UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Campus Toledo
Disciplina: Cálculo 1        Turma: P13
Professora Aracéli Ciotti de Marins




                          CÁLCULO 1




                            Toledo, 1/2010
Capítulo 1 – Conjuntos Numéricos e Funções
1. Sistematização dos Conjuntos Numéricos

    1.1. Números Naturais ()
Este conjunto é de grande importância pelo seu uso na contagem. Sua notação é: N = 0, 1,
2, 3, ....

Quando não se utiliza o número 0 (zero), a notação utilizada é:
N* = N – 0 = 1, 2, ....

    1.2. Números Inteiros ()
O conjunto dos números inteiros é formado pelos elementos do conjunto dos naturais
acrescidos de seus simétricos.
Notação: Z = ..., -2, -1, 0, 1, 2, ....
Quando o elemento zero não pertence ao conjunto, a notação se torna: Z* = Z – 0.

   1.3. Números Inteiros ()
Quando se considera o conjunto dos números positivos, acrescidos do zero, a notação é:
Z+ = N.
Quando o elemento zero não pertence ao conjunto, a notação torna-se:          (inteiros
positivos).
Analogamente, o conjunto dos inteiros não-positivos é: Z - = ..., -2, -1, 0 e este conjunto
sem o zero é o conjunto dos negativos:

    1.4. Números Racionais ou Fracionários (Q)
São todos os números que podem ser escritos sob a forma de fração entre dois números
inteiros. Tem representação decimal finita ou dízima periódica.
A notação deste conjunto é:
     p                 
Q   / p Z  q Z*
     q                 
Exemplos: 2; -4; 0,5; 1,37; 1,5999...; 0,212121..., etc.

   1.5. Números Irracionais
São os números cuja representação decimal não é exata nem periódica, conseqüentemente
não podem ser escritos como uma fração entre dois inteiros.
Exemplos:  = 3,14159265..., e = 2,718281828..., 2  1,4142135624... , etc.

  1.6. Números Reais (R)
Representam a união entre os números Racionais e Irracionais: R = Q  I.




                                                                                                2
Exercícios
1. Determine se é verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações, justificando sua
    resposta:
( )–7N
( ) 2 Q
( )5Z
( ) -8  Q
( ) 3  R
( )-I
( )–7Z
( ) 3  Q

2. Faça um esquema que represente a sistematização do conjunto dos números Reais,
   decompostos em outros conjuntos.




                                                                                          3
2. Par Ordenado e Sistema Cartesiano

Par Ordenado
Par é todo conjunto formado por dois elementos {a, b}, não importando a ordem que a e b
aparecem no conjunto, assim, são iguais os conjuntos: {a, b} = {b, a}. Porém, quando a
ordem dos elementos importa, o par passa a ser chamado de par ordenado.

Exemplo: Seja o par {x, y} a solução do sistema:
                                         2 x  3 y  4
                                         
                                          x  3 y  7
Verifica-se que x = -1 e y = 2 é solução, ao passo que x = 2 e y = -1 não é. Assim, com
notação de conjuntos, temos que:
{-1, 2} = {2, -1}, o que não deve ocorre neste casso, então, utilizamos a notação
(-1, 2) para representar o par ordenado (x,y). Logo (-1,2)(2,-1).

Propriedade: Se (a, b) = (c, d) então a = c e b = d.
Exemplo: Determine a e b se: (a + 2, 18) = (0, 3b).

Sistema Cartesiano Ortogonal: É um sistema formado por dois eixos, x e y, perpendiculares
entre si:

O eixo x é denominado eixo das abscissas e o eixo y é denominado eixo das ordenadas.
Estes eixos dividem o plano em quatro regiões, chamadas quadrantes. Este sistema é
utilizado para localizar pontos, com abscissas e ordenadas conhecidas.

Exemplo: Faça um sistema cartesiano ortogonal, e nele localize os pontos: A(3,0), B(0,-2),
C(2,2), D(-2,-3), E(1,-4), F(-3,4).


Exercícios
1. Determine a e b:
   a) (a, b) = (1, 3)
   b) (2a – 2, b + 3) = (3a + 5, 2b – 7)
   c) (2a, a – 8) = (1 – 3b, b)

2. Determine se as sentenças são verdadeiras (V) ou falsas (F):
   a) ( ) (-5, 4)  3 quadrante;
   b) ( ) os pontos de abscissas negativas e ordenadas positivas pertencem ao 1º
      quadrante;
   c) ( ) um ponto no 4º quadrante tem abscissa positiva e ordenada negativa.




                                                                                             4
3. Funções

            Uma função pode ser definida como uma correspondência de um conjunto A de
números Reais x a um conjunto B de números Reais y, em que o número y é único para um
valor específico x. Formalmente, defini-se uma função como um conjunto de pares
ordenados de números (x, y), sendo que dados dois pares ordenados distintos, nenhum deles
terá o mesmo primeiro número.
            Definição: Uma função f é uma lei a qual para cada elemento x de um conjunto
A faz corresponder exatamente um elemento chamado f(x), em um conjunto B.
            O conjunto de todos os valores admissíveis de x será chamado de domínio da
função e o conjunto de todos os valores resultantes de y é chamado a imagem da função.
O símbolo que representa um número arbitrário no domínio de f é chamado variável
independente, e o que representa um número qualquer na imagem de f é chamado variável
dependente.
            Existem quatro maneiras de representar uma função:
   a) verbalmente: descrevendo-a por palavras;
   b) numericamente: por meio de tabelas de valores;
   c) visualmente: através de gráficos;
   d) algebricamente: utilizando-se uma forma escrita.
                                                                      x2
            Exemplo: Seja a função f definida pela regra: f  x         . Observa-se que os
                                                                       x
                                           8
pares ordenados (1, 3), (-1, -1), (2, 2),  6,  pertencem à função f, já os pares ordenados
                                           6
(1, 2), (5, 3), (5, 9), dentre outros, não pertencem à f. O domínio da função f é composta por
todos os valores possíveis de serem substituídos no lugar de x, e verificamos que isto é
possível para todos os números reais, exceto para o número zero, que quando substituído
em x, na função, resultaria em 2 dividido por zero, o que sabemos ser uma divisão
impossível de ser resolvida. Então, formalmente, o domínio de f, denotado por Dom[f] é
igual a x   / x  0 que lê-se x pertencente aos Reais, tal que x é diferente de zero.
Observa-se também que, todos os reais fazem parte da imagem de f, pois seja qual for o
valor de y escolhido, há um valor de x correspondente. Então a imagem de f, denotada por
Im[f] é igual ao conjunto de todos os reais.


