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O Que Podemos Conhecer Cap 6

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DISCIPLINA:

FILOSOFIA

O QUE PROFESSOR:

PODEMOS
MARCOS MOREIRA DE
LUCENA

CONHECER?
Relatividade.
Mauritis C.
Escher,1953.
“Três planos de gravitação agem
aqui
Verticalmente uns sobre os outros.
Três superfícies terrestres,
vivendo em cada uma delas seres
humanos, intersectam-se em
ângulo reto. Dois habitantes de
mundos diferentes não podem
andar, sentar-se ou ficar em pé no
mesmo solo, pois sua concepção
de horizontal e vertical não se
conjuga. Eles podem, contudo,
usar a mesma escada. Na escada
mais alta das aqui apresentadas,
movem-se, lado a lado, duas
pessoas na mesma direção.
Todavia, uma desce e a outra sobe.
É claramente impossível um
contato entre ambas, pois vivem
em mundos diferentes e não
sabem, portanto, da existência
uma da outra.”
Será que tudo que vejo é mesmo
real?
O que é o real?

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1. O ato de conhecer
O campo de investigação filosófica que abarca
as questões sobre o conhecer chama-se teoria
do conhecimento.
Costuma-se definir conhecimento como o
modo pelo qual o sujeito se apropria
intelectualmente do objeto.
Entendemos por entendimento o ato ou o
produto do conhecimento.
O ato do conhecimento diz respeito à
relação que se estabelece entre o sujeito
cognoscente e o objeto a ser conhecido.
O produto do conhecimento é o que resulta
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2. Os modos de conhecer
A intuição
É um conhecimento imediato – alcançado sem
intermediários -, um tipo de pensamento direto,
uma visão súbita. Por isso, inexprimível.
É também um tipo de conhecimento impossível de
ser provado ou demonstrado.
A intuição é importante por possibilitar a
invenção, a descoberta, os grandes saltos do
saber humano.

Expressa-se de diversas maneiras:


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a) A intuição empírica é o conhecimento
imediato baseado em uma experiência que
independe de qualquer conceito. Pode ser:
Sensível – percebemos pelos órgãos dos
sentidos (odor do café)
Psicológica – experiência interna imediata de
nossas percepções, emoções, sentimentos e
desejos.
b) A intuição inventiva é a intuição do sábio, do
artista, do cientista, ao descobrirem soluções
súbitas, como uma hipótese fecunda ou uma
inspiração inovadora.
c) A intuição intelectual procura captar
diretamente a essência do objeto. (René
Descartes)
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Conhecimento discursivo
Precisa da palavra, da linguagem.
É abstrato.
As ciências em geral baseiam-se em
abstrações para estabelecer as leis: ao
concluir que o calor dilata os corpos, são
abstraídas as características que distinguem
cada corpo para considerar apenas os aspectos
comuns àqueles corpos, ou seja, o “corpo em
geral”, enquanto submetido à ação do calor.
O conhecimento se faz pela relação contínua
entre intuição e razão, vivência e teoria,
concreto e abstrato.
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3. A verdade
Verdade e veracidade: suponhamos que
alguém me diz que há um lado da Lua que nunca
é visto da Terra. Se eu lhe perguntar: “Isto é
verdade?”, a indagação pode ter dois sentidos. O
primeiro é se meu interlocutor está me dizendo
uma verdade ou se está mentindo. Nesse caso,
trata-se da veracidade, que nos coloca diante de
uma questão moral: o indivíduo veraz é o que
não mente.
O segundo sentido é epistemológico. Quero
saber se a informação de meu interlocutor é
verdadeira ou falsa. Para tanto indago se a
proposição é verdadeira ou falsa, se já foi
comprovada.
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Verdade e realidade: a verdade do
conhecimento diz respeito a uma proposição
que pode ser verdadeira ou falsa. Ex.: quando
afirmamos “Este colar é de ouro”, a
proposição é falsa quando se trata de uma
bijouteria. Mas se nos referimos a coisas (um
colar, um dente) só podemos afirmar que são
reais, e não verdadeiras ou falsas.

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O falso ou verdadeiro não estão na
coisa mesma, mas no juízo, no valor de
verdade ou falsidade de uma
proposição. Ao beber o líquido escuro
que parecia café, emito os juízos: “Este
líquido não é café” e “Este líquido é
cevada”. Portanto, a verdade ou
falsidade existe apenas quando
afirmamos ou negamos algo sobre uma
coisa, e esses juízos correspondem à
realidade.
Um juízo verdadeiro é aquele que
corresponde aos fatos.
Será que podemos conhecer as coisas
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O DOGMATISMO
O dogmatismo do senso comum
Designa as certezas não questionadas do nosso
cotidiano.
O mundo muda, os acontecimentos se sucedem e
o dogmático permanece petrificado nos
conhecimentos dados de uma vez por todas.
Teme o novo e não raro tenta impor aos outros
seu ponto de vista.
Quando atinge a política assume um caráter
ideológico e abre caminho para a doutrina oficial
do Estado ou do partido único, com todas as
decorrências
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como censura e repressão. 19
Do ponto de vista religioso, chamamos dogma à
verdade fundamental e indiscutível de uma
doutrina.
Na religião cristã, de acordo com o dogma da
Santíssima Trindade, as três pessoas (Pai, Filho e
Espírito Santo) - não são três mas apenas um.
Não importa se a razão não consiga entender que
Deus é ao mesmo tempo uno e trino, porque esse
princípio tem como fundamento a revelação divina
e, portanto, deve ser aceito pela fé.
b) O dogmatismo filosófico
Não tem o sentido pejorativo atribuído ao
dogmatismo sem crítica do senso comum.
A filosofia dogmática serve para identificar os
filósofos que estão convencidos de que a razão
pode alcançar a certeza absoluta.
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O CETICISMO
O cético conclui nos casos mais radicais que o
conhecimento é impossível. Mesmo que seja impossível
encontrar a certeza, não se deve abandonar a busca da
verdade.
Para Pirro (séc . IV-III a.C.) a atitude coerente do sábio
é a suspensão do juízo e, como consequência prática, a
aceitação com serenidade do fato de não poder
discernir o verdadeiro do falso.
Além do aspecto epistemológico, essa postura tem um
caráter ético, porque aqueles que se prendem a
verdades indiscutíveis estão fadados à infelicidade, já
que tudo é incerto e fugaz.
No Renascimento, o filósofo francês Michel de
Montaigne
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retoma o ceticismo ao contrapor-se às 23
David Hume (séc. XVIII) admite o ceticismo ao
reconhecer os limites muito estreitos do
entendimento humano.
Pondera que estamos subjugados pelos sentidos e
pelos hábitos, o que reduz as nossas certezas a
simples probabilidade.
Para Hume, a crença é o conhecimento que não se
pode comprovar racionalmente, mas é aceito com
base na probabilidade.
Já a crença religiosa depende de uma verdade
revelada por Deus e é aceita sem contestação.

