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Caracterização Morfológica de Acessos de Batata-Doce

This document summarizes the results of two experiments characterizing the morphological traits of 14 sweet potato accessions from the germplasm collection of UENF, Brazil. The experiments were conducted in November and December 1997 in Campos dos Goytacazes, RJ. Twenty traits related to aerial plant parts and roots were evaluated. Genetic variability was observed between accessions, mainly due to traits like pubescence on stem apices, leaf vein pigmentation, and root shape. Accessions Amarelinha, Roxinha, WON-B, and Campina 3 showed characteristics of interest for the consumer market in the north Fluminense region.

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Caracterização Morfológica de Acessos de Batata-Doce

This document summarizes the results of two experiments characterizing the morphological traits of 14 sweet potato accessions from the germplasm collection of UENF, Brazil. The experiments were conducted in November and December 1997 in Campos dos Goytacazes, RJ. Twenty traits related to aerial plant parts and roots were evaluated. Genetic variability was observed between accessions, mainly due to traits like pubescence on stem apices, leaf vein pigmentation, and root shape. Accessions Amarelinha, Roxinha, WON-B, and Campina 3 showed characteristics of interest for the consumer market in the north Fluminense region.

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Calidad postcosecha de tomates almacenados en atmósferas controladas.

LÓPEZ CAMELO, A.F.; GÓMEZ, P.A. SALTVEIT, M. Effect of ethylene on quality of TIJSKENS, L.M.; EVELO, R.G. Modelling color
Modelling postharvest colour changes in long shelf fresh fruits and vegetables. Postharvest Biology of tomatoes during postharvest storage.
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doce. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 20, n. 1, p. 43-47, março 2002.

Caracterização morfológica de acessos de batata-doce1 .


Máskio Daros1/; Antônio T. Amaral Júnior1/; Telma Nair S. Pereira1/; Nilton R. Leal1/; Silvério P. Freitas1/;
Tocio Sediyama2/
UENF-CCTA, Av. Alberto Lamego 2000, Horto, 28.015-620 Campos dos Goytacazes – RJ; 2/UFV, 36.571-000 Viçosa – MG;
1/

E-mail: [email protected]

RESUMO ABSTRACT
Objetivando caracterizar morfologicamente acessos de batata- Morphologic characterization of sweet potato.
doce da Coleção de Germoplasma da UENF e visando otimizar a To characterize morphologically accesses of sweet potato from
utilização de genomas de interesse para o melhoramento, foram ins- the germplasm collection of the Universidade Estadual do Norte
talados dois experimentos, ambos em blocos ao acaso com três re- Fluminense (UENF) Brazil, as a way to optimize the utilization of
petições. Os plantios foram realizados em novembro e em dezem- important genomes for plant breeding, two experiments were carried
bro de 1997, ambos na cidade de Campos dos Goytacazes (RJ). Para out in field conditions, both in a randomized blocks design with
tanto, quatorze acessos de batata-doce foram avaliados quanto a three replications. The experiments were done in November at UENF
descritores da parte aérea e das raízes, num total de vinte caracterís- and December in Campos. For such experiment, fourteen sweet
ticas. Constatou-se a ocorrência de variabilidade genética entre os potato accesses were evaluated for different traits related to aerial
acessos, proporcionada principalmente pelas características parts, and root descriptors, in a total of twenty characteristics. Genetic
pubescência do ápice das ramas, pigmentação das nervuras inferio- variability between accesses was observed, mainly due to
res da folha e formato das raízes. Os acessos ‘Amarelinha’, ‘Roxinha’, characteristics of pubescence of the stem apex, pigmentation of the
‘WON-B’ e ‘Campina 3’ apresentaram características de interesse inferior veins of leaves and shape of roots. The accesses, Amarelinha,
para o mercado consumidor Norte- Fluminense. Roxinha, WON-B and Campina 3 presented interesting
characteristics for the market of north-fluminense region.

Palavras-chave: Ipomoea batatas (L.) Lam., descrição Keywords: Ipomoea batatas (L.) Lam., morphoagronomic
morfoagronômica, descritores, recursos genéticos. description, descriptors, genetic resources.

