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Neuropsicologia e Fonoaudiologia Interfaces Teóricas e Clínicas

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Neuropsicologia e

Fonoaudiologia: interfaces
teóricas e clínicas
Prof. Me: Jéssica da Costa Jacinto
Fundamentos históricos
• A Neuropsicologia consolida-se no século XX como disciplina
científica que busca compreender a relação entre cérebro,
cognição e comportamento. Seu desenvolvimento foi possível
graças à convergência de três grandes tradições:
1.A neurologia clínica, que desde o século XIX já investigava as
correlações entre lesões cerebrais e déficits funcionais (como os
estudos de Paul Broca e Carl Wernicke sobre a linguagem).
2.A psicologia experimental, que trazia métodos de observação e
experimentação para estudar percepção, memória e atenção.
3.A psiquiatria e a psicologia clínica, que forneciam a dimensão
prática, relacionada à avaliação e à reabilitação de pacientes.
Fundamentos históricos
• É nesse cenário que surge a figura de Alexander
Romanovich Luria (1902–1977), considerado o
grande sistematizador da Neuropsicologia moderna. Ele
formulou a teoria dos sistemas funcionais
complexos, defendendo que nenhuma função
cognitiva se localiza em uma única região cerebral, mas
resulta da cooperação dinâmica de diferentes áreas
corticais e subcorticais. Assim, funções como a
linguagem, a memória e o planejamento seriam
produtos de redes integradas e não de módulos isolados
(LURIA, 1973).
Fundamentos epistemológicos
• Do ponto de vista epistemológico, a Neuropsicologia
ocupa um lugar interdisciplinar:
• Na ciência básica, dialoga com as neurociências
(estudo da estrutura e funcionamento cerebral) e com a
psicologia cognitiva (modelos sobre como a mente
processa informações).
• Na ciência aplicada, está ligada à psicologia clínica,
à fonoaudiologia, à terapia ocupacional e à
educação, dado que suas descobertas subsidiam
avaliação, intervenção e reabilitação.
Fundamentos epistemológicos
• Seu método se caracteriza pela análise qualitativa e
quantitativa do desempenho humano,
considerando tanto o dado experimental (testes e
protocolos) quanto a observação clínica.
Epistemologicamente, isso significa reconhecer que a
cognição não é redutível a processos cerebrais isolados,
mas resulta da interação entre organismo, ambiente e
cultura.
Fundamentos epistemológicos
• Portanto, a Neuropsicologia nasce de um movimento
histórico que vai da localização funcional do século
XIX até os modelos integrativos do século XX, e
epistemologicamente se firma como ciência
interdisciplinar, aplicada e crítica, cuja tarefa é
compreender como os processos cerebrais dão suporte
à experiência humana em sua complexidade.
Fundamentos históricos da
Fonoaudiologia
• A Fonoaudiologia surge como campo de saber e
prática no século XX, especialmente a partir das
demandas clínicas e educacionais relacionadas aos
distúrbios da fala, linguagem, audição e
aprendizagem.
Fundamentos históricos da
Fonoaudiologia
• Raízes médicas: no início, os estudos sobre gagueira, surdez e afasias
estavam ligados à medicina e à otorrinolaringologia. Os médicos
pioneiros, no final do século XIX e início do XX, voltaram-se para o
diagnóstico e reabilitação de distúrbios da comunicação, associando-os a
lesões ou alterações orgânicas.
• Raízes psicológicas: a psicologia experimental e a psicologia do
desenvolvimento forneceram referenciais sobre aquisição da linguagem,
processos cognitivos e aprendizagem. Autores como Piaget e Vygotsky
influenciaram fortemente a compreensão da fala como função simbólica
e social.
• Raízes linguísticas: a linguística estrutural, principalmente com
Saussure, trouxe a diferenciação entre língua e fala, além da análise
estrutural dos sistemas fonológicos, que impactou diretamente a
avaliação clínica e a terapêutica da linguagem.
Fundamentos históricos da
Fonoaudiologia
• No Brasil, a Fonoaudiologia começa a se organizar
academicamente nas décadas de 1960 e 1970, com os
primeiros cursos universitários e a criação de conselhos
profissionais, consolidando-se como profissão
regulamentada em 1981 (Lei nº 6.965/1981).
Paradigma interdisciplinar

