Apresentação : Junho de 2011 Nelson Santos Sensibilizar para Educar: Sessões para Pais
A PHDA não é uma perturbação dos tempos modernos.
O que é a PHDA? A PHDA é considerada uma perturbação do desenvolvimento de base neurobiológica (Parker, 2003) que se caracteriza por  “…um padrão persistente de falta de atenção e/ou impulsividade - hiperactividade, com uma intensidade  que é mais frequente e grave que o observado habitualmente nos sujeitos com um nível semelhante de desenvolvimento.”  (DSM IV  – TR, APA, 2002)
 
O que causa a PHDA? É uma perturbação neurobiológica transmitida.  Estudos estabeleceram que em mais de 95% dos casos a PHDA é hereditária. A transmissão é feita pelos genes. No entanto temos de ter em atenção que os factores genéticos também podem ter associados factores ambientais. Falardeau, G. (1999, p.36)
 
 
Prevalência A PHDA pode atingir cerca de  5 a 7 por cento de crianças em idade escolar. DSM IV-TR, (2002) 3 a 10 por cento das crianças em idade escolar  respondem aos critérios de diagnóstico de PHDA. Falardeau, G. (1999, p.18)   Ao longo de vários estudos verificou-se que a PHDA afecta com  maior frequência os rapazes do que as raparigas. Breton, J.J., Bergeron, L., Valla, J.P., Berthiaume, C. e Gaudet, N., (1999) Afecta  três vezes mais os rapazes do que as raparigas   e não faz distinção entre grupos étnicos. (Selikowitz, M., 2010, p.32)
Comorbilidades Perturbação de oposição Perturbação de conduta Perturbação obsessivo-compulsivo Perturbação de ansiedade Depressão Dislexia Doença Bipolar Síndrome de Asperger Tiques (Selikowitz, M., 2010, p.31)
-A avaliação desta perturbação não é alheia a tudo o que foi dito anteriormente daí que tenha ser desenvolvida dentro de uma perspectiva multidisciplinar. -NEUROLOGISTAS -PEDIATRAS -PSICÓLOGOS -PROFESSORES - FAMÍLIA Como avaliar?
Existem três subtipos descritos na  DSM IV – TR, 2002   Perturbação da Hiperactividade com Défice da Atenção Tipo Combinado; Perturbação da Hiperactividade com Défice da Atenção Tipo Predominantemente Desatento; Perturbação da Hiperactividade com Défice da Atenção Tipo Predominantemente Hiperactivo-lmpulsivo; Nota: Os critérios têm que ser evidentes durante os últimos 6 meses.
CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO PARA PERTURBAÇÃO DE HIPERACTIVIDADE E DÉFICE DE ATENÇÃO  (DSM IV – TR, 2002) Desatenção Hiperactividade  Impulsividade 1. Não presta atenção aos pormenores e erros por descuido; 2. Dificuldade em manter a atenção em tarefas; 3. Parece não ouvir quando se lhe fala directamente; 4. Não segue as instruções ou não termina os trabalhos escolares; 5. Dificuldade em organizar tarefas e actividades; 6. Evita tarefas que requeiram concentração; 7. Perde "tudo“; 8. Distrai-se facilmente com estímulos irrelevantes; 9. Esquece-se de fazer actividades quotidianas; 1. Movimenta excessivamente as mãos e os pés, quando sentado; 2. Levanta-se na sala de aula ou outra, quando se espera que esteja sentado; 3. Corre ou salta excessivamente; 4. Dificuldade em jogar ou dedicar-se tranquilamente a actividades de ócio; 5. Anda "ligado a um motor“; 6. Fala excessivamente; Precipita as respostas; 2. Dificuldade em esperar pela vez; 3. Interrompe ou interfere nas actividade dos outros (p.ex, intromete-se nas conversas e nos jogos);
Critérios   de diagnóstico Quantidade:  presença de, pelo menos, seis dos sintomas de défice de atenção / Impulsividade / hiperactividade motora; Duração:  Persistência por um período mínimo de seis meses; Início dos sintomas: antes dos 7 anos Contexto:  Presentes em dois ambientes diferentes (casa e escola, exemplificando) Provas:  de défice claramente significativo do funcionamento social e académico; Exclusão:  não existência de esquizofrenia, perturbação afectiva ou perturbação mental;
