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“Prega a Palavra, insta, quer seja oportuno, quer não...”
(2Tm 4:2)
HOMILÉTICA
(A arte da pregação)
Lajedo/2005
2
Sumário
I- Conceituação da Homilética..........................................................................................03
II- A Importância da Homilética.......................................................................................03
III- Objetivo da Homilética...............................................................................................03
IV- Vantagens e Desvantagens da Homilética..................................................................04
V- A Importância do Pregador..........................................................................................04
VI- O Pregador e sua Apresentação no Púlpito.................................................................04
VII- Cuidados na Vida do Pregador..................................................................................05
VIII- Disciplina na Vida do Pregador...............................................................................05
IX- Avaliação do Pregador................................................................................................05
X- O Texto.........................................................................................................................06
XI- Familiarização com o Livro........................................................................................06
XII- Exegese do Texto.......................................................................................................06
XIII- A Interpretação do Texto..........................................................................................07
XIV- A Análise do Texto...................................................................................................07
XV- Classificação do Sermão quanto a Estrutura..............................................................08
1. Sermão Temático....................................................................................................08
2. Sermão Textual.......................................................................................................08
3. Sermão Expositivo..................................................................................................09
XVI- Partes do Sermão.......................................................................................................09
1. Introdução...............................................................................................................09
2. Tema.......................................................................................................................10
3. Divisões..................................................................................................................10
4. Conclusão...............................................................................................................10
3
Conceituação da Homilética
A homilética é a ciência que se ocupa com a pregação cristã e, de modo particular
com a prédica proferida no culto, no seio da comunidade reunida. O termo vem da palavra
grega HE HOMILIA. O verbo homilein significa “relacionar-se, conversar”. HE
HOMILIA designa, no NT, o estar juntos, o relacionar-se. Nos primeiros séculos da era
cristã, o termo passa a ser usado para denominar a prédica. Daí deriva a expressão
homilética. A homilética faz parte da Teologia Prática. Sua tarefa não se limita a princípios
teóricos, mas concentra-se grandemente no treinamento prático.
A homilética nasceu quando os pregadores cristãos começaram a estruturar suas
mensagens, seguindo as técnicas da retórica grega e da oratória romana. Tem-se
perguntado se a homilética é uma arte, uma técnica ou uma ciência. A homilética é uma
ciência, quando considerada sob o ponto de vista de seus fundamentos teóricos (históricos,
psicológicos e sociais); é uma arte quando considerada em seus aspectos estéticos (a
beleza do conteúdo e da forma); e é uma técnica, quando considerada pelo modo
específico de sua execução ou ensino.
Álvaro Magalhães, no seu Dicionário Enciclopédico Brasileiro, define homilética
como: “Arte de bem falar; parte da retórica que trata da eloqüência sacra”. Mas, segundo
renomados teólogos evangélicos, homilética “é a arte de pregar sermões”; e para o
Pr. Dalton Teixeira a homilética “é a ciência teológica que tem como objetivo preparar os
servos de Deus para melhor transmitir a mensagem do evangelho (Deus), tanto aos
pecadores quanto aos crentes”.
A Importância da Homilética
Muitos acham que não precisam de se preparar para ser um bom pregador do
Evangelho, outros acham que é perda de tempo estudar esta matéria, porque já lêem a
Bíblia e oram, e por isso não precisam desse preparo. Ao contrário disso, a homilética é
importante sim, porque dará ao aluno condições de conhecer as técnicas da pregação, de
como conduzir uma mensagem sem se perder, como se comportar diante do povo para
quem irá pregar, dá condições para saber como se comunicar melhor,cuidar-se para não
dizer heresias, etc.
Objetivo da Homilética
O objetivo de estudar homilética é levar os pregadores pelo caminho da pregação
sem embaraçá-los ou dificultar-lhes os passos, antes tirando-lhes os obstáculos. Convém-
nos evitar o erro de pensar que a homilética seja indispensável, pois muitos pregadores
tornaram-se notáveis sem conhecê-la porque foram cheios do Espírito Santo e com dons
específicos. A homilética traz consigo muitos benefícios tais, como: Clareza das idéias,
lógica na ordem dos pensamentos, melhor inter-relação dos argumentos com o assunto
central, orientação ao pregador a respeito de sua apresentação pessoal, controle do tempo,
etc.