(Aceito para publicação em 3 de dezembro de 2.001)

A espécie Ipomoea batatas é culti-


vada em todo território nacional,
apresentando uma infinidade de formas,
porém, muito do que se conhece é mera
duplicata, visto ocorrerem diversas culti-
vares iguais com o mesmo nome e vice-
de importância para a cultura da batata-
doce, para evitar o plantio de formas
genômicas semelhantes e o conseqüen-
com grande diversidade fenotípica e versa (Miranda, 1982; Murilo, 1990). te estreitamento genético da espécie.
genotípica. Praticamente todos os Estados Por conseguinte, a caracterização A caracterização morfológica con-
brasileiros possuem cultivares peculiares, morfológica constitui em tarefa de gran- siste em fornecer uma identidade para

1
Parte da tese de mestrado defendida pelo primeiro autor em outubro de 1999 na UENF.

Hortic. bras., v. 20, n. 1, mar. 2002. 43


M. Daros et al.

cada entrada através do conhecimento leiras. As áreas experimentais foram sub- vidida), com notas 1; 2; 3; 4; 5; 6 ou 7,
de uma série de dados que permitam metidas a uma aração e uma gradagem, respectivamente; c) tipo de lóbulo da
estudar a variabilidade genética de cada feitas, respectivamente, a um mês e uma folha (TL) (ausência de lóbulos, lóbu-
amostra (Ramos & Queiroz, 1999). semana antes do plantio; posteriormen- los muito superficiais, lóbulos superfi-
Considerando a necessidade de um te, foram feitas leiras no terreno. ciais, moderados, profundos ou muito
estudo sobre a recomendação de culti- As avaliações da parte vegetativa profundos), com notas 0; 1; 3; 5; 7 ou 9,
vares para o Município de Campos dos foram feitas três meses após o plantio e respectivamente; d) número de lóbulos
Goytacazes RJ., e de se conhecer, valo- as da raiz foram realizadas por ocasião da folha (NL), obtido pela contagem dos
rizar e utilizar os acessos da coleção de da colheita (120 dias após o plantio). lóbulos de cada folha, descartando-se os
I. batatas, desenvolveu-se este trabalho As adubações foram feitas com base basais; e) forma do lóbulo central da
com o objetivo de diferenciar os aces- na análise de solo. De acordo com os folha (FLC) (ausente, dentada, triangu-
sos da Coleção de germoplasma da valores obtidos nesta análise, fez-se as lar, semi circular; semi elíptica, elíptica,
UENF e, com isso, indicar formas pro- seguintes adubações: no ambiente 1 lanceolada, oblongolanceolada, linear
missoras para o melhoramento genéti- (UENF-CCTA) aplicou-se 10 kg/ha de ou linear-estreito), com notas o; 1; 2; 3;
co e para o atendimento ao mercado nitrogênio, 180 kg/ha de P2O5 e 30 kg/ 4; 5; 6; 7; 8 ou 9, respectivamente; f)
consumidor. ha de K2O. No ambiente 2 (PESAGRO- cor da folha madura (FM) (amarelo-ver-
RIO), aplicou-se a mesma quantidade de, verde, verde com bordas roxas, ver-
MATERIAL E MÉTODOS de nitrogênio, metade da dose de fósfo- de cinzento, verde com nervuras roxas
ro e o dobro da dose de potássio. na face, ligeiramente roxa, predominan-
A caracterização morfológica foi temente roxa, verde na face superior e
O nitrogênio (sulfato de amônio) foi
realizada na Unidade de Apoio à Pes- roxo na inferior ou roxo em ambas as
aplicado aos quinze dias (dose única),
quisa do Centro de Ciências e superfícies), com notas 1; 2; 3; 4; 5; 6;
juntamente com o cloreto de potássio.
Tecnologias Agropecuárias da Univer- 7; 8 ou 9, respectivamente; g) cor da
O fósforo (superfosfato simples) foi
sidade Estadual do Norte Fluminense e folha imatura (FI) (amarelo-verde, ver-
aplicado por ocasião do plantio.
na Estação Experimental de Campos da de, verde com bordas roxas, verde cin-
As irrigações por aspersão compreen- zento, verde com nervuras roxas na face,
PESAGRO-RIO, no Município de Cam- deram duas aplicações semanais até três
pos dos Goytacazes, onde foram insta- ligeiramente roxa, predominantemente