Indicadores de PHDA em momentos evolutivos distintos (Gutiérrez-Moyano e Becoña, 1989 in García, I. M., 2010, p. 22) 0-2 anos 2-3 anos 4-5 anos  Descargas mioclónicas durante o sono; Problemas no ritmo do sono e durante a alimentação; Períodos curtos de sono e despertar sobressaltado; Resistência aos cuidados habituais; Reactividade elevada aos estímulos auditivos; Irritabilidade; Imaturidade da linguagem expressiva; Actividade motora excessiva; Escassa consciência do perigo; Propensão para sofrer numerosos acidentes; Problemas de adaptação social; Desobediência  social; Dificuldades em seguir normas;
Intervenção - CRIANÇA - FAMÍLIA -MEDICAÇÃO (se necessário) -APOIO PSICOPEDAGÓGICO - ESCOLA
 
 
“  A PHDA não é um problema de não saber o que se faz, mas sim de conseguir fazer o que se sabe que deve ser feito”  Russell Barkley (1998)
Como Intervir ? Intervenção Farmacológica Intervenção Comportamental Apoio Psicopedagógico e  Programas de Competência Parental Família Escola Outro(s)
A Medicação é  uma das maneiras  de ajudar a criança. É para ser  administrada juntamente com outras estratégias , de modo a surtir melhores resultados. (Selikowitz, M., 2010, p.186)
A mudança de comportamento é uma forma de ensino aplicada em circunstâncias em que a simples explicação já não surte efeito. (Selikowitz, M., 2010, p. 189)
Devemos estabelecer prioridades Qual é a dificuldade mais importante? O que incomoda mais? O que atrapalha mais o funcionamento quotidiano?
O que é bom para as outras crianças é fundamental para crianças com PHDA; As estratégias tem de ser personalizadas; Ninguém começa a caminhar num dia para na semana seguinte correr uma maratona; Uma estratégia de cada vez, e só passar para a seguinte depois de ter adquirido a primeira; Comece sempre por uma estratégia mais fácil; Regras Importantes Ter sempre presente a lei dos 3 C’s
Dicas Reduzir os tempos de espera; Comunicar/Dialogar Usar a recompensa imediata; Aumentar a responsabilidade; Usar recompensas bem vísiveis; Mudar periodicamente as recompensas; Tocar mais, falar menos; Agir, não falar demais; Negociar, em vez de impor; Usar as recompensas antes das punições; Antecipar os ambientes problemáticos; Ser coerente; (Adaptado de Barkley, 2006)
Mudança de Comportamento: Algumas estratégias
- Identificar e definir o tipo de comportamento;  1.1. - Análise do comportamento indesejável/problemático a reduzir ou eliminar; 1.2. - Análise do comportamento desejável a adquirir ou aumentar; 2. - Analisar antecedentes e consequências; 3. -  Identificação de reforços;  4. -  Aplicação das contingências de reforço (definição da estratégia);  5. – Avaliação  Adaptado de: Selikowitz, M. (2010, p. 190) e  Joyce-Moniz, L. (2005, pp. 129 - 134)
(García, I. M., 2010, pp.73 - 78) Punição Custo da resposta Time-out (“Pausa”) Sobrecorrecção Sistema de economia de fichas Extinção Reforço positivo Contratos de Contingência
Contrato de Comportamento Eu, ____________________________________________________________, aluno do 1º ano, da Escola EB1 nº 1 de T.C., vou tentar cumprir as seguintes condutas: Pedir autorização para me levantar; Não me distrair com os meus colegas/amigos; Não me distrair a brincar com o material; Pôr o dedo no ar antes de falar; Deixar de pôr a mão na boca; Terminar as tarefas propostas pelos professores; Ao realizar estas condutas ganharei prémios: Diários, Semanais e Mensais. Comprometo-me a assinalar diariamente o registo dos meus comportamentos no livro de registo. Os prémios diários serão atribuídos todos os dias das 14:30 às 15:30h. Todas as sextas-feiras, no período das 11h às 12h serão atribuídos os prémios semanais. Na última sexta-feira de cada mês serão também atribuídos os prémios mensais, neste período. Estando de acordo, responsabilizo-me a executar o presente contrato e por isso assino junto com a minha Professora e com o meu Tarefeiro. __________________________, de ______________ de 2009 Eu: ______________________________________________________ A Professora: ______________________________________________________ O Tarefeiro: ______________________________________________________
