Campus Universitário de Viana
Universidade Jean Piaget de Angola
Criada pelo Decreto n. 44-A/01 do conselho de Ministros, em de 6 de Julho de 2001
Faculdade de Ciências da Saúde
PATOLOGIA
PRINCIPAIS DOENÇAS ENDÉMICAS
Período: Diurno
Curso: Enfermagem
2º Ano
Docente
_____________________________
Dr. Stanislau Félix e Idalina Amaro
Viana, Novembro de 2024
Campus Universitário de Viana
Universidade Jean Piaget de Angola
Criada pelo Decreto n. 44-A/01 do conselho de Ministros, em de 6 de Julho de 2001
Faculdade de Ciências da Saúde
PATOLOGIA
PRINCIPAIS DOENÇAS ENDÉMICAS
Nº INTEGRANTES DO GRUPO PERCENTAGEM
01 Cheila Manuel Bizela 100%
02 Cláudia Teresa Camati 100%
03 Elizabeth Emília Domingos 100%
04 Ernestina Púcuta 100%
05 Esperança Domingos 100%
06 Fernanda Lídia Dumbue 100%
07 Francisco Kahongo 100%
08 Gabriela Pascoal Major 100%
09 Luísa Andre 100%
10 Marlene da Conceição 100%
11 Maura Domingas Gaspar 100%
ÍNDICE
INTRODUÇÃO.................................................................................................................1
OBJECTIVOS DO ESTUDO............................................................................................2
Objectivo Geral.................................................................................................................2
Objectivos Específicos......................................................................................................2
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................3
1.1. DOENÇAS ENDÉMICAS.........................................................................................3
1.2. PRINCIPAIS DOENÇAS ENDÉMICAS..................................................................6
1.2.1. Dengue.....................................................................................................................6
1.2.2. Febre Amarela.........................................................................................................6
1.2.3. Prevenção contra dengue e febre amarela...............................................................7
1.2.4. Esquistossomose......................................................................................................8
1.2.5. Leishmaniose...........................................................................................................8
1.2.6. Leptospirose............................................................................................................9
1.2.7. Hanseníase.............................................................................................................10
1.2.8. Doença de Chagas.................................................................................................10
CONCLUSÃO.................................................................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................12
INTRODUÇÃO
As doenças endémicas são aquelas que ocorrem de forma constante em uma
determinada região ou população, mantendo uma taxa relativamente estável ao longo do
tempo. Essas doenças podem ser causadas por agentes patogónicos como vírus,
bactérias, fungos ou parasitas e estão frequentemente associadas a condições
geográficas, climáticas ou sócio-económicas específicas. Ao contrário das doenças
epidémicas, que surgem de maneira repentina e afectam uma grande quantidade de
pessoas em uma área, as doenças endémicas estão presentes continuamente em uma
comunidade ou área geográfica, com variações sazonais ou anuais, mas sem a
ocorrência de surtos massivos.
Essas doenças têm um impacto significativo na saúde pública, especialmente em
países em desenvolvimento, onde as condições sanitárias e de acesso à saúde podem ser
precárias. Além disso, elas podem representar um desafio contínuo para o controle e a
prevenção, uma vez que as populações estão expostas constantemente ao risco de
infecção.
Entre as doenças endémicas mais conhecidas, podemos citar a malária, a
tuberculose, a febre amarela, a dengue, a leishmaniose, entre outras, que apresentam
características e impactos diferentes, mas que têm em comum o facto de estarem
presentes de forma recorrente em determinadas regiões.
O controle e a prevenção dessas doenças requerem uma abordagem integrada,
que envolva não apenas o tratamento e a vacinação, mas também melhorias nas
condições de saneamento, educação em saúde e monitoramento epidemiológico. A
compreensão das características dessas doenças é essencial para desenvolver estratégias
eficazes para sua mitigação e para a promoção da saúde global.
1
OBJECTIVOS DO ESTUDO
Objectivo Geral
Estudar sobre as principais doenças endémicas.
