APOSTILHA DE CORTE DE ÁRVORE Final
APOSTILHA DE CORTE DE ÁRVORE Final
1. INTRODUÇÃO..................................................................................1
2. TIPOS DE PLANTAS..........................................................................1
3. MÉTODOS DE CORTES......................................................................3
3.1. Corte Manual................................................................................................... 3
3.2. Corte Semimecanizado.................................................................................... 3
4. INSTRUÇÕES PARA O CORTE............................................................4
5. TIPOS DE CORTES............................................................................5
5.1 Seccionados ou Traçagem................................................................................5
5.2 Abate Pleno...................................................................................................... 5
5.3 Poda ou Desrama............................................................................................. 5
5.4. Dendrocirurgia................................................................................................ 7
6. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS CORTES.............................................8
6.1. Entalhe Direcional........................................................................................... 8
6.2. Corte de Abate.............................................................................................. 10
6.3. Corte de Cunha............................................................................................. 10
6.4. Corte em Leque Múltiplos ou Setores Múltiplos.............................................10
6.5. Filetes de Ruptura......................................................................................... 11
7. MATERIAL UTILIZADO PARA CORTE DE ÁRVORES.............................12
7.1. Ferramentas Manuais.................................................................................... 12
7.2. Equipamentos Mecanizados..........................................................................12
8. TÉCNICAS DE CORTE COM MOTOSERRAS.........................................12
8.1. Preparação e Planejamento:..........................................................................12
8.2. Execução - Entrada....................................................................................... 12
8.3. Execução - Saída........................................................................................... 13
8.4. Procedimentos............................................................................................... 13
8.5. Derrubada da Árvore..................................................................................... 14
9. PARTES DA MOTOSERRA................................................................15
10. ABASTECIMENTO DA MOTOSERRA.................................................15
10.1. Combustível para o Motor...........................................................................15
10.2. Lubrificação da Corrente e do Sabre...........................................................16
10.3. Cuidados Durante o Abastecimento............................................................16
11. PROCESSO DE ARRANQUE............................................................17
12. TÉCNICAS EMPREGADAS NO MANUSEIO DE CABOS........................19
12.1. Seleção do Cabo Adequado.........................................................................19
12.2. Técnicas de Nós e Amarrações....................................................................19
12.3. Inspeção e Manutenção...............................................................................19
12.4. Técnicas de Manuseio................................................................................. 19
12.5. Segurança Pessoal...................................................................................... 20
12.6. Principais Tipos de Cabos............................................................................20
12.7. Considerações na Escolha do Cabo Adequado............................................20
12.8. Classificação dos Cabos Quanto ao Trabalho..............................................20
13. SISTEMA DE ANCORAGEM............................................................21
13.1 COMPPONENTES DO SISTEMA DE ANCORAGEM...........................................22
13.2 Classificação Comum dos Nós......................................................................23
13.3 Termos Empregados no Manuseio de cabos:...............................................26
13.4. Cuidados Durante a Utilização de Cabos:....................................................26
13.5. Para segurança do Profissional....................................................................27
14. CORTE E SUPRESSÃO DE ÁRVORES SEM AUTORIZAÇÃO – ASPECTOS
LEGAIS E PENALIDADES.....................................................................29
14.1.Fundamentos Constitucionais......................................................................29
14.2. Lei de Crimes Ambientais – Lei nº 9.605/1998............................................29
14.3. Código Florestal – Lei nº 12.651/2012.........................................................30
14.4. Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) – Lei nº 9.985/2000
.......................................................................................................................... 30
14.5. Competência para Licenciamento – Lei Complementar nº 140/2011..........30
14.6. Penalidades e Sanções................................................................................ 30
14.7. Conclusão.................................................................................................... 31
Página 2 de 31
1. INTRODUÇÃO de Equipamentos de Proteção
Individual (EPIs), como luvas,
As árvores desempenham um capacete, óculos ou protetor facial,
papel essencial nas áreas urbanas, cinturão de segurança, protetor
proporcionando sombra, melhorando auricular e vestimentas adequadas.
a qualidade do ar e reduzindo a Diante desses aspectos, torna-se
temperatura. Cidades com mais essencial que gestores urbanos
espaços verdes são valorizadas, pois promovam uma arborização
contribuem para o bem-estar e a planejada e acessível a toda a
saúde mental da população, cidade, garantindo que os espaços
aliviando o estresse e aumentando a verdes estejam presentes em todas
qualidade de vida. Além disso, a as ruas, e não apenas em parques.
arborização urbana pode reduzir a Ao longo deste material,
temperatura em mais de 10ºC abordaremos as melhores práticas
quando comparada a áreas para a realização segura e eficiente
pavimentadas sem cobertura do corte e poda de árvores em áreas
vegetal. urbanas.