                                                                                            5
O gráfico de uma função f é o conjunto de todos os pontos (x, y) em R2 para os
quais (x, y) é um par ordenado de f.
         A raiz de uma função f é o número x para o qual f(x) = 0. Graficamente, a raiz é
o local em que o gráfico intercepta o eixo x.
         O intercepto y de uma função f é o valor em que o gráfico “corta” o eixo y e
corresponde ao valor de f(0).



a. Tipos de Funções

a) Funções Polinomiais: São funções em que a regra é descrita por um polinômio.
   Exemplos: f  x   x 5  6 x 4  3 x 2  x  4 , g  x   x  4 , h x   6  x  2 x 2  x 10 .


As funções polinomiais subdividem-se em:
       a. Função Constante: É toda função em que y não sofre variação quando x
            varia, ou seja, o valor de y continua constante para todos os valores de x. É
            escrita como f(x) = c. Seu gráfico é uma reta paralela ao eixo x, que
            intercepta o eixo y em c.


       b. Função Afim: É também conhecida como função do 1º grau. É toda função
            do tipo: f(x) = ax + b, com a  0. O gráfico de uma função afim é sempre
            uma reta, em que a é chamado coeficiente angular ou inclinação da reta e é o
            valor que representa a taxa de variação de y com respeito a x. b é conhecido
            como coeficiente linear da reta e o número no qual a reta intercepta o eixo y.
                                               b
            A raiz da função afim é: x           .
                                                a


       c. Função Linear: São funções afim com b = 0, ou seja: f(x) = ax. Seu gráfico
            sempre passa pela origem.


       d. Função Quadrática: É uma função polinomial de grau 2; É escrita como
             f x   ax 2  bx  c , com a  0. O gráfico de uma função do 2º grau é uma
            parábola. O intercepto y é o valor de c. As raízes são obtidas pela fórmula:




                                                                                                         6
b                                           b  b 2  4ac
                x1, 2           , sendo   b 2  4ac , assim: x1, 2                  . Há três
                            2a                                                2a
               possibilidades para :


                     i.  = 0 e a função terá duas raízes reais e iguais.
                    ii.  > 0 e a função terá duas raízes reais e distintas.
                   iii.  < 0 e a função não terá raízes. O gráfico ficará todo acima ou todo
                          abaixo do eixo x, conforme valor de a.

A concavidade da parábola é verificada da seguinte forma:
       i. Se a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto mínimo V;
       ii. Se a < 0, a parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto máximo V.
                                                           b        
As coordenadas do vértice V da parábola são: xV              e yV 
                                                           2a        4a

Para construir a parábola seguem-se os passos:
      iii. Verificar a concavidade utilizando a;
      iv. Verificar o local em que a parábola intercepta o eixo x utilizando os zeros;
       v. Calcular as coordenadas do vértice;
      vi. Traçar a reta que passa por V e é paralela ao eixo y, que é o eixo de simetria da
           parábola;
      vii. c é o local em que a parábola intercepta o eixo y.



   b) Funções Racionais: São funções que podem ser escritas como a divisão entre duas
                                                       x 2  3x  1            3x  4
       funções polinomiais. Exemplos: f  x                       , g x          .
                                                           x5                  x 1


   c) Funções Algébricas: São funções cujas regras envolvem somas, divisões,

                                                                                                     3x  4
       radiciações         com            funções   racionais.      Exemplos:             f x            ,
                                                                                                       5
                                  1
               
       g x   6 x  4 x 2   
                              
                                  2   .




                                                                                                           7
d) Funções Transcendentes: São as funções logarítmicas, as exponenciais, as
       trigonométricas, em geral, as que não são escritas pelo uso de polinômios.
           a. Funções Exponenciais: Uma função é chamada de função exponencial, se
              for definida por: f (x) = ax em que a é uma constante positiva diferente de 1.
              a é chamada base do exponencial. Exemplos: f (x) = 2x; f (x) = (½) x. O
              gráfico de uma função exponencial f(x) = ax é crescente, ou decrescente em
              todo o domínio, conforme o caso:
                  i. Se a > 1, a função é crescente;
                  ii. Se 0 < a < 1, a função é decrescente.
Leis dos Expoentes: Se a e b forem números positivos e x e y números reais quaisquer,
então:
                  i. ax+y=axay;
                  ii. (ax)y=axy;
                 iii. (ab)x=axbx;
                                   x
                 iv. a x  y  a
                                       ay

Dentre todas as bases possíveis para a função exponencial, há uma mais utilizada no
cálculo, é a base e. Assim, com a base e: f(x) = ex e esta última função é chamada
exponencial natural.

Aplicações: A função exponencial ocorre freqüentemente em modelos matemáticos da
natureza e da sociedade, tais como crescimento populacional, decaimento radioativo, dentre
outras.


           b. Função Logarítmica: é a função inversa da função exponencial. Definição:
              Seja a  R, tal que a > 0 e a  1. Chamamos função logarítmica de base a
              a função f, tal que para todo x  R: f  x   log a
                                                                 x



              Observações:
                 i. log a  y  a y  x ;
                        x


                               x
                  ii. log a  x ;
                          a

                           x
                 iii. a log a  x ;
                 iv. a raiz é sempre no número 1, pois f  x   log a  f 1  log 1  0
                                                                     x
                                                                                     a




                                                                                             8
Leis dos Logaritmos: Se x e y forem números positivos, então:

                         xy      x       y
                  i. log a  log a  log a
                          x
                          y     x       y
                  ii. log  log a  log a
                          a

                          r
                          x         x
                 iii. log a  r log a        (em que r é um número real)
Logaritmos Naturais: Quando a base do logaritmo for o número natural e, o logaritmo é
                                                  x
chamado de logaritmo natural, e escrito como: log e  ln x

   e) Funções Trigonométricas
       A Função Seno é uma função tal que para todo x f  x   senx . No ciclo
trigonométrico, o valor de sen x representa a ordenada y, que varia entre -1 e 1:




Consideremos a função f(x)=sen x. O gráfico dessa função é o seguinte




O domínio da função seno é R e a imagem é o intervalo [-1,1]. Trata-se de uma função
limitada e periódica de período P=2π .

Para a função do tipo f(x) = sen (x + k), onde k é uma constante, existe uma translação
horizontal no gráfico da função f(x)= sen x, por exemplo:




                                                                                        9
Para a função do tipo f(x) = sen x + k, onde k é uma constante, existe uma translação
  vertical no gráfico da função f(x)= sen x, por exemplo:




Para a função do tipo f(x) = k.sen x, onde k é uma constante, existe uma mudança de
  inclinação no gráfico da função f(x)= sen x., Por exemplo:




A função Cosseno é uma função tal que para todo x f  x   cos x . No ciclo trigonométrico,
o valor de cos x representa a abscissa x, que varia entre -1 e 1:




O gráfico dessa função é o seguinte:




        O domínio da função cosseno é R e a imagem é o intervalo [-1,1]. Trata-se de uma
função limitada e periódica de período P=2π . As translações e mudanças de inclinação
sofridas pelo gráfico da função cosseno, quando da existência de uma constante k, são
semelhantes às ocorridas com a função seno.