Objectivos Específicos
1. Descrever as doenças endémicas;
2. Identificar as principais doenças endémicas;
3. Descrever a prevenção contra dengue e febre amarela.
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CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1. DOENÇAS ENDÉMICAS
O termo doença endêmica ou endemia é utilizado para definir qualquer doença
localizada ou com uma grande incidência em um espaço limitado denominado de “faixa
endêmica”, seja esse um estado ou um país.
Essas enfermidades foram o foco da saúde pública por quase um século até que
com a chegada da urbanização, da ampla disponibilidade de água encanada,
melhores condições de saneamento e o desenvolvimento de diversas políticas e
estratégias de controle, observou-se uma diminuição considerável na incidência
dessas complicações.
(Silva, 2003, p. 44).
O trecho mencionado reflete uma importante transformação na saúde pública ao
longo do século XX. Ele destaca o impacto da urbanização e o avanço de políticas de
saneamento básico e abastecimento de água potável na redução das doenças endêmicas
que antes predominavam no país. Entre essas enfermidades, muitas eram causadas por
condições precárias de higiene e infraestrutura, como as doenças parasitárias e
infecciosas.
Silva, (2003, p. 51), afirma que “no Brasil costumam ocorrer em áreas rurais ou
urbanas com problemas de saneamento básico. A maioria dessas doenças é de ordem
parasitária ou são transmitidas por vetores” (organismos que servem de veículo para a
transmissão de doenças).
A afirmação de Silva (2003) destaca a estreita relação entre condições precárias
de saneamento básico e a proliferação de doenças parasitárias e transmitidas por vetores
no Brasil. Essas enfermidades são mais comuns em áreas rurais ou urbanas com
infraestrutura deficiente, onde a falta de acesso a água potável e sistemas adequados de
esgoto facilita a transmissão de agentes causadores de doenças.
Segundo o Ministério da Saúde, (2020), A esquistossomose, ou barriga d’água
como é popularmente conhecida, se qualifica como uma verminose parasitária
desencadeada pela infecção do agente etiológico Schistosoma mansoni, que dispõe
como vetor o caramujo em água doce, posteriormente contaminada. As manifestações
clínicas surgem após o alojamento do verme nas veias do mesentério e do fígado, sendo
estas identificadas com sintomas agudos como: febre, cefaleia, fraqueza, tosse e
diarreia, sendo este último agravado na forma crônica.
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Figura 1: Ovo do parasita Schistosoma mansoni evidenciados nas fezes dos indivíduos
acometidos pela esquistossomose
Fonte: Ministério da Saúde (2020)
Como tratamento de primeira linha é prescrito o Praziquantel, administrado via
oral em dose única de 50mg/kg para adultos e 60mg/kg para uso pediátrico, sob a forma
de comprimidos de 600mg. Como segunda escolha de tratamento, quando necessário, é
prescrito Oxamniquina, também administrada via oral em adultos numa dose única de
15mg/kg e em crianças a 20mg/kg, receitada na forma de cápsulas de 250mg. (Barata e
Briceño, 2000).
A Leishmaniose é uma doença infecciosa e não contagiosa, provocada por
parasitas do gênero Leishmania tem como fonte de transmissão principal os animais
silvestres e insetos infectados com o parasita, podendo o hospedeiro ser o cão
doméstico. Esses parasitas atacam o sistema imunológico, existindo dois tipos: a
leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. A primeira, é
caracterizada por feridas na pele com frequência nas partes descobertas do corpo,
podendo, mais tarde, aparecer feridas na boca, garganta e boca, sendo caracterizada por
“ferida brava”. Já a visceral ou calazar é uma doença sistêmica pois atinge órgãos
internos, principalmente o baço, fígado e a medula óssea.
Figura 2: Ferida característica de leishmaniose cutânea em portador da doença
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Fonte: Adaptado de Silva, (2003)
A prevenção dessas doenças compreende a não construção de casas próximas à
mata, utilizar repelentes e usar telas protetoras em janelas e portas.