semanas após o plantio e uma irrigação roxa, verde na face superior e roxo na
lados experimentos no campo em no- semanal desta data até a colheita. O con-
vembro e dezembro de 1997, respecti- inferior ou roxo em ambas as superfíci-
trole de invasoras foi feito de acordo es), com notas 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8 ou 9,
vamente. com a necessidade. respectivamente; h) pigmentação do
O clima da região é classificado A caracterização morfológica foi pecíolo (PIG) (verde, verde com roxo
como tropical chuvoso, clima de bos- realizada com o material em pleno de- próximo ao talo, verde com roxo próxi-
que (AM), segundo Koeppen, citado por senvolvimento vegetativo, segundo pro- mo à folha, verde com roxo em ambos
Ometo (1981), com uma precipitação posto por Huamán (1996), exceto para os extremos, verde com manchas roxas
média anual de 1023 mm. O primeiro características referentes às raízes ao longo do pecíolo, verde com bandas
experimento foi implantado em solo tuberosas, que seguiram o padrão de roxas, roxo com verde próximo à folha,
fúlvico de textura argilosa com 2,2% de caracterização recomendado pelo alguns verdes outros roxos ou totalmen-
matéria orgânica e o segundo em ‘’International Board for Plant Genetic te roxo), com notas 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8
latossolo amarelo com a mesma textura Resources’’ (IBPGR) (1991). Os dados ou 9, respectivamente; i) comprimento
e 0,14% de matéria orgânica. referentes às características de folhas e do pecíolo (COM) [muito curto
Utilizaram-se quatorze acessos de I. de pecíolos foram obtidos da parte cen- (<10cm), curto (10–20 cm), intermediá-
batatas, dois dos quais, provenientes de tral das ramas (folhas maduras), utili- rio (21–30 cm), longo (31–40 cm) ou
olericultores do próprio município zando-se três folhas por planta e quatro muito longo (>40 cm)], com notas 1; 3;
(Roxinha e Amarelinha). Dois foram plantas por parcela dentro de um bloco 5; 7 ou 9, respectivamente; j) pigmen-
oriundos de Itaguaí (WON-A e WON-B) em cada experimento. Os dados referen- tação das nervuras inferiores (PNI)
e um de Magé (Rosinha de Verdan), três tes às raízes foram obtidos de todo ma- (amarelo, verde, mancha roxa na base
do Estado da Paraíba (Paraíba, Mandioca terial colhido de seis plantas úteis de da nervura principal, mancha roxa em
e Campina 3) e os demais (Acesso 07, Talo cada parcela. várias nervuras ou nervura principal
roxo, Linha 5, Rosada, Roxa-roxa e Foram avaliados, conforme preco- parcialmente roxa, nervura principal
Mazomba) sem procedência conhecida. nizado por Huamán (1996) e IBPGR predominantemente ou totalmente roxa,
O delineamento experimental utiliza- (1991): a) tamanho da folha (TF) [pe- todas nervuras parcialmente roxas, to-
do foi blocos casualizados com quatorze quena (<8 cm), média (8–15 cm), gran- das as nervuras predominantemente ou
tratamentos e três repetições. Cada blo- de (16–25 cm) ou muito grande (>25 totalmente roxas, toda face inferior ou
co foi composto por duas leiras de cm)], com notas 3; 5; 7, ou 9, respecti- nervuras totalmente roxas), com notas
quatorze metros de comprimento e 0,50 vamente; b) perfil geral da folha (PG) 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8 ou 9, respectiva-
m de altura, com espaçamento de 0,25 m (arredondada, reniforme, cordada, trian- mente; l) coloração predominante das
entre plantas e 1,5 m entre o topo das gular, lanceolada, lobulada ou quase di- ramas (CP) (verde, verde com poucas

44 Hortic. bras., v. 20, n. 1, mar. 2002.


Caracterização morfológica de acessos de batata-doce.

Tabela 1. Caracterização de alguns descritores referentes à parte aérea de quatorze acessos de batata-doce para as condições ambientais do
Município de Campos dos Goytacazes. Campos dos Goytacazes, UENF, 1997.