                                                                                         10
A função Tangente
                                                   senx
É uma função tal que para todo x f  x   tgx          . No ciclo trigonométrico tem-se:
                                                   cos x




O gráfico dessa função é o seguinte:




                                                        
O domínio da função tangente é  x  R : x   k , k  Z  e a imagem é o conjunto R.
                                           2             
Trata-se de uma função periódica de período p = .


                                                                             1 cos x
A função Cotangente é uma função tal que para todo x f  x   cot gx              . O ciclo
                                                                            tgx senx
  trigonométrico e o gráfico são dados a seguir:




                                                                                  1
A função Secante é uma função tal que para todo x f  x   sec x                    . O ciclo
                                                                                cos x
  trigonométrico e o gráfico são dados a seguir:




                                                                                             11
1
A função Cossecante é uma função tal que para todo x f  x   cos cx          . O ciclo
                                                                           senx
  trigonométrico e o gráfico são dados a seguir:




   f) Funções definidas por partes
        São funções que não são definidas por apenas uma sentença, assim, para encontrar o
valor da função em um determinado número, é necessário verificar à qual das sentenças ou
regras ele deve ser aplicado.
                                              2 x, se x  2
                                              
                           Exemplo: f  x   5,      se x  2
                                               x  4, se x  2
                                              

     Um dos principais exemplos de funções definidas por partes são as funções
  modulares, também conhecida como função valor absoluto, é dada por:
                                          x   se x  0
                             f x   x  
                                           x se x  0



   b. Simetria de funções
   a) Uma função é dita par quando f(-x) = f(x)
   b) Uma função é dita ímpar quando f(-x) = - f(x)
  Obs.: Quando uma função não é par nem ímpar é chamada assimétrica


   c. Funções Crescentes e Decrescentes
   a) Uma função f é chamada crescente em um intervalo I se:
                         f(x1) < f(x2) sempre que x1 < x2 em I
   b) Uma função f é chamada decrescente em um intervalo I se:
                           f(x1) > f(x2) sempre que x1 < x2 em I




                                                                                       12
d. Composição de funções: Dadas duas funções f e g a função composta, denotada
   por f o g, é definida por:
                               fog x   f g x 
                                                                         x 1
       Exemplo: Dadas as funções f  x   x  3 e g  x                    , temos que:
                                                                          3

                      fog x   f g x   g x   3   x  1  3  x  1 9  x  8 ;
                                                                      
                                                               3              3          3
                                                   f x   1 x  3  1 x  2
                     gof x   g  f x                        
                                                      3          3        3


e. Inversão de funções: Dada uma função f a inversa de f é a função denotada por f -1
                           
   tal que f f 1  x   x .
        Exemplo: Determine a inversa de f  x   2 x  3 .
       Resolução:
           x   x
        f f      1


        2 f  x   3  x
                 1


        2f   1
                  x   x  3
        f   1
                 x   x  3
                          2




                                                                                                    13
Exercícios

        1. Os registros de temperatura T (em ºF) foram tomados de duas em duas horas
           a partir da meia noite até as 14 horas, em Dallas, em 2 de junho de 2001. O
           tempo foi medido em horas após a meia noite:


       t 0 2 4 6 8 10 12 14
       T 73 73 70 69 72 81 88 91

    Use os registros para esboçar um gráfico de T como uma função de t, e use o gráfico
para estimar a temperatura as 11 horas da manhã.


        2. Se f(x) = 3x3 – x + 2, encontre f(2), f(-2), f(a), f(-a), f(a + 1), 2f(a), f(2a),
           f(a2), [f(a)]2 e f(a + h).


        3. Encontre o domínio das funções:
              a. f  x   x  3 ;                                                        2
                                                                        c.    f x         .
              b. f(t) = t2 – 6t                                                          x4


        4. Uma caixa aberta em cima, tem um volume de 10 m3. O comprimento da
           base é o dobro da largura. O material da base custa R$ 10,00 por metro
           quadrado, ao passo que o material das laterais custa R$ 6,00 por metro
           quadrado. Expresse o custo total do material em função da largura da base.


        5. Faça o gráfico das funções abaixo:
          a. f  x   x
          b.   f x   x  1                              d.   f x   x  1
          c.   f x   x  1                              e.   f x   x  1
                       2 x  1      se x  2                            x  4          se x  6
                                                          g.   f x   
          f. f  x   5          se x  2                              5  x          se x  6
                       x  2       se x  2
                       
                        x      se x  -1                               4  x     se x  1
                       4       se x  -1                                 6      se x  1
                       
                                                                        
                                                                         
          h. g  x    x  1 se - 1  x  2              i.   g x    x  1   se - 1  x  3
                        2     se x  2                                 3        se x  2
                                                                        
                       3 x
                               se x  2                                 x
                                                                                  se x  2



                                                                                                    14
f x    x 2  2 x  8
6. Faça o gráfico de cada uma das funções: f  x   x 2  6 x  9
                                                f x   x 2  x  6

7. A parábola f(x) = x2 - 4x + 3 e a reta f(x) = ax + b cruzam os eixos
   cartesianos nos mesmos pontos. Qual é a equação da reta?

8. Curva de aprendizagem é um conceito criado por psicólogos que
   constataram a relação existente entre a eficiência de um indivíduo e a
   quantidade de treinamento ou experiência possuída por este indivíduo. Um
   exemplo de curva de aprendizagem é dado pela expressão:
   Q x   700  400e 0 ,5 x . Nesta expressão, Q é quantidade de peças
   produzidas por um funcionário, x é o tempo de experiência e e = 2,7183.

       a. Quantas peças um funcionário com 2 meses de experiência deverá
          produzir mensalmente?
       b. E um funcionário sem experiência?
       c. Compare os cálculos, e verifique se há coerência.