Segundo Barata e Briceño, (2000, p. 111):
O tratamento da doença disponível é principalmente com o fármaco antimoniato de
meglumina, constituindo-se uma solução injetável, tendo cada ampola de 5mL e
em cada mL contém 81 mg/mL de antimônio pentavalente. O cálculo de dosagem é
realizado em mg/Kg/dia/Sb+5: recomenda-se não ultrapassar 3 ampolas. A
administração do medicamento depende do tipo de leishmaniose, por exemplo, a
visceral é recomendada a administração parenteral de 20 mg/Kg/dia de antimônio
pentavalente (Sb+5) durante 20 dias consecutivos. Já na tegumentar, há uma
variação de 10 a 20 mg de Sb+5/Kg/dia com tempos diferentes a depender o grau e
evolução da doença.
A Leptospirose é uma doença infecciosa, causada por uma bactéria chamada
Leptospira interrogans, que se estabelece nos rins de ratos e outros animais (bois,
porcos, cavalos, cães e cabras também podem adoecer e, eventualmente, transmitir a
leptospirose ao homem). As leptospiras penetram no corpo pela pele, principalmente
por arranhões ou ferimentos, e também pela pele íntegra, imersa por longos períodos na
água ou lama contaminada.
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1.2. PRINCIPAIS DOENÇAS ENDÉMICAS
Para Silva, (2003), os principais exemplos de doenças endémicas são: dengue,
febre amarela, esquistossomose, leishmaniose, leptospirose, hanseníase e doença de
Chagas.
1.2.1. Dengue
Atualmente, é a mais importante arbovirose que afeta o ser humano e constitui
sério problema de saúde pública no mundo. Ocorre e dissemina-se especialmente nos
países tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a
proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito vetor.
Na visão de Guimarães (2001, p. 21), “A dengue é uma doença febril aguda, que
pode ser de curso benigno ou grave, dependendo da forma como se apresente: infecção
inaparente, dengue clássica (DC), febre hemorrágica da dengue (FHD) ou síndrome do
choque da dengue (SCD)”.
Na dengue clássica a primeira manifestação é a febre alta (39° a 40°C), de início
abrupto, seguida de cefaléia, mialgia, prostração, artralgia, anorexia, astenia, dor
retroorbital, náuseas, vômitos, exantema, prurido cutâneo. Hepatomegalia dolorosa pode
ocorrer, ocasionalmente, desde o aparecimento da febre.
A realização de teste rápido para identificação de marcadores imunológicos IgG
e IgM é uma ferramenta que permite ao farmacêutico encaminhar e orientar o indivíduo
oportunamente e que favorece o atendimento mais assertivo e com maior agilidade na
tomada de decisão clínica, beneficiando o paciente.
1.2.2. Febre Amarela
É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por
mosquitos vetores, e possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão
em área rural ou de floresta) e urbano.
A febre amarela tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e
potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti. O
vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há
transmissão direta de pessoa a pessoa. (Mendonça, 2022).
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Os sintomas iniciais da febre amarela são: início súbito de febre; calafrios; dor
de cabeça intensa; dores nas costas; dores no corpo em geral; náuseas e vômitos; fadiga
e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais.
A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre
amarela. Qualquer pessoa não vacinada, independentemente da idade ou sexo, que se
exponha em áreas de risco e/ou com recomendação de vacina. É fundamental a
cobertura vacinal da população em todo o território nacional, esta é a principal forma de
prevenir a febre amarela.
1.2.3. Prevenção contra dengue e febre amarela
Mendonça, (2022), considera que outra forma de prevenção contra febre amarela
e dengue é o combate ao mosquito por meio de ações que exigem políticas públicas,
mas também de forma coletiva e individual.
Seguem algumas orientações:
Mantenha bem tampados: Cisternas, caixas, poços, tonéis e barris de água;
Não deixe a água da chuva acumular sobre a laje e calhas entupidas;
Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre bem fechada;
Não jogue lixo em terrenos baldios;
Se for guardar garrafas de vidro ou plástico, mantenha-as sempre com a boca
para baixo;
Encha os pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda;
Se for guardar pneus velhos em casa, retire toda a água e mantenha-os em locais
cobertos, protegidos da chuva;
Limpe as calhas com frequência;
Lave com frequência, com água e sabão, os recipientes utilizados para guardar
água, pelo menos uma vez por semana;
Os vasos de plantas aquáticas devem ser lavados com água e sabão, toda
semana. É importante trocar a água desses vasos com frequência;
Piscinas e fontes decorativas devem ser sempre limpas e cloradas;
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Sempre que possível evite o cultivo de plantas como bromélias ou outras que
acumulem água em suas partes externas.