No entanto, o plantio e manejo
inadequados podem gerar 2. TIPOS DE PLANTAS
problemas, como interferências na
fiação elétrica, danos ao calçamento A poda das árvores deve ser
e riscos para a segurança pública. realizada de acordo com o seu ciclo
Para evitar essas situações, é vegetativo, respeitando os períodos
fundamental adotar práticas corretas mais adequados para minimizar
de poda e corte, assegurando que as impactos e garantir um
árvores sejam mantidas de forma desenvolvimento saudável.
segura e sustentável. Plantas de folhas perenes
A execução desses serviços exige devem ser podadas no período entre
metodologia adequada, com a o término da frutificação e a emissão
utilização de equipamentos de novos brotos, garantindo que a
específicos e técnicas apropriadas planta mantenha seu vigor.
para direcionar corretamente a Plantas caducifólias (aquelas
queda das árvores, prevenindo danos que perdem as folhas em
a pessoas e patrimônios. O uso de determinadas épocas do ano) devem
motosserras e outros equipamentos ser podadas durante a fase de
deve seguir rigorosos protocolos repouso, que pode ou não coincidir
técnicos e de segurança, sendo com o inverno.
restrito a profissionais treinados e
autorizados.
Além disso, a segurança no local
de operação é indispensável. Deve-
se sinalizar adequadamente a área
de trabalho e garantir o uso correto
Página 3 de 31
a) Árvores de Clima
Temperado ANOTAÇÕES
Nas árvores de clima temperado, o
repouso vegetativo ocorre quando
perdem suas folhas, geralmente no
inverno. Esse período é ideal para a
poda, pois a planta concentra sua
energia no sistema radicular e na
estrutura dos galhos remanescentes,
favorecendo um crescimento mais
equilibrado na primavera.
Página 4 de 31
3. MÉTODOS DE CORTES manutenção. Para sua utilização, é
necessário:
Certificação da motosserra junto
O corte de árvores pode ser
ao IBAMA.
realizado por diferentes métodos,
Operador devidamente habilitado
dependendo das condições do local,
e certificado para o manuseio do
do tipo de madeira e da equipamento.
disponibilidade de equipamentos e Apesar de aumentar a eficiência
mão de obra. Os principais métodos do trabalho, o corte semimecanizado
são: não elimina o esforço físico, pois a
motosserra, com peso médio de 10
3.1. Corte Manual kg, exige controle e movimentação
Neste método, são utilizadas constantes. O operador precisa
ferramentas simples, como machado, manter posturas específicas durante
facão e serra de arco. A escolha da o trabalho, o que pode gerar
ferramenta varia conforme a dureza impactos na coluna vertebral,
da madeira, o diâmetro da árvore e a ombros, braços e pescoço.
condição física do operador.
Algumas razões que justificam o 3. Corte Mecanizado
uso do corte manual incluem: O corte mecanizado
Disponibilidade de mão de obra representa um avanço significativo
qualificada, reduzindo a na produtividade florestal,
necessidade de treinamentos
abrangendo etapas como derrubada,
especializados.
desgalhamento e traçamento. Esse
Baixo custo com equipamentos e
infraestrutura.
método requer investimentos
Embora seja um método elevados em máquinas
acessível, sua eficiência depende da especializadas e profissionais
habilidade do operador e pode altamente qualificados para operá-
demandar maior esforço físico em las.
comparação com outros métodos. A mecanização pode ser
aplicada de forma parcial ou integral,
combinando processos manuais e
3.2. Corte Semimecanizado
automatizados. Para sua
Este método, amplamente
implantação, são utilizados
utilizado na exploração florestal
equipamentos como tratores,
tradicional, emprega a motosserra
guinchos, mucks e plataformas,
como principal ferramenta,
sendo recomendado apenas para
aumentando a produtividade do
terrenos com inclinação de até 16°.
setor.
