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ARSÉNIA

2. Obrigações

A figura da obrigação encontra-se definida no art. 397 do Código Civil, e pode ser
entendida como a situação jurídica na qual uma pessoa se vincula à adaptar um
comportamento em benefício de outra pessoa.

“A essência das obrigações não consiste em fazer nosso algum corpo ou servidão, mas
sim em constranger outros a dar-nos algo ou a fazê-lo, ou a prestá-lo.” (PAULUS citado
por Leitão, 2009, p. 13).

O conceito da figura da obrigação, apresentado no art. 397 do Código Civil, evidencia


como a obrigação constituí um efeito jurídico. E o efeito jurídico é aquele, cujo, tem sua
origem a um facto jurídico que o desencadeia.

De acordo com Leitão (2009), a obrigação:

" A obrigação, tal como nos aparece no art. 397 do Código Civil, constituí um efeito
jurídico. Ora, qualquer efeito jurídico tem sempre na sua origem um facto que o
desencadeia (o denominado facto jurídico). Relativamente a obrigação, as categorias de
factos jurídicos que produzem a constituição do vinculo obrigacional sao denominados
na doutrina por fontes das obrigações." (p. 179).

2.1. Fonte das obrigações

Existem vários factos (factos jurídicos), aptos a produção de situações obrigacionais,


sendo esses factos, designados fonte das obrigações. Consoante as bases etiológicas,
fala-se em fontes económicas, sociais, históricas ou políticas. Mas, o sentido que
interessa para o nosso estudo de fontes das obrigações é o sentido técnico-jurídico.
Neste sentido, fontes das obrigações são factores aptos a produzir as situações
obrigacionais.

Diz-se fonte de obrigação o facto jurídico de onde nasce o vínculo obrigacional. Trata-
se da realidade que dá vida à relação obrigacional.
Para considerar-se determinados factos jurídicos como fonte das obrigações, tem de se
ter em conta a semelhença dos efeitos jurídicos por eles desencadeados, sendo esta, a
constituição de um vinculo obrigacional, e no a aproximidade ou quase semelhança dos
seus eventos, com isso, a luz da doutrina faz-se a classificação das fontes das
obrigações com base o código civil, enumerando os seguintes factos jurídicos
constituintes do vinculo obrigacional:

1) Contratos (art. 405 do Código)


2) Negócios unilaterais (art. 457 do Código)
3) Gestão de negócios (art. 464 do Código)
4) Enriquecimento sem causa (art. 473 do Código)
5) Responsabilidade civil (art. 483 do Código)

As fontes enumeradas, são passíveis de distinçao entre elas, por fontes das obrigações
que resultam e as que nao resultam da autonomia privada.

As fontes das obrigações resultantes da autonomia privada, são aquelas, segundo o


conceito da autonomia privada, das quais resulta a relação obrigacional pela livre e
espontânea vontade das partes, pois, a autonomia privada consiste na permissão
genérica que a ordem jurídica concede a todos os sujeitos de fixarem, por sua vontade
os efeitos que se vão repercutir nas suas esferas jurídicas. Com isso, poder-se-à
considerar como fontes das obrigações resultantes da autonomia privada, os negócios
jurídicos.

Os negécios jurídicos são tidos como fontes das obrigações resultantes da autonomia
privada, em consequância do seu cariz da liberdade de produção dos efeitos jurídicos.
Conforme se sabe, os negócios jurídicos subdvidem-se em negócios jurídicos unilaterais
e bilaterais ou contratos, e ambos são considerados fontes das obrigações resultantes da
autonomia privada. No entanto, quanto a constituição de obrigações, os contratos são
considerados como a principal fonte das obrigações resultante da autonomia privada,
pela sua característica da liberdade contratual das partes, prevista no art. 405 do Código
Civil. Nos contratos, as partes por acordo, e no exercício da sua autonomia privada são
livres de vincularem-se mutuamente a adopção de certos comportamentos, entre os
quais se incluem as relaçóes juridicas obrigacionais. Enquanto que nos negócios
jurídicos unilaterais, apenas uma parte das partes, no exercício da sua autonomia
privada, estabelece para si uma autovinculaçãoo através da constituição de uma relação
jurídica obrigacional, com isso, as obrigações so podem resultar do negócio jurídico
unialateral excepcionalmente nos casos previstos no lei. (art. 457 do Código Civil).
Aposterior, existem também como já referido, as fontes das obrigações que não
resultam da autonomia privada.