4
Vantagens e Desvantagens da Homilética
Vantagens:
1. Direciona o pregador em sua apresentação
2. Mostra a necessidade de autocrítica, para não ser criticado (1Co 11:31)
3. Concede maior possibilidade de ser entendido pelos ouvintes
4. Dá maior facilidade em preparar mensagens, e compreender as mensagens ouvidas
por ele
Desvantagens:
1. Se acomodar, não buscando o Senhor na preparação da mensagem. Temos que
lembrar que a homilética é a arte, não a fonte do sermão
2. A mensagem precisa passar primeiro pelo coração do pregador. Evitar pregar algo
que não cremos, ou não estamos dispostos a praticar
3. A técnica deve ser olhada sempre como um meio para se chegar a um objetivo. Não
super valorize a técnica desprezando a mensagem
4. Evite o orgulho por saber utilizar as técnicas (1Co 10:17-18)
A Importância do Pregador
1. É o responsável por representar Deus aqui na terra, falando em nome de Deus (2Co
5:18-20). É necessário responsabilidade para entender a Palavra que irá transmitir
2. É responsável por aplicar as verdades bíblicas aos ouvintes. É necessário
discernimento, iluminação e conhecimento de mundo para poder aplica-la onde é
necessário
3. O pregador deve ser o primeiro a praticar o que prega (Fp 4:9). O povo deve
perceber o valor da mensagem já na vida do pregador
O Pregador e sua Apresentação no Púlpito
Não é porque estou pregando com a autoridade das Escrituras Sagradas que eu
posso me apresentar como quiser. Devo me comportar observando os seguintes princípios:
1. Boa aparência (observando os ouvintes aos quais me dirijo. Ex: pregar de paletó
aos índios ou aos surfistas! Devo seguir a boa aparência segundo a maioria, não
segundo minha opinião)
2. Tomar cuidado com os gestos que faz durante a mensagem para não passar uma
informação indesejada aos ouvintes. Da mesma forma devo prestar atenção às
expressões faciais
3. Preocupar-se com as palavras usadas (evitar gírias, palavras incompreensíveis, ou
palavras que podem ser mal entendidas)
4. Não se desculpe por alguma falha com relação a preparação do sermão
5. Não leve problemas pessoais ao púlpito
6. Não fixe o olhar em alguém dentre os ouvintes, pois poderá achar que você o está
acusando de algum pecado
7. Evite as más manias no púlpito (mexer no nariz, coçar o ouvido, etc)
5
8. Procure copiar os acertos dos bons pregadores, mas não perca sua personalidade.
Seja original na arte da pregação!
Cuidados na Vida do Pregador
1. Não viver o que prega (1Co 9:27)
2. Não pregar o que acha, ou o que quer; sem contudo ter base bíblica (1Tm 4:2-4;
2Co 11:4; Gl 1:6-9)
3. Não pregar sermão de carapuça. Para isto serve a repreensão pessoal (Gl 6:1)
Disciplina na Vida do Pregador
A homilética exige uma disciplina constante de estudos, busca, preparo e oração.O
pregador deve criar uma disciplina não apenas de estudos mas de observação, visto que ele
deve estar em sintonia com as verdadeiras e atuais necessidades do público a quem ele
prega.
1. Disciplina da Leitura Bíblica- O pregador deve ler constantemente a Palavra de
Deus. Um pregador que não lê a Bíblia, tornar-se raso, sem profundidade e de
assuntos esgotados.
2. Disciplina de Estudos- Ter à mão material de apoio tais como: Manual Bíblico,
Comentários Bíblicos, Chave Bíblica, Atlas Bíblicos, Dicionário Bíblico,etc.
3. Disciplina na Preparação Acadêmica- Chamamos preparação acadêmica os
conhecimentos ou ao menos a noção de Teologia Bíblica, Teologia Sistemática,
História da Igreja, Hermenêutica, etc.
4. Disciplina na Oração- A oração é um elemento indispensável para a pregação.
A disciplina nestas coisa não deve ser exercida apenas às vésperas de uma
mensagem, mas sim, fazer disto uma prática para estar sempre pronto e preparado.
Avaliação do Pregador
I - A técnica do pregador:
1. Ele cativou minha atenção desde a primeira palavra?
2. Ele leu o texto bíblico com muita clareza e convicção?
3. Ele deixou clara a idéia central do texto bíblico logo no início do sermão?
4. Ele destacou claramente a primeira divisão do sermão?
5. Ele dividiu todo sermão em partes bem nítidas?
6. Ele usou todo o texto bíblico no decorrer do sermão?
7. Ele usou excelentes argumentos para defender a idéia central do seu sermão?
8. Ele usou bons exemplos (ilustrações) para esclarecer a mensagem?
9. Ele usou uma linguagem bem fácil de entender e seguir?
10. Ele terminou com grande desafio para nós todos?
II - A pessoa do pregador:
1. Ele comportou-se com maturidade espiritual e emocional?
2. Ele mostrou muito respeito para com os ouvintes?
6
3. Ele foi sincero e humilde na apresentação da mensagem?
4. Ele esteve à vontade durante a mensagem?
5. Ele inspirou profunda confiança na Palavra de Deus?
6. Ele usou gestos expressivos e naturais?
7. Ele demonstrou ser uma pessoa compreensível?
8. Ele falou de maneira bem amigável?
9. Ele conseguiu exortar a igreja sem ser duro demais?
10. Ele mostrou um profundo amor para com Deus?
O Texto
Regras negativas quanto a escolha de um Texto:
1. Não use textos de autenticidade duvidosa (aqueles entre colchetes - Mc 16; Jo 8;
1Jo 5: 7-8; etc)
2. Não use textos obscuros ou controvertidos
3. Não evite um texto só porque é muito conhecido
Regras positivas quanto a escolha de um texto:
1. Escolha um texto que lhe falou ao coração
2. Descubra o parágrafo do texto
3. Procure seguir o calendário cristão (páscoa, natal, dia da Bíblia...)
4. Tenha em mente as necessidades dos ouvintes
5. Use textos de todos os livros da Bíblia (ou seja, não evite usar determinados livros)
Familiarização com o Livro
1. Autoria
2. Data
3. Destinatário
4. Tema (do livro)
Exesege do Texto
1. Leia o texto em várias versões
2. Leia o texto várias vezes
3. Reproduza o texto com suas próprias palavras sem olhar na Bíblia para verificar se
realmente entendeu o conteúdo do texto
4. Observe o contexto imediato (versículos anteriores e posteriores ao texto escolhido)
e o contexto remoto (todo o conteúdo do livro, propósito do livro, circunstâncias
históricas, data, etc)
5. Verifique a forma literária do texto (história, parábola, milagre, profecia, doutrina,
etc)
6. Determine o significado exato de cada palavra-chave utilizada pelo autor
7. Anote peculiaridades do texto (palavras repetidas, contrastes, conclusões,
perguntas, etc)
8. Pesquise as circunstâncias históricas e culturais (época, país, povo, costume,
tradição, etc)
7
9. Verifique qual o assunto principal e mais importante do texto
A Interpretação do Texto
1- O texto e o seu fundo histórico:
1. O autor e sua situação histórica
2. Os destinatários e o seu meio ambiente
3. Descubra a ocasião e o propósito do escrito (livro ou carta)
4. Conhecer as condições geográficas, políticas, sociais e econômicas da época
2- O texto e sua análise:
1. Conhecer o sentido das palavras
2. Conhecer a relação entre as palavras
3. Recrie se possível a vivência da passagem
4. É preciso examinar as passagens paralelas
3- O texto e suas verdades:
1. Quando fizer a leitura do texto, tente escrever a verdade central de forma clara e
concisa
2. Faça uma lista das verdades enumeradas no texto
3. Aplique estas verdades às necessidades dos ouvintes (só aplique aquilo que for
doutrina; nunca aplique aquilo que só foi falado, mas não foi ordenado!)
OBS: Nunca dê ao texto o sentido que ele não tem; não diga nada além do que o texto diz.
Resumindo, fale o que o texto revela; nem mais, nem menos!
A Análise do Texto
1- Prestar atenção nas palavras do texto pára saber qual a função dela no conteúdo.
Ex: „Portanto‟- está concluindo um pensamento (Mt 5:48)
„Porque‟- está explicando um argumento (Mt 6:8)
„Porém‟- está expressando contraste, diferença entre coisas (Mt 5:39)
2- Fazer perguntas que obtenham o máximo de informações do texto:
1. O quê? (quais as verdades que o texto quer passar?)
2. Quem? (autor da escrita ou do fato histórico em questão)
3. Para quem? (quem é o público alvo do ensinamento:Igreja; só os homens; ímpios;
presbíteros,etc)
4. Por quê? (a causa de se dizer esta verdade que está no texto; porque temos que
cumpri-la)
5. Quando? (quando devemos agir desta forma que o texto fala?)
6. O texto tem alguma promessa? Para quem é a promessa?
7. O texto é um cumprimento de profecia? Esta profecia foi dada onde?Quando? Para
quem?
