluindo testes objetivos e projetivos, e menciona a importância do modelo Big Five na compreensão das dimensões da personalidade. Também aborda questões éticas e a aplicação prática dos testes em diversas áreas, como psicologia clínica e recursos humanos.

Enviado por

Elisabete Reis
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PPTX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 40

Técnicas de

Avaliação da
Personalidade
Personalidade

• A palavra Persona tem origem no latim clássico e


significava máscara ou personagem no teatro. Os atores
romanos usavam máscaras para representar diferentes papéis
nas peças, e persona passou a indicar a figura pública ou o
papel social de alguém.

• Máscara feita para ressoar com a voz do ator (per


sonare sigifica "soar através de"), permitindo que fosse bem
ouvida pelos espectadores, bem como para dar ao ator a
aparência que o papel exigia.
• A palavra "personalidade" surge na língua portuguesa a partir
do latim medieval personalitas, derivado de persona.

• No século XIX, com o desenvolvimento da psicologia e das


ciências sociais, "personalidade" passou a designar o conjunto
de características individuais que distinguem uma pessoa,
incluindo traços emocionais, cognitivos e comportamentais.
Atualmente, "personalidade" é usada em
diferentes contextos:

• Direito: Capacidade jurídica de uma pessoa (personalidade jurídica).

• Filosofia: Discussões sobre identidade, subjetividade e individualidade.

• Psiquiatria: Estrutura relativamente estável de traços emocionais e


comportamentais que, podem estar associados a transtornos de personalidade.

• Psicologia: Conjunto de traços e padrões de comportamento, cognição e


emoção que tornam cada indivíduo único.
Noção de personalidade conforme
diferentes abordagens da psicologia:
• Psicanálise – Considera a personalidade como resultado de conflitos psíquicos inconscientes entre o
id, ego e superego, desenvolvidos desde a infância. Lacan reformula essa noção, enfatizando a
linguagem e a estrutura do desejo na constituição subjetiva.
• Psicologia Humanista – Enfatiza a personalidade como um processo dinâmico de autorrealização e
crescimento pessoal, destacando o potencial humano e a busca por autenticidade (Maslow, Rogers).
• Psicologia Comportamental – Vê a personalidade como um conjunto de padrões de comportamento
adquiridos por meio do condicionamento e da interação com o ambiente (Skinner, Watson).
• Psicologia Cognitiva – Define a personalidade com base nos esquemas mentais e processos
cognitivos que influenciam a percepção, a interpretação e a resposta ao mundo.
• Teorias dos Traços – Propõe que a personalidade pode ser descrita por um conjunto de traços
relativamente estáveis ao longo da vida, como no modelo dos Cinco Grandes Fatores (Big Five).
• Psicologia Biológica – Foca na influência de fatores genéticos, neurológicos e hormonais na
formação da personalidade.
Avaliação em
psicologia
Século XIX: Primeiras Tentativas de
Medida Psicológica

• Wilhelm Wundt (1832-1920) – Criou o primeiro laboratório


de psicologia experimental (1879), desenvolvendo testes de
tempo de reação e percepção sensorial.
• Francis Galton (1822-1911) – Aplicou métodos estatísticos
para medir inteligência e traços individuais, sendo pioneiro na
psicometria.
Início do Século XX: Primeiros Testes
Padronizados

• Alfred Binet e Théodore Simon (1905) – Criaram a Escala


de Binet-Simon, o primeiro teste de inteligência para
identificar crianças com dificuldades de aprendizado.Lewis
Terman (1916) – Adaptou a escala de Binet nos EUA, criando
o Stanford-Binet, introduzindo o conceito de QI (quociente
de inteligência).Robert Yerkes (1917) – Desenvolveu os
testes Army Alpha e Beta para avaliar recrutas na Primeira
Guerra Mundial, marcando o uso de testes em larga escala.
Testes objetivos

• Um teste psicológico objetivo é um instrumento de avaliação


psicológica que presumivelmente possibilita uma medição quantitativa
de um determinado comportamento, traço de personalidade, função
cognitiva e/ou intelectual.
• Recebe essa designação, “objetivo”, em decorrência de seu resultado
ser obtido de modo independente do julgamento subjetivo do
avaliador. Justamente por compreender, em tese, medida científica,
deve ser calcado nos parâmetros padronizados da psicometria. Dentre
esses testes objetivos se destacam testes de inteligência, testes de
aptidão, testes de interesse e testes de personalidade.
Desenvolvimento da Psicometria e
Novos Testes