"As fontes das obrigações que não resultam da autonimia privada, são designadas
relações obrigacionais legais. São designadas como tal, por surgir a relação obrigacional
sem ter por base qualquer autovinculação das partes, mas sim, em consequência dos
factos jurídicos que a lei atribui o efeito da constituição de obrigações." Leitão (2009).

As fontes das obrigações não resultantes da autonomia privada, como refere Leitão
(2009), "estás consistem em situações em que a lei atribuí a determinados pressupostos
de facto o efeito jurídico da constituição de uma obrigação, a qual surge por isso sem ter
por base qualquer autovinculação das partes nesse sentido", podem resultar da
obrigação de indemnização, prevista no (art. 562 do Código Civil).

A obrigação de indeminização pode derivar da responsabilidade por factos ilícitos (art.


483 do Código Civil), quando alguém através de uma conduta ilícita e culposa causa
danos em bens juridicamente protegidos de outrem, ou da responsabilidade do devedor
(art. 798 do Código Civil), quando alguém causa danos a outrem através da violação do
vínculo obrigacional. Admite-se, porém, que a obrigação de indemnização possa derivar
de factos que nao sejam ilícitos e culposos, podendo assim derivar da responsabilidade
pelo risco (art. 499 do Código Civil), onde por previsões de risco específicas, vai se
responsabilizar alguém, dispensando a existência de qualquer grau de culpa na produção
do dano, bastando o simples risco associado a sua actividade ou à coisa. Podendo
também, a obrigação derivar da responsabilidade por factos lícitos ou pelo sacrifício (n.ᵒ
2, art. 339 do Código Civil), onde na actuação da autorização de sacrificar bens
juridicamente protegidos, deriva a obrigação de indemnizar o lesado pelo prejuizo
sofrido.

Fora das fontes legais da obrigação de indemnização, existem ainda, as seguintes


relações obrigacionais legais:

- gestão de negócios (art. 464 do Código Civil); e


- o enriquecimento sem causa(art. 473 do Código Civil).
JÚLIO

2.1.1. Contratos como fonte das obrigações

O contrato é uma subcategoria das modalidades de negócios jurídicos, e como fez-se


alusão de uma forma sucinta sobre os contratos como fonte das obrigações, estes
correspondem a principal fonte das obrigações resultante da autonomia privada.

Os negócios jurídicos costumam ser distinguidos em negócios jurídicos unilaterais e


bilaterais ou multilaterais, consoante as partes envolvidas no negócio. Fala-se de
contratos, especificamente quando refere-se aos negócios bilaterais ou multilaterais,
pois, os negócios jurídicos bilaterais são aqueles que possuem duas partes e os negócios
jurídicos multilaterais possuem mais de duas partes. Conforme se sabe, quando se fala
das partes do negócio jurídico, não se refere ao numero de pessoas envolvidas, mas sim,
à declarações de vontade. Os contratos são acordos vinculativos assentes sobre duas ou
mais declarações de vontade contrapostas, mas perfeitamente harmonizáveis entre eles,
que visam estabelecer uma regulamentação unitária de interesses, com isso, os negócios
jurídicos unilaterais não correspondem à categoria dos contratos, pois, os negócios
jurídicos unilaterais possuem apenas uma parte (uma declaração negocial). O contrato
assume-se assim, como refere Leitão (2009), como "o resultado de duas ou mais
declarações negociais contrapostas, mas integralmente concordantes entre si, de onde
resulta uma unitária estipulação de efeitos jurídicos." (p. 189).

3. Modalidades dos contratos

3.1. Classificacao dos contratos quanto a formação

Os contratos podem ser distinguidos quanto ao seu modo de formação, entre contratos
quoad constitutionem e contratos consensuais. Os contratos reais quad constitutionem
são aqueles para cuja celebração se exige a entrega da coisa de que são objecto. Os
contratos consensuais sao aqueles em essa entrega é dispensada.