Dentre os brasileiros, o filósofo Oswaldo Porchat


Pereira é um representante do neopirronismo.
Para ele, nossa visão do mundo não passa de uma
racionalização
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precária, provisória, relativa. 24
5. Teorias sobre a verdade
O critério da evidência
É verdadeira a proposição que corresponde a um
fato da realidade, tal qual ele se mostra a nós.
O critério para identificar o verdadeiro é a
evidência, que é a visão intelectual do real.
Os mestres da suspeita
O racionalismo confiante de que há um mundo
objetivo a ser desvendado pela razão começou a
sofrer abalos.
No final do século XIX e começo do XX, diversos
filósofos intensificaram as críticas ao conceito de
verdade como representação e correspondência.
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A expressão “mestres da suspeita” foi cunhada pelo
filósofo francês Paul Ricoeur (1913-2005) para
designar os pensadores Marx, Nietzsche e Freud.
Segundo Ricoeur, foram esses três pensadores que
suspeitaram das ilusões da consciência.
a) Marx: a ideologia
Quando esteve na Inglaterra, conheceu de perto a
situação deplorável do operariado.
Elaborou então sua teoria materialista, segundo a
qual as ideias devem ser compreendidas a partir do
contexto histórico da comunidade em que se vive,
porque elas derivam das condições materiais, no
caso, das forças produtivas da sociedade.
Percebeu também as contradições que surgem entre
essas forças produtivas e as relações de produção.
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As ideias vigentes são de fato parciais e relativas,
porque representam as ideias da classe dominante
como verdades universais.
Para Marx esse conhecimento que aparece de
forma distorcida é a ideologia, ou seja, um
conhecimento ilusório que tem por finalidade
mascarar os conflitos sociais e garantir a
dominação de uma classe, impedindo que a
classe submetida desenvolva uma visão do
mundo mais universal e lute pela autonomia de
todos.
b) Nietzsche: o critério da vida
Friedrich Nietzsche (1844-1900) procedeu a um
deslocamento do problema do conhecimento.
O conhecimento não passa de interpretação, de
atribuição de sentidos, sem jamais ser uma
explicação da realidade.
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Para Nietzsche, o conhecimento resulta de uma luta.
Ao perguntar que sentidos atribuídos às coisas
fortalecem nosso “querer viver” e quais o
degeneram, questiona os valores para distinguir
quais nos fortalecem vitalmente e quais nos
enfraquecem.
c) Freud e o inconsciente
Segundo Freud (1856-1939), fundador da
psicanálise, desmente as crenças racionalistas de
que a consciência humana é o centro das
decisões e do controle dos desejos, ao levantar a
hipótese do inconsciente.
Diante de forças conflitantes, o indivíduo reage, mas
desconhece os determinantes de sua ação.
Caberá ao processo psicanalítico auxiliá-lo na busca
do que foi silenciado pela repressão dos desejos.
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Para a psicanálise, todos os nossos
atos trazem significados ocultos que
podem ser interpretados.
Usando uma metáfora, poderíamos
dizer que a vida consciente é
apenas a ponta de um iceberg, cuja
montanha submersa simboliza o
inconsciente.
Há vários tipos de sondagem do
inconsciente, mas, para Freud, os
sonhos constituem o caminho
privilegiado, que ele procura desvendar
pelo método da associação livre.
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6. A verdade como horizonte
No correr da história humana,
existiram diversas maneiras de
compreender o que é a verdade.
A VERDADE CONTINUA COMO
UM PROPÓSITO HUMANO
NECESSÁRIO E VITAL, QUE
EXIGE A LIBERDADE DE
PENSAMENTO E O DIÁLOGO,
PARA QUE OS INDIVÍDUOS
COMPARTILHEM AS
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O Paradoxo do Conhecimento

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Cada um tem a SUA VERDADE?
Passarócrates 4
https://youtu.be/2bLviCxIi5A

O que é "VERDADE"?
A Filosofia explica
https://youtu.be/-KnQpSEkf_g

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O que é Pós-verdade?

https://youtu.be/
0NRFaZ0CeY0
Fake News e Pós-Verdade

https://youtu.be/Kq2BJ60LbTg

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