• Assim como a Neuropsicologia, a Fonoaudiologia não


se fecha em um campo único, mas se constrói a
partir do diálogo com diversas áreas:
• Linguística estrutural: fornece instrumentos para
análise fonológica, morfossintática e semântica da
linguagem oral e escrita.
• Psicolinguística: investiga os processos cognitivos que
sustentam a produção e compreensão da linguagem,
aproximando-se da Neuropsicologia.
Paradigma interdisciplinar

• Psicanálise: contribui com a dimensão subjetiva do falar,


destacando a linguagem como constitutiva do sujeito. Autores
como Lacan influenciaram reflexões sobre a fala como
expressão do inconsciente.
• Pedagogia: dialoga na interface com alfabetização,
letramento e dificuldades de aprendizagem, atuando na
mediação entre desenvolvimento da linguagem e prática
escolar.
• Neurociências: oferecem bases para compreender os
mecanismos cerebrais da audição, da articulação e do
processamento linguístico, fundamentais para avaliação e
reabilitação de afasias, dislexias e distúrbios de fala.
Consolidação epistemológica
• Epistemologicamente, a Fonoaudiologia configura-se como ciência aplicada,
mas fundamentada em teorias que buscam integrar o biológico, o
psicológico, o linguístico e o social. Sua prática clínica e educacional
exige a análise da comunicação humana em quatro dimensões:

1.Oral – produção e compreensão da fala.


2.Escrita – aquisição da leitura e escrita, dificuldades e transtornos.
3.Gestual – comunicação alternativa, libras, expressões faciais e corporais.
4.Social – linguagem como mediação nas interações e nas práticas culturais.

• Esse caráter integrador explica a proximidade com a Neuropsicologia: ambas


lidam com funções complexas que emergem da interação entre cérebro,
mente e cultura.
Consolidação epistemológica
• Portanto, a Fonoaudiologia se consolida no século XX
como uma profissão interdisciplinar e científica,
ancorada em múltiplos saberes, que tem como objeto
central a comunicação humana em toda sua
complexidade. Ela não apenas trata distúrbios de fala
ou audição, mas também compreende a linguagem
como função cognitiva, subjetiva e social, sendo,
assim, essencial no diálogo com áreas como a
Neuropsicologia, a Educação e a Saúde.
Relação entre cognição e linguagem
• A linguagem não é apenas um meio de expressão, mas
um processo cognitivo superior (Vygotsky, 1991).
Para o autor, o desenvolvimento da linguagem é
inseparável do pensamento, pois “toda função
psicológica superior aparece duas vezes: primeiro no
plano social, depois no plano individual”. Essa visão é
fundamental para a Fonoaudiologia, que trabalha a
comunicação como fenômeno intersubjetivo, e para a
Neuropsicologia, que compreende a linguagem como
mediadora de funções cognitivas.
Relação entre cognição e linguagem
• Baddeley (2000) aprofunda essa ideia ao demonstrar
que a memória de trabalho tem um subsistema
específico para o processamento verbal o loop
fonológico, o que explica porque déficits mnêmicos
repercutem diretamente na aprendizagem da leitura e
da escrita.
• Assim, tanto a avaliação neuropsicológica quanto a
fonoaudiológica precisam considerar que linguagem e
cognição são indissociáveis: alterações atencionais,
executivas ou de memória afetam diretamente a
fluência verbal, a compreensão e a produção textual.
Princípios da avaliação integrativa
• A avaliação integrativa entre Neuropsicologia e
Fonoaudiologia parte do pressuposto de que o
funcionamento humano é multidimensional,
envolvendo processos cognitivos, linguísticos,
emocionais e sociais. Assim, mais do que testar funções
isoladas, o objetivo é compreender como diferentes
áreas se articulam no desempenho do sujeito em
situações reais.
Princípios da avaliação integrativa
• Na Neuropsicologia

• O foco recai sobre o funcionamento global do sistema cognitivo,


investigando:

• Memória (curto e longo prazo, verbal e visual);


• Atenção e concentração;
• Raciocínio lógico e funções executivas;
• Percepção e praxias;
• Linguagem, enquanto função integrada a outros domínios.