Utilize repelentes e roupas com mangas compridas e cores claras,
principalmente se você estiver no grupo de risco – crianças, grávidas e idosos.
Também instale telas e mosquiteiros nas janelas e portas. (Mendonça, 2022).
1.2.4. Esquistossomose
É uma verminose parasitária desencadeada pela infecção do agente etiológico
Schistosoma mansoni, que dispõe como vetor o caramujo em água doce, posteriormente
contaminada. A doença é popularmente conhecida como barriga d’água.
O clima tropical do Brasil, com altas temperaturas, luminosidade, abundância de
hábitats aquáticos, a falta de saneamento básico, a saúde e educação da população, são
condições propícias à manutenção e continuidade da transmissão da endemia. (Alves,
2014).
As manifestações clínicas surgem após o alojamento do verme nas veias do
mesentério e do fígado, sendo estas identificadas com sintomas agudos como: febre,
cefaléia, fraqueza, tosse e diarreia.
A esquistossomose é, fundamentalmente, uma doença resultante da ausência ou
precariedade de saneamento básico.
Portanto, as ações de saneamento ambiental são reconhecidas como as de maior
eficácia para as modificações de caráter permanente das condições de transmissão da
esquistossomose e incluem: coleta e tratamento de dejetos, abastecimento de água
potável, instalações hidráulicas e sanitárias, aterros para eliminação de coleções hídricas
que sejam criadouros de moluscos, drenagens, limpeza e retificação de margens de
córregos e canais, construções de pequenas pontes, etc.
1.2.5. Leishmaniose
É provocada por parasitas do gênero Leishmania, sendo uma doença infecciosa e
não contagiosa.
Rezende, (2012, p. 71), afirma que “é transmitida por insetos hematófagos (que
se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos.Os flebótomos
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medem de 2 a 3 milímetros de comprimento e devido ao seu pequeno tamanho são
capazes de atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas”.
As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais
silvestres e os insetos flebotomíneos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo,
porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico.
A prevenção dessas doenças compreende a não construção de casas próximas à
mata, fazer dedetização quando indicado, evitar banhos de rio perto da mata, utilizar
repelentes e usar telas protetoras em janelas e portas.
1.2.6. Leptospirose
No Brasil a leptospirose é uma doença endêmica, tornando-se epidêmica em
períodos chuvosos, principalmente nas capitais e áreas metropolitanas, devido às
enchentes associadas à aglomeração populacional de baixa renda, às condições
inadequadas de saneamento e à alta infestação de roedores infectados. (Rezende, 2012).
É uma doença infecciosa, causada por uma bactéria chamada Leptospira
interrogans, que se estabelece nos rins de ratos e outros animais (bois, porcos, cavalos,
cães e cabras também podem adoecer e, eventualmente, transmitir a leptospirose ao
homem). As leptospiras penetram no corpo pela pele, principalmente por arranhões ou
ferimentos, e também pela pele íntegra, imersa na água ou lama contaminada.
Os principais sintomas são febre, dor de cabeça e dores pelo corpo,
principalmente nas panturrilhas. Podem também ocorrer vômitos, diarreia e tosse.
Rezende, (2012), Considera que a leptospirose tem um amplo espectro clínico,
os principais diagnósticos diferenciais são:
Fase precoce – dengue, influenza (síndrome gripal), malária, riquetsioses,
doença de Chagas aguda, toxoplasmose, febre tifóide, entre outras doenças.
Fase tardia – hepatites virais agudas, febre amarela, malária grave, dengue
hemorrágica, febre tifóide, doença de Chagas aguda, pneumonias, meningites,
dentre outras.