8
8. Tem ordens no texto? Ordem da lei moral com expressão cultural? (Ex: Jo 13:14)
9. Procure textos em outros lugares na Bíblia que confirmem esta ordem ou verdade
do texto que você está utilizando
10. Olhar textos paralelos, vendo as diferenças nas informações.(Ex: Mt 8:23-27, Mc
4:35-41, Lc 8:22-25; At 9:1-9,At 22:4-11, At 26:9-18; 1Rs 15:9-24, 2Cr14:1-8,
15:16-16:14)
11. Prestar atenção nos tempos verbais do texto
12. Ver o significado dos substantivos e verbos para ter certeza de que entendeu
corretamente o texto
13. Tomar cuidado para não pensar que determinada palavra usada pelo autor bíblico
tem o mesmo significado usado por nós hoje
Classificação do Sermão quanto a Estrutura
1. Sermão Temático
2. Sermão Textual
3. Sermão Expositivo
1- Sermão Temático
É aquele cuja divisão extraída do tema. Divide-se o tema e não o texto.
Vantagens:
1. A unidade é mais facilmente conseguida
2. A quantidade de assuntos é quase inesgotável
3. A ordem lógica agrada ao ouvinte e facilita o entendimento
Desvantagens:
1. Negligencia o aprofundamento da Palavra de Deus
2. Pode atrair o pregador por ser mais fácil, tirando-o da prática dos outros tipos de
sermões
3. Pode causar o entendimento superficial dos textos bíblicos ao invés da absorção do
significado do texto
Esboço de sermão textual (autor: Burt)
Tema: É bom perdoar (Ef 4:32)
1- É bom para o ofendido
2- É bom para o ofensor
3- É bom para os outros (família, igreja, sociedade)
2- Sermão Textual
É aquele cuja divisão é tirada do texto. Este tipo de sermão pode ser classificado em
três modalidades:
9
2.1- Sermão Textual Natural
As divisões são formadas pelas próprias declarações do texto como se acham na
bíblia (1Pe 2:9).
2.2- Sermão Textual Analítico
Baseia-se em perguntas feitas ao texto (Onde? Como? Quê? Quem?Por quê? Para
quê?).As divisões são feitas na forma interrogativa. As respostas são dadas pelo texto (At
16:30-31)
2.3- Sermão Textual por Inferência
As expressões textuais são sintetizadas em, um termo que encerre o conteúdo ou o
sentido implícito do texto (Mt 5:43-48).
3- Sermão Expositivo
É aquele que se ocupa principalmente da exegese ou exposição completa de um
texto ou palavra das Escrituras.
Vantagens:
1. Foi o método do período apostólico
2. Exige estudo sério da Palavra de Deus
3. Obriga a tratar de assuntos que de outra forma ficariam esquecidos
Exigências:
1. Determinar o texto e o parágrafo usado
2. Exegese do texto
3. Descobrir a lição principal do texto
4. As divisões devem relacionar-se com o tema central
5. Cuidado pra não perder-se nas minúcias (detalhes)
6. Não é um simples comentário, mas uma análise do texto
Partes do Sermão
1- Introdução
Características:
1. Deve causar interesse
2. Breve, porém não abrupta
3. Apropriada a ocasião
4. Cordial (mas não bajuladora)
5. Clara, sem antecipar os fatos
6. Deve preparar os ouvintes para o recebimento da mensagem
7. Deve levar o ouvinte a perceber que precisa ouvir a mensagem que vai ser entregue
10
8. Não comece sempre da mesma forma
9. A introdução deve ser a última parte do sermão a ser confeccionada.
Fontes da introdução:
1. O tema;
2. Fatos históricos
2- Tema
1. Deve ser claro
2. Adequado ao público (relevante)
3. Original
4. Breve
5. Específico
3- Divisões
Vantagens de se fazer divisões:
1. Assegura a unidade do sermão
2. Assegura a clareza da discussão
3. Auxilia o pregador no desenvolvimento da argumentação
4. Mantém o interesse dos ouvintes no assunto
5. Auxilia a memórias dos ouvintes
6. Evita a prolixidade e repetição
Características:
1. Deve relacionar-se com o tema
2. Deve ser clara
3. Cada divisão é distinta das outras
4. Precisa possuir tempo equilibrado uma com a outra
5. É bom que esteja em ordem progressiva de argumentação
6. Fundamenta-se no texto
7. Uma divisão não deve incluir matéria da outra divisão
8. Deve-se evitar numerosas divisões em um sermão
4- Conclusão
1. Seja objetivo
2. Deve ser clara
3. Deve ser breve
4. Não deve ser improvisada
5. Precisa recapitular as divisões ou o tema do sermão
6. Se falar que vai concluir, conclua. Não engane os ouvintes.
7. Não acrescente matéria nova na conclusão
8. Não se desculpe
9. Não use anedotas no final
11
10. Não faça gestos que distraiam o povo
11. Não conclua sempre da mesma forma; use a criatividade
12. É necessário o desafio aos ouvintes, para serem motivados a praticarem a verdade
pregada
Variações para a conclusão:
1. Ilustração
2. Poesia
3. Hino
4. Oração lida
5. Demonstração prática da verdade

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Apostila de homilética

  • 1. “Prega a Palavra, insta, quer seja oportuno, quer não...” (2Tm 4:2) HOMILÉTICA (A arte da pregação) Lajedo/2005
  • 2. 2 Sumário I- Conceituação da Homilética..........................................................................................03 II- A Importância da Homilética.......................................................................................03 III- Objetivo da Homilética...............................................................................................03 IV- Vantagens e Desvantagens da Homilética..................................................................04 V- A Importância do Pregador..........................................................................................04 VI- O Pregador e sua Apresentação no Púlpito.................................................................04 VII- Cuidados na Vida do Pregador..................................................................................05 VIII- Disciplina na Vida do Pregador...............................................................................05 IX- Avaliação do Pregador................................................................................................05 X- O Texto.........................................................................................................................06 XI- Familiarização com o Livro........................................................................................06 XII- Exegese do Texto.......................................................................................................06 XIII- A Interpretação do Texto..........................................................................................07 XIV- A Análise do Texto...................................................................................................07 XV- Classificação do Sermão quanto a Estrutura..............................................................08 1. Sermão Temático....................................................................................................08 2. Sermão Textual.......................................................................................................08 3. Sermão Expositivo..................................................................................................09 XVI- Partes do Sermão.......................................................................................................09 1. Introdução...............................................................................................................09 2. Tema.......................................................................................................................10 3. Divisões..................................................................................................................10 4. Conclusão...............................................................................................................10
  • 3. 3 Conceituação da Homilética A homilética é a ciência que se ocupa com a pregação cristã e, de modo particular com a prédica proferida no culto, no seio da comunidade reunida. O termo vem da palavra grega HE HOMILIA. O verbo homilein significa “relacionar-se, conversar”. HE HOMILIA designa, no NT, o estar juntos, o relacionar-se. Nos primeiros séculos da era cristã, o termo passa a ser usado para denominar a prédica. Daí deriva a expressão homilética. A homilética faz parte da Teologia Prática. Sua tarefa não se limita a princípios teóricos, mas concentra-se grandemente no treinamento prático. A homilética nasceu quando os pregadores cristãos começaram a estruturar suas mensagens, seguindo as técnicas da retórica grega e da oratória romana. Tem-se perguntado se a homilética é uma arte, uma técnica ou uma ciência. A homilética é uma ciência, quando considerada sob o ponto de vista de seus fundamentos teóricos (históricos, psicológicos e sociais); é uma arte quando considerada em seus aspectos estéticos (a beleza do conteúdo e da forma); e é uma técnica, quando considerada pelo modo específico de sua execução ou ensino. Álvaro Magalhães, no seu Dicionário Enciclopédico Brasileiro, define homilética como: “Arte de bem falar; parte da retórica que trata da eloqüência sacra”. Mas, segundo renomados teólogos evangélicos, homilética “é a arte de pregar sermões”; e para o Pr. Dalton Teixeira a homilética “é a ciência teológica que tem como objetivo preparar os servos de Deus para melhor transmitir a mensagem do evangelho (Deus), tanto aos pecadores quanto aos crentes”. A Importância da Homilética Muitos acham que não precisam de se preparar para ser um bom pregador do Evangelho, outros acham que é perda de tempo estudar esta matéria, porque já lêem a Bíblia e oram, e por isso não precisam desse preparo. Ao contrário disso, a homilética é importante sim, porque dará ao aluno condições de conhecer as técnicas da pregação, de como conduzir uma mensagem sem se perder, como se comportar diante do povo para quem irá pregar, dá condições para saber como se comunicar melhor,cuidar-se para não dizer heresias, etc. Objetivo da Homilética O objetivo de estudar homilética é levar os pregadores pelo caminho da pregação sem embaraçá-los ou dificultar-lhes os passos, antes tirando-lhes os obstáculos. Convém- nos evitar o erro de pensar que a homilética seja indispensável, pois muitos pregadores tornaram-se notáveis sem conhecê-la porque foram cheios do Espírito Santo e com dons específicos. A homilética traz consigo muitos benefícios tais, como: Clareza das idéias, lógica na ordem dos pensamentos, melhor inter-relação dos argumentos com o assunto central, orientação ao pregador a respeito de sua apresentação pessoal, controle do tempo, etc.