9. Encontre f + g, f – g, fg e f/g, e estabeleça os domínios:
      a. f  x   x 3  2x 2 , g  x   3 x 2  1
       b.   f x   1 x , g x   1 x

10. Encontre as funções f o g, g o f, f o f, e g o g; e seus domínios:
       a. f  x   2 x 2  x , g  x   3 x  2
                                      1
       b. f  x   1 x , g  x  
                                      x

11. Faça um esboço do gráfico de f  x   cos x   2 e determine o domínio e a
    imagem.

12. Determine a imagem e o domínio das funções:
       a. f(x) = sec x
       b. f(x) = tg x
       c. f(x) = cotg x
       d. f(x) = sec x

13. Classifique as informações como V (verdadeiras) ou F(falsas):
       a. ( ) –1  D (sec x)
       b. ( ) 3  Im (sec (x + 3))
       c. ( ) –4  Im ((senx) + 3)
       d. ( ) 90°  D(tg x)


                                                                              15
14. Quais os deslocamentos que ocorrem no gráfico de f(x) = cos x se:
       a. f (x) = (cos x) + k
       b. f (x) = cos (x + k)
       c. f (x) = k cos x


15. Considere f  x   x 2  2 x  1 e g x   2 x  3 .
       a. Determine g  x 
                           1


        b. Determine gof
        c. Classifique f quanto à simetria
        d. f é crescente, decrescente ou assimétrica?
                       g
                         x 
                        
        e. Determine  f 
                   f x  h   f x 
        f. Calcule         h

16. Dada a função g  x   5 x  6 , determine:
       a. g 0
             3
       b. g       
              5 
       c. g  x  7 
       d. O ponto (x, 0)
       e. O ponto (1,x)

17. Determine as raízes e os interceptos y, das funções abaixo, caso existam:
       a. f  x   log 3
                        x


        b.   f x   x 2  2 x  3

18. O número y de alunos reprovados em CDI I está baseado na quantidade x de
    pessoas que costumam conversar nas aulas, sendo que y será dado pela
    função y = f(x):
                              1,4 x  5,  se 0  x  10
                     f x   
                              47,        se x  10
       a. Faça um gráfico de reprovados versus o número de conversadores;
       b. Estime a quantidade de reprovados, baseado no número de
           conversadores.




                                                                                16
19. Sejam f  x   x 2  2 x  3 e g  x   x  8 . Determine:
    a. Dom f 
    b. fog ;
     c. gof ;
         1
     d. g ;
     e. diga se as funções encontradas nos itens (b) e (c) são pares, ímpares ou
          assimétricas;
     f. Esboce o gráfico de gog .

20. Determine a equação da reta abaixo:




21. Determine as raízes das funções abaixo, e onde o gráfico intercepta o eixo y:

a.    f x   x 2  5x  6
a.    f x  x 2  x  6
b.   f(x) = 3x
c.    f x   x 2  3x  2
d.    f x  2 x  5
e.   f(x) = 4


22. Suponha que você recebeu uma oferta para trabalhar por apenas um mês.
    Qual das seguintes formas de pagamento você prefere?
I – Um milhão de dólares no fim do mês.
II – Um centavo de dólar no primeiro dia do mês, dois centavos no segundo dia,
quatro no terceiro dia e em geral, 2n – 1 centavos de dólar no n-ésimo dia.


23. Se a população de bactérias começa com 100 e dobra a cada três horas, então
                                                                 t
     o número de bactérias após t horas é n  f t     100  2 3,   quando a população
     atingirá 50000 bactérias?




                                                                                      17
24. Qual a inversa de cada função dadas pelas regras abaixo?
a. f  x   2 x  3
               x5
b.   f x 
                3

25. Calcule o valor da função f nos números indicados:

a.   f x   6 x  3                    no número -1
b.   f  z   z 3  4 z 2  z  12      no número -2
                w4
c.   f w                              no número -4
                w 4

26. Classifique as funções abaixo quanto a simetria:
a. f  x   x
b.   f x   3x  5
c.   f x   x 3  2 x

27. Sabendo que f é uma função afim, que f 2   1 e f  1  3 , determine f.

28. Mostre se as funções dadas pelas regras abaixo são crescentes ou
    decrescentes:
a) f  x   2 x  4
b) f  x    x  2

Mais conteúdo relacionado

PPTX
Funções e Função Afim
PPTX
Funções e Função Afim
DOCX
Funções polinomiais
PPTX
Projeto final Informática educativa I - Michele Zacharias
DOCX
Estudo dos sinais de uma função
PDF
000 sintese funcoes
PPTX
áLgebra i
PPTX
Estudo das Funções
Funções e Função Afim
Funções e Função Afim
Funções polinomiais
Projeto final Informática educativa I - Michele Zacharias
Estudo dos sinais de uma função
000 sintese funcoes
áLgebra i
Estudo das Funções

Mais procurados (20)

PPT
Função polinomial
PDF
Apostila de-2013
DOC
4 max-min
DOC
4 max-min
PPT
Função polinomial do 1º grau
PDF
Apostila 001 trigonometria funcoes
PPTX
Função Polinomial
PDF
Calculo1 aula07
PPT
PDF
Apostila3
PDF
Apostila 3 funções
PPS
Funcoes Resumao
PDF
Função afim
PDF
Função afim
PPT
Funções
DOC
Exercicios resolvidos
PDF
02 eac proj vest mat módulo 1 função quadrática
PPT
FunçõEs
PDF
Resumo função quadrática
DOC
Funcoes Para Alunos Do 2º Grau
Função polinomial
Apostila de-2013
4 max-min
4 max-min
Função polinomial do 1º grau
Apostila 001 trigonometria funcoes
Função Polinomial
Calculo1 aula07
Apostila3
Apostila 3 funções
Funcoes Resumao
Função afim
Função afim
Funções
Exercicios resolvidos
02 eac proj vest mat módulo 1 função quadrática
FunçõEs
Resumo função quadrática
Funcoes Para Alunos Do 2º Grau
Anúncio

Destaque (8)

PDF
Matematica slides tx
PDF
Matematica lista 9 -_revis_o
PDF
Matematica slides a o_ii
PDF
Matematica exercicios lista a_o_ii
PDF
Matematica lista 7 -_a_o_ii__gabarito
PDF
Calcúlo 1 2º termo de papel e celulose
PDF
Matematica slides tx2
PDF
Lista de questões - Professor Ferretto - Conjuntos
Matematica slides tx
Matematica lista 9 -_revis_o
Matematica slides a o_ii
Matematica exercicios lista a_o_ii
Matematica lista 7 -_a_o_ii__gabarito
Calcúlo 1 2º termo de papel e celulose
Matematica slides tx2
Lista de questões - Professor Ferretto - Conjuntos
Anúncio

Semelhante a CáLculo NuméRico I (20)