A prevenção ocorre por meio de medidas como obras de saneamento básico,
controle de roedores e evitando o contato com água ou lama de enchentes e impedir que
crianças nadem ou brinquem nessas águas. Pessoas que trabalham na limpeza de lama,
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entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha (ou sacos
plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés).
1.2.7. Hanseníase
É uma doença crônica transmissível de investigação obrigatória em todo o país,
causada pelo Bacilo Micobacterium leprae, que possui a capacidade de infectar um
grande contingente, além de poder danificar o sistema nervoso e a pele, características
que conferem à doença um alto poder incapacitante.
A hanseníase é transmitida pelas vias aéreas superiores (tosse ou espirro), por
meio do convívio próximo e prolongado com uma pessoa doente sem tratamento.
A doença apresenta longo período de incubação, ou seja, tempo em que os sinais
e sintomas se manifestam desde a infecção. Geralmente, é em média de 2 a 7 anos. Há
referências com períodos mais curtos, de 7 meses, como também mais longos, de 10
anos.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o tratamento e acompanhamento
da doença em unidades básicas de saúde e em referências.
1.2.8. Doença de Chagas
A Doença de Chagas, também chamada de Tripanossomíase americana, é uma
doença parasitária causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitida
principalmente através do inseto “barbeiro”. Os barbeiros abrigam-se em locais muito
próximos à fonte de alimento e podem ser encontrados na mata, escondidos em ninhos
de pássaros, toca de animais, casca de tronco de árvore, montes de lenha e embaixo de
pedras.
Nas casas escondem-se nas frestas, buracos das paredes, nas camas, colchões e
baús, além de serem encontrados em galinheiro, chiqueiro, paiol, curral e depósitos.
A transmissão se dá pelas fezes que o “barbeiro” deposita sobre a pele da pessoa,
enquanto suga o sangue. Geralmente, a picada provoca coceira e o ato de coçar facilita a
penetração do tripanossomo pelo local da picada.
A prevenção baseia-se principalmente em medidas de controle ao “barbeiro”,
impedindo a sua proliferação nas moradias e em seus arredores. As atividades de
educação em saúde devem estar inseridas em todas as ações de controle.
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CONCLUSÃO
Depois do estudo feito sobre o tema em abordagem, o grupo chegou à conclusão
que as doenças endémicas são aquelas que estão constantemente presentes em uma
região ou população, com uma prevalência estável ao longo do tempo, sem grandes
variações sazonais ou de área. O controle dessas doenças depende de uma combinação
de vigilância constante, medidas de prevenção adequadas e políticas públicas eficazes.
Contudo, percebe-se que as doenças endémicas, como malária, tuberculose,
dengue, doença de Chagas, entre outras, representam um desafio contínuo para os
sistemas de saúde, especialmente em países tropicais e em desenvolvimento. A
compreensão de suas causas, ciclos de transmissão e factores ambientais que favorecem
sua permanência em determinadas regiões é fundamental para a implementação de
estratégias de prevenção e controle eficazes.
O controle e a erradicação de doenças endémicas demandam esforço conjunto
entre governos, organizações internacionais e a população, para que as melhorias na
qualidade de vida e a redução da mortalidade sejam alcançadas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Silva, L. J. (2003). O controle das endemias no Brasil e sua história. Ciência &
Cultura. São Paulo, v. 55, n. 1, p. 44-7. 2003.
Barata, R. B. & Briceño, L. R. E. (2000). Doenças endêmicas: abordagens sociais,
culturais e comportamentais. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ. 376 p.
Ministério da Saúde. (2010). "Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso."
Guimarães, J. (2001). Biossegurança e controle de infecção cruzada, em consultórios
odontológicos. Santos: livraria editora.
Mendonça, E. (2022). O que são doenças endêmicas e qual é a atuação do
farmacêutico diante delas?. Rev. Brasil.
Rezende, J. M. (2012). Epidemia, Endemia, Pandemia e Epidemiologia. (1ª Edição).
Rio de Janeiro
Alves, L. O. (2014). Endemia, Epidemia e Pandemia. Graduado em Ciências Biológicas
(UNIFESO).
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