• 1920-1950: Expansão dos Testes de Personalidade


• Testes projetivos
Testes Projetivos

• Os testes projetivos são chamados assim porque se baseiam


no mecanismo de projeção, conceito de certas linhas
teóricas da psicologia. A ideia é que o sujeito atribui a
elementos ambíguos do teste (como manchas ou borrões)
aspectos subjetivos que refletem seus impulsos e
sentimentos internos. Assim, ao interpretar esses estímulos,
ele revela não apenas o que está vendo, mas características
do seu mundo interior.
• Não há consenso na psicologia sobre como ocorre a projeção nos
testes projetivos, e cada teórico tem uma abordagem distinta. Isso leva
à formação de diferentes escolas de interpretação:
• Psicanalítica → Enfatiza conteúdos inconscientes.
• Comportamental e Cognitivista → Destacam a percepção no
processo.
• Fenomenológica → Usa os testes para investigar a situação
existencial do sujeito.
• Dessa forma, os testes projetivos são utilizados de maneiras diversas,
conforme a linha teórica adotada.
Questões éticas

• Existe uma massificação dos “testes psicológicos” em revistas,


jornais e sites da internet, que visam a oferecer aos leitores
um (pseudo)diagnóstico instantâneo. Há, nessa área, como em
outras da psicologia, um enorme esforço para diferenciar
práticas psicológicas “legítimas” das ditas “ilegítimas”.
No Brasil

• Nos anos 1980, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) iniciou discussões


sobre o uso dos testes psicológicos no Brasil. Em 1997, foi publicado um
documento para orientar a definição de uma política nacional sobre o tema.

• Em 2003, o CFP criou comissões de especialistas que avaliaram os testes em


uso, resultando na aprovação de alguns e rejeição de outros, o que
gerou disputas judiciais. A principal preocupação era a credibilidade desses
instrumentos, especialmente nos contextos de recrutamento, decisões
judiciais sobre guarda de crianças e exames para obtenção da CNH.
https://
satepsi.cfp.org.br
Testes
Grafismo
infantil
Procediment
o de
Desenhos-
Estórias (D-
E)
Teste
projetivo
gráfico HTP
(House, Tree,
Person)
CAT-H - Teste
de Apercepção
Infantil –
Figuras
Humanas
Teste Palográfico
Desenho
Família e
Figura
Humana
Etapas de
aplicação de um
teste projetivo
• Preparação
• Seleção do teste e explicação ao indivíduo.
• Criação de um ambiente confortável.
• Instrução Inicial
• Orientações claras sobre a tarefa.
• Estímulo à resposta livre e criativa.
• Realização do Teste
• Apresentação do material.
• Registro das respostas e observação do comportamento.
• Interpretação
• Análise qualitativa das respostas.
• Consideração de teorias psicológicas e padrões normativos.
• Devolutiva
• Elaboração de relatório.
• Compartilhamento dos resultados com partes interessadas.
• Ética e Sigilo
• Garantia de confidencialidade e uso adequado dos resultados.
Big Five
Modelo dos Cinco
Grandes Fatores da
Personalidade
• O Big Five, ou Modelo dos Cinco Grandes
Fatores da Personalidade, é uma das teorias
mais reconhecidas em psicologia para descrever
as dimensões fundamentais da personalidade
humana. Ele propõe que as diferenças individuais
podem ser organizadas em cinco grandes traços
principais, cada um representando um espectro de
características.
Fundamentos da Teoria do Big Five

• Personalidade como um conjunto de traços


• Os Cinco Grandes Fatores representam tendências estáveis e consistentes no comportamento, pensamento e
emoções das pessoas.
• Esses traços são vistos como disposições básicas, influenciadas por fatores biológicos e ambientais.
• Dimensões contínuas
• Em vez de classificar as pessoas em tipos rígidos (por exemplo, introvertido vs. extrovertido), o Big Five propõe
um espectro, no qual cada indivíduo pode ter diferentes graus de cada traço.
• Base empírica e universalidade
• O modelo foi desenvolvido a partir de análises estatísticas de descrições da personalidade (análise fatorial).
• Estudos transculturais mostram que os cinco fatores aparecem em diferentes culturas e idiomas, sugerindo que são
universais.
• Neuroticismo (N): Tendência a experimentar emoções negativas
(ansiedade, raiva, depressão).
• Extroversão (E): Tendência a ser sociável, ativo e otimista.
• Abertura para Experiências (O): Curiosidade intelectual, gosto por
novas ideias e experiências.
• Amabilidade (A): Tendência a ser compassivo, cooperativo e
confiável.
• Conscienciosidade (C): Tendência a ser organizado, responsável e
confiável.
Neuroticismo (N) – Estabilidade
Emocional vs. Instabilidade

