Melhores Práticas de Manejo – Poda de
Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no país,
fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico
brasileiro.
A ABNT é a representante oficial no Brasil das seguintes entidades
internacionais: ISO (International Organization for
Standardization), IEC (International Eletrotechnical Comission); e
das entidades de normalização regional COPANT (Comissão
Panamericana de Normas Técnicas) e a AMN (Associação Mercosul
de Normalização).
www.abnt.org.br
NORMA BRASILEIRA FLORESTAS URBANAS – MANEJO DE ÁRVORES,
ARBUSTOS E OUTRAS PLANTAS LENHOSAS
Em desenvolvimento no ABNT/CEE-103 – Manejo florestal, com os
Tomos:
• Poda – ABNT NBR 16246-1:2013; Florestas urbanas —
Manejo de árvores, arbustos e outras plantas
lenhosas Parte 1: Poda
• Requisitos de segurança no trabalho
• Avaliação de árvores de Risco
• Adubação
• Sistemas de suporte para árvores (cabeamento, hastes
e estais)
• Proteção de árvores em novos loteamentos e junto a
construções civis
• Plantio e transplantio
• Instalação de para raios em árvores?
• Manejo integrado de vegetação em faixas de
Norma ANSI A300 e Best Management Practices Pruning of Trees
As normas são consideradas como “o que fazer” e os BMP o “como
fazer”. A norma ANSI A300 Parte 1 é a norma que os profissionais de
Arboricultura usam para elaborar especificações de contratos de
poda.
Benefícios de Podas Bem Conduzidas
•Risco reduzido de quebra de galhos e tronco
•Mais espaço para veículos, pedestres e redes de serviços
•Melhores saúde e aparência
•Melhor visão
•Aumento na floração
Quando executada de maneira errada, a poda pode afetar
a saúde da árvore, sua estabilidade e aparência
Árvores em Meio Urbano e em Meio Florestal – o SOL
como Regulador de Crescimento de Árvores
Árvores em Meio Urbano e em Meio Florestal
Árvore em ambiente florestal em
diferentes fases de crescimento
Crescimento com
tronco único e galhos
codominantes no ápice
da copa
Árvores em Meio Urbano e em Meio Florestal
Crescimento com tronco único e galhos codominantes no ápice da copa
Várias
consequências
ocorrem quando
nenhum tipo de
poda é executado
ESSAS CONSEQUÊNCIAS INCLUEM
•Desenvolvimento de galhos baixos;
•Troncos codominantes e frágeis;
•Defeitos como casca inclusa;
•Acúmulo de galhos mortos.
A formação de troncos/caules codominantes e
defeitos como casca inclusa podem levar a um
risco grande de quebras
ESSAS CONSEQUÊNCIAS INCLUEM
Desenvolvimento de galhos baixos
ESSAS CONSEQUÊNCIAS INCLUEM
Troncos e galhos codominantes
Objetivos da Poda
•Reduzir riscos de quedas
•Oferecer desobstrução
•Reduzir o sombreamento e a resistência ao vento
•Manter a saúde
•Influenciar na produção de flores ou frutos
•Melhorar a vista
•Melhorar a estética
Objetivos da Poda
Reduzir riscos de quedas
Programa de PODA DE FORMAÇÃO que começa no plantio e pode continuar nos primeiros 25 anos oumais,
dependendo da espécie.