  • 4. 4 Vantagens e Desvantagens da Homilética Vantagens: 1. Direciona o pregador em sua apresentação 2. Mostra a necessidade de autocrítica, para não ser criticado (1Co 11:31) 3. Concede maior possibilidade de ser entendido pelos ouvintes 4. Dá maior facilidade em preparar mensagens, e compreender as mensagens ouvidas por ele Desvantagens: 1. Se acomodar, não buscando o Senhor na preparação da mensagem. Temos que lembrar que a homilética é a arte, não a fonte do sermão 2. A mensagem precisa passar primeiro pelo coração do pregador. Evitar pregar algo que não cremos, ou não estamos dispostos a praticar 3. A técnica deve ser olhada sempre como um meio para se chegar a um objetivo. Não super valorize a técnica desprezando a mensagem 4. Evite o orgulho por saber utilizar as técnicas (1Co 10:17-18) A Importância do Pregador 1. É o responsável por representar Deus aqui na terra, falando em nome de Deus (2Co 5:18-20). É necessário responsabilidade para entender a Palavra que irá transmitir 2. É responsável por aplicar as verdades bíblicas aos ouvintes. É necessário discernimento, iluminação e conhecimento de mundo para poder aplica-la onde é necessário 3. O pregador deve ser o primeiro a praticar o que prega (Fp 4:9). O povo deve perceber o valor da mensagem já na vida do pregador O Pregador e sua Apresentação no Púlpito Não é porque estou pregando com a autoridade das Escrituras Sagradas que eu posso me apresentar como quiser. Devo me comportar observando os seguintes princípios: 1. Boa aparência (observando os ouvintes aos quais me dirijo. Ex: pregar de paletó aos índios ou aos surfistas! Devo seguir a boa aparência segundo a maioria, não segundo minha opinião) 2. Tomar cuidado com os gestos que faz durante a mensagem para não passar uma informação indesejada aos ouvintes. Da mesma forma devo prestar atenção às expressões faciais 3. Preocupar-se com as palavras usadas (evitar gírias, palavras incompreensíveis, ou palavras que podem ser mal entendidas) 4. Não se desculpe por alguma falha com relação a preparação do sermão 5. Não leve problemas pessoais ao púlpito 6. Não fixe o olhar em alguém dentre os ouvintes, pois poderá achar que você o está acusando de algum pecado 7. Evite as más manias no púlpito (mexer no nariz, coçar o ouvido, etc)
  • 5. 5 8. Procure copiar os acertos dos bons pregadores, mas não perca sua personalidade. Seja original na arte da pregação! Cuidados na Vida do Pregador 1. Não viver o que prega (1Co 9:27) 2. Não pregar o que acha, ou o que quer; sem contudo ter base bíblica (1Tm 4:2-4; 2Co 11:4; Gl 1:6-9) 3. Não pregar sermão de carapuça. Para isto serve a repreensão pessoal (Gl 6:1) Disciplina na Vida do Pregador A homilética exige uma disciplina constante de estudos, busca, preparo e oração.O pregador deve criar uma disciplina não apenas de estudos mas de observação, visto que ele deve estar em sintonia com as verdadeiras e atuais necessidades do público a quem ele prega. 1. Disciplina da Leitura Bíblica- O pregador deve ler constantemente a Palavra de Deus. Um pregador que não lê a Bíblia, tornar-se raso, sem profundidade e de assuntos esgotados. 2. Disciplina de Estudos- Ter à mão material de apoio tais como: Manual Bíblico, Comentários Bíblicos, Chave Bíblica, Atlas Bíblicos, Dicionário Bíblico,etc. 3. Disciplina na Preparação Acadêmica- Chamamos preparação acadêmica os conhecimentos ou ao menos a noção de Teologia Bíblica, Teologia Sistemática, História da Igreja, Hermenêutica, etc. 4. Disciplina na Oração- A oração é um elemento indispensável para a pregação. A disciplina nestas coisa não deve ser exercida apenas às vésperas de uma mensagem, mas sim, fazer disto uma prática para estar sempre pronto e preparado. Avaliação do Pregador I - A técnica do pregador: 1. Ele cativou minha atenção desde a primeira palavra? 2. Ele leu o texto bíblico com muita clareza e convicção? 3. Ele deixou clara a idéia central do texto bíblico logo no início do sermão? 4. Ele destacou claramente a primeira divisão do sermão? 5. Ele dividiu todo sermão em partes bem nítidas? 6. Ele usou todo o texto bíblico no decorrer do sermão? 7. Ele usou excelentes argumentos para defender a idéia central do seu sermão? 8. Ele usou bons exemplos (ilustrações) para esclarecer a mensagem? 9. Ele usou uma linguagem bem fácil de entender e seguir? 10. Ele terminou com grande desafio para nós todos? II - A pessoa do pregador: 1. Ele comportou-se com maturidade espiritual e emocional? 2. Ele mostrou muito respeito para com os ouvintes?