Cor da
Ramas Folha madura Pecíolo
folha
Acesso PNI
PIG PAR Forma
Tamanho FM FI PIG COM
CP CS PG TL NL FLC
Roxinha 3 0 9 6 5 5 4 9-13 (5) 8 2 3 4 5
Amarelinha 1 2 5 6 7 7 9 8-10 (5) 4 2 2 3 3
Acesso 7 9 2 3 6 3 5 4 10-14 (5) 9 9 9 9 5
Talo roxo 1 0 3 6 3 5 2 11-14 (5) 5 2 3 4 7
Linha 5 1 0 3 6 3 9 1 10-12 (5) 7 2 2 4 5
WON-A 1 0 0 6 3 9 1 10-15 (5) 5 2 2 4 7
Paraíba 1 2 0 3 1 1 1 8-10 (5) 5 2 3 1 5
Mandioca 3 6 3 6 3 5 2 10-15 (5) 7 2 2 3 7
WON-B 1 2 3 6 3 5 4 10-12 (5) 7 2 3 5 7
Campina 3 1 2 3 6 3 5 2 11-14 (5) 7 2 2 3 7
Rosada 1 2 5 6 3 5 2 10-13 (5) 2 2 3 1 5
Roxa-roxa 1 7 7 6 1 5 2 11-15 (5) 7 2 4 1 5
R de Verdan 1 3 7 6 5 5 4 10-15 (5) 7 2 3 3 5
Mazomba 1 5 7 6 3 5 2 10-14 (5) 2 2 4/9 1 3
PIG = pigmentação da rama; CP = cor predominante da rama (1 = verde, 3 = verde com poucas manchas rosadas, 9 = totalmente roxo
escuro); CS = cor secundária da rama (0 = ausente, 2 = ápice verde, 3 = nós verdes, 5 = ápice rosado, 6 = nós rosados, 7 = outros); PAR =
pubescência do ápice da rama (0 = nenhuma, 3 = rala, 5 = moderada, 7 = densa, 9 = muito densa); PG = perfil geral da folha madura (3 =
cordada, 6 = lobulada); TL = tipo de lóbulo da folha madura (1 = lóbulos muito superficiais, 3 = superficiais, 5 = moderados, 7 = profundos);
NL = número de lóbulos da folha madura; FLC = forma do lóbulo central da folha madura (1 = dentada, 2 = triangular, 4 = semi-elíptica, 9
= linear-estreito); TAM = tamanho da folha (5 = folha mediana); PNI = pigmentação das nervuras inferiores (2 = verde, 4 = manchas roxas
em várias nervuras, 5 = nervura principal parcialmente roxa, 7 = todas as nervuras parcialmente roxas, 8 = totalmente roxas, 9 = toda face
inferior e nervuras totalmente roxas); FM = cor da folha madura (2 = verde, 9 = roxa em ambas superfícies); FI = cor da folha imatura (2 =
verde, 3 = verde com bordo roxo, 4 = verde cinzento, 9 = roxa em ambas superfícies); PIG = pigmentação do pecíolo (1 = verde, 3 = verde
com roxo próximo a folha, 4 = verde com roxo em ambos extremos, 5 = verde com manchas roxas ao longo do pecíolo, 9 = totalmente roxo);
COM = comprimento do pecíolo (1 = muito curto, 3 = curto, 5 = intermediário). *Rosinha de Verdan