Esse método reduz o esforço
No entanto, o uso da motosserra
humano e aumenta a eficiência do
exige operadores com maior
corte, mas demanda planejamento e
qualificação, tanto em habilidades
altos custos operacionais, tornando-
motoras quanto no conhecimento
técnico da máquina e sua
Página 5 de 31
se viável principalmente para permitir um corte preciso e garantir
operações de larga escala. uma rota de escape segura para o
operador no momento da queda.
4. INSTRUÇÕES PARA O CORTE Além disso, realizar a desrama dos
ramos baixos que possam dificultar
A derrubada de árvores exige a o corte, sempre de cima para baixo
aplicação de técnicas específicas e nunca acima da altura dos
para garantir a segurança dos ombros, para evitar acidentes.
operadores, de terceiros e dos bens Essas medidas são essenciais para
patrimoniais no entorno. O minimizar riscos e tornar a operação
planejamento adequado do corte mais eficiente, reduzindo danos ao
reduz riscos e possibilita maior meio ambiente e ao espaço urbano.
controle sobre a queda da árvore.
Antes de iniciar qualquer operação
de corte ou desgalhamento, é ANOTAÇÕES
fundamental seguir os seguintes
procedimentos:
1. Isolamento da área –
Garantir o isolamento total do local
de trabalho, utilizando sinalização
adequada para impedir o acesso de
pessoas não autorizadas.
2. Análise da queda natural –
Observar a inclinação do tronco e a
distribuição dos galhos para
determinar a direção natural da
queda. Caso essa direção apresente
riscos, é necessário adotar técnicas
para direcionar a árvore para um
local mais seguro.
3. Avaliação do terreno e da
estrutura da árvore – Verificar a
inclinação do solo e a estabilidade
da árvore, pois terrenos irregulares
podem influenciar a queda e
comprometer a segurança da
operação.
4. Preparação do entorno e
do tronco – Remover obstáculos
próximos à base da árvore para
5. TIPOS DE CORTES 5.1 Seccionados ou Traçagem
Este método consiste no abate da
árvore em partes, dividindo-a em
Página 6 de 31
toras conforme o espaço disponível. auxilia no içamento de materiais
É utilizado quando não há espaço e pessoas.
suficiente para a queda total da 2) Cabo de Segurança – Garante a
árvore, especialmente em áreas com proteção do operador e do
bens materiais a serem preservados. material durante o corte.
Para isso, são empregadas manobras 3) Cabo Elevador ou de
especializadas e equipamentos Sustentação – Controla a
adequados. descida das toras e galhos,
Além do abate, a traçagem evitando impactos bruscos.
permite o corte do tronco em toras 4) Cabo de Fixação ou de Tração
de comprimento determinado, – Mantém a árvore ou toras
facilitando o transporte e o uso da estabilizadas até a realização do
madeira no processo produtivo. É a corte.
técnica mais utilizada 5) Cabo da Vida – Equipamento de
comercialmente, pois maximiza o Proteção Individual (EPI), usado
aproveitamento da madeira útil. pelo operador para garantir sua
segurança durante o trabalho em
altura.
Cabos utilizados:
Formas de retirada das toras e Cabo Guia
galhos: Cabo de Fixação ou de
a) Dependuradas – Utilização de Tração
cabo elevador para controlar a
descida das toras ou galhos.
5.3 Poda ou Desrama
b) Queda livre – Utilização do
A poda em áreas urbanas deve ser
entalhe direcional, cabo guia e planejada considerando aspectos
cabo de fixação para direcionar a fisiológicos e estruturais da árvore,
queda de acordo com o espaço garantindo sua saúde e segurança.
disponível.
Fatores a serem considerados:
1. Modelo arquitetônico da
Tipos de cabos utilizados:
1) Cabo Guia – Direciona a queda
árvore – Deve-se respeitar o
da árvore, toras ou galhos e crescimento apical e a
dominância dos ramos para
evitar problemas estruturais.