• Definição:
• Mede a tendência a experimentar emoções negativas como ansiedade, estresse e
tristeza.
• Pessoas com baixo neuroticismo são mais equilibradas emocionalmente.
• Características:
📌 Alto Neuroticismo → Sensíveis ao estresse, preocupadas, ansiosas, reativas
emocionalmente.
📌 Baixo Neuroticismo → Estáveis emocionalmente, resilientes, calmos e confiantes.
• Exemplos:
• Uma pessoa com alto neuroticismo pode ter crises de ansiedade diante de desafios.
• Alguém com baixo neuroticismo lida melhor com frustrações e mantém a calma em
situações difíceis.
Extroversão (E) – Energia Social
vs. Reservado

• Definição:
• Mede o nível de sociabilidade, assertividade e energia da pessoa.
• Pessoas extrovertidas são ativas e gostam de interações sociais.
• Características:
📌 Alta Extroversão → Sociáveis, falantes, otimistas, energéticos, gostam de multidões.
📌 Baixa Extroversão (Introversão) → Reservados, preferem ambientes mais
tranquilos, menos expressivos.
• Exemplos:
• Um extrovertido pode adorar festas e falar com desconhecidos.
• Um introvertido pode preferir conversas mais profundas e ambientes silenciosos.
Abertura para Experiências (O) – Criatividade vs. Tradicionalismo

• Definição:
• Mede o grau de curiosidade intelectual, criatividade e disposição para novas
experiências.
• Características:
📌 Alta Abertura → Criativas, imaginativas, gostam de arte, ideias novas, exploram
possibilidades.
📌 Baixa Abertura → Tradicionais, preferem rotina, valorizam o conhecido, resistentes à
mudança.
• Exemplos:
• Um artista que experimenta diferentes estilos tem alta abertura.
• Uma pessoa que segue sempre a mesma rotina sem explorar novidades tem baixa abertura.
Amabilidade (A) – Empatia vs. Competitividade

• Definição:
• Mede a tendência a ser cooperativo, compassivo e confiar nos outros.
• Características:
📌 Alta Amabilidade → Gentis, empáticos, cooperativos, solidários,
preocupam-se com os outros.
📌 Baixa Amabilidade → Mais críticos, competitivos, individualistas, céticos.
• Exemplos:
• Alguém com alta amabilidade pode ser um excelente mediador de conflitos.
• Um advogado que busca vencer discussões pode ter baixa amabilidade.
Conscienciosidade (C) – Disciplina vs.
Impulsividade

• Definição:
• Mede o grau de organização, responsabilidade e autodisciplina.
• Características:
📌 Alta Conscienciosidade → Planejadores, organizados, persistentes, responsáveis.
📌 Baixa Conscienciosidade → Impulsivos, desorganizados, procrastinam, evitam
responsabilidades.
• Exemplos:
• Um aluno que planeja seus estudos tem alta conscienciosidade.
• Alguém que esquece prazos e improvisa constantemente tem baixa
conscienciosidade.
Aplicação

• Os testes do Big Five são aplicados de forma estruturada,


geralmente por meio de questionários padronizados, que
podem ser realizados em diferentes contextos.
Onde o Big Five é Utilizado?

• Psicologia Clínica – Auxilia no diagnóstico e na personalização de


tratamentos.
• Recursos Humanos – Usado na seleção de candidatos e no
desenvolvimento profissional.
• Educação – Relaciona traços de personalidade com estilos de aprendizagem.
• Relacionamentos – Influencia a dinâmica interpessoal e a compatibilidade.
• Psicologia Jurídica – Aplicado em perfis criminais e avaliações psicológicas.
• Saúde – Impacta hábitos saudáveis e adesão a tratamentos.
• Marketing – Personaliza campanhas com base no perfil do consumidor.

Você também pode gostar