• O olhar é funcional: busca-se identificar de que modo os déficits impactam


a autonomia, a aprendizagem, a adaptação social e a qualidade de vida.
Princípios da avaliação integrativa
• Na Fonoaudiologia

• A análise é especializada, voltada para a comunicação humana em suas


diversas dimensões:

• Fonológica – sons da fala, consciência fonêmica;


• Morfossintática – estrutura gramatical;
• Semântica – significado das palavras e vocabulário;
• Pragmática – uso da linguagem em contextos sociais;
• Discursiva – organização de narrativas e coerência textual.

• O olhar é linguístico-comunicacional: preocupa-se com a eficácia da


linguagem como instrumento de interação social, aprendizagem e expressão
subjetiva.
Integração prática

• Na prática clínica, educacional e hospitalar, a avaliação


conjunta potencializa a compreensão do quadro do paciente.

• Dislexia:

• Fonoaudiologia: identifica falhas nos processos fonológicos


(dificuldade em associar fonema–grafema, segmentação de
sílabas, manipulação de sons).
• Neuropsicologia: verifica prejuízos em memória de trabalho
verbal e atenção seletiva, que comprometem a
automatização da leitura.
Integração prática

• Afasia pós-AVC:

• Fonoaudiologia: avalia alterações linguísticas


específicas (agramatismo, parafasias, anomia,
dificuldades de compreensão).
• Neuropsicologia: observa déficits em funções
executivas, como planejamento e flexibilidade
cognitiva, que influenciam na capacidade de
reorganizar estratégias comunicativas.
Integração prática

• Transtorno do Espectro Autista (TEA):

• Fonoaudiologia: analisa a comunicação social, o uso da


linguagem pragmática e alternativas de comunicação
aumentativa.
• Neuropsicologia: avalia processos atencionais, funções
executivas e integração sensorial, fundamentais para o
desenvolvimento da interação social.
Integração prática

• Transtorno do Espectro Autista (TEA):

• Fonoaudiologia: analisa a comunicação social, o uso da


linguagem pragmática e alternativas de comunicação
aumentativa.
• Neuropsicologia: avalia processos atencionais, funções
executivas e integração sensorial, fundamentais para o
desenvolvimento da interação social.
Implicações clínicas e educacionais
• A avaliação integrativa possibilita:

• Diagnósticos mais precisos, evitando reducionismos (ex.:


atribuir dificuldades escolares apenas a distúrbios de
linguagem ou apenas a déficits cognitivos).
• Planos de intervenção personalizados, que consideram
tanto os aspectos cognitivos quanto comunicativos.
• Colaboração interdisciplinar, articulando fonoaudiólogos,
neuropsicólogos, psicopedagogos, professores e familiares
em torno de um mesmo projeto terapêutico.
Estratégias de intervenção
conjuntas
• A articulação entre Neuropsicologia e
Fonoaudiologia é mais do que a soma de técnicas:
trata-se de uma sinergia terapêutica, na qual os
recursos cognitivos e linguísticos são trabalhados de
forma integrada para potencializar a reabilitação.
Estratégias de intervenção
conjuntas
• Contribuições da Neuropsicologia

• Treino de funções executivas: organização, planejamento, inibição


de respostas impulsivas, flexibilidade mental.
• Reabilitação da atenção: atenção sustentada, seletiva, alternada e
dividida, essenciais para compreender e produzir linguagem em
contextos sociais.
• Memória: exercícios de memória episódica, de trabalho e semântica,
que dão suporte à recuperação lexical e ao aprendizado de novos
padrões comunicativos.
• Metacognição: promover estratégias de autocontrole e consciência do
desempenho, favorecendo a generalização dos ganhos para a vida
cotidiana.
Estratégias de intervenção
conjuntas
• Contribuições da Fonoaudiologia