Página 7 de 31
2. Inserção do galho no a) Poda Programada –
tronco – O corte deve ser Realizada para evitar o
realizado próximo ao “colar” fechamento excessivo das
da árvore para facilitar a plantas em lavouras
cicatrização e evitar danos à adensadas.
estrutura da planta. b) Poda Corretiva – Usada para
3. Planejamento e execução – renovar a produtividade da
A poda deve ser realizada por árvore, incluindo técnicas
profissionais qualificados, como:
considerando o período 1. Decote Baixo – Realizado
adequado para minimizar em árvores com
impactos no crescimento e acinturamento para
evitar doenças. remover ramos secos.
2. Recepa – Pode ser feita
Técnicas de corte para poda: com ou sem pulmão,
1. O corte deve ser feito acima dependendo da
de uma gema vegetativa, necessidade da planta.
pois deixar um tronco acima 3. Desponte – Retirada das
pode causar apodrecimento. pontas dos ramos para
estimular ramificação.
4. Esqueletamento – Corte
próximo ao tronco para
recuperar árvores velhas e
improdutivas.
c) Poda de Formação – Modela
o crescimento da árvore desde
o viveiro para garantir
estrutura adequada ao espaço
urbano.
d) Poda de Manutenção ou
2. O corte deve ser inclinado
Limpeza – Retirada de galhos
em bisel de 45°, facilitando o
secos e foco de fungos ou
escoamento da água e
parasitas.
prevenindo o acúmulo de
e) Poda de Condução –
umidade.
Realizada para manter a saúde
da árvore e remover ramos
indesejados.
f) Poda de Adequação –
Adaptada para evitar conflitos
com fiações elétricas,
sinalização de trânsito e
iluminação pública.
Tipos de podas:
Página 8 de 31
5.4. Dendrocirurgia
Técnica utilizada para recuperar
árvores afetadas, removendo tecidos
necrosados e aplicando fungicidas à
base de cobre, seguida de cobertura
com cimento. No entanto, esta
prática é contestada, pois pode
prejudicar a compartimentalização
natural da madeira.
A International Society of
Arboriculture (ISA) recomenda a
suspensão desta técnica, cabendo
aos responsáveis técnicos pela
arborização do município decidir pela
sua adoção ou não.
ANOTAÇÕES
Página 9 de 31
6. CLASSIFICAÇÃO QUANTO superior) deve ser reto
AOS CORTES (horizontal) ou ligeiramente
inclinado e deve encontrar-se
6.1. Entalhe Direcional exatamente com o corte
superior.
O entalhe direcional é o corte que 4. Quando os dois cortes se
determina a direção da queda da
encontram, formam um ângulo
árvore, realizado em um ângulo reto
que lembra a abertura da boca
em relação à direção desejada. Esse
de um jacaré.
entalhe é feito por meio de dois
5. A profundidade do corte
cortes principais: Corte superior
direcional deve ser de no
inclinado e Corte inferior reto ou
máximo 55% do diâmetro do
ligeiramente inclinado.
tronco.
Página 11 de 31
6.2. Corte de Abate Por experiência, recomenda-se que o
O corte de abate é realizado no corte de abate seja realizado em
lado oposto ao entalhe direcional e diagonal, acima do corte direcional.
tem como função efetivar a Pois, cria uma barreira natural
derrubada da árvore. evitando que o tronco “tombe em
Pode ser feito direção ao corte de abate”.
horizontalmente, a uma altura
de 3 a 5 cm acima do corte
direcional. ✔Correto
Não deve atingir
completamente o entalhe
direcional, deixando uma faixa
de madeira chamada filete de
ruptura, que atua como uma
dobradiça controlando a
queda.
Cunhas podem ser
introduzidas para auxiliar na
direção da queda. Corte de abate horizontal acima
do entalhe direcional
✔ Correto
6.3. Corte de Cunha
Esse corte é realizado por meio de
dois cortes direcionais (superior e
inferior), separando o tronco de
maneira perpendicular ao entalhe.
Principalmente usado em
árvores de madeira resinosa
para evitar rachaduras.