Nome do aluno: _____________________________________________________________ Semana de ________________________ a ________________________  de ____________ Comportamentos Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Total _________________________ _________________________ __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ Total
O que me comprometo a fazer: Se eu  cumprir O que gostava de fazer: Se eu  não cumprir O que não posso fazer: Aluno: __________________ Professor: ______________________ Comentário da Família: _________________ ___________________________________ ___________________________________ Comentário da Escola: __________________ ___________________________________ ___________________________________ Enc. de Educação: _________ Professor: _____________________ Psicóloga: ______________________
+5 +5 +10 +10 +15 +15 +5 +5 +10 +10 +15 +15 +5 +5 +10 +10 +15 +15 +5 +5 +10 +10 +15 +15 +5 +5 +10 +10 +15 +15 +5 +5 +10 +10 +15 +15 +5 +5 +10 +10 +15 +15 +5 +5 +10 +10 +15 +15 +5 +5 +10 +10 +15 +15 +5 +5 +10 +10 +15 +15
Time – Out (“Pausa”): Consiste em fazer com que a criança fique sozinha durante um bocado. O objectivo é tirar a criança do sítio onde está a ver reforçada a sua actuação. (Selikowitz, M., 2010, p.194)
Extinção É a eliminação progressiva de qualquer comportamento inadaptativo ou indesejável, o qual, todavia, pode aumentar de frequência, duração e intensidade, nas fases iniciais da retirada de reforços. (Joyce-Moniz, L., 2005, p.246)
Custo da Resposta A consequência do comportamento inadaptativo implica a perda pelo sujeito dos reforços valorados ou dos estímulos reforçadores identificados.  (Joyce-Moniz, L., 2005, p.247)
Sistema de fichas de reforço A utilização sistemática na instituição de um sistema de reforços materiais (secundários), constituídos por fichas de administração contingente à manifestação de comportamentos, permite aumentar ou diminuir a frequência, intensidade ou duração desses comportamentos. (Joyce-Moniz, L., 2005, p.250) Um Exemplo…
Contratos de Contingência É realizado por adultos (pais, professores) em conjunto com a criança, onde ambas as partes comprometem-se a cumprir o acordado. O adulto entrega as recompensas escolhidas, a criança, por sua vez, cumprirá com as condutas adequadas. (García, I. M., 2010, p. 75) Um Exemplo…
Sobrecorrecção Consiste na reparação  dos efeitos originados por comportamentos e actos destrutivos e na execução de alguma conduta adaptada. (García, I. M., 2010, p.75)
Punição Consiste na aplicação de um estímulo aversivo, depois de um comportamento considerado inadequado ter-se manifestado, de modo a diminuir a probabilidade da ocorrência desse comportamento. (Joyce-Moniz, L., 2005, p.104)
A forma mais simples de  recompensar a criança é elogiar-lhe as acções  com uma festa, um sorriso, ou dizer “Muito bem”, ou “Foi num instante”, quando a criança se despacha a vestir-se, ou “Que linda história, quando a lê bem, e por aí fora.” (Selikowitz, M., 2010, p.192)
 
 
[email_address] http://gritodemudanca.blogspot.com /

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Phda pais

  • 1. Apresentação : Junho de 2011 Nelson Santos Sensibilizar para Educar: Sessões para Pais
  • 2. A PHDA não é uma perturbação dos tempos modernos.