manchas rosadas, verde com muitas man- igual à distância de ambos os extremos e córtex (ESPCORT) [muito fina (1mm ou
chas rosadas, verde com muitas manchas uma proporção de largura e comprimen- menos), fina (1–2 mm), intermediária (2–
rosadas escuras, predominantemente ro- to não superior a 3:1), ovado (perfil se- 3 mm), grossa (3–4 mm), muito grossa
sado, predominantemente rosado escu- melhante a um ovo), obovado (perfil in- (>4 mm)], com notas 1; 3; 5; 7 ou 9, res-
ro, totalmente rosado ou totalmente ro- verso ao ovado), oblongo (perfil quase pectivamente; r) cor predominante da
sado escuro), com notas 1; 3; 4; 5; 6; 7; 8 retangular com os lados paralelos), largo periderme (CORPRED) (branco, creme,
ou 9, respectivamente); m) cor secundá- oblongo (perfil oblongo com uma pro- amarelo, alaranjado, marrom-alaranjado,
ria das ramas (CS) (ausente, base verde, porção de largura e comprimento supe- rosado, roxo, roxo-avermelhado ou ver-
ápice verde, nós verdes, base rosada, ápi- rior a 3:1), largo elíptico (perfil elíptico melho escuro), com notas 1; 2; 3; 4; 5; 6;
ce rosado, nós rosados ou outros), com com uma proporção de largura e com- 7; 8 ou 9, respectivamente; s) intensida-
notas 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6 ou 7, respectiva- primento superior a 3:1) ou largo irregu- de da cor (INT) (pálida, intermediária ou
mente; n) pubescência do ápice das ra- lar ou curvado, com notas 1; 2; 3; 4; 5; 6; escura), com notas 1, 2 ou 3, respectiva-
mas (PAR) (ausência de pilosidade, 7; 8 ou 9, respectivamente; p) defeitos mente; t) cor secundaria da periderme
pilosidade rala, moderada, densa ou mui- na superfície da raiz (DS) (ausente, (CORSEC) (classifica-se nos mesmos
to densa), com notas 0; 3; 5; 7 ou 9, res- periderme com pele de crocodilo, veias tons que a cor predominante); u) cor pre-
pectivamente; o) formato da raiz (FOR) proeminentes, constrições horizontais dominante da polpa (CPP) (branca, cre-
[redondo (perfil quase circular com uma superficiais, constrições horizontais pro- me, creme-escuro, amarelo-pálido, ama-
proporção de largura e comprimento de fundas, fendas longitudinais superficiais, relo-escuro, alaranjado-pálido,
1:1), redondo elíptico (perfil ligeiramente fendas longitudinais profundas, alaranjado-intermediário, alaranjado-es-
circular com bordos agudos e uma pro- constrições e rachaduras profundas ou curo ou fortemente pigmentado com
porção de largura e comprimento de 2:1), outros), com notas 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7 ou antocianinas), com notas 1; 2; 3; 4; 5; 6;
elíptico (perfil com a largura máxima 8, respectivamente; q) espessura do 7; 8 ou 9, respectivamente.

Hortic. bras., v. 20, n. 1, mar. 2002. 45


M. Daros et al.

Tabela 2. Caracterizações de alguns descritores referentes à raiz de quatorze acessos de batata-doce avaliados para as condições do Muni-
cípio de Campos dos Goytacazes. Campos dos Goytacazes, UENF, 1997.
Raíz
Acesso ESPCOR- Cor da periderme Cor da polpa
FOR DS
T CORPRED INT COR1SEC CPP
Roxinha 8/7 2 7 6 1 1 1
Amarelinha 8/9 3 3 6 1 1 1
Acesso 7 8 3 9 3 2 3 4
Talo roxo 5 8 9 4 2 1 4
Linha 5 2/3 8 7 3 2 1 2
WON-A 9/8 3 7 3 2 0 2
Paraíba 1 2 9 6 3 1 7
Mandioca 3 0 9 6 2 0 2
WON-B 3/5 1 7 5 1 1 3
Campina 3 7/4 5 5 4 2 2 2
Rosada 8/9 8 7/4 6 2 1 2
Roxa roxa 5/6 0 3 9 3 9 9
Rosinha de Verdan 7 2 9 6 1 1 2
Mazomba 2/3 2 5 6 1 1 2
FOR = formato da raiz [1 = redondo (L/A1:1), 2 = redondo-elíptico (L/A<2:1), 3 = elíptico (L/A<3:1), 4 = ovado, 5 = obovado, 6 = oblongo
(L/A=2:1), 7 = largo oblongo (L/A>3:1), 8 = largo elíptico (L/A>3:1), 9 = largo irregular ou curvado]; DS = defeito da superfície [ 0=
ausente, 1 = pele de crocodilo, 2 = veias proeminentes, 3 = constrições horizontais superficiais, 5 = fendas longitudinais superficiais, 8 =
outros]; ESPCORT = espessura do córtex [3 = fina (1-2mm), 5 = intermediária (2-3mm), 7 = grossa (3-4mm), 9 = muito grossa (>4mm)];
CORPRED = cor predominante da periderme [3 = amarela, 4 = alaranjada, 5 = marrom alaranjada, 6 = rosada, 7 = roxa]; INT = intensidade
da cor da periderme[ 1 = pálida, 2 = intermediária, 3 = escura]; CORSEC = cor secundária da periderme [0 = ausente, 1 = branca, 2 = creme,
3 = amarela, 7 = roxa]; CPP = cor predominante de polpa [ 1= branca, 2 = creme, 3 = creme escuro, 4 = amarelo pálido, 7 = alaranjado
intermediário, 9 = fortemente pigmentado com antocianinas].