Corte de abate horizontal acima
do entalhe direcional
6.4. Corte em Leque Múltiplos
ou Setores Múltiplos
❌ Errado
Utilizado quando o diâmetro da
árvore é maior que o comprimento
do sabre da motosserra.
O corte é realizado em
setores, inserindo a
motosserra em diferentes
pontos do tronco até
completar a separação.
Filetes de Ruptura
Página 15 de 31
ponta do sabre para o corte, pode 6) A motosserra deve ser operada
ocorrer o retrocesso da motosserra e sempre abaixo do nível da cintura;
provocar graves cortes no 7) Evite utilizar a ponta do sabre
trabalhador. para cortar galhos, pois isso pode
desviar a direção da queda.
8.5. Derrubada da Árvore 8) Utilizar sempre, quando em
Derrubar a árvore: planificar a operação, os Equipamentos de
derrubada da árvore observando: a Proteção Individual (luvas, botas,
inclinação do tronco, a direção do capacete com a viseira sobre o
vento, cipós e galhos que podem rosto e protetor auricular, perneiras
direcionar a árvore na queda, e calça).
inclinação e irregularidades do
terreno, o diâmetro do tronco e seu Cuidados Adicionais no Manuseio
direcionamento de forma que facilite da Motosserra
a extração. Algumas regras para
essa etapa são as seguintes:
1. Ajustes e Manutenção:
Regule a corrente apenas com a
Regras de Segurança:
motosserra desligada.
1) Segure motosserra
Retire anéis, pulseiras e cordões
firmemente, mantendo o polegar
esquerdo sobre o volante. antes de iniciar o trabalho para
2) Posicione o pé direito à frente evitar que se enganchem em galhos
na direção do cabo e o esquerdo ou farpas.
afastado para trás. 2. Afiação da Corrente:
3) Manter o pé esquerdo sempre Realize a afiação segurando a
distante do sabre, utilizando a motosserra entre as pernas,
parte mais próxima ao motor para movimentando a lima para frente.
o corte; 3. Ergonomia e Segurança:
4) Posicionar-se ao lado da árvore
Se a tarefa estiver causando dores,
com as pernas entreabertas e os
tremores ou desconforto, peça
braços apoiados sobre as mesmas;
ajuda ou utilize ferramentas de
5) Mantenha uma distância
apoio, como alavancas e ganchos.
mínima de 50 metros entre
operadores em atividade.
9. PARTES DA MOTOSERRA
Página 16 de 31
10. ABASTECIMENTO DA gasolina super ou
MOTOSERRA aditivada, pois o teor de
Benzol presente pode danificar
O abastecimento correto da as membranas do carburador.
motosserra é essencial para garantir
o bom funcionamento do c) Proporção da Mistura:
equipamento e prolongar sua vida A mistura recomendada é de
útil. Abaixo, seguem as orientações 20:1, ou seja, para cada 20
para realizar essa tarefa de forma litros de gasolina, adicione 1
segura e eficiente: litro de óleo para motores
dois tempos.
10.1. Combustível para o Procedimento: Após preparar
Motor a mistura, agite bem para
a) Tipo de Motor: garantir a homogeneização
As motosserras utilizam antes de colocá-la no tanque
motores de dois tempos, que de combustível da motosserra.
funcionam com uma mistura
de gasolina comum e óleo
específico para motores dois
tempos. 10.2. Lubrificação da Corrente
e do Sabre
a) Óleo Lubrificante:
Utilize preferencialmente óleo
lubrificante SAE 30 para garantir
b) Tipo de Gasolina: uma lubrificação eficaz da
Utilize apenas gasolina corrente e do sabre.
comum. Não utilize
Página 17 de 31
A escolha de um óleo adequado
aumenta significativamente a
vida útil desses componentes.
b) Abastecimento:
Coloque o óleo lubrificante no
tanque específico para
lubrificação da corrente e do
sabre.
a) Sincronização do
Abastecimento:
Sempre que reabastecer o
tanque de combustível com a
mistura de gasolina e óleo dois
tempos, aproveite para
reabastecer o tanque de óleo
lubrificante da corrente e do
sabre.
b) Limpeza:
Limpe cuidadosamente as áreas
ao redor das tampas dos tanques
antes de abri-las, evitando que
sujeira ou resíduos caiam no
interior dos tanques durante o
abastecimento.