  • 3. O que é a PHDA? A PHDA é considerada uma perturbação do desenvolvimento de base neurobiológica (Parker, 2003) que se caracteriza por “…um padrão persistente de falta de atenção e/ou impulsividade - hiperactividade, com uma intensidade que é mais frequente e grave que o observado habitualmente nos sujeitos com um nível semelhante de desenvolvimento.” (DSM IV – TR, APA, 2002)
  • 4.  
  • 5. O que causa a PHDA? É uma perturbação neurobiológica transmitida. Estudos estabeleceram que em mais de 95% dos casos a PHDA é hereditária. A transmissão é feita pelos genes. No entanto temos de ter em atenção que os factores genéticos também podem ter associados factores ambientais. Falardeau, G. (1999, p.36)
  • 6.  
  • 7.  
  • 8. Prevalência A PHDA pode atingir cerca de 5 a 7 por cento de crianças em idade escolar. DSM IV-TR, (2002) 3 a 10 por cento das crianças em idade escolar respondem aos critérios de diagnóstico de PHDA. Falardeau, G. (1999, p.18) Ao longo de vários estudos verificou-se que a PHDA afecta com maior frequência os rapazes do que as raparigas. Breton, J.J., Bergeron, L., Valla, J.P., Berthiaume, C. e Gaudet, N., (1999) Afecta três vezes mais os rapazes do que as raparigas e não faz distinção entre grupos étnicos. (Selikowitz, M., 2010, p.32)
  • 9. Comorbilidades Perturbação de oposição Perturbação de conduta Perturbação obsessivo-compulsivo Perturbação de ansiedade Depressão Dislexia Doença Bipolar Síndrome de Asperger Tiques (Selikowitz, M., 2010, p.31)
  • 10. -A avaliação desta perturbação não é alheia a tudo o que foi dito anteriormente daí que tenha ser desenvolvida dentro de uma perspectiva multidisciplinar. -NEUROLOGISTAS -PEDIATRAS -PSICÓLOGOS -PROFESSORES - FAMÍLIA Como avaliar?
  • 11. Existem três subtipos descritos na DSM IV – TR, 2002 Perturbação da Hiperactividade com Défice da Atenção Tipo Combinado; Perturbação da Hiperactividade com Défice da Atenção Tipo Predominantemente Desatento; Perturbação da Hiperactividade com Défice da Atenção Tipo Predominantemente Hiperactivo-lmpulsivo; Nota: Os critérios têm que ser evidentes durante os últimos 6 meses.
  • 12. CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO PARA PERTURBAÇÃO DE HIPERACTIVIDADE E DÉFICE DE ATENÇÃO (DSM IV – TR, 2002) Desatenção Hiperactividade Impulsividade 1. Não presta atenção aos pormenores e erros por descuido; 2. Dificuldade em manter a atenção em tarefas; 3. Parece não ouvir quando se lhe fala directamente; 4. Não segue as instruções ou não termina os trabalhos escolares; 5. Dificuldade em organizar tarefas e actividades; 6. Evita tarefas que requeiram concentração; 7. Perde "tudo“; 8. Distrai-se facilmente com estímulos irrelevantes; 9. Esquece-se de fazer actividades quotidianas; 1. Movimenta excessivamente as mãos e os pés, quando sentado; 2. Levanta-se na sala de aula ou outra, quando se espera que esteja sentado; 3. Corre ou salta excessivamente; 4. Dificuldade em jogar ou dedicar-se tranquilamente a actividades de ócio; 5. Anda "ligado a um motor“; 6. Fala excessivamente; Precipita as respostas; 2. Dificuldade em esperar pela vez; 3. Interrompe ou interfere nas actividade dos outros (p.ex, intromete-se nas conversas e nos jogos);
  • 13. Critérios de diagnóstico Quantidade: presença de, pelo menos, seis dos sintomas de défice de atenção / Impulsividade / hiperactividade motora; Duração: Persistência por um período mínimo de seis meses; Início dos sintomas: antes dos 7 anos Contexto: Presentes em dois ambientes diferentes (casa e escola, exemplificando) Provas: de défice claramente significativo do funcionamento social e académico; Exclusão: não existência de esquizofrenia, perturbação afectiva ou perturbação mental;
  • 14. Indicadores de PHDA em momentos evolutivos distintos (Gutiérrez-Moyano e Becoña, 1989 in García, I. M., 2010, p. 22) 0-2 anos 2-3 anos 4-5 anos Descargas mioclónicas durante o sono; Problemas no ritmo do sono e durante a alimentação; Períodos curtos de sono e despertar sobressaltado; Resistência aos cuidados habituais; Reactividade elevada aos estímulos auditivos; Irritabilidade; Imaturidade da linguagem expressiva; Actividade motora excessiva; Escassa consciência do perigo; Propensão para sofrer numerosos acidentes; Problemas de adaptação social; Desobediência social; Dificuldades em seguir normas;
  • 15. Intervenção - CRIANÇA - FAMÍLIA -MEDICAÇÃO (se necessário) -APOIO PSICOPEDAGÓGICO - ESCOLA
  • 16.  