3.1.1. Regime jurídico

Nos contratos quoad constitutionem, a exigência da entrega da coisa para a constituição


desdes contratos costuma ser implicitamente referida através da descrição do tipo
contratual e do facto de no seu regime nao se prever a obrigação de entrega da coisa.
Como sucede, nos seguintes contratos previstos no código civil: parcearia pecuária (art.
1121ᵒ), no comodato (art. 1129ᵒ), no mútuo (art. 1142ᵒ) e no depósito (art. 1185ᵒ).
Outrora, a lei determina expressamente a proibição de o contrato se constituir sem a
entrega da coisa, sendo, incluído nesses casos, o penhor das coisa (art. 669 do Código
Civil).

A admissibilidade da constituição do contrato consensual só se pode colocar


relativamente à situações em que a referência a entrega da coisa aparece apenas na
descrição do tipo legal, ja que sempre que a lei exige imperativamente a entrega da
coisa para a constituição do contrato, parece claro que as partes não a podem dispensar.
Outrora, quando se pode dispensar a entrega da coisa, tem de estar explicitamente
referido na descrição do tipo contratual, como acontece na doação verbal de coisas
móveis (n.ᵒ 2, art. 947 do Código Civil).

As partes não podem, com base na autonomia privada, constituirem contratos


consensuais ao lado dos contratos reais quoad constitutionem. Ou se defende que é
exigida a entrega da coisa para a constituição do contrato e então são contratos reais
quoad constituionem, ou se entende que o contrato já está formado antes da entrega da
coisa e então o contrato é consensual. Admitir as duas soluções simultaneamente
implicaria defender dois regimes contraditórios para o mesmo contrato, o que é
inaceitável.

ROSÁRIA

3.2. Classifição dos contratos quanto aos efeitos

A produção dos efeitos jurídicos nos contratos depende da livre decisão das partes, ao
exercício da autonomia privada, assim como, pode-se também estipular a eficácia
jurídica dos contratos.

A eficácia jurídica classifica-se em eficácia jurídica constitutiva, transmissiva,


modificativa ou extintiva. Com isso, os contratos podem ser classificados quanto a
eficácia jurídica, como constitutivos, transmissivos, modificativos ou extintivos de
efeitos jurídicos, consoante, respeitivamente, uma situação juridica se contitua numa
esfera jurídica, se transite de uma para outra, se modifique ou se extinga.

A mais importante classificação de contratos é, porém, a que distingue os contratos


consoante o tipo de situação jurídica a que dão origem.

O tipo de situação jurídica que os contratos dão origem pode reconduzir-se à um direito
real sobre uma coisa determinada ou dar origem a direitos de crédito, na primeira
situação estaremos diante de contratos reais, e na segunda situação, contratos
obrigacionais.

3.2.1. Contratos obrigacionais e reais

Os contratos obrigacionais reconduzem-se à criacao de direitos de crédito e obrigações,


sendo a sua eficácia sobre as partes imediata.

Os contratos reais reconduzem-se sempre a criação de direito real sobre uma coisa
determinada, todavia, pode acontecer que a sua eficácia não seja imediata, o que
acontece sempre que não estejam preenchidos, no momento da celebração, os requisitos
necessários para que o contrato dê origem uma situação de natureza real.

3.2.2. Regime jurídico

A regra geral, porém, é a de que a transmissão dos direitos reais sobre coisa
determinada ocorre por mero efeito do contrato (n.ᵒ 1, art. 408 do Código Civil).