Esse cuidado previne
entupimentos e danos ao sistema
de alimentação da motosserra.
ANOTAÇÕES
Página 18 de 31
11. PROCESSO DE ARRANQUE
Página 19 de 31
d) para dar o arranque na moto –
serra, segurar firmemente o cabo (7) com
a mão esquerda. Com a mão esquerda.
Com a mão direita. Puxar lentamente o
manipulo de arranque (8) até o encosto.
Depois de puxar com rapidez e
fortemente. O cordão não deve ser
puxado mais do que 70 cm, pois existe
perigo de ruptura.
Página 20 de 31
12. TÉCNICAS EMPREGADAS a) Pratique constantemente as
NO MANUSEIO DE CABOS técnicas de nós para assegurar
sua execução correta em
O manuseio adequado de cabos é situações reais, garantindo a
essencial para garantir segurança e confiabilidade das amarrações.
eficiência em diversas atividades,
desde operações industriais até 12.3. Inspeção e Manutenção
práticas esportivas. Abaixo, Verificação Regular:
apresentamos técnicas fundamentais a) Antes de cada uso, inspecione
para o manuseio correto de cabos, os cabos para identificar
considerando os diferentes tipos de desgastes, cortes, abrasões ou
materiais e suas aplicações: sinais de fadiga que possam
comprometer sua resistência.
12.1. Seleção do Cabo Armazenamento Adequado:
Adequado a) Armazene os cabos em locais
Escolha do Material: secos e protegidos da luz solar
a) A seleção do cabo deve ser direta para evitar a
baseada na atividade a ser degradação dos materiais.
realizada. b) Evite dobrar os cabos de forma
b) Cabos semi-estáticos são acentuada, pois isso pode
recomendados para situações danificar suas fibras internas.
como rapel, devido à sua baixa
elasticidade. 12.4. Técnicas de Manuseio
c) Cabos de poliamida são Prevenção de
valorizados por sua alta Contaminação:
resistência e capacidade de a) Mantenha os cabos longe de
absorver energia, sendo substâncias químicas, óleos e
indicados para atividades que sujeiras que possam deteriorar
envolvem impacto. suas fibras.
Uso de Equipamentos
12.2. Técnicas de Nós e Apropriados:
Amarrações a) Utilize mosquetões, polias e
Conhecimento dos Nós: outros equipamentos
a) Dominar diferentes tipos de certificados e compatíveis com
nós e amarrações é crucial o tipo de cabo utilizado.
para garantir a segurança e a b) Certifique-se de que os
eficiência durante a operação. equipamentos estejam em
b) A escolha correta do nó bom estado e sejam usados
depende da atividade corretamente para evitar
específica e do tipo de cabo acidentes.
utilizado.
Prática Regular:
Página 21 de 31
12.5. Segurança Pessoal exigem suportar grandes
Equipamentos de Proteção cargas.
Individual (EPIs):
a) Use capacetes, luvas, botas e 12.7. Considerações na
outros EPIs conforme a Escolha do Cabo Adequado
atividade, para proteger-se Aplicação Específica:
durante o manuseio de cabos. a) Defina claramente o uso
Treinamento Contínuo: principal do cabo para
a) Participe de cursos e selecionar o material e a
treinamentos regulares para construção mais adequados.
manter-se atualizado sobre as Resistência Necessária:
melhores práticas no a) Avalie a carga máxima que o
manuseio de cabos. cabo precisará suportar para
garantir segurança durante a
12.6. Principais Tipos de operação.
Cabos Condições Ambientais:
Cabos Naturais: a) Considere fatores como
a) Fabricados com fibras exposição à umidade, produtos
naturais, como algodão, juta, químicos e raios UV, que
sisal e linho. podem afetar a durabilidade
b) São apreciados por sua do cabo.
resistência e durabilidade,
sendo usados em artesanato, 12.8. Classificação dos Cabos
agricultura e algumas Quanto ao Trabalho
aplicações industriais. Cabos Estáticos:
Cabos Sintéticos: a) Características: Mínima
a) Produzidos a partir de elasticidade, com alongamento
materiais como nylon, inferior a 2% sob carga.
poliéster, polietileno e b) Aplicações: Circuitos
polipropileno. verticais, horizontais e
b) Oferecem maior resistência à inclinados, espeleologia e
tração, menor absorção de resgates.