• Treino fonético-fonológico: melhora da articulação e precisão dos sons


da fala.
• Reabilitação semântico-lexical: ampliação de vocabulário, nomeação e
estratégias para superar anomias.
• Treino morfossintático: construção de frases gramaticalmente corretas e
complexas.
• Pragmática e discurso: desenvolvimento de habilidades conversacionais,
narrativas e de adequação ao contexto social e comunicativo.
• Comunicação alternativa e aumentativa (CAA): uso de recursos
gestuais, pictográficos ou tecnológicos em casos de limitações severas de
fala.
Exemplos de aplicação integrada
• Traumatismo Cranioencefálico (TCE)

• Neuropsicologia: trabalha atenção sustentada e alternada,


memória operacional e flexibilidade cognitiva.
• Fonoaudiologia: reabilita compreensão auditiva, discurso
narrativo e organização do diálogo.
• Sinergia: o paciente consegue manter foco em interações
mais longas e usar estratégias de compensação linguística,
favorecendo reintegração social.
Exemplos de aplicação integrada
• Afasia pós-AVC

• Neuropsicologia: reforça memória semântica, funções


executivas e estratégias compensatórias.
• Fonoaudiologia: atua na produção e compreensão da
linguagem, ampliando repertório lexical e fluência.
• Sinergia: melhora tanto a competência linguística
quanto a capacidade de planejar e sustentar conversas
no cotidiano.
Exemplos de aplicação integrada
• Transtorno Específico de Aprendizagem (Dislexia)

• Neuropsicologia: fortalece memória de trabalho verbal,


atenção seletiva e consciência metacognitiva.
• Fonoaudiologia: desenvolve habilidades fonológicas,
automatização da leitura e compreensão textual.
• Sinergia: favorece não só o domínio técnico da leitura,
mas também a autoconfiança e autonomia escolar.
Exemplos de aplicação integrada
Transtorno do Espectro Autista (TEA)

• Neuropsicologia: intervém em funções executivas,


autorregulação e habilidades sociais.
• Fonoaudiologia: foca em comunicação funcional, pragmática
da linguagem e recursos de CAA.
• Sinergia: amplia repertório comunicativo e favorece interações
sociais mais eficazes.
Implicações práticas

• Maior eficácia terapêutica: as intervenções deixam de


ser fragmentadas e passam a potencializar-se
mutuamente.
• Reinserção social e educacional: ganhos em cognição
e linguagem impactam diretamente desempenho escolar,
autonomia funcional e qualidade das relações.
• Atendimento centrado no sujeito: ambos os campos
compartilham a perspectiva de que a intervenção deve
respeitar a singularidade do paciente, seu contexto
cultural e social.
Áreas de aplicação integradas

• Hospitalar: diagnóstico precoce de distúrbios cognitivo-


comunicativos em pacientes de UTI, AVC, tumores ou doenças
neurodegenerativas.
• Escolar: atuação em dificuldades de aprendizagem, com foco na
relação entre funções cognitivas (atenção, memória) e linguagem
escrita.
• Forense: avaliações periciais envolvendo capacidade de
comunicação, tomada de decisão e imputabilidade penal.
• Esporte: monitoramento cognitivo e comunicativo de atletas após
concussões ou traumas cranianos, com foco em tempo de reação,
compreensão auditiva e memória de jogo.
• Envelhecimento: reabilitação de quadros de afasia e preservação da
comunicação funcional em demências.
Contexto hospitalar
• Objetivo: realizar diagnóstico precoce e intervenção imediata em distúrbios
cognitivo-comunicativos, prevenindo complicações secundárias.

• Situações comuns: pacientes em UTI, em pós-operatório de tumores


cerebrais, após AVC ou em tratamento de doenças neurodegenerativas (ex.:
esclerose múltipla, Parkinson).

• Atuação integrada:
• Neuropsicologia: avaliação do estado de consciência, atenção, memória de trabalho,
funções executivas e impacto do quadro neurológico sobre a cognição.
• Fonoaudiologia: avaliação de linguagem oral e escrita, fala, deglutição e comunicação
funcional.

• Impacto: possibilita o início precoce da reabilitação, aumentando as chances de


recuperação e reduzindo sequelas comunicativas e cognitivas.
Contexto escolar
• Objetivo: compreender e intervir em dificuldades de aprendizagem,
especialmente relacionadas à leitura e escrita.

