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E-Fólio A - Introdução Ao Direito

O documento discute a importância do Direito na sociedade, destacando sua função de regular relações interpessoais e garantir a coexistência pacífica. Além disso, aborda a distinção entre Direito natural e Direito positivo, enfatizando a Justiça como um princípio comum entre ambos, apesar de suas abordagens diferentes. A análise ressalta que, na prática, os sistemas jurídicos contemporâneos incorporam elementos de ambos os paradigmas, refletindo valores morais e éticos da sociedade.

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Rosalia Rafael
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O documento discute a importância do Direito na sociedade, destacando sua função de regular relações interpessoais e garantir a coexistência pacífica. Além disso, aborda a distinção entre Direito natural e Direito positivo, enfatizando a Justiça como um princípio comum entre ambos, apesar de suas abordagens diferentes. A análise ressalta que, na prática, os sistemas jurídicos contemporâneos incorporam elementos de ambos os paradigmas, refletindo valores morais e éticos da sociedade.

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UNIDADE CURRICULAR: Introdução ao Direito

CÓDIGO: 41037

DOCENTE: Prof. Doutor Fernando Costa

A preencher pelo estudante

NOME: Rosália da Conceição Rafael

N.º DE ESTUDANTE: 2401319

Turma: 12

CURSO: Licenciatura Estudos Europeus

N.º DE PALAVRAS: 1405

DATA DE ENTREGA: 7 de novembro de 2024

Questão I

Do meu ponto de vista, e com base no texto apresentado, o Direito só se justifica


pela existência de uma entidade coletiva, ou seja, uma sociedade. O Direito é constituído,
por normas e regulamentos, implementadas pelo estado, para garantir uma coexistência
harmoniosa e um bom funcionamento das relações sociais.

Uma das funções do Direito, entre muitas, é a de regular, organizar e estruturar as


relações interpessoais, de modo que as sociedades funcionem harmoniosamente. As
pessoas em sociedade vivem de modo independente, necessitam consequentemente de

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normas precisas para pautar as suas ações, em ambiente familiar, de trabalho, em termos
económico e políticos.

O Direito, por meio de leis e regulamentos, estipula posturas comportamentais,


estabelecendo o que é consentido e o que é proibido, garantindo direitos e determinando
deveres aos indivíduos. Normas jurídicas que asseguram, entre outros, o direito à
propriedade, o direito à liberdade e o direito à integridade física e moral, determinantes
para que cada indivíduo tenha condições para viver de forma digna e segura.

O texto destaca também que o Direito subsiste em virtude da inevitabilidade das


infrações normativas. Todos temos diferentes valores, interesses e comportamentos
sociais, em consequência disso, as transgressões são uma constante. Conforme
mencionado no texto, “pessoas menos honestas, menos sociais, menos conformes com os
valores” são indivíduos que, por decisão ou necessidade, infringem as diretrizes
condicionais. Essa conduta imprópria ameaça o equilíbrio social e a estabilidade dos
restantes membros da sociedade, tornando-se fundamental que o Direito aja.

É precisamente essa necessidade de lidar com condutas ilegais que fazem do


Direito uma estrutura sólida, não meramente para orientar as práticas adequadas, mas
também para dissuadir e corrigir comportamentos que vão contra o bem comum. Ao
corrigir os infratores, o Direito reitera a importância das normas e dos valores, procurando
novos atos preventivos.

A ação do Direito na mediação de conflitos e na aplicação de punições é outro


ponto fundamental. Em sociedades onde as diferenças e os interesses são muitos, é natural
surgirem disputas, por conseguinte, o Direito funciona como um mediador neutro que
visa solucionar esses conflitos de forma imparcial e correta. Por intermédio dos tribunais
e de outros meios de mediação de conflitos. O Direito apresenta aos cidadãos um meio
de solucionar as divergências decorrentes, de forma civilizada, evitando que cada qual
procure fazer justiça por sua própria conta.

O autor do texto salienta que “não vivemos num mundo de anjos”, esta observação
sustenta a ideia de que uma sociedade é estruturada por indivíduos com diferentes
objetivos e condutas. Se todos em sociedade, fossem honestos, solidários e seguissem as
normas espontaneamente, o papel corretivo do Direito talvez fosse desnecessário. Porém,

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a realidade é bem diferente, e o Direito revela-se necessário para assegurar uma ordem
mínima que facilite a vida em sociedade.

A presença do Direito serve para trazer à memória que os comportamentos ilícitos


serão sancionados e que o não cumprimento das normas terá consequências. Este sistema
de normas e avaliações ajuda a assegurar o bem-estar coletivo e a segurança, sendo
imprescindível numa sociedade complexa e multifacetada.

Resumidamente, o Direito é uma estrutura necessária para a organização e o


funcionamento das sociedades, uma vez que regula condutas, resolve litígios e faz critério
de avaliação, de forma contínua, visando salvaguardar a paz e a ordem social, ainda que
o seu objetivo ideal seja assegurar as relações de forma pacífica. De modo que, o Direito,
não apenas regula e arbitra, mas também sanciona, garantindo que os valores e normas
sejam respeitadas. É essa decisão, que, entre regulação e supervisão, possibilita o
desenvolvimento das sociedades contemporâneas.