água e são mais leves. Cabos Semi-Estáticos:
c) Utilizados em escalada, a) Características: Baixo grau
náutica, construção civil e de elasticidade, permitindo
transporte de cargas. controle firme em descidas.
Cabos Metálicos: b) Aplicações: Trabalhos
a) Compostos por fios de aço ou verticais, resgates e operações
outros metais trançados. táticas.
b) São altamente resistentes e
utilizados em guindastes, Cabos Dinâmicos:
elevadores e aplicações que
Página 22 de 31
a) Características: Alta Além disso, os dispositivos de
elasticidade, com alongamento ancoragem não precisam ser do
entre 6% e 10%, absorvendo mesmo tipo: por exemplo, a linha de
impactos. trabalho pode ser anexada a um
b) Aplicações: Escalada olhal apropriadamente selecionado e
esportiva e situações com instalado.
risco de quedas. Os sistemas de ancoragem são
utilizados para as seguintes
13. SISTEMA DE ANCORAGEM finalidades:
1) - Proteção contra quedas;
Sistema de Ancoragem é o nome 2) - Restrição de movimento;
que damos ao conjunto de 3) - Posicionamento de trabalho
componentes que fazem parte do e acesso por corda.
Sistema de Proteção Individual O primeiro pré-requisito para uma
contra Quedas (SPIQ). Ele é boa ancoragem é distribuir a força
responsável pela segurança, em pelo menos dois pontos de
mobilidade e estabilidade do ancoragem. Para fazer isso, temos
indivíduo, em ambientes de que formar um ângulo entre os dois
trabalho ou de esportes. Consiste pontos que nunca ultrapasse 60°.
em âncoras, dispositivos de Qualquer ângulo maior que este
ancoragem e equipamentos de (ângulo de 60°) aumentará as
conexão. tensões nos pontos de ancoragem
A principal função do sistema de em vez de reduzi-los.
ancoragem é suportar a força No exemplo abaixo, podemos ver
máxima aplicada durante uma a relação entre o grau de cada
queda. Os componentes integrados ângulo e força que o peso da pessoa
do sistema mantêm o indivíduo sendo sustentada irá exercer, quanto
estável por meio de cordas e/ou mais próximo ao ângulo de 60°, mais
cabos de aço - também chamados seguros os pontos, pois menor a
de linhas de vida - que são força exercida.
suportados pela estrutura fixa.
Assim, possíveis quedas são evitadas.
Todos os modelos de dispositivos
devem atender aos requisitos
mínimos de uso. O sistema deve
passar por inspeções regulares e
deve ser instalado por profissionais
treinados como nível 3 de acesso por
cordas, técnicos ou engenheiro de
segurança do trabalho.
Página 23 de 31
13.1 COMPPONENTES DO SISTEMA DE ANCORAGEM
a) As âncoras: são as estruturas naturais ou artificiais nas quais o
equipamento é montado, árvores, rochas, prédios, postes, etc;
b) Dispositivos de conexão: os dispositivos como as cordas, ascensor,
descensor e trava-quedas presos ao cinto;
Página 24 de 31
13.2 Classificação Comum dos Nós
Embora não haja uma padronização universal, uma classificação comum
agrupa os nós nas seguintes categorias principais:
a) Nó Aperto ou Corrediço
b) Nó de União ou para Emendar Cabo
c) Nó de Fixação
d) Nó de Encurtamento e Reforço
e) Nó de Alça ou Laçada
Página 25 de 31
c.2) Nó Caminhoneiro:
Este nó é utilizado para amarrar
cargas de forma segura,
permitindo aplicar tensão c.3) Nó Paulista
significativa para fixar objetos É um Multiplicador de Força que
de maneira firme. É também é aproveitado para o
especialmente útil para prender princípio das roldanas móveis,
cargas em veículos, garantindo formando uma talha manual,
que permaneçam estáveis permitindo que a força aplicada
durante o transporte. seja multiplicada. Cada volta
Dominar os nós de fixação e adicional pelo olhal e pelo seio
tração é essencial para do cabo pode dobrar a força
profissionais e entusiastas de aplicada (2, 4, 8, 16...), embora
atividades que envolvem cordas, o atrito possa reduzir essa
assegurando operações seguras vantagem em cabos sem
e eficientes. roldanas.