• Criação de um tronco sólido
• Desenvolvimento de arquitetura de galhos que sustentarão a árvore por um longo período
• Aplicável a árvores mais velhas: limpeza, desbaste, redução, elevação ourestauração
Objetivos da Poda
Reduzir riscos de quedas
Objetivos da Poda
Oferecer desobstrução
Conduzir o crescimento da árvore para fora de algum objeto ou
serviço. As árvores normalmente crescem para preencher o espaço
retirado na
poda podas regulares para manter o espaço artificial
Objetivos da Poda
Oferecer desobstrução
Encurtar ou remover galhos baixos pode
levantar a copa e permitir o trânsito de
pedestres e veículos
Objetivos da Poda
Reduzir o sombreamento e a resistência ao vento
Estudo desenvolvido na Universidade da Flórida
comprova que a poda reduz o ângulo de curvatura do
tronco, quando árvores são submetidas a ventos de
alta intensidade
Objetivos da Poda
Manter a saúde
A limpeza da copa pode
contribuir para a manutenção da
saúde das árvores,
especialmente em árvores de
meia-idade e adultas
Influenciar na produção de
flores ou frutos
Objetivos da Poda
•Influência no número e/ou tamanho das flores ou frutos – frutíferas;
•Aumento no tamanho dos cachos de flores em certas espécies;
•Eliminação da produção de frutos pela remoção de flores ou frutos em desenvolvimento.
Objetivos da Poda
Melhorar a vista
Remoção de galhos vivos da borda, da copa, do topo da árvore, ou na lateral inferior da
copa. Essa poda pode incluir desbaste, redução, mocheamento e elevação.
Objetivos da Poda
Melhorar a estética
Promover melhorarias na aparência. Limpeza, redução, desbaste,
mocheamento e restauração podem ser usados para atingir esse objetivo
Métodos de Poda - Tipos
Quatro tipos de poda principais
•Limpeza;
•Desbaste;
•Elevação;
•Redução.
•Melhoraria da estrutura
•Restauração da copa
Métodos de Poda - Tipos
Poda de Limpeza
Remoção seletiva de galhos quebrados, mortos,
doentes, afastados e trincados.
Visa a reduzir o risco de:
•Queda de galhos
•Disseminação de podridão, insetos, e doenças dos
galhos mortos ou doentes para o resto da árvore.
Pode ser feita em árvores de qualquer Idade; mais
comum em árvores de meia-idade e adultas. É o tipo de
poda preferido para árvores adultas porque ela não
remove galhos vivos desnecessariamente.
Métodos de Poda - Tipos
Poda de Limpeza
Galho morto
Tocos
Galho enroscado
Galho quebrado
Problema: Árvores grandes e adultas Solução: Tocos e galhos mortos, enroscados ou
normalmente acumulam galhos mortos, tocos, e quebrados devem ser removidos quando as
galhos vivos e mortos enroscados. árvores são podadas.
Isso acontece devido ao sombreado natural e O diâmetro dos galhos a serem removidos deve
danos provenientes de tempestades e ou ser especificado. Remoção de galhos vivos
animais. somente para acessar galhos mortos
Métodos de Poda - Tipos
Poda de Limpeza
Métodos de Poda - Tipos
Poda de Desbaste
Remoção seletiva de pequenos galhos vivos
para se reduzir a densidade da copa
Mantém o formato e o tamanho da copa e
fornece uma distribuição
homogênea de folhagem por toda a copa
Aumenta a penetração de luz solar e o
movimento de ar através da copa estimula
e mantém a folhagem interior, que pode
estimular o afilamento nos galhos estruturais.
Reduz os riscos de danos por tempestades.
Métodos de Poda -
Tipos
Poda de Desbaste
Antes Depois
Métodos de Poda - Tipos
Poda de Elevação
Remoção seletiva de espaços
galhos para fornecer
Encurta ou remove galhos mais baixos de uma árvore para
verticais.
oferecer espaço para edificações, placas, veículos,
pedestres e paisagens.
Métodos de Poda -
Tipos
Poda de Elevação
Métodos de Poda - Tipos
Poda de Elevação: um processo paulatino
Antes... 5 anos depois
Métodos de Poda - Tipos
Poda de Elevação: um processo paulatino
Cortes muito grandes podem
resultar em podridão e rachaduras.