DOCX
Funções
PDF
Produto cartesiano e função 1º ano do ensino medio
PDF
Produto cartesiano e função 1º ano do ensino medio
PPT
Identificar uma função
PPT
Função.quadratica
PPT
matematica e midias
PDF
Aula gaba
PPTX
[AULA] Função de Segundo Grau - exercicios e teoria
PPT
FunçãO Do 1º E 2º Grau Autor Antonio Carlos Carneiro Barroso
PDF
Conjuntos NuméRicos
PPT
Função do 2º Grau.
PPT
Função de 2º grau 17122016
PPT
Informatica Da EducaçãO[1]
PDF
PDF
Resumo teorico matematica afa
PPTX
Slide da função do 1º grau (2). 1º série pptx
PPTX
Funções de 1º e 2º grau
PDF
Introdução ao estudo das funções
PPT
1 ano função afim
PPT
Trabalho informatica educativa2 mary
Funções
Produto cartesiano e função 1º ano do ensino medio
Produto cartesiano e função 1º ano do ensino medio
Identificar uma função
Função.quadratica
matematica e midias
Aula gaba
[AULA] Função de Segundo Grau - exercicios e teoria
FunçãO Do 1º E 2º Grau Autor Antonio Carlos Carneiro Barroso
Conjuntos NuméRicos
Função do 2º Grau.
Função de 2º grau 17122016
Informatica Da EducaçãO[1]
Resumo teorico matematica afa
Slide da função do 1º grau (2). 1º série pptx
Funções de 1º e 2º grau
Introdução ao estudo das funções
1 ano função afim
Trabalho informatica educativa2 mary

Mais de educacao f (20)

PDF
Matematica exercicios lista a_o_i_gabarito2
PDF
Matematica exercicios lista a_o_i
PDF
Matematica exercicios elemen
PDF
Matematica exercicios cal
PDF
Matematica slides tx ii
PDF
Raciocinio logico
PDF
Questoes matematica concurso
PDF
Matematica uniformes exerc
PDF
Matematica uniformes
PDF
Matematica slides porcentagem
PDF
Matematica slides inflacao i
PDF
Matematica slides habitacional2
PDF
Matematica slides descontos
PDF
Matematica slides capitalizacao composta
PDF
Matematica slides capitalizacao
PDF
Matematica slides amortizacao2
PDF
Matematica slides amortiza o_ii
PDF
Matematica lista taxas
PDF
Matematica lista descontos
PDF
Matematica gabarito revisao
Matematica exercicios lista a_o_i_gabarito2
Matematica exercicios lista a_o_i
Matematica exercicios elemen
Matematica exercicios cal
Matematica slides tx ii
Raciocinio logico
Questoes matematica concurso
Matematica uniformes exerc
Matematica uniformes
Matematica slides porcentagem
Matematica slides inflacao i
Matematica slides habitacional2
Matematica slides descontos
Matematica slides capitalizacao composta
Matematica slides capitalizacao
Matematica slides amortizacao2
Matematica slides amortiza o_ii
Matematica lista taxas
Matematica lista descontos
Matematica gabarito revisao

Último (19)

PPTX
ccursoammaiacursoammaiacursoammaia123456
PPTX
Tipos de servidor em redes de computador.pptx
PPTX
Aula 9 - Funções em Python (Introdução à Ciência da Computação)
PDF
ASCENSÃO E QUEDA DO SOFTWARE LIVRE NO ESTADO BRASILEIRO
PPTX
Aula 7 - Listas em Python (Introdução à Ciencia da Computação)
PDF
Banco de Dados 2atualização de Banco de d
PPTX
Analise Estatica de Compiladores para criar uma nova LP
PDF
Aula 9 - Funções 202yttvrcrg5-1.pptx.pdf
PDF
SEMINÁRIO DE IHC - A interface Homem-Máquina
PPTX
3b - Bradesco Lean Agile Training Plan - Ritos Operacionais (1).pptx
PDF
Customizing básico em SAP Extended Warehouse Management, EWM110 Col26
PPT
Conceitos básicos de Redes Neurais Artificiais
PDF
Jira Software projetos completos com scrum
PDF
Processamento da remessa no SAP ERP, SCM610 Col15
PDF
Metodologia Scrumban-XP - Um Guia Rápido (MrSomebody19).pdf
PPT
Aula de Engenharia de Software principais caracteristicas
PDF
Processos no SAP Extended Warehouse Management, EWM100 Col26
PPTX
Proposta de Implementação de uma Rede de Computador Cabeada.pptx
PDF
Visão geral da SAP, SAP01 Col18, Introdução sistema SAP,
ccursoammaiacursoammaiacursoammaia123456
Tipos de servidor em redes de computador.pptx
Aula 9 - Funções em Python (Introdução à Ciência da Computação)
ASCENSÃO E QUEDA DO SOFTWARE LIVRE NO ESTADO BRASILEIRO
Aula 7 - Listas em Python (Introdução à Ciencia da Computação)
Banco de Dados 2atualização de Banco de d
Analise Estatica de Compiladores para criar uma nova LP
Aula 9 - Funções 202yttvrcrg5-1.pptx.pdf
SEMINÁRIO DE IHC - A interface Homem-Máquina
3b - Bradesco Lean Agile Training Plan - Ritos Operacionais (1).pptx
Customizing básico em SAP Extended Warehouse Management, EWM110 Col26
Conceitos básicos de Redes Neurais Artificiais
Jira Software projetos completos com scrum
Processamento da remessa no SAP ERP, SCM610 Col15
Metodologia Scrumban-XP - Um Guia Rápido (MrSomebody19).pdf
Aula de Engenharia de Software principais caracteristicas
Processos no SAP Extended Warehouse Management, EWM100 Col26
Proposta de Implementação de uma Rede de Computador Cabeada.pptx
Visão geral da SAP, SAP01 Col18, Introdução sistema SAP,