ANOTAÇÕES
Página 26 de 31
d) Nó de encurtamento e
reforço e) Nó de Alça ou Laçada
ANOTAÇÕESCriam uma alça fixa ou ajustável
Servem para diminuir o na extremidade ou no meio da corda.
comprimento útil de uma corda sem Exemplos são:
cortá-la. Um exemplo é:
Nó de Catau (ou Nó de e.1) Nó Oito em Alça: Forma
uma laçada fixa e é amplamente
Encurtamento): Permite
utilizado em escalada para
encurtar uma corda ou conectar o escalador ao sistema
isolar uma parte danificada de segurança.
sem a necessidade de
cortar ou desmanchar a
corda inteira.
Página 27 de 31
13.3 Termos Empregados no 13.4. Cuidados Durante a
Manuseio de cabos: Utilização de Cabos:
Página 28 de 31
13.5. Para segurança do Profissional
- Ancoragem longa
Com lais de guia - Localizar a marca de 1/3 do cabo, colocando-o no meio das
costas para realizar o nó lais de guia na frente do corpo na linha da cintura,
arrematando-o com um cote. A parte solta do cabo (chicote) serve para ancoragens
longas através da realização de outro lais de guia na extremidade onde está o
mosquetão.
- Ancoragem média
Com balso de calafate - Localizar a metade do cabo; colocá-lo na retaguarda da
cintura; realizar o no (balso de calafate com alças) e arrematá-lo com cote à frente
do corpo. Colocar o mosquetão no lais de guia a ser realizado no final do chicote.
Página 29 de 31
- Ancoragem curta
Com um chicote:
Realizar um balso de calafate com alças, consumindo 2/3 do cabo da vida.
Página 30 de 31
14. CORTE E SUPRESSÃO DE 14.2. Lei de Crimes
ÁRVORES SEM AUTORIZAÇÃO Ambientais – Lei nº
– ASPECTOS LEGAIS E
9.605/1998
PENALIDADES
Página 31 de 31
14.3. Código Florestal – Lei nº 14.5. Competência para
12.651/2012 Licenciamento – Lei
Complementar nº 140/2011
O Código Florestal Brasileiro
estabelece diretrizes sobre o manejo de
A Lei Complementar 140/2011
vegetação e define onde e como a
define as responsabilidades dos
supressão de árvores pode ser realizada
entes federativos na proteção
legalmente.
ambiental:
Artigo 3º – Define Áreas de
Preservação Permanente (APP) e Artigo 9º – Determina que os
Reserva Legal (RL), onde o corte de estados são responsáveis pelo
árvores é restrito e precisa de licenciamento ambiental para corte
autorização específica. de árvores, salvo em áreas de
competência federal ou municipal.
Artigo 7º – A supressão de
vegetação em APPs só pode 14.6. Penalidades e Sanções
ocorrer em casos excepcionais e
mediante permissão do órgão O corte e a supressão de árvores
ambiental.
sem autorização podem gerar multas
ambientais e até responsabilização
Artigo 46 – Obriga que qualquer
criminal. Além das penas previstas
motosserra utilizada para
supressão de árvores tenha na Lei de Crimes Ambientais, órgãos
registro junto ao órgão ambiental como o IBAMA e secretarias
competente. estaduais e municipais de meio
ambiente aplicam sanções
14.4. Sistema Nacional de administrativas, que podem incluir:
Unidades de Conservação
(SNUC) – Lei nº 9.985/2000 Multas de R$ 500,00 a R$
50.000.000,00, dependendo da
extensão do dano ambiental.
Artigo 22 – Determina que em
unidades de conservação, a
Embargo da área onde ocorreu o
remoção de vegetação depende de
corte ilegal.
autorização específica.
Obrigação de recomposição
Artigo 36 – Exige compensação
florestal.
ambiental para atividades que
causem impactos à vegetação
nativa.
Página 33 de 31