Métodos de Poda - Tipos
Poda de Elevação: um processo paulatino
Ou em brotações indesejáveis
Métodos de Poda - Tipos
Poda de Redução
Remoção seletiva de galhos e caules para diminuir a altura e/ou largura de uma
árvore ou arbusto com objetivos principais de:
•Minimizar o risco de quedas;
•Reduzir o peso ou largura;
•Desobstruir redes elétricas;
•Remover a vegetação de edificações ou outras estruturas;
•Melhorar a aparência da planta.
Partes da copa podem ser reduzidas, como galhos individuais, para balancear o
dossel, fornecer espaço livre, ou reduzir a probabilidade de quebras de galhos com
defeitos. Ocasionalmente, a copa inteira é reduzida.
A redução da copa deve ser feita com cortes de redução, não com cortes de destopo.
Métodos de Poda - Tipos
Poda de Redução
CORTES DE REDUÇÃO
Métodos de Poda - Tipos
Poda de Redução
CORTES DE REDUÇÃO
Planejar a
linha de corte
como a
bissetriz do
ângulo
formado
entre a linha
da crista e
uma linha
horizontal
Métodos de Poda - Tipos
Poda de Redução
CORTES DE REDUÇÃO
O galho deve
ser cortado
junto a outro
galho cujo
diâmetro seja
no mínimo
1/3 de seu
próprio
diâmetro.
Métodos de Poda - Tipos
Poda de Redução
A redução da copa deve ser feita com cortes de redução, não com destopo.
Métodos de Poda - Tipos
Poda de Redução
Redução Destopo
Poda em redes de eletricidade
Crescimento Crescimento
Poda de Formação
Remoção de galhos e caules vivos para influenciar a orientação,
espaçamento, taxa de crescimento, força de fixação e tamanho final
dos galhos e caules.
Usada em árvores jovens e de meia-idade para ajudar na formação
de um tronco sustentável e melhorar a distribuição dos galhos
estruturais.
Se árvores jovens são podadas para promover uma boa estrutura,
elas provavelmente continuarão úteis na paisagem por mais tempo
do que árvores que não tenham sido podadas.
Quando se espera a árvore crescer para desenvolver uma boa
estrutura, a poda de formação se torna mais difícil e é mais danosa à
árvore.
Poda de Formação
Forma ruim Forma boa
Princípios de uma estrutura robusta
em árvores urbanas:
•Um tronco dominante
•Junções de galhos fortes
•Copa balanceada
A Junção (base) do Galho
Quando os galhos permanecem pequenos em relação ao diâmetro do tronco, um colar
inchado se desenvolve ao redor da base do galho. O colar é formado pela sobreposição e
deformação de madeira do tronco e dos galhos.
A madeira sobreposta forma uma união firme. Dentro do colar, na maior parte das árvores,
há uma barreira química única chamada zona de proteção do galho. Sua função é retardar a
disseminação de organismos decompositores dentro do tronco.
Se o colar for removido ou seriamente danificado, a podridão pode chegar mais facilmente à
madeira do tronco e trazer problemas. Quando dois caules de tamanho aproximadamente
igual (caules codominantes, relação de diâmetro maior que 80 por cento) surgem de uma
união, há pouca madeira sobreposta. O resultado é uma união mais frágil.
A podridão pode entrar quando um caule é removido, pois não há zona de proteção do
galho na base de um galho/caule codominante.
A Junção (base) do Galho
Fotos: Ed Gilman - UF
A Junção (base) do Galho
A Junção (base) do Galho
A união fica ainda mais frágil quando casca inclusa é parte da situação. A casca
inclusa fica presa e encravada dentro da união quando os dois caules crescem e se
desenvolvem.
Esta condição enfraquece a união, tornando a árvore propensa a queda naquele
ponto. Tradicionalmente não há crista de casca formada na parte superior da união
quando há casca inclusa.
Os galhos e caules com casca inclusa devem ser removidos ou encurtados em
árvores jovens. A remoção em árvores grandes pode não ser uma boa opção
devido ao potencial de podridão.