CáLculo NuméRico I

  • 1. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Toledo Disciplina: Cálculo 1 Turma: P13 Professora Aracéli Ciotti de Marins CÁLCULO 1 Toledo, 1/2010
  • 2. Capítulo 1 – Conjuntos Numéricos e Funções 1. Sistematização dos Conjuntos Numéricos 1.1. Números Naturais () Este conjunto é de grande importância pelo seu uso na contagem. Sua notação é: N = 0, 1, 2, 3, .... Quando não se utiliza o número 0 (zero), a notação utilizada é: N* = N – 0 = 1, 2, .... 1.2. Números Inteiros () O conjunto dos números inteiros é formado pelos elementos do conjunto dos naturais acrescidos de seus simétricos. Notação: Z = ..., -2, -1, 0, 1, 2, .... Quando o elemento zero não pertence ao conjunto, a notação se torna: Z* = Z – 0. 1.3. Números Inteiros () Quando se considera o conjunto dos números positivos, acrescidos do zero, a notação é: Z+ = N. Quando o elemento zero não pertence ao conjunto, a notação torna-se: (inteiros positivos). Analogamente, o conjunto dos inteiros não-positivos é: Z - = ..., -2, -1, 0 e este conjunto sem o zero é o conjunto dos negativos: 1.4. Números Racionais ou Fracionários (Q) São todos os números que podem ser escritos sob a forma de fração entre dois números inteiros. Tem representação decimal finita ou dízima periódica. A notação deste conjunto é: p  Q   / p Z  q Z* q  Exemplos: 2; -4; 0,5; 1,37; 1,5999...; 0,212121..., etc. 1.5. Números Irracionais São os números cuja representação decimal não é exata nem periódica, conseqüentemente não podem ser escritos como uma fração entre dois inteiros. Exemplos:  = 3,14159265..., e = 2,718281828..., 2  1,4142135624... , etc. 1.6. Números Reais (R) Representam a união entre os números Racionais e Irracionais: R = Q  I. 2
  • 3. Exercícios 1. Determine se é verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações, justificando sua resposta: ( )–7N ( ) 2 Q ( )5Z ( ) -8  Q ( ) 3  R ( )-I ( )–7Z ( ) 3  Q 2. Faça um esquema que represente a sistematização do conjunto dos números Reais, decompostos em outros conjuntos. 3
  • 4. 2. Par Ordenado e Sistema Cartesiano Par Ordenado Par é todo conjunto formado por dois elementos {a, b}, não importando a ordem que a e b aparecem no conjunto, assim, são iguais os conjuntos: {a, b} = {b, a}. Porém, quando a ordem dos elementos importa, o par passa a ser chamado de par ordenado. Exemplo: Seja o par {x, y} a solução do sistema: 2 x  3 y  4   x  3 y  7 Verifica-se que x = -1 e y = 2 é solução, ao passo que x = 2 e y = -1 não é. Assim, com notação de conjuntos, temos que: {-1, 2} = {2, -1}, o que não deve ocorre neste casso, então, utilizamos a notação (-1, 2) para representar o par ordenado (x,y). Logo (-1,2)(2,-1). Propriedade: Se (a, b) = (c, d) então a = c e b = d. Exemplo: Determine a e b se: (a + 2, 18) = (0, 3b). Sistema Cartesiano Ortogonal: É um sistema formado por dois eixos, x e y, perpendiculares entre si: O eixo x é denominado eixo das abscissas e o eixo y é denominado eixo das ordenadas. Estes eixos dividem o plano em quatro regiões, chamadas quadrantes. Este sistema é utilizado para localizar pontos, com abscissas e ordenadas conhecidas. Exemplo: Faça um sistema cartesiano ortogonal, e nele localize os pontos: A(3,0), B(0,-2), C(2,2), D(-2,-3), E(1,-4), F(-3,4). Exercícios 1. Determine a e b: a) (a, b) = (1, 3) b) (2a – 2, b + 3) = (3a + 5, 2b – 7) c) (2a, a – 8) = (1 – 3b, b) 2. Determine se as sentenças são verdadeiras (V) ou falsas (F): a) ( ) (-5, 4)  3 quadrante; b) ( ) os pontos de abscissas negativas e ordenadas positivas pertencem ao 1º quadrante; c) ( ) um ponto no 4º quadrante tem abscissa positiva e ordenada negativa. 4
  • 5. 3. Funções Uma função pode ser definida como uma correspondência de um conjunto A de números Reais x a um conjunto B de números Reais y, em que o número y é único para um valor específico x. Formalmente, defini-se uma função como um conjunto de pares ordenados de números (x, y), sendo que dados dois pares ordenados distintos, nenhum deles terá o mesmo primeiro número. Definição: Uma função f é uma lei a qual para cada elemento x de um conjunto A faz corresponder exatamente um elemento chamado f(x), em um conjunto B. O conjunto de todos os valores admissíveis de x será chamado de domínio da função e o conjunto de todos os valores resultantes de y é chamado a imagem da função. O símbolo que representa um número arbitrário no domínio de f é chamado variável independente, e o que representa um número qualquer na imagem de f é chamado variável dependente. Existem quatro maneiras de representar uma função: a) verbalmente: descrevendo-a por palavras; b) numericamente: por meio de tabelas de valores; c) visualmente: através de gráficos; d) algebricamente: utilizando-se uma forma escrita. x2 Exemplo: Seja a função f definida pela regra: f  x   . Observa-se que os x  8 pares ordenados (1, 3), (-1, -1), (2, 2),  6,  pertencem à função f, já os pares ordenados  6 (1, 2), (5, 3), (5, 9), dentre outros, não pertencem à f. O domínio da função f é composta por todos os valores possíveis de serem substituídos no lugar de x, e verificamos que isto é possível para todos os números reais, exceto para o número zero, que quando substituído em x, na função, resultaria em 2 dividido por zero, o que sabemos ser uma divisão impossível de ser resolvida. Então, formalmente, o domínio de f, denotado por Dom[f] é igual a x   / x  0 que lê-se x pertencente aos Reais, tal que x é diferente de zero. Observa-se também que, todos os reais fazem parte da imagem de f, pois seja qual for o valor de y escolhido, há um valor de x correspondente. Então a imagem de f, denotada por Im[f] é igual ao conjunto de todos os reais. 5