Nos termos deste artigo, entende se que, a transmissão dos direitos reais ocorre apenas
em virtude do próprio contrato, não ficando dependente de qualquer outro acto
posterior, como a entrega da coisa ou o registo, no entanto, esta transmissão da
propriedade no momento da celebração do contrato apenas ocorre relativamente à coisas
que já possuam os requisitos necessários para que sobre elas possa ser constituido um
direito real, que só pode incidir sobre coisas presentes, determinadas , autónomas de
outras coisas e que não sejam sujeitas a registo. Se as coisas ainda não possuirem esses
requisitos, como sucede se o contrato tiver por objecto coisas futuras, indeterminadas,
frutos naturais ou partes componentes e integrantes, refere o n.ᵒ 2, art. 408 do Código
Civil, que a transferência da propriedade é deferida para o momento posterior ao
momento da celebração do contrato.
Relativamente a coisas futuras, o momento da transferência da propriedade é o da
aquisição da coisa pelo alienante, este regime é aplicável a todas as coisas que ainda não
existem, ao tempo da declaração negocial. O n.ᵒ2, art. 408 do Código Civil, e aplicável
ao contrato de compra e venda (art. 874 do Código Civil), essencialmente (art. 880 do
Código Civil).

Relativamente a coisas indeterminadas, a transferência verifica-se no momento em que


a coisa é determinada com o conhecimento de ambas as partes. Este regime, é aplicável
relativamente as obrigações alternativas (arts. 543 e ss. do Código Civil), onde a
transferência do direito real se verifica quando a escolha da prestação, efectuada por
aquele a quem compete, chega ao conhecimento da contraparte.

Relativamente a coisas ligadas a outras, como sucede com os frutos naturais e as partes
componentes ou integrantes de outras coisas, a transferência verifica-se no momento da
colheita ou da separação. A colheita ou separação constituem neste caso obrigação do
vendedor (n.ᵒ1, art. 880 do Código Civil).

a) A cláusula de reserva de propriedade

A transferência da propriedade em virtude da celebração do contrato, possibilita a


transferência da propriedade pela celebração de um contrato de compra e venda à
crédito (venda a prestações ou venda com espera de preço), onde pode o comprador
tornar-se imediatamente proprietário do bem pela celebração do contrato, sem que ainda
tenha efectuado o pagamento da coisa na totalidade, sendo ja proprietário o comprador,
pode voltar a aliena-lo. Nesta situação o vendedor resta-lhe apenas a possibilidade de
cobrar o pagamento, sem qualquer garantia especial, nem sequer sobre o bem vendido.
A possibilidade de cobrar o pagamento é, porém, um mero direito de crédito, que não
atribuí qualquer preferência no pagamento (n.ᵒ 1, art. 604 do Código Civil). Ainda
assim, a lei para facilitar a transmissão dos bens e evitar que esta seja revertida, vem,
através do art. 886 do Código Civil, retirar ao vendedor a possibilidade de resolução do
contrato por incumprimento da outra parte, a partir do momento em que ocorra a
transmissão da propriedade e a entrega da coisa.

A possibilidade do vendedor cobrar o pagamento acarreta o direito de indemnização, em


caso de incumprimento do comprador (art. 817 do Código Civil), mas, não podendo
mesmo assim, resolver o contrato a partir do momento em que ocorra a transmissão da
propriedade e a entrega da coisa (n.ᵒ2, art. 801 do Código Civil).

Em virtude dessas consequências gravosas, tornou-se comúm, nos contratos de compra


e venda à crédito, a celebração de uma cláusula de reserva de propriedade.

A reserva de propriedade vem referida no art. 409 do Código Civil, podendo ser
definida como a convenção pela qual o vendedor reserva para si a propriedade da coisa,
até ao cumprimento total ou parcial das obrigações da outra parte, ou até a verificação
de qualquer outro evento (n.ᵒ 1, art. 409 do Código Civil).

HIGON

3.3. Contratos mistos

O contrato misto é aquele contrato que reune em sí regras de dois contratos total ou
parcialmente típicos, assumindo-se assim como um contrato atípico, por não
corresponder integralmente a nenhum tipo contratual regulado por lei. Esta é uma
categoria importante no âmbito dos contratos.

De acordo com Leitão (2009), é possível distinguir as seguintes categorias de contratos


mistos:

- Contratos múltiplos ou combinados;


- Contratos de tipo duplo ou geminados;
- Contratos mistos strictu sensu, comulativos ou indirectos;
- Contratos complementares.

Contratos múltiplos ou combinados são aqueles em que as partes estipulam que uma
delas deve realizar prestações correspondentes a dois contratos típicos distintos,
enquanto a outra parte realiza uma unica contraprestação comúm.