• Situações comuns: dislexia, TDAH, transtorno do desenvolvimento da


linguagem (TDL).

• Atuação integrada:
• Neuropsicologia: mapeia funções cognitivas subjacentes (atenção, memória, velocidade
de processamento, planejamento).
• Fonoaudiologia: analisa a linguagem escrita e oral nos seus níveis fonológico,
morfossintático, semântico e pragmático.

• Impacto: construção de estratégias educacionais personalizadas, que


fortalecem a autonomia do estudante e aproximam a clínica da prática
pedagógica.
Contexto forense
• Objetivo: oferecer subsídios técnicos a processos judiciais por meio de perícias
cognitivas e comunicativas.

• Situações comuns: casos de interdição civil, avaliação da capacidade de


decisão em idosos, análise da imputabilidade penal ou aptidão para
testemunhar.

• Atuação integrada:
• Neuropsicologia: avalia a integridade do raciocínio, julgamento, memória e tomada de
decisão.
• Fonoaudiologia: examina clareza, compreensão e produção da linguagem, além da
habilidade de narrar fatos com coerência.

• Impacto: garante maior precisão em laudos, contribuindo para decisões jurídicas


mais justas, respeitando os limites e potencialidades do indivíduo.
Contexto esportivo

• Objetivo: monitorar o desempenho cognitivo-comunicativo de atletas em


situações de risco, como após concussões ou traumas cranianos.

• Situações comuns: esportes de impacto (futebol, artes marciais, boxe,


rugby).

• Atuação integrada:
• Neuropsicologia: acompanha tempo de reação, atenção seletiva, memória de
jogo, raciocínio tático.
• Fonoaudiologia: avalia compreensão auditiva rápida, clareza da comunicação com
a equipe e possíveis alterações de fala após traumas.

• Impacto: auxilia na tomada de decisão sobre retorno ao jogo, prevenção


de novos traumas e manutenção da performance esportiva.
Contexto do envelhecimento

• Objetivo: promover qualidade de vida e prolongar a autonomia comunicativa


e cognitiva do idoso.

• Situações comuns: demências (Alzheimer, frontotemporal, vascular),


afasias progressivas primárias, transtornos de memória.

• Atuação integrada:
• Neuropsicologia: estimulação cognitiva (memória, funções executivas, atenção), uso de
estratégias compensatórias e suporte às famílias.
• Fonoaudiologia: manutenção da comunicação funcional, treino de estratégias para
compreender mensagens e expressar-se, intervenção em disfagia quando presente.

• Impacto: preserva a identidade do idoso, favorece vínculos afetivos e reduz o


isolamento social.
A integração entre Neuropsicologia
e Fonoaudiologia
• A integração entre Neuropsicologia e Fonoaudiologia amplia o alcance da
prática clínica, educacional e social. Enquanto a Neuropsicologia
garante uma visão global das funções cognitivas e seu impacto funcional,
a Fonoaudiologia aprofunda-se na linguagem e comunicação como
mediadoras da vida em sociedade. Juntas, oferecem diagnósticos mais
precisos e intervenções mais eficazes, beneficiando desde crianças
em fase escolar até idosos em processo de envelhecimento.
• A integração entre Neuropsicologia e Fonoaudiologia oferece um olhar
holístico sobre o sujeito, compreendendo-o não apenas como portador
de déficits isolados, mas como ser simbólico, cognitivo e social. Essa
abordagem amplia o alcance diagnóstico e terapêutico, fundamenta
práticas clínicas inovadoras e fortalece a construção de programas de
intervenção centrados no paciente, na família e no contexto sociocultural.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

•ARDILA, A.; BENSON, D. F. Neuropsicologia da linguagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
•BADDELEY, A. Memória humana: teoria e prática. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
•KOLB, B.; WHISHAW, I. Q. Neuropsicologia humana. 6. ed. São Paulo: Manole, 2009.
•LURIA, A. R. Neuropsicologia da memória. São Paulo: Ícone, 1981.
•LURIA, A. R. Fundamentos de neuropsicologia. São Paulo: Editora da Universidade de
•São Paulo (EDUSP), 1984.
•VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos
•superiores. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
•VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

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