  • 6. O gráfico de uma função f é o conjunto de todos os pontos (x, y) em R2 para os quais (x, y) é um par ordenado de f. A raiz de uma função f é o número x para o qual f(x) = 0. Graficamente, a raiz é o local em que o gráfico intercepta o eixo x. O intercepto y de uma função f é o valor em que o gráfico “corta” o eixo y e corresponde ao valor de f(0). a. Tipos de Funções a) Funções Polinomiais: São funções em que a regra é descrita por um polinômio. Exemplos: f  x   x 5  6 x 4  3 x 2  x  4 , g  x   x  4 , h x   6  x  2 x 2  x 10 . As funções polinomiais subdividem-se em: a. Função Constante: É toda função em que y não sofre variação quando x varia, ou seja, o valor de y continua constante para todos os valores de x. É escrita como f(x) = c. Seu gráfico é uma reta paralela ao eixo x, que intercepta o eixo y em c. b. Função Afim: É também conhecida como função do 1º grau. É toda função do tipo: f(x) = ax + b, com a  0. O gráfico de uma função afim é sempre uma reta, em que a é chamado coeficiente angular ou inclinação da reta e é o valor que representa a taxa de variação de y com respeito a x. b é conhecido como coeficiente linear da reta e o número no qual a reta intercepta o eixo y. b A raiz da função afim é: x  . a c. Função Linear: São funções afim com b = 0, ou seja: f(x) = ax. Seu gráfico sempre passa pela origem. d. Função Quadrática: É uma função polinomial de grau 2; É escrita como f x   ax 2  bx  c , com a  0. O gráfico de uma função do 2º grau é uma parábola. O intercepto y é o valor de c. As raízes são obtidas pela fórmula: 6
  • 7. b    b  b 2  4ac x1, 2  , sendo   b 2  4ac , assim: x1, 2  . Há três 2a 2a possibilidades para : i.  = 0 e a função terá duas raízes reais e iguais. ii.  > 0 e a função terá duas raízes reais e distintas. iii.  < 0 e a função não terá raízes. O gráfico ficará todo acima ou todo abaixo do eixo x, conforme valor de a. A concavidade da parábola é verificada da seguinte forma: i. Se a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto mínimo V; ii. Se a < 0, a parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto máximo V. b  As coordenadas do vértice V da parábola são: xV  e yV  2a 4a Para construir a parábola seguem-se os passos: iii. Verificar a concavidade utilizando a; iv. Verificar o local em que a parábola intercepta o eixo x utilizando os zeros; v. Calcular as coordenadas do vértice; vi. Traçar a reta que passa por V e é paralela ao eixo y, que é o eixo de simetria da parábola; vii. c é o local em que a parábola intercepta o eixo y. b) Funções Racionais: São funções que podem ser escritas como a divisão entre duas x 2  3x  1 3x  4 funções polinomiais. Exemplos: f  x   , g x   . x5 x 1 c) Funções Algébricas: São funções cujas regras envolvem somas, divisões, 3x  4 radiciações com funções racionais. Exemplos: f x   , 5 1  g x   6 x  4 x 2   2 . 7
  • 8. d) Funções Transcendentes: São as funções logarítmicas, as exponenciais, as trigonométricas, em geral, as que não são escritas pelo uso de polinômios. a. Funções Exponenciais: Uma função é chamada de função exponencial, se for definida por: f (x) = ax em que a é uma constante positiva diferente de 1. a é chamada base do exponencial. Exemplos: f (x) = 2x; f (x) = (½) x. O gráfico de uma função exponencial f(x) = ax é crescente, ou decrescente em todo o domínio, conforme o caso: i. Se a > 1, a função é crescente; ii. Se 0 < a < 1, a função é decrescente. Leis dos Expoentes: Se a e b forem números positivos e x e y números reais quaisquer, então: i. ax+y=axay; ii. (ax)y=axy; iii. (ab)x=axbx; x iv. a x  y  a ay Dentre todas as bases possíveis para a função exponencial, há uma mais utilizada no cálculo, é a base e. Assim, com a base e: f(x) = ex e esta última função é chamada exponencial natural. Aplicações: A função exponencial ocorre freqüentemente em modelos matemáticos da natureza e da sociedade, tais como crescimento populacional, decaimento radioativo, dentre outras. b. Função Logarítmica: é a função inversa da função exponencial. Definição: Seja a  R, tal que a > 0 e a  1. Chamamos função logarítmica de base a a função f, tal que para todo x  R: f  x   log a x Observações: i. log a  y  a y  x ; x x ii. log a  x ; a x iii. a log a  x ; iv. a raiz é sempre no número 1, pois f  x   log a  f 1  log 1  0 x a 8
  • 9. Leis dos Logaritmos: Se x e y forem números positivos, então: xy x y i. log a  log a  log a x y x y ii. log  log a  log a a r x x iii. log a  r log a (em que r é um número real) Logaritmos Naturais: Quando a base do logaritmo for o número natural e, o logaritmo é x chamado de logaritmo natural, e escrito como: log e  ln x e) Funções Trigonométricas A Função Seno é uma função tal que para todo x f  x   senx . No ciclo trigonométrico, o valor de sen x representa a ordenada y, que varia entre -1 e 1: Consideremos a função f(x)=sen x. O gráfico dessa função é o seguinte O domínio da função seno é R e a imagem é o intervalo [-1,1]. Trata-se de uma função limitada e periódica de período P=2π . Para a função do tipo f(x) = sen (x + k), onde k é uma constante, existe uma translação horizontal no gráfico da função f(x)= sen x, por exemplo: 9
  • 10. Para a função do tipo f(x) = sen x + k, onde k é uma constante, existe uma translação vertical no gráfico da função f(x)= sen x, por exemplo: Para a função do tipo f(x) = k.sen x, onde k é uma constante, existe uma mudança de inclinação no gráfico da função f(x)= sen x., Por exemplo: A função Cosseno é uma função tal que para todo x f  x   cos x . No ciclo trigonométrico, o valor de cos x representa a abscissa x, que varia entre -1 e 1: O gráfico dessa função é o seguinte: O domínio da função cosseno é R e a imagem é o intervalo [-1,1]. Trata-se de uma função limitada e periódica de período P=2π . As translações e mudanças de inclinação sofridas pelo gráfico da função cosseno, quando da existência de uma constante k, são semelhantes às ocorridas com a função seno. 10
  • 11. A função Tangente senx É uma função tal que para todo x f  x   tgx  . No ciclo trigonométrico tem-se: cos x O gráfico dessa função é o seguinte:    O domínio da função tangente é  x  R : x   k , k  Z  e a imagem é o conjunto R.  2  Trata-se de uma função periódica de período p = . 1 cos x A função Cotangente é uma função tal que para todo x f  x   cot gx   . O ciclo tgx senx trigonométrico e o gráfico são dados a seguir: 1 A função Secante é uma função tal que para todo x f  x   sec x  . O ciclo cos x trigonométrico e o gráfico são dados a seguir: 11