  • 6. 6 3. Ele foi sincero e humilde na apresentação da mensagem? 4. Ele esteve à vontade durante a mensagem? 5. Ele inspirou profunda confiança na Palavra de Deus? 6. Ele usou gestos expressivos e naturais? 7. Ele demonstrou ser uma pessoa compreensível? 8. Ele falou de maneira bem amigável? 9. Ele conseguiu exortar a igreja sem ser duro demais? 10. Ele mostrou um profundo amor para com Deus? O Texto Regras negativas quanto a escolha de um Texto: 1. Não use textos de autenticidade duvidosa (aqueles entre colchetes - Mc 16; Jo 8; 1Jo 5: 7-8; etc) 2. Não use textos obscuros ou controvertidos 3. Não evite um texto só porque é muito conhecido Regras positivas quanto a escolha de um texto: 1. Escolha um texto que lhe falou ao coração 2. Descubra o parágrafo do texto 3. Procure seguir o calendário cristão (páscoa, natal, dia da Bíblia...) 4. Tenha em mente as necessidades dos ouvintes 5. Use textos de todos os livros da Bíblia (ou seja, não evite usar determinados livros) Familiarização com o Livro 1. Autoria 2. Data 3. Destinatário 4. Tema (do livro) Exesege do Texto 1. Leia o texto em várias versões 2. Leia o texto várias vezes 3. Reproduza o texto com suas próprias palavras sem olhar na Bíblia para verificar se realmente entendeu o conteúdo do texto 4. Observe o contexto imediato (versículos anteriores e posteriores ao texto escolhido) e o contexto remoto (todo o conteúdo do livro, propósito do livro, circunstâncias históricas, data, etc) 5. Verifique a forma literária do texto (história, parábola, milagre, profecia, doutrina, etc) 6. Determine o significado exato de cada palavra-chave utilizada pelo autor 7. Anote peculiaridades do texto (palavras repetidas, contrastes, conclusões, perguntas, etc) 8. Pesquise as circunstâncias históricas e culturais (época, país, povo, costume, tradição, etc)
  • 7. 7 9. Verifique qual o assunto principal e mais importante do texto A Interpretação do Texto 1- O texto e o seu fundo histórico: 1. O autor e sua situação histórica 2. Os destinatários e o seu meio ambiente 3. Descubra a ocasião e o propósito do escrito (livro ou carta) 4. Conhecer as condições geográficas, políticas, sociais e econômicas da época 2- O texto e sua análise: 1. Conhecer o sentido das palavras 2. Conhecer a relação entre as palavras 3. Recrie se possível a vivência da passagem 4. É preciso examinar as passagens paralelas 3- O texto e suas verdades: 1. Quando fizer a leitura do texto, tente escrever a verdade central de forma clara e concisa 2. Faça uma lista das verdades enumeradas no texto 3. Aplique estas verdades às necessidades dos ouvintes (só aplique aquilo que for doutrina; nunca aplique aquilo que só foi falado, mas não foi ordenado!) OBS: Nunca dê ao texto o sentido que ele não tem; não diga nada além do que o texto diz. Resumindo, fale o que o texto revela; nem mais, nem menos! A Análise do Texto 1- Prestar atenção nas palavras do texto pára saber qual a função dela no conteúdo. Ex: „Portanto‟- está concluindo um pensamento (Mt 5:48) „Porque‟- está explicando um argumento (Mt 6:8) „Porém‟- está expressando contraste, diferença entre coisas (Mt 5:39) 2- Fazer perguntas que obtenham o máximo de informações do texto: 1. O quê? (quais as verdades que o texto quer passar?) 2. Quem? (autor da escrita ou do fato histórico em questão) 3. Para quem? (quem é o público alvo do ensinamento:Igreja; só os homens; ímpios; presbíteros,etc) 4. Por quê? (a causa de se dizer esta verdade que está no texto; porque temos que cumpri-la) 5. Quando? (quando devemos agir desta forma que o texto fala?) 6. O texto tem alguma promessa? Para quem é a promessa? 7. O texto é um cumprimento de profecia? Esta profecia foi dada onde?Quando? Para quem?