RESULTADOS E DISCUSSÃO ciada. Portanto, a cor secundária da rama cebe-se pelo mesmo, no que se refere
possibilitou maior discernimento dos às raízes tuberosas, que o formato foi a
Observa-se, que os descritores refe- acessos. De forma análoga, a característica mais variável, com gran-
rentes à parte aérea revelaram elevada pubescência do ápice das ramas apre- de diversidade entre os acessos, inclu-
variabilidade genética entre os acessos sentou-se como um bom descritor para sive dentro destas. Esta característica
inclusos nos experimentos (Tabela 1). a caracterização. A característica pig- apresentou todas as classes possíveis de
O perfil geral e a cor da folha madura mentação das nervuras inferiores da fo- discriminação concordando com
foram as características que menos pro- lha possibilitou boa discriminação dos Vasconcellos (1986), que cita o forma-
porcionaram variabilidade entre os aces- acessos, tornando-se uma boa to das raízes como característica muito
sos, o que se opõe à informação dada indicadora da variabilidade presente, importante na descrição de cultivares.
por Murilo (1990) onde é citado o for- com a vantagem de ser de fácil classifi- Cinco dos acessos avaliados (Roxinha,
mato das folhas como uma das caracte- cação. Fica evidente, ao se comparar a Amarelinha, Acesso 7, WON-A e Ro-
rísticas mais importantes na distinção cor da folhagem madura com a cor da sada) apresentaram o formato largo-
genotípica. Por outro lado, a cor secun- folhagem imatura (Tabela 1), que a úl- elíptico para raízes, considerado ideal
dária das ramas e a pigmentação das tima se destacou pela maior variação para o comércio. Com exceção do aces-
nervuras inferiores da folha foram as que para os acessos avaliados, revelando-se so 7, houve alguma variação, porém
apresentaram maior variação. A de maior utilidade na distinção com menor expressão. Com o formato
pubescência do ápice das ramas foi, de genotípica. Quanto ao pecíolo, a pig- elíptico, também desejável ao comércio,
todas as características avaliadas, a úni- mentação apresentou maior número de cita-se Linha 5, Mandioca, WON-B e
ca que apresentou todas as classes pos- classes do que o comprimento. Para o Mazomba ocorrendo também alguma
síveis para os quatorze acessos avalia- comprimento do pecíolo, das cinco clas- variação como a característica anterior.
dos. No que se refere à cor predominante ses formadas, duas (números sete e Outra característica de fácil identi-
da rama a maioria dos acessos (80%) se nove) não ocorreram na avaliação. ficação e que permite boa diferenciação
encontraram dentro da mesma classe. Na Tabela 2 são apresentados alguns é a presença de defeitos na superfície
Quanto à cor secundária, os acessos fo- descritores referentes à raiz dos quatorze da raiz. Apesar de não terem ocorrido
ram distribuídos de forma mais diferen- acessos de batata-doce avaliados. Per- duas das classes, foi possível a diferen-

46 Hortic. bras., v. 20, n. 1, mar. 2002.


Caracterização morfológica de acessos de batata-doce.