  • 12. 1 A função Cossecante é uma função tal que para todo x f  x   cos cx  . O ciclo senx trigonométrico e o gráfico são dados a seguir: f) Funções definidas por partes São funções que não são definidas por apenas uma sentença, assim, para encontrar o valor da função em um determinado número, é necessário verificar à qual das sentenças ou regras ele deve ser aplicado. 2 x, se x  2  Exemplo: f  x   5, se x  2  x  4, se x  2  Um dos principais exemplos de funções definidas por partes são as funções modulares, também conhecida como função valor absoluto, é dada por: x se x  0 f x   x    x se x  0 b. Simetria de funções a) Uma função é dita par quando f(-x) = f(x) b) Uma função é dita ímpar quando f(-x) = - f(x) Obs.: Quando uma função não é par nem ímpar é chamada assimétrica c. Funções Crescentes e Decrescentes a) Uma função f é chamada crescente em um intervalo I se: f(x1) < f(x2) sempre que x1 < x2 em I b) Uma função f é chamada decrescente em um intervalo I se: f(x1) > f(x2) sempre que x1 < x2 em I 12
  • 13. d. Composição de funções: Dadas duas funções f e g a função composta, denotada por f o g, é definida por:  fog x   f g x  x 1 Exemplo: Dadas as funções f  x   x  3 e g  x   , temos que: 3   fog x   f g x   g x   3   x  1  3  x  1 9  x  8 ;    3  3 3 f x   1 x  3  1 x  2  gof x   g  f x     3 3 3 e. Inversão de funções: Dada uma função f a inversa de f é a função denotada por f -1   tal que f f 1  x   x . Exemplo: Determine a inversa de f  x   2 x  3 . Resolução:  x   x f f 1 2 f  x   3  x 1 2f 1 x   x  3 f 1 x   x  3 2 13
  • 14. Exercícios 1. Os registros de temperatura T (em ºF) foram tomados de duas em duas horas a partir da meia noite até as 14 horas, em Dallas, em 2 de junho de 2001. O tempo foi medido em horas após a meia noite: t 0 2 4 6 8 10 12 14 T 73 73 70 69 72 81 88 91 Use os registros para esboçar um gráfico de T como uma função de t, e use o gráfico para estimar a temperatura as 11 horas da manhã. 2. Se f(x) = 3x3 – x + 2, encontre f(2), f(-2), f(a), f(-a), f(a + 1), 2f(a), f(2a), f(a2), [f(a)]2 e f(a + h). 3. Encontre o domínio das funções: a. f  x   x  3 ; 2 c. f x   . b. f(t) = t2 – 6t x4 4. Uma caixa aberta em cima, tem um volume de 10 m3. O comprimento da base é o dobro da largura. O material da base custa R$ 10,00 por metro quadrado, ao passo que o material das laterais custa R$ 6,00 por metro quadrado. Expresse o custo total do material em função da largura da base. 5. Faça o gráfico das funções abaixo: a. f  x   x b. f x   x  1 d. f x   x  1 c. f x   x  1 e. f x   x  1 2 x  1 se x  2 x  4 se x  6  g. f x    f. f  x   5 se x  2 5  x se x  6 x  2 se x  2   x se x  -1 4  x se x  1 4 se x  -1  6 se x  1     h. g  x    x  1 se - 1  x  2 i. g x    x  1 se - 1  x  3  2 se x  2 3 se x  2   3 x  se x  2 x  se x  2 14
  • 15. f x    x 2  2 x  8 6. Faça o gráfico de cada uma das funções: f  x   x 2  6 x  9 f x   x 2  x  6 7. A parábola f(x) = x2 - 4x + 3 e a reta f(x) = ax + b cruzam os eixos cartesianos nos mesmos pontos. Qual é a equação da reta? 8. Curva de aprendizagem é um conceito criado por psicólogos que constataram a relação existente entre a eficiência de um indivíduo e a quantidade de treinamento ou experiência possuída por este indivíduo. Um exemplo de curva de aprendizagem é dado pela expressão: Q x   700  400e 0 ,5 x . Nesta expressão, Q é quantidade de peças produzidas por um funcionário, x é o tempo de experiência e e = 2,7183. a. Quantas peças um funcionário com 2 meses de experiência deverá produzir mensalmente? b. E um funcionário sem experiência? c. Compare os cálculos, e verifique se há coerência. 9. Encontre f + g, f – g, fg e f/g, e estabeleça os domínios: a. f  x   x 3  2x 2 , g  x   3 x 2  1 b. f x   1 x , g x   1 x 10. Encontre as funções f o g, g o f, f o f, e g o g; e seus domínios: a. f  x   2 x 2  x , g  x   3 x  2 1 b. f  x   1 x , g  x   x 11. Faça um esboço do gráfico de f  x   cos x   2 e determine o domínio e a imagem. 12. Determine a imagem e o domínio das funções: a. f(x) = sec x b. f(x) = tg x c. f(x) = cotg x d. f(x) = sec x 13. Classifique as informações como V (verdadeiras) ou F(falsas): a. ( ) –1  D (sec x) b. ( ) 3  Im (sec (x + 3)) c. ( ) –4  Im ((senx) + 3) d. ( ) 90°  D(tg x) 15
  • 16. 14. Quais os deslocamentos que ocorrem no gráfico de f(x) = cos x se: a. f (x) = (cos x) + k b. f (x) = cos (x + k) c. f (x) = k cos x 15. Considere f  x   x 2  2 x  1 e g x   2 x  3 . a. Determine g  x  1 b. Determine gof c. Classifique f quanto à simetria d. f é crescente, decrescente ou assimétrica? g   x    e. Determine  f  f x  h   f x  f. Calcule h 16. Dada a função g  x   5 x  6 , determine: a. g 0 3 b. g    5  c. g  x  7  d. O ponto (x, 0) e. O ponto (1,x) 17. Determine as raízes e os interceptos y, das funções abaixo, caso existam: a. f  x   log 3 x b. f x   x 2  2 x  3 18. O número y de alunos reprovados em CDI I está baseado na quantidade x de pessoas que costumam conversar nas aulas, sendo que y será dado pela função y = f(x): 1,4 x  5, se 0  x  10 f x    47, se x  10 a. Faça um gráfico de reprovados versus o número de conversadores; b. Estime a quantidade de reprovados, baseado no número de conversadores. 16
  • 17. 19. Sejam f  x   x 2  2 x  3 e g  x   x  8 . Determine: a. Dom f  b. fog ; c. gof ; 1 d. g ; e. diga se as funções encontradas nos itens (b) e (c) são pares, ímpares ou assimétricas; f. Esboce o gráfico de gog . 20. Determine a equação da reta abaixo: 21. Determine as raízes das funções abaixo, e onde o gráfico intercepta o eixo y: a. f x   x 2  5x  6 a. f x  x 2  x  6 b. f(x) = 3x c. f x   x 2  3x  2 d. f x  2 x  5 e. f(x) = 4 22. Suponha que você recebeu uma oferta para trabalhar por apenas um mês. Qual das seguintes formas de pagamento você prefere? I – Um milhão de dólares no fim do mês. II – Um centavo de dólar no primeiro dia do mês, dois centavos no segundo dia, quatro no terceiro dia e em geral, 2n – 1 centavos de dólar no n-ésimo dia. 23. Se a população de bactérias começa com 100 e dobra a cada três horas, então t o número de bactérias após t horas é n  f t   100  2 3, quando a população atingirá 50000 bactérias? 17
  • 18. 24. Qual a inversa de cada função dadas pelas regras abaixo? a. f  x   2 x  3 x5 b. f x  3 25. Calcule o valor da função f nos números indicados: a. f x   6 x  3 no número -1 b. f  z   z 3  4 z 2  z  12 no número -2 w4 c. f w  no número -4 w 4 26. Classifique as funções abaixo quanto a simetria: a. f  x   x b. f x   3x  5 c. f x   x 3  2 x 27. Sabendo que f é uma função afim, que f 2   1 e f  1  3 , determine f. 28. Mostre se as funções dadas pelas regras abaixo são crescentes ou decrescentes: a) f  x   2 x  4 b) f  x    x  2