  • 8. 8 8. Tem ordens no texto? Ordem da lei moral com expressão cultural? (Ex: Jo 13:14) 9. Procure textos em outros lugares na Bíblia que confirmem esta ordem ou verdade do texto que você está utilizando 10. Olhar textos paralelos, vendo as diferenças nas informações.(Ex: Mt 8:23-27, Mc 4:35-41, Lc 8:22-25; At 9:1-9,At 22:4-11, At 26:9-18; 1Rs 15:9-24, 2Cr14:1-8, 15:16-16:14) 11. Prestar atenção nos tempos verbais do texto 12. Ver o significado dos substantivos e verbos para ter certeza de que entendeu corretamente o texto 13. Tomar cuidado para não pensar que determinada palavra usada pelo autor bíblico tem o mesmo significado usado por nós hoje Classificação do Sermão quanto a Estrutura 1. Sermão Temático 2. Sermão Textual 3. Sermão Expositivo 1- Sermão Temático É aquele cuja divisão extraída do tema. Divide-se o tema e não o texto. Vantagens: 1. A unidade é mais facilmente conseguida 2. A quantidade de assuntos é quase inesgotável 3. A ordem lógica agrada ao ouvinte e facilita o entendimento Desvantagens: 1. Negligencia o aprofundamento da Palavra de Deus 2. Pode atrair o pregador por ser mais fácil, tirando-o da prática dos outros tipos de sermões 3. Pode causar o entendimento superficial dos textos bíblicos ao invés da absorção do significado do texto Esboço de sermão textual (autor: Burt) Tema: É bom perdoar (Ef 4:32) 1- É bom para o ofendido 2- É bom para o ofensor 3- É bom para os outros (família, igreja, sociedade) 2- Sermão Textual É aquele cuja divisão é tirada do texto. Este tipo de sermão pode ser classificado em três modalidades:
  • 9. 9 2.1- Sermão Textual Natural As divisões são formadas pelas próprias declarações do texto como se acham na bíblia (1Pe 2:9). 2.2- Sermão Textual Analítico Baseia-se em perguntas feitas ao texto (Onde? Como? Quê? Quem?Por quê? Para quê?).As divisões são feitas na forma interrogativa. As respostas são dadas pelo texto (At 16:30-31) 2.3- Sermão Textual por Inferência As expressões textuais são sintetizadas em, um termo que encerre o conteúdo ou o sentido implícito do texto (Mt 5:43-48). 3- Sermão Expositivo É aquele que se ocupa principalmente da exegese ou exposição completa de um texto ou palavra das Escrituras. Vantagens: 1. Foi o método do período apostólico 2. Exige estudo sério da Palavra de Deus 3. Obriga a tratar de assuntos que de outra forma ficariam esquecidos Exigências: 1. Determinar o texto e o parágrafo usado 2. Exegese do texto 3. Descobrir a lição principal do texto 4. As divisões devem relacionar-se com o tema central 5. Cuidado pra não perder-se nas minúcias (detalhes) 6. Não é um simples comentário, mas uma análise do texto Partes do Sermão 1- Introdução Características: 1. Deve causar interesse 2. Breve, porém não abrupta 3. Apropriada a ocasião 4. Cordial (mas não bajuladora) 5. Clara, sem antecipar os fatos 6. Deve preparar os ouvintes para o recebimento da mensagem 7. Deve levar o ouvinte a perceber que precisa ouvir a mensagem que vai ser entregue
  • 10. 10 8. Não comece sempre da mesma forma 9. A introdução deve ser a última parte do sermão a ser confeccionada. Fontes da introdução: 1. O tema; 2. Fatos históricos 2- Tema 1. Deve ser claro 2. Adequado ao público (relevante) 3. Original 4. Breve 5. Específico 3- Divisões Vantagens de se fazer divisões: 1. Assegura a unidade do sermão 2. Assegura a clareza da discussão 3. Auxilia o pregador no desenvolvimento da argumentação 4. Mantém o interesse dos ouvintes no assunto 5. Auxilia a memórias dos ouvintes 6. Evita a prolixidade e repetição Características: 1. Deve relacionar-se com o tema 2. Deve ser clara 3. Cada divisão é distinta das outras 4. Precisa possuir tempo equilibrado uma com a outra 5. É bom que esteja em ordem progressiva de argumentação 6. Fundamenta-se no texto 7. Uma divisão não deve incluir matéria da outra divisão 8. Deve-se evitar numerosas divisões em um sermão 4- Conclusão 1. Seja objetivo 2. Deve ser clara 3. Deve ser breve 4. Não deve ser improvisada 5. Precisa recapitular as divisões ou o tema do sermão 6. Se falar que vai concluir, conclua. Não engane os ouvintes. 7. Não acrescente matéria nova na conclusão 8. Não se desculpe 9. Não use anedotas no final
  • 11. 11 10. Não faça gestos que distraiam o povo 11. Não conclua sempre da mesma forma; use a criatividade 12. É necessário o desafio aos ouvintes, para serem motivados a praticarem a verdade pregada Variações para a conclusão: 1. Ilustração 2. Poesia 3. Hino 4. Oração lida 5. Demonstração prática da verdade