ciação entre os acessos. Não se levando questão, a coloração rosada, que é acei- para futuros programas de melhoramen-
em conta a parte aérea, os defeitos na tável pelo mercado, esteve em 50% dos to, visto atenderem às exigências do
superfície da raiz diferem um acesso de acessos (Roxinha, Amarelinha, Paraíba, mercado consumidor.
outro, mesmo que tenham formato, cor Mandioca, Rosada, Rosinha de Verdan
e produção iguais. Entre estes, as e Mazomba) (Tabela 2). Todavia, não LITERATURA CITADA
nervuras proeminentes foram as que se deve desconsiderar a cultivar WON-
mais se destacaram, ocorrendo em qua- B, por apresentar cor marrom-alaranjada CAMARGO, A.P. Observações preliminares so-
tro cultivares avaliadas (Roxinha, para essa característica, que também é bre o ciclo vegetativo da batata-doce. Bragantia,
Paraíba, Rosinha de Verdan e Campinas, v. 5, p. 797-821, 1945.
de boa aceitabilidade pelo comércio. A
HUAMÁN, Z. Botânica sistemática y morfológica
Mazomba), seguidas pelas constrições cor secundária da periderme não propor- de la planta de batata o camote. In: Manual de
horizontais superficiais, que ocorreram cionou boa diferenciação, visto que 9 manejo de germoplasma de batata o camote
nas cultivares Amarelinha, Acesso 7 e dos 14 acessos tiveram predominância (Ipomoea batatas). Lima: CIP, 1996. p. 01-16.
WON-A (Tabela2). De todos os aces- do matiz branco. Semelhante ao que IBPGR. Descriptores de la batata. Rome, 1991.
sos avaliados, apenas Roxa-roxa e Man- 134 p.
ocorreu com a característica cor secun- MIRANDA, J.E.C. Batata-doce. Evolução e me-
dioca não apresentaram qualquer tipo de dária da periderme, a cor predominante lhoramento. Piracicaba: USP/ESALQ, 1982. 139
defeito na superfície da raiz; entretanto de polpa também variou pouco entre os p. (Monografia graduação).
a cultivar Roxa-roxa possui uma colo- acessos estudados, com a maioria deles MURILO, D.V. Cultivares de batata-doce. In:
ração arroxeada na periderme e polpa dentro de uma mesma classe, que é acei- ENCONTRO DE PROFESSORES, PESQUISA-
não aceitável para o comércio local (Ta- DORES E EXTENSIONISTAS DO RIO GRAN-
tável pelo comércio. Vale ressaltar que DE DO NORTE, 4., 1990, Mossoró.
bela 1). Ao contrário da característica tais características são suficientes para Anais...Mossoró: Escola Superior de Agricultura
anterior, a espessura do córtex não é de diferenciação, porém, no presente tra- de Mossoró – ESAM, 1990. p. 27-29.
fácil obtenção, apresentando pequeno balho houve uma certa sobreposição das OMETTO, J.C. Bioclimatologia tropical. São Pau-
número de classes e podendo estar su- mesmas.
lo: Agronômica Ceres, 1981. p. 390-398
jeito a erros de medições. A cor da RAMOS, S.R.R. ; QUEIROZ, M.A. Caracteriza-
É importante destacar também que ção morfológica: experiência do BAG de
periderme é outra característica tida cucurbitáceas da Embrapa Semi - Árido, com aces-
embora as características comerciais
como uma das mais importantes na di- sos de abóbora e moranga. Horticultura brasilei-
ferenciação. Sua importância vai além sejam definidas pelo sistema radicular, ra, Brasília, v. 17, suplemento, p. 9 – 12, 1999.
do aspecto morfológico, estando mais a parte aérea revelou maior variabilida- VASCONCELLOS, H.O.; LEAL, N.R.;
relacionada com o aspecto comercial, de, sendo mais útil na discriminação dos ALMEIDA, D.L.; CARVALHO, M.P.M. Carac-
onde há uma restrição de matizes prefe- acessos. terização de germoplasma de batata-doce
(Ipomoea batatas (Lam.)) da Estação Experimen-
ridas pelo consumidor (creme, marrom- Pode-se concluir que os genótipos tal de Itaguaí. Itaguaí: Pesagro-Rio, 1986, 6 p.
alaranjado e rosada). Para o trabalho em ‘Roxinha’ e ‘WON-B’ são promissores (Comunicado Técnico, 174).

Hortic. bras., v. 20, n. 1, mar. 2002. 47

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