Reduzir o comprimento do caule ou instalar um sistema de suporte estrutural (veja
Best Management Practices: Tree Support Systems) podem ser alternativas para se
minimizar a probabilidade de quedas de galhos grossos.
A Junção (base) do Galho
Casca inclusa; fotos de Joseph O'Brien – USFS
TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS
ESTRUTURAS DE PROTEÇÃO DOS GALHOS
COLAR DE CICATRIZAÇÃO
TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS
ESTRUTURAS DE PROTEÇÃO DOS GALHOS
CRISTA DA CASCA
crista crista
Galho
morto
Galho
vivo
COLAR
TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS
ESTRUTURAS DE PROTEÇÃO DOS GALHOS
COLAR DE CICATRIZAÇÃO
TÉCNICAS DE CORTE
TÉCNICA DE CORTE: CORTE EM TRÊS FASES
NUNCA CORTAR O
COLAR!
TÉCNICAS DE CORTE
TÉCNICA DE CORTE: CORTE EM TRÊS FASES
NUNCA CORTAR O
COLAR!
TÉCNICAS DE CORTE
TÉCNICA DE CORTE: CORTE EM TRÊS FASES
NUNCA CORTAR O
COLAR!
TÉCNICAS DE CORTE
Corte para remoção de galho em seu ponto de
←
origem
Corte final para remoção
de galho com pequeno Corte para redução do
ângulo de incisão comprimento do galho ou caule
← parental
Critério para Manejo de Árvores
Poda x Limpeza de Galhos
Rede Nua Rede Protegida Rede Isolada
TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS
PODA DE RAÍZES
DEVE SER APLICADA COM MUITO CRITÉRIO
(MENOR
CAPACIDADE DE REGENERAÇÃO);
QUANTO MAIOR A DIMENSÃO, MAIS DIFÍCIL E
DEMORADA A REGENERAÇÃO;
EVITAR O CORTE DE RAÍZES GROSSAS PRÓXIMO AO TRONCO, BEM COMO O
CORTE DE TODAS AS RAÍZES PRÓXIMAS AO TRONCO. DISTÂNCIA DO LOCAL DO
CORTE ≥ 10 VEZES O DAP (DIÂMETRO A ALTURA DO PEITO)
TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS
PODA DE RAÍZES
A MELHOR MANEIRA DE SE
EVITAR PROBLEMAS COM
RAÍZES É A CRIAÇÃO DE
ESPAÇO ENRAIZÁVEL PARA A
ÁRVORE!
FERRAMENTAS
NÃO SE ADMITE O USO DE FERRAMENTAS DE
IMPACTO: MACHADO, FOICE, FACÃO, ETC.
SOMENTE FERRAMENTAS DE CORTE DEVEM SER UTILIZADAS PARA
O CORTE DOS GALHOS: TESOURA DE PODA, SERROTE DE PODA,
MOTO-SERRA, ETC.
FERRAMENTAS
FERRAMENTAS DE CORTE
TESOURA MANUAL: PODA DE
FORMAÇÃO; CORTE DE RAMOS DE
ATÉ 2 cm DE DIÂMETRO
FERRAMENTAS
FERRAMENTAS DE CORTE
SERROTE DE PODA: CORTE DE
GALHOS ENTRE 2 E 10 cm DE
DIÂMETRO
FERRAMENTAS
FERRAMENTAS DE CORTE
MOTO-SERRA: CORTE DE GALHOS ACIMA DE 10
cm DE DIÂMETRO
REQUER ALTÍSSIMA CAPACITAÇÃO DO
OPERADOR!
FERRAMENTAS
FERRAMENTAS DE CORTE
MOTO-PODA: CORTE DE GALHOS ACIMA DE 10
cm DE DIÂMETRO
REQUER ALTÍSSIMA CAPACITAÇÃO DO
OPERADOR E MAIORES CUIDADOS PARA SE
EVITAR LESÕES NAS ÁRVORES!
Muito Obrigado
Alexsandro Marcolino
TST Consultoria