  • 17.  
  • 18. “ A PHDA não é um problema de não saber o que se faz, mas sim de conseguir fazer o que se sabe que deve ser feito” Russell Barkley (1998)
  • 19. Como Intervir ? Intervenção Farmacológica Intervenção Comportamental Apoio Psicopedagógico e Programas de Competência Parental Família Escola Outro(s)
  • 20. A Medicação é uma das maneiras de ajudar a criança. É para ser administrada juntamente com outras estratégias , de modo a surtir melhores resultados. (Selikowitz, M., 2010, p.186)
  • 21. A mudança de comportamento é uma forma de ensino aplicada em circunstâncias em que a simples explicação já não surte efeito. (Selikowitz, M., 2010, p. 189)
  • 22. Devemos estabelecer prioridades Qual é a dificuldade mais importante? O que incomoda mais? O que atrapalha mais o funcionamento quotidiano?
  • 23. O que é bom para as outras crianças é fundamental para crianças com PHDA; As estratégias tem de ser personalizadas; Ninguém começa a caminhar num dia para na semana seguinte correr uma maratona; Uma estratégia de cada vez, e só passar para a seguinte depois de ter adquirido a primeira; Comece sempre por uma estratégia mais fácil; Regras Importantes Ter sempre presente a lei dos 3 C’s
  • 24. Dicas Reduzir os tempos de espera; Comunicar/Dialogar Usar a recompensa imediata; Aumentar a responsabilidade; Usar recompensas bem vísiveis; Mudar periodicamente as recompensas; Tocar mais, falar menos; Agir, não falar demais; Negociar, em vez de impor; Usar as recompensas antes das punições; Antecipar os ambientes problemáticos; Ser coerente; (Adaptado de Barkley, 2006)
  • 25. Mudança de Comportamento: Algumas estratégias
  • 26. - Identificar e definir o tipo de comportamento; 1.1. - Análise do comportamento indesejável/problemático a reduzir ou eliminar; 1.2. - Análise do comportamento desejável a adquirir ou aumentar; 2. - Analisar antecedentes e consequências; 3. - Identificação de reforços; 4. - Aplicação das contingências de reforço (definição da estratégia); 5. – Avaliação Adaptado de: Selikowitz, M. (2010, p. 190) e Joyce-Moniz, L. (2005, pp. 129 - 134)
  • 27. (García, I. M., 2010, pp.73 - 78) Punição Custo da resposta Time-out (“Pausa”) Sobrecorrecção Sistema de economia de fichas Extinção Reforço positivo Contratos de Contingência
  • 28. Contrato de Comportamento Eu, ____________________________________________________________, aluno do 1º ano, da Escola EB1 nº 1 de T.C., vou tentar cumprir as seguintes condutas: Pedir autorização para me levantar; Não me distrair com os meus colegas/amigos; Não me distrair a brincar com o material; Pôr o dedo no ar antes de falar; Deixar de pôr a mão na boca; Terminar as tarefas propostas pelos professores; Ao realizar estas condutas ganharei prémios: Diários, Semanais e Mensais. Comprometo-me a assinalar diariamente o registo dos meus comportamentos no livro de registo. Os prémios diários serão atribuídos todos os dias das 14:30 às 15:30h. Todas as sextas-feiras, no período das 11h às 12h serão atribuídos os prémios semanais. Na última sexta-feira de cada mês serão também atribuídos os prémios mensais, neste período. Estando de acordo, responsabilizo-me a executar o presente contrato e por isso assino junto com a minha Professora e com o meu Tarefeiro. __________________________, de ______________ de 2009 Eu: ______________________________________________________ A Professora: ______________________________________________________ O Tarefeiro: ______________________________________________________
