A mulher na Filosofia
Africana
Curso de Letramento Racial
Aldibênia Freire Machado
Elnora Gondim
Fernanda Chamarelli de
Oliveira
Tiago Tendai Chingore
A mulher e a Filosofia
africana
Revisão do conceito de gênero como
uma categoria Ocidental (Oyeronke
Oyewumi).
Gênero é dominação no âmbito das
relações de poder.
Existia Gênero em África? (Nzegwu)
A configuração familiar dos
Iorubás:
oko = membro-líder da consanguíneo da família
Iyawo = Mulher ligada a família pelo casamento
Oko pode ser homem ou mulher. Geralmente,
mulheres (Ìyás).
A sociedade Iorubá não considera o corpo como base de
O mundo, para eles, é formado por um todo
harmônico que consiste em elementos físicos,
humanos e espirituais. Os elementos físicos
são divididos em dois planos de existência:
ayé (terra) e òrun (céu)
O determinismo biológico é característico do Ocidente! E
assim, organiza o tecido social.
É possível pensarmos uma sociedade sem essas divisões na
hierarquia social?
Empoderamento e construção
da personalidade da mulher
africana
Poder vs Empoderamento: Onde está o
Uma afronta ao patriarcado e um manifesto à autonomia da
problema?
mulher
Paulo Freire e a reflexão profunda para não cair
no mero ativismo.
Pois o empoderamento é coletivo!
Do outro lado do mapa: a
tentativa emancipatória em
Moçambique
A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) buscou - em
tese - emancipar a mulher ao mesmo tempo em que buscava
sua própria emancipação enquanto nação.
As mudanças ocorreram parcialmente nas
instituições, mas no âmbito privado as
violências continuavam a ocorrer.
O lugar social da mulher na
visão de intelectuais africanos
Cheik Anta Diop e a discussão do matriarcado
como processo primitivo da evolução social
Importante não enxergar o matriarcado como
oposição do patriarcado.
Diop x Johann Jakob
Bachofen
Estado da promiscuidade = primazia do direito materno
Matriarcado = monogamia e a mulher com domínio sobre a
família e o Estado
Patriarcado = progresso/civilização
Diop x Friederich
Engels
Estágio selvagem (poligamia intra-
familiar)
Família Punaluana (poligamia sem laço familiar); Família
Sindiásmica (poligamia e laços matrimoniais
Monogamia matrilinear e patrilinear/patriarcal
Para Cheik Anta Diop, todas essas supostas fases
aconteciam ao mesmo tempo e também em diferentes
épocas, em sociedades diferentes. Não podem ser vistas
como estágios de evolução. É um vício analítico
ocidental, portanto!
Ecossociologia na formação das
famílias:
Berço Setentrional e Berço
Meridional
Berço Setentrional: condições Berço Meridional:
adversas, dependência da caça, Sociedades estáveis,
uso da força, competição agricultura, vida
comunitária
O matriarcado na obra de Ifi
Madiume
Análise de conhecimentos endógenos (internos), sem conceitos
ocidentais.
Análise microhistórias dos aspectos
multidimensionais das sociedades africanas
Poder da mulher ligado a sacralidade da maternidade
Característica da Sociedade Nnobi (Igbos) = Estrutura
Matricêntrica
Idemili (a grande-mãe), entidade feminina
na mitologia Nnobi
Sociedade Nnobi
Mkpuk Ob
e i
Unidade
Homem/Mulher
Matricêntric
a
Casa Várias Unidades
Ummune Ummuna
Oyeronke
Reflexões sobre o conceito de
Oyewumi
Gênero nas sociedades africanas
Os papéis sociais na cultura Iorubá não corresponde o
determinismo biológico.
Não existe tradução para feminino e masculino na
Iorubalândia!
Existiam mulheres no controle do comércio e
nas funções políticas de diferentes níveis
Omoya, o núcleo familiar
Iorubano
Primo Mãe/Ìyá Filho
s s
Meio-
Cleonora Hudson-
Weems
“A valorização do papel das mães
africanas na busca por reconstruir e
criar uma integridade cultural com
base na harmonia, justiça,
reciprocidade e equilíbrio”