Questão II

O autor, Paulo Ferreira Cunha, fala sobre a diferenciação entre o Direito natural e
o Direito positivo, analisando as críticas elaboradas pelos positivistas aos jusnaturalistas,
sendo imputados de basear o Direito em princípios morais, religiosos e políticos
indiferentes à autonomia do sistema jurídico. Com base nessa análise, o autor também
evidencia o papel da Justiça como princípio fundamental de ambas as perspetivas, embora
com diferentes abordagens. Na presente análise, será desenvolvida e fundamentada, de
forma critica, o papel do Direito natural e do Direito positivo, assim como a
preponderância da Justiça como propósito comum entre esses dois regimes jurídicos.

A relação entre Direito natural e Direito positivo representa uma das principais
controvérsias da filosofia do Direito. O Direito natural, segundo os princípios
jusnaturalistas, é formado em princípios universais, considerados indissolúveis, que
provêm da natureza humana e da razão. Para os jusnaturalistas, existem regulamentos e
privilégios que antecedem à elaboração de leis e independentes da legislação positiva. O
Direito natural está, portanto, na sua essência relacionado com a moral, os direitos
humanos e os princípios fundamentais, sendo visto como base para a legalidade das

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normas jurídicas. A sua característica primordial é a perceção de que a Justiça é objetiva
e universal, sendo possível determinar a verdade jurídica por meio da razão.

Em contrapartida, o Direito positivo, apoiado pelos positivistas, está focado nas


normas estabelecidas pelo legislador num contexto social e histórico. Para os positivistas,
o Direito é um sistema de normas criadas pelas entidades competentes, e a sua vigência
não depende da sua concordância com os princípios morais ou naturais, mas sim pela sua
praticidade e aplicação no sistema jurídico. Desta forma, o Direito positivo não se
preocupa em aplicar as suas normas com base em valores fundamentais, mas sim com a
sua eficácia e a sua implementação prática para garantir a ordem social.

A principal crítica dos positivistas ao Direito natural é que os jusnaturalistas


procuram implementar as normas jurídicas com base em princípios morais e religiosos
que, na sua perspetiva, são subjetivos e não têm base no sistema jurídico. Para os
positivistas, o Direito deve ser uma ciência baseada em fatos, desprovida de princípios
morais ou religiosos. De qualquer forma, é importante considerar que, apesar dessa
crítica, o Direito positivo também está condicionado a influências externas, como a moral
e a ética, que acabam por moldar as leis consoante os valores da sociedade.

Um aspeto importante no excerto do autor, Paulo Ferreira Cunha, é a menção à


relação entre o Justo nas diversas ordens normativas, como a moral, o Direito e a religião.
Mesmo que essas áreas tenham a suas próprias normas e valores, elas estão muitas vezes
relacionadas e podem causar confusão, uma vez que as normas legais muitas vezes
expressam os princípios éticos e morais de uma sociedade específica.

Tanto no Direito natural como no Direito positivo, a Justiça tem um papel


preponderante. A principal diferença entre os dois sistemas está na forma como a Justiça
é elaborada e conseguida. Para os jusnaturalistas, a Justiça é a cumprimento das normas
jurídicas com os direitos naturais, constantes e universais, enquanto para os positivistas,
a Justiça consiste na aplicação das normas do sistema jurídico em vigor, sem depender da
conformidade com princípios naturais ou morais.

Contudo, o valor da Justiça é algo válido para ambos os sistemas, mesmo que se
demonstre de formas diferentes. O Direito natural visa assegurar que as leis sejam justas
relativamente aos direitos humanos e à dignidade humana, enquanto o Direito positivo
pretende garantir que as leis sejam aplicadas de maneira justa e imparcial, cumprindo os

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procedimentos definidos legais pela comunidade. Pode-se afirmar, que a Justiça, é a
finalidade comum de ambos os sistemas jurídicos, pois ambos procuram uma estrutura
social de forma que as normas sejam cumpridas e o bem comum seja fortalecido.

É importante salientar que, na prática, os sistemas jurídicos, atualmente, não


abordam, nem uma, nem outra perspetiva, mas por norma incluem elementos de ambos.

As normas jurídicas de um país são, na maioria, orientadas por princípios morais


e éticos que representam a sua cultura, história e religião, mas também são o resultado de
um procedimento legislativo que se baseia no Direito positivo, cujo objetivo é garantir a
ordem e a harmonia social.

A relação entre Direito natural e Direito positivo é um tema complexo e


fundamental na filosofia do Direito, que gera debates sobre a função do Direito, a sua
relação com a moral e a religião, e o papel da Justiça como interesse comum. A crítica
dos positivistas aos jusnaturalistas destaca a necessidade de um Direito objetivo e
independente de interferências externas, mas, simultaneamente, não podemos ignorar que
as normas jurídicas, mesmo no âmbito do Direito positivo, estão constantemente
impregnadas de valores morais e éticos. Enquanto pilar, a Justiça, fundamental, deve ser
o princípio orientador de ambos os sistemas, pois a sua aplicação de forma justa e
imparcial é fundamental para o bom funcionamento de qualquer sociedade.

Bibliografia:

Cunha, Paulo Ferreira da. Teoria Geral do Direito – Uma Síntese Crítica, Lisboa, A Causa
das Regras, 2018.

Webgrafia:

Uniregistral, Qual a importância do direito para a sociedade, 2017


https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=B7jcM7WFkyk

O Direito e Eu, O que é Direito Natural e Direito Positivo, 2021


https://www.youtube.com/watch?v=hRYPX-Q46s0&t=99s

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