  • 29. Nome do aluno: _____________________________________________________________ Semana de ________________________ a ________________________ de ____________ Comportamentos Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Total _________________________ _________________________ __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ Total
  • 30. O que me comprometo a fazer: Se eu cumprir O que gostava de fazer: Se eu não cumprir O que não posso fazer: Aluno: __________________ Professor: ______________________ Comentário da Família: _________________ ___________________________________ ___________________________________ Comentário da Escola: __________________ ___________________________________ ___________________________________ Enc. de Educação: _________ Professor: _____________________ Psicóloga: ______________________
  • 31. +5 +5 +10 +10 +15 +15 +5 +5 +10 +10 +15 +15 +5 +5 +10 +10 +15 +15 +5 +5 +10 +10 +15 +15 +5 +5 +10 +10 +15 +15 +5 +5 +10 +10 +15 +15 +5 +5 +10 +10 +15 +15 +5 +5 +10 +10 +15 +15 +5 +5 +10 +10 +15 +15 +5 +5 +10 +10 +15 +15
  • 32. Time – Out (“Pausa”): Consiste em fazer com que a criança fique sozinha durante um bocado. O objectivo é tirar a criança do sítio onde está a ver reforçada a sua actuação. (Selikowitz, M., 2010, p.194)
  • 33. Extinção É a eliminação progressiva de qualquer comportamento inadaptativo ou indesejável, o qual, todavia, pode aumentar de frequência, duração e intensidade, nas fases iniciais da retirada de reforços. (Joyce-Moniz, L., 2005, p.246)
  • 34. Custo da Resposta A consequência do comportamento inadaptativo implica a perda pelo sujeito dos reforços valorados ou dos estímulos reforçadores identificados. (Joyce-Moniz, L., 2005, p.247)
  • 35. Sistema de fichas de reforço A utilização sistemática na instituição de um sistema de reforços materiais (secundários), constituídos por fichas de administração contingente à manifestação de comportamentos, permite aumentar ou diminuir a frequência, intensidade ou duração desses comportamentos. (Joyce-Moniz, L., 2005, p.250) Um Exemplo…
  • 36. Contratos de Contingência É realizado por adultos (pais, professores) em conjunto com a criança, onde ambas as partes comprometem-se a cumprir o acordado. O adulto entrega as recompensas escolhidas, a criança, por sua vez, cumprirá com as condutas adequadas. (García, I. M., 2010, p. 75) Um Exemplo…
  • 37. Sobrecorrecção Consiste na reparação dos efeitos originados por comportamentos e actos destrutivos e na execução de alguma conduta adaptada. (García, I. M., 2010, p.75)
  • 38. Punição Consiste na aplicação de um estímulo aversivo, depois de um comportamento considerado inadequado ter-se manifestado, de modo a diminuir a probabilidade da ocorrência desse comportamento. (Joyce-Moniz, L., 2005, p.104)
  • 39. A forma mais simples de recompensar a criança é elogiar-lhe as acções com uma festa, um sorriso, ou dizer “Muito bem”, ou “Foi num instante”, quando a criança se despacha a vestir-se, ou “Que linda história, quando a lê bem, e por aí fora.” (Selikowitz, M., 2010, p.192)
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