Contratos de tipo duplo ou geminados, correspondem aqueles contratos em que uma


parte se encontra obrigada a uma pretação tipica de certo tipo contratual, enquanto que a
contraparte se encontra obrigada a uma contraprestação oriunda de outro tipo negocial.
Contratos mistos strictu sensu, comulativos ou indirectos correspondem aqueles
contratos em que é usada uma estrutura própria de um tipo contratual para preencher
uma função tipica de outro tipo contratual.

Contratos complementares são aqueles em que são adoptados os elementos essenciais


de um determinado contrato, mas aparecem acessoriamente elementos típicos de outro
ou outros contratos.

3.3.1. Regime jurídico

As partes ao reunirem no mesmo contrato regras de dois ou mais contratos total ou


parcialmente regulados por lei, provocam sempre um conflito de regimes legais
potencialmente aplicáveis. Com isso, surge sempre a questão da determinação de qual
regime que lhes deve ser aplicado.

A luz da doutrina, aponta-se as seguintes soluções para a resolução da questão


apresentada nos contratos mistos:

- a teoria da absorção, defendida por LOTMAR;


- a teoria da combinação, defendida por RUMELIN e HOENIGER;
- a teoria da analogia, defendida por SCHREIBER.

A teoria da absorção vem defender que o conflito de regimes contratuais suscitado pelos
contratos mistos deve ser resolvido pela seleção do tipo contratual predominante nos
tipos contratuais componentes no contrato misto, o qual absorve as regulações
respeitantes aos outros tipos contratuais.

A teoria da combinação vem sustentar que o conflito entre os regimes contratuais não
deve ser resolvido pela seleção a favor de um deles, mas antes se deve realizar uma
aplicação combinada dos dois regimes, ou seja, harmonizar os componentes na
regulamentação do contrato.

A teoria da analogia vem sustentar que o conflito de regimes contratuais deve implicar a
nao aplicação de qualquer deles, configurando-se por isso o contrato misto como um
contrato integralmente atípico, não regulado por qualquer tipo legal.
A luz da doutrina, apenas a teoria da analogia merece afastamento liminar.
Efectivamente, defender a exclusão simultânea da aplicação das regras dos dois regimes
implica desvirtuar a natureza do contrato misto, que passa a ser considerado um contrato
totalmente atípico, o que não corresponde a sua natureza, que antes e a da reunião de
regras de dois contratos total ou parcialmente típicos.

A alternativa coloca-se assim entre a teoria da absorção e a teoria da combinação.

A luz da lei pode-se averiguar algumas soluções ditadas para algumas situações de
contratos mistos, como sucede no dominio do arrendamento. Assim, o art. 1084 do
Código Civil, perante uma hipótese de um contrato misto de arrendamento rural e
arrendamento misto, manda aplicar apenas o regime do arrendamento urbano se for de
valo superior ao do arrendamento rural, o que corresponde a uma aplicação da teoria de
absorção. Já o art. 1028 do Código Civil, referente a locação com pluralidade de fins,
manda aplicar os dois regimes se não houver a subordinação de uns fins a outros,
aplicando-se a luz deste artigo a teoria de combinação.

Destas soluções apresentadas a luz da lei para as situações previstas, pode-se, tentar
extrair um criterio geral. Assim, sempre que na economia do contrato misto, os
elementos pertecente a um dos contratos assumirem preponderância, deve ser aplicado
essencialmente o regime desse contrato, o que corresponde a teoria da absorção. Se,
porem, não for possível estabelecer essa preponderância, a solução já deve ser antes a
aplicação simultanea dos sois regimes, o que corresponde a teoria de combinação.
(Leitão, 2009).

3.3.2.Figura afim

3.3.3. A união de contratos

A união de contratos permite que cada contrato, dos contratos compostos nela,
mantenha a sua autonomia, possibilitando a sua individualização em face do conjunto.
Ao contrário, os contratos mistos ainda que recolham elementos de vários tipos
contratuais, existe um unico contrato, já que esses elementos se dissolvem